Que     Talvez eu nunca mais voltasse a morar em Paris, depois que a segunda cicatriz apareceu em minha perna eu e minha Cepan estávamos arrumando as malas e destruindo provas de que havíamos estado ali. Foram quase dois anos em Paris, tempo recorde.

             Já havíamos  feito isso umas quatro ou cinco vezes, na Itália, na Espanha, em Portugal e agora na França. Eu fechava a ultima mala enquanto pensava em um novo nome, o nome que eu assumiria na Inglaterra. Puxei a mala para o chão e fui puxando-a ate a sala.

             - Stephanie - disse assim que meu olhar encontrou o de minha Cepan.

             Ela piscou e sorriu.

             - Qual será a historia da Stephanie?

            - Bom, somos de New York e estamos mudando para 

            Londres por causa de seus trabalhos como Fotografa!

              - Não parece má idéia Stephanie!

              Nós duas rimos juntas e eu a fitei ironicamente.

             - E você? Senhorita...

             -Bom já que somos de New York acho que vou me chamar Alex, o que acha?

             - Lindo nome senhorita Alex, e o belíssimo sobrenome, qual será?

             Ficamos nos olhando por um milésimo de segundo, ate que ela exaltou.

             - Que tal Davis?

             Sorrio para ela e aceito com um movimento de cabeça, ela abre uma mochila e tira o notebook.

              Ela se senta no sofá enquanto fico revistando cada detalhe do apartamento para ter certeza de que não estamos esquecendo nada.

              Menos de meia hora depois Alex me chama e me entrega alguns documentos, passaporte com visto Europeu e uma certidão de nascimento que dizia que eu tinha 10 anos. 

             Coloquei os novos documentos em minha mochila e verifiquei lá dentro, meu sabre, meu caderno de anotações/diário. Fechei a mochila, pequei minha mala no chão que estava com minhas roupas e minha arca.

             Saímos do apartamento e seguimos para a estação de trem, lá Alex comprou duas passagens para um trem que saia dali a 20 minutos, no dirigimos em direção a plataforma, entramos no trem e logo comecei a viajar em meus pensamentos.

            Segundo os nossos cálculos o número Dois havia sido morto na Inglaterra, é e por mais incrível que pareça nós estávamos nos mudando pra lá, sentiu a burrice? Segundo Alex ali seria o ultimo lugar onde os outros estariam certo? E no fundo ela esta certa. Mas graças a Lorien eu por enquanto estava segura, pois eu sou a Número Oito



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             Eu sou de um planeta chamado Lorien que a alguns 5 anos foi atacado por um povo chamado de Morgadorianos (que vem de um planeta chamado de Mordadore), os Lorienos (povo de Lorien) foi extinto, exceto por nove Gardes (espécie de Lorienos que se acemelha muito aos humanos tirando pela força e velocidades sonhadas pelos terráqueos e pelos Legados que seriam como chamam por aqui de "poderes") e nove Cepans (raça de Lorienos que cuida da parte administrativa do negocio, alem de treinar e acompanhar a vida de um Garde) nós chegamos a Terra e sobre os nove Gardes foi lançado um feitiço que só nos era permitido morrer em uma ordem, os números um e dois estão mortos agora só restam sete, nós devemos desenvolver nossos legados e aprimorar nossas habilidades com sabre e com o uso da força (telescinesia), bem depois disso só nos resta lutar para talvez um dia voltar a Lorien e reconstruir nosso povo, mas ate lá, serei Stephanie Davis.

             - Fanny - chamou Alex pelo meu novo apelido

 Levantei o olhar ate que encontrasse o seu.

              - Estamos chegando na estação. Levante!

               Peguei minha mochila e minha mala e comecei a me preparar para descer.

               Quando o trem parou, eu e Alex saímos o mais rápido possível. A plataforma esta vazia, exceto por algumas senhoras que conversavam alto sentadas em um banquinho próximo a plataforma 9. 

             - Ah sim claro, vou lhe enviar uma coruja com receita assim que chegar em casa.

             Franzi o cenho a escutar aquilo, mas continuei andando. Saímos da estação King's Cross e entramos no metro. Enquanto Alex dava alguns telefonemas e decidia para onde íamos, sentamos em um Starbucks e pedimos Cappuccinos. Menos de dez minutos depois Alex desligou o telefone e olhou pra mim.

             - Vamos andando, temos muito pra andar ate chegar em casa.

             - Para onde iremos?

             Ela tira da mochila um GPS e digita um endereço.

            - Vamos - diz ela me pegando pela mão e me levando para a plataforma mais próxima - no trem eu te conto.

             Passam dois trens e nos entramos no terceiro, a poucos bancos disponíveis, mas conseguimos sentar juntas. Quando nos acomodamos com nossa bagagem ela olha seria pra mim.

             - Consegui uma chácara em um bairro um pouco afastado do centro, e dos problemas, segundo a corretora, é uma casa simples, dois quartos um banheiro e sala, cozinha, mas o que  me fez aluga-lá foi seu grande espaço aberto, tem uma piscina, um campinho e uma área sem nenhuma construção, "puro mato" foi o termo que a corretora disse, e esse beleza de espaço vai ser boa pra você desenvolver suas habilidades com a força e melhor suas técnicas de combate e de sabre alem de talvez...desenvolver uns...uns certos legados!

              Ela sorri e eu também abro um sorriso tímido, eu to louca para desenvolver logo os meus legados.



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            O trajeto ate a nossa nova casa foi longo, ao chegar na chácara, encontramos a corretora que nos entregou a chave e nos mostrou a casa, ela era exatamente como Alex havia me descrito, pequei o quarto que dava vista para os fundos, tinha uma cama de solteiro bem simples, uma armário e uma escrivania, o chão era de carpete e o banheiro era bem ao lado do meu quarto, abri a mala em cima da cama e tirei de lá a arca, fui ate a sala onde Alex abria os notebooks e conectava a internet, entreguei a ela a arca e voltei para o quarto. 

             Arrumei minhas poucas roupas no armário e coloquei meu notebook e alguns livros sobre a escrivania, abri o notebook e liguei. Peguei uma toalha no armário e fui para o banheiro, Alex já havia colocado alguns de seus pertences por ali e juntei os meus aos dela, tire a camiseta que estava usando desde de ontem aterde quando a cicatriz apareceu, coloquei-a em um cesto de roupa suja, tire o meu jeans e botei ali tambem, liguei o chuveiro e esperei a água se regular, entrei de baixo da água morna e deixei-a escorrer por todo o meu corpo. 

             Meu banho parece durar pouco, mas Alex bate na porta e grita do lado de fora

             - Fanny anda logo com esse banho, você já está ai dentro a quase  40 minutos anda preciso ir ao mercado e vou precisar da sua ajuda, alem do mais preciso comprar um carro, nessa lonjura que estamos morando acho que vai ser necessário.

             Desligo o chuveiro as pressas e grito em resposta

              - Pode deixar, já estou saindo.

              Saio do Box e me enrolo na toalha, destranco a porta do banheiro, entro no quarto e encosto a porta, pego um short jeans e uma regatinha, pego um casaco fino e jogo sobre os ombros, calço um tênis e olho o computador ligado sobre a escrivaninha, sento na cadeira e abro a internet, abro alguns sites de noticia e verifico se temos alguma noticia importante. Um carro bomba no Iraque e alta na bolsa de Nova York. Nada com o qual eu precise me preocupar, fecho o computador, pego uma bolsa nela coloco coisas comuns como celular, um gloss. e a carteira, mas também boto lá dentro minha sabre, por enquanto minha melhor arma de defesa.



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             Fiquei sentada na sala esperando por Alex que imprimia alguma coisa no computador.

             - Pronto! - disse ela desligando a máquina e vindo em minha direção - documentos prontos para comprar o carro.

Saímos de casa e fomos andando ate a estação de metro mais próxima, eram 10 minutos de caminhada, eu e Alex conversava mos empolgadas  sobre meus legados, quando viriam e o que seriam.

             - Seria legal se eu pudesse voar ou talvez ler mentes e ver o futuro

              Alex ria enquanto eu falava empolgada.

              - Calma Fanny, e já que tocou no assunto apartir de amanha continuaremos seu treinamento Jedi.

              Pousei a mão sobre o lugar onde havia enfiado meu sabre, ele continuava ali.

              Todos os Gardes tem o poder de telecinezia alem dos Legados, mas alguns tem um contato melhor com a força e esses aprendem a controla - lá e a manuzea-lá para seu uso, os nove Gardes mandado para a Terra tinham essa habilidade e devíamos treinar para que ficasse como um ponto positivo em uma batalha.

              - Será que já consigo controlar a força?

              Ela sorri pra mim 

             - Vamos descobrir amanha! 

             Continuamos caminhando lado-lado ate a estação. Lá Alex comprou dois passes, passamos pelas catracas e nos dirigimos ao trem, pegamos o primeiro que passou, ainda eram três da tarde o trem estava vazio, sentamos junto no canto do vagão.

             Foram varias estações ate o nosso destino, ate cochilei no ombro de Alex.

              Descemos do trem e subimos ate a calçada, a rua estava movimentadas, havia diversas concessionárias uma do lado da outra. Entramos em uma e Alex foi atendida por um senhor baixinho de cabelos pretos, Alex foi olhando os carros, pequenos, grandes e ele New Beetle, dei uma cutucada nela e apontei para o carro, lembro-me de uma vez que estávamos andando por Paris e ela na época Marie ficou apaixonada por um carrinho daquele. Alex chamou a atenção do atendente e demonstrou seu interesse pelo Beetle. O rapaz nos guiou ate próximo ao carro.

            - Você tem em outras cores?

              - Claro! Temos preto, prata, vermelho e azul

              Os olhos de Alex brilharam.

              - Podemos ver o prata?

              O homem sorriu para ela

              - Agora Sra. Davis

             Olhei para ela e nós sorrimos seguindo o atendente mais para dentro da loja. 

             Entramos em um galpão repleto de carro, o atendente se dirigiu ao New Beetle prata e nós o seguimos, eu e Alex entramos no carro e ficamos apreciando. Olhamos uma para a outra:

              - É esse - dissemos juntas

             O atendente parou próximo a janela e sorriu.

               - Então vamos fechar o contrato!

               Alex desceu do carro e foi atrás do atendente, eu continuei lá sentada por um tempo, depois levantei e fui para a sala onde Alex e o atendente fechavam negocio.

              Alex levantou a chave do carro e sorriu

              - É nosso! Mas vamos vir pegar sexta.

              O atendente entregou a Alex alguns papeis e sorriu

              - Parabéns!

             Alex me olhou e nós saímos dali com a cara mais boba do mundo, estávamos fazendo algo que queríamos fazer a anos.

 A rua continuava movimentada e nós descemos para o metro, pegamos e trem e fomos as compras. O supermercado estava vazio, fizemos nossas compras rapidamente e depois seguimos pra casa. 

            Arrumamos tudo, Alex foi preparar o jantar enquanto eu arrumava meu quarto, não demorei, mas de 10 min., depois sai para o quintal inexplorado, vi que a noite caia. Peguei uma lanterna na cozinha e fui correr um pouco, nós Lorienos somos muito mais velozes que qualquer humano, conseguia correr em segundos o que seres humanos correriam em minutos, isso porque ainda sou nova, Alex diz que quando eu desenvolver os meus legados irei ganhar mais força e velocidade. Corri por alguns minutos explorando cada canto do terreno, não havia nada alem de muito mato e arvores. Era o lugar perfeito para o meu treinamento, muito espaço e nenhuma pessoa. 

            Voltei para casa, guardei a lanterna e fui ajudar Alex na cozinha, botei a mesa e ela colocou uma travessa de lasanha sobre a mesa, comemos bastante, Alex tirou a mesa e eu me sentei na sala, peguei a arca que estava debaixo do sofa, fiquei passando a mão sobre sua tampa entalhada de madeira, Alex de sentou ao meu lado e tirou delicadamente a arca de meus dedos. 

              - Paciência Fanny! A hora vai chegar.

              Olhei para ela e seu olhar sempre acolhedor me chamou, deitei-me em seu peito e seus braços, seu perfume doce me lembrava minha casa, Lorien, Alex era minha única ligação com o lugar que um dia chamei de lar.

             Depois de quase dez minutos nessa nostalgia me levantei e fui para o meu quarto, troquei de roupa e deitei-me na cama, fiquei olhando para o teto ate adormecer.