Merry Christmas! escrita por Neline


Capítulo 1
Capitulo Único - Last Christmas


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é meu singelo presentinho para os melhores leitores do mundo. E também para avisar que, sim, eu voltei! Leiam a nota final, por favor! Agora apenas... enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/183806/chapter/1

http://www.youtube.com/watch?v=ThoYZYWdqd4 // Last Christmas - Taylor Swift cover

Blair se sentou naquele sofá grande e confortável. Estava evitando os olhares curiosos, tentando ficar longe dos burburinhos de fofoca. Aquilo sempre a atraía - o clima de armações em um ambiente quentinho e natalino. Mas não nesse ano, e não sabendo sobre quem eram as especulações que passavam de má-língua a má-língua. Ela passou a mão pelas pregas de seu vestido, e viu Serena a encontrar. Os cabelos cacheados e brilhantes da amiga eram a última coisa que Blair queria ver. A noite já estava sendo difícil o suficiente para que ela se sentisse ainda mais humilhada ao lado da beleza natural e estonteante de Serena. Uma pena que está não soubesse disso, cruzando assim o comôdo em algum passos largos com suas pernas compridas.


Once bitten and twice shy.

Uma vez magoa, duas vezes mais envergonhada.

– Por que você está aqui sozinha? - Os grandes olhos azuis piscaram delicadamente, cheios de desconfiança.

– O peru está frio, a champagne não é Möet & Chandon, o Humphrey está organizando um concurso de Karaoke, e a menos que Audrey Hepburn tenha sido uma cantora eu me recuso a cantar essas músicas natalinas chatas e clichês. Pode voltar para o Brooklyn, eu e meu Prada ficaremos repousando por aqui. Torça para que meu cabelo não pegue esse cheiro de queijo. - Blair torceu o nariz. Pensava ter sido convincente, mas Serena cruzou os braços e suspirou, se sentando ao lado da amiga. Colocou o dedo no pingente de coração de ouro massíço que repousava no decote do vestido vermelho de Blair.

– Já faz um ano. Você precisa esquecer o Chuck, querida. - B. revirou os olhos, e tirou a mão de Serena do seu colar. Não queria lembrar do ano passado.

– Eu já esqueci. Esse colar é bonito demais para ficar dentro de uma caixa de veludo e jamais apreciar esse clima nojento de confraternização ou seus comentários de psicologa amadora. Agora, se puder me deixar em paz... - Serena jogou as mãos para o alto, se levantando.

– Se você diz. Vou para o concurso de Karaoke com o resto da plebe. - Blair acenou, vendo a amiga se distanciar. Então se permitiu tocar o pingente. Era gelado, polido. Ela se virou para o espelho que repousava na parede logo atrás dela, e suspirou. O ouro continuava brilhante e impecável. Só havia um pequeno e singelo risco para a lembrar do acontecido do ano anterior.


"Blair correu degraus abaixo, tentando alcançar Chuck. Ele havia corrido da festa sem ao menos olhar para trás. Estava transtornado, e ela simplesmente não sabia o por quê. Ela o seguiu pela calçada. Nevava, e as ruas de Nova York estavam cobertas pelo gelo. Blair não havia se preocupado em pegar seu casaco ao sair do edifico. Agarrou o primeiro sobretudo que viu por perto e procurou Chuck na rua deserta, cobrindo-se com a peça quente de alguém nada importante naquele momento. O avistou, por fim, um pouco a sua frente. Ele estava chegando em sua conhecida limosine.

– Chuck! - Ela gritou, vendo aqueles olhos expressivos a encararem de cima a baixo. Os cabelos dele estavam desegrenhados e cobertos por flocos de gelos, assim como o trech coat cinza. Ele a esperou. Achou engraçado a maneira como ela corria com aquele salto alto, levantando a barra do vestido para que ele não arrastasse.

– O que você quer, Waldorf? - Ele perguntou num tom de voz ríspido, arqueando uma sobrancelha.

– Por que está indo embora tão cedo? - Blair perguntou, ainda sem folêgo.

– Não é exatamente o tipo de festa que eu gosto. Bebida alcolica fraca, nada de strippers, conversa entediante... Eu dispenso o chá da tarde. Agora, se me dá licença...

– Espere! - Ela o agarrou pelo braço, e abriu a mão direita. Havia ali uma caixinha verde, envolta por uma fita de cetim vermelha. Chuck a encarou, confuso, tomando o embrulho entre os dedos.

– O que diabos é isso?

– Seu presente. Você saiu tão depressa... eu nem tive tempo de lhe entregar.

– Ah, perdoa-me. Esqueci que damas se interessam por presentes. Amanhã eu lhe trago uma lingerie para compensar as tantas que eu já estraguei. - Blair revirou os olhos. Estava tremendo. Mas havia tomado sua decisão. Se não havia mais volta, ia fazer aquilo direito.

– Se você puder calar a boca e abrir a caixa de uma vez, eu ficaria agradecida. Está frio... - Ele desfez o laço e abriu a caixa. Encarou o conteúdo da caixa e voltou o olhar para Blair.

Merry Christmas, I wrapped it up and sent it...

Feliz Natal, eu embrulhei e enviei...

– Mas o que...

– É o meu pingente. - Ela o interrompeu em apenas um fôlego. - Meu coração. Já esteve com Nate, mas de alguma maneira sempre foi seu. Eu cansei de fugir, Chuck. Cansei de correr e me esconder atrás desse monte de jogos com os quais somos acostumados. Não quero mais ficar me martirizando com esse sentimento que eu guardo pra mim. Chuck Bass, eu...

– Não diga. - Chuck a interrompeu, com os olhos vermelhos. Qualquer pessoa normal diria que ele estava chorando, mas Blair o conhecia bem demais para saber que ele jamais chorava na presença de alguém. Aquilo era raiva. Ele soltou a caixinha, e colocou o pingente na altura dos olhos. As luzes coloridas refletiram no ouro polido. Mas ele apenas riu. - Uma bela iniciativa sua, Waldorf. Vir aqui, com todo esse frio e o casaco da Serena nos seus ombros. Eu devo ter roubado mesmo seu coração. Uma pena que eu não o queria. Eu não sinto nada por você, Blair. Você só fica bonitinha deitada na minha cama as 2 da manhã com uma camisola não muito decente. É só um jogo, e eu acho que acabei de ganhar. - Chuck jogo o pingente no chão. Blair não se permitiu chorar, acompanhando o seu coração rolar pela calçada congelada de uma rua qualquer de Manhattan, enquanto Chuck Bass entrava na sua limosine e desaparecia entre as luzes da cidade."

Now I know what a fool I've been... But if you kissed me now, I know you'd fool me again.

Agora eu sei como fui boba... Mas se você me beijasse agora, eu sei que me enganaria de novo.

Blair mordeu o lábio inferior, se obrigando a conter aquelas malditas lágrimas. Já havia passado um ano desde que Chuck partiu, e ninguém recebia uma noticia dele desde então. Onde ele poderia estar agora? Provavelmente com alguma mulher aleatória, mais flexível do que Blair e um corpo mais curvelíneo que o dela. E Blair estava ali, olhando o risco no seu pingente enquanto todos se divertiam com aquelas brincadeira imundas que Dan importou do outro lado da ponte. Por quê? Ela merecia ser feliz. Já havia estragado 364 noites desde que Chuck havia partido. Ao menos essa noite, Blair iria salvar. Ela se levantou, indo até seus amigos. Serena sorriu para ela.

– Será que tem um lugar sobrando nesse jogo nojento?

– Nós temos o poder de não ter um lugar sobrando para Blair Waldorf? - Dan e Blair trocaram um sorriso, e ele foi pegar uma cadeira para ela. Mas foi interrompido. Entre Dan e seu destino, alguém cruzou a pesada porta de carvalho, e as conversas cessaram. As risadas cessaram. Até alguma respirações ficaram suspensas. Blair arfou, e então deu as costas para o homem perfeitamente vestido em um terno risca de giz que usava sapatos pretos reluzentes.

I keep my distance, but you still catch my eye. Tell me baby, do you recognize me? Well it's been a year, it doesn't surprise me.

Mantenho a minha distância, mas você continua a atrair meu olhar. Me diga querido, você me reconhece? Bem, já faz um ano, isso não me surpreende.

Voltou ao seu esconderijo, aquele cantinho com o sofá e a folhagem brega que Lily tanto gostava, e assim que se sentiu segura, lançou um olhar para o grupo. Como Blair já imaginava, todos haviam voltado a gargalhar e conversar. Já o jogo, tinha sido esquecido. Afinal, Chuck Bass tinha aquele jeito estranho de não falar muito e mesmo assim ser o centro das atenções em qualquer lugar que chegasse. Porque ele é espontâneo e sarcástico, e tem aquele humor negro sútil que faz as mulheres se derreterem ou se apaixonarem antes mesmo de perceberem. Chuck estava lá, conversando e rindo e gesticulando daquele modo exagerado que lhe é característico. Então a mão de Blair voou até o coração em seu pescoço. Ela precisava tira aquilo dali antes que Chuck visse. Era mais que orgulho. Não aguentaria ver Chuck tripudiando novamente, jogando em sua cara que ele passou o ano em várias camas com várias mulheres diferentes, e ela apenas conseguiu ficar olhando a prova de sua fraqueza sem se levantar. Se colocou de pé, de costas para todo o tumulto, e ao fazer isso teve a impressão de encontrar o olhar de Chuck por meio segundo. E só aquilo foi capaz de fazer sua alma congelar e seu coração derreter.

A crowded room, friends with tired eyes. I'm hiding from you, and your soul of ice. I thought you were someone to rely on. Me? I guess I was a shoulder to cry on.

Uma sala cheia, amigos com olhos cansados. Estou me escondendo de você, e da sua alma de gelo. Eu pensei que você fosse alguém para me apoiar. Eu? Eu acho que era um ombro para chorar.

– Droga. - Murmurou, forçando o fecho do colar que insistia em não se abrir.

– Precisa de ajuda? - Aquela voz. Fazia um ano que Blair não ouvia aquele tom rouco e sussurrado, e seu corpo ainda reagia da mesma maneira que sempre reagira. Suas mãos tremeram, suaram. As pernas trepidavam tanto que ela não se sentia mais capaz de ficar de pé. O estômago dava voltas, se comprimia. A garganta fechava. O coração palpitava e ameaçava sair pela boca e voar para ele. Porque era a ele que seu coração pertencia. Naquela ansiedade toda, sentiu o cordão deslizar de suas mãos e cair em um ruído abafado pelo carpete macio. Ela encarou o coração dourado que reluzia, e percebeu que Chuck também o fazia, por isso colocou o pé o colar, se virando para encara-lo.

A face on a lover with a fire in his heart. A girl under cover but you tore me apart.

Uma face em um amante com fogo em seu coração. Uma garota disfarçada mas você me partiu.

– Creio que não preciso de nada que venha de você. - "Ele continua lindo". Foi a primeira coisa que ela conseguiu pensar ao encarar aqueles olhos profundos e as feições simétricas e fortes. Chuck exibia o costumeiro sorriso torto que raramente deixava seus lábios. Mantinha uma das mãos no bolso da calça, e a outra respousava ao lado do corpo. Mantinha a postura perfeitamente reta e o terno perfeitamente alinhado. Perfeito, como sempre. Blair lamentou na hora sua escolha de roupa feita na última hora e a pouca atenção que havia dado aoseu cabelo, mal ajeitando os cachos antes de sair de casa.

– Palavras duras demais pronunciadas por uma boca demasiada macia. - Ele disse daquele jeiro irônico que lhe vinha naturalmente. Mas era verdade. Ele mesmo lembrava de quanto aqueles lábios era macios, assim como a pele... e o caminho de fogo que aqueles dedos traçavam através do toque leve e desisteressado. Ele podia fingir o quanto quissesse, que havia esquecido tudo. Ele podia até dizer que nem lembrava-se mais dos cabelos cheirosos ou de como seus dedos se encaixavam perfeitamente entre os espaços dos dedos dela. Poderia, mas estaria mentindo (como sempre fazia).

– O estado de solidez das minhas palavras não vem ao caso. Por que não volta ao seu momento de "O Retorno Glorioso" e me deixar em paz? Ou melhor, por que não volta para o buraco em que se enfiou durante esse um ano e me deixa te esquecer?

– Porque, aparentemente, isso não tem funcionado. - Ele disse, apontando para o colar que Blair escondia com o pé.

Maybe this year, maybe this year... I'll give it to someone special.

Talvez esse ano, talvez esse ano... Eu o darei para alguém especial.

– Se isso não adiantou, não vai ser sua presença que fará a diferença. - Blair mantinha a voz indiferente, fria. Era quase como se lançasse facas imaginarias e afiadas aleatóriamente contra Chuck. Ele suspirou. Estava realmente sentindo cada um dos golpes que vinham em forma de palavras mal desenvolvidas.

– Blair, por favor...

– O que você esperava, Chuck? - Ela vocerifou, finalmente perdendo a pose de Rainha do Gelo. Estava cansada de segurar aquilo para ela, dia após dia. - Esperava aparecer aqui, depois de um ano sem dar noticias, e me ter aos seus pés, falando manso e me agarrando no seu pescoço? Esperava que depois de ter me desprezado e me machucado das piores maneiras possíveis eu iria simplesmente esquecer meu amor próprio e meus sentimentos por uma noite na sua cama? Você não imagina o inferno que minha vida tem sido sem você, a luta diária que é acordar e saber que não vou ver seu rosto. Doeu muito, mas eu acabei me acostumando com o aperto no fundo do peito, e agora você surge do nada com essa voz calma e esse sorriso indiferente esperando que eu te perdoe? Eu enfrentei monstros e perdi partes de mim que me fazem muita falta para poder viver nessa semi-paz que eu inventei pra não enlouquecer. E a única coisa que eu ainda tenho para me consolar é esse pingente que perdeu o brilho.

– Pare! - Blair estava tão imersa em suas próprias lágrimas e suas dores que nem havia reparado. Não havia reparado que Chuck chorava, tanto quanto ela. O grito dele, com a voz trêmula e fora de controle, finalmente a despertou. Chuck Bass estava chorando. - Pare de me torturar, pare!

– Você diz como se não soubesse o quanto me machucou.

– Eu sei! Eu sei, e tive que fingir que isso não me incomoda durante esses 364 dias. Tive que fingir que não projetava seu rosto em cada mulher que deitava na minha cama, sem sucesso. Ou que não tinha aquela mania esquizofrênica de sentir seu cheiro em qualquer lugar ou te ver na porta do meu quarto com esses cachos bagunçados e um sorriso maroto espalhado no seu rosto. Blair, eu tenho sentido sua falta desde o minuto em que parti até colocar meu olhos nos seus. - Ela o encarou. Procurou em sua face qualquer traço de sarcasmo ou sadoquismo. E não encontrou. Encontrou apenas aqueles olhos marejados e cheios de remorso, e os traços de alguém realmente triste. Infelizmente, ela pensou, Chuck Bass podia ser um ótimo ator.

– Por que partiu, então? Por que demorou um ano para voltar? Ou melhor, se realmente se sentiu assim, por que me humilhou daquela maneira?

– Eu estava apavorado. Quando eu te vi com aquele vestido que ia até o joelho e mesmo assim não conseguia desviar o olhar para mulheres com decotes e roupas fáceis de tirar, eu percebi que havia algo errado. Mas o cheque-mate foi quando você me pegou te olhando e deu um sorriso lindo, e meu estômago revirou. Foi a primeira vez que eu entendi aquelas expressões bobas e românticas que as pessoas tanto usam quando estão... apaixonadas. Eu surtei. Queria correr de você e do seu jeito de garota perfeita. Quando você me procurou... eu neguei que te amava. Mais para mim mesmo do que para você. Eu queria me convencer de que tinha enlouquecido. Precisava me convencer de que as pessoas estavam certas, e que Chuck Bass jamais se apaixonaria. Pensei que, talvez, se eu destruísse seu coração, o meu pararia de funcionar. Mas não adiantou, Eu te magoei e me magoei. Percebi há 3 meses que ficar longe não ia fazer isso acabar. Só precisava arrumar coragem para voltar, você sabe... Enfrentar tudo isso. Ontem, eu encontrei. Minha coragem estava junto com isso... - Ele tirou do bolso um pedaço de papel amassado, e Blair o reconheceu na hora. Era o bilhete que ela deixara no sobretudo de Chuck antes de entrar na festa há um ano, com as palavras que ela temia não conseguir dizer em voz alta. "Eu te amo". Só aquilo estava escrito, na sua caligrafia esbelta e delicada. - Eu encontrei isso ontem. Nunca tive coragem de pegar aquele casaco novamente, pelas lembranças que ele trazia. Mas ontem, eu o peguei, e esse bilhete caiu aos meus pés. Então eu percebi que deveria vir.

A note saying "I love you", I meant it.

Um bilhete dizendo "eu te amo", eu falei sério.

– Você está com pena de mim, não está? Não preciso da sua pena, Bass.

– Não, eu não tenho pena de você. Tenho pena de mim. Pois eu consegui seu coração e o rejeitei. Me amaldiçoo por isso todos os dias. Mas sabe, Waldorf, isso não é o que mais dói. - Ele desabotou o terno, e tirou uma caixa do bolso inteiro. Era média, fina, de veludo negro. Não havia nenhum laço nela, nem nada do tipo. Ele a abriu com o polegar, e as luzes refletiram o lindo cordão de ouro. Aninhado bem ao centro, havia um pingente. Blair o analizou com calma, e não pode conter o sorriso. Era um homem, em ouro, a figura perfeita com cabelos bem penteados e um terno desenhado. Mas o que chamava atenção não era isso. Pequenos rubis, diamantes e lazúlis estavam cravados cuidadosamente, descendo de seu pescoço. Era o famoso echarpe de Chuck. Os detalhes eram tantos que prenderam Blair. Até o sorriso torto estava lá. Mas algo prendeu seu olhar nas pedras. Entre um rubi e uma lazúli, um BW pernamecia reluzente. - O que dói é saber que enquanto seu coração é meu, eu sou teu por inteiro, e você sequer sabe disso. - Ela estava paralizada, com um sorriso no rosto, o encarando. Ele já sorria também, tomando o colar entre os dedos e chegando mais perto de Blair. Posicionou a jóia delicadamente em seu pescoço e a beijou. Não era aquele beijo feroz que geralmente trocavam. Era calmo, delicado. Eles não tinham pressa. Então, quando finalmente se separaram, ele voltou o olhar para o chão, pegando o colar com o pingente de coração que o assombrara por tanto tempo e colocando em seu peito, com uma felicidade que jamais imaginou sentir. Soube, então, que amor era isso. Era esperar perdão quando parecia não haver mais saída. É algo que o tempo não mata, que pessoas aleatórias não afogam. Amor é aquele calorzinho no fundo do peito, independente da nevasca ou do vento. Amor era isso.

– Eu te amo, Blair Cornélia Waldorf.

– Eu também te amo, Charles Batholomew Bass. - Ficaram abraçados, olhando a janela, até o relógio badalar meia noite, se olharam, então.

– Feliz Natal. - Ele sussurrou em seu ouvido.

– Feliz Natal. - Dane-se a ceia ou os presentes, pensaram. Ficaram abraçados por horas olhando para a janela e admirando os flocos de neve. Natal era aquilo. Gratidão, amor, carinho. E eles eram gratos por aquele amor corrosivo e destrutívo que de alguma maneira os fazia respirar.

Last Christmas, I gave you my heart, but the very next day you gave it away. This year, to save me from tears, I'll give it to someone special...

Natal passado, eu te dei meu coração, mas no dia seguinte você o devolveu. Esse ano, para me proteger das lágrimas, eu o darei para alguém especial...


Que nesse Natal, cada coração esteja aberto para o perdão e para o amor. Que a luz que acompanhou o nascimento de Jesus esteja em cada um dos seus coração. Que vocês estejam receptivos ao amor, pois nunca sabemos quando ele irá bater na nossa porta.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amores! Sentiram minha falta? Então, eu espero que vocês tenham gostado desse especial, e esperem ansiosamente o especial de ano novo, que eu vou postar... ou antes do dia 29 ou depois do dia 2, já que vou viajar.
Sim, eu estou voltando a postar.
Se vocês quiserem informações sobre as fics, sigam meu twitter (@wannahookup) e o meu tumblr (littletasteofhell.tumblr.com). Juro que respondo todo mundo, principalmente pelo tumblr. É só irem nesse link littletasteofhell.tumblr.com/ask e deixarem sua dúvida na caixinha. Se você não tem tumblr, o processo também vale.
Enfim, ficou enorme, né?
Deixem reviews amores, pra mim saber que vocês não me abandonaram.
AH, também quero apoiar a campanha #savechair, no twitter. É só postarem algum com essa hashtag para os escritores de GG saberem o número de fãs de Chair que vão enlouquecer se eles não se acertarem logo.
A gente se vê nas reviews, ou nas asks, ou nas mentions.
XOXO. Neli ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Merry Christmas!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.