All I Want For Christmas Is You escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Nada a declarar :x



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Natal.

Quer uma data mais estúpida que o natal?

Um bando de familiares se encontrando, tias gordas perguntando sobre “O namoradinho”, tios gordos perguntando se é “pavê” ou “pacumê”, troca de presentes que você nem gostou. Tudo isso com o pretexto de “comemorar o nascimento do menino Jesus”. Se fosse mesmo para isso, todos estaríamos dando incenso, ouro e mirra para os conhecidos.

Mas não. Isso é só um pretexto para ganhar presentes e para fingir que, uma vez na vida, você se importa com os seus familiares.

Eu adorava o natal, fato. Mas desde uns anos atrás passei a odiar essa data.

Mais precisamente desde que o meu irmão morreu.

Desde a morte de Fred, notei que o natal não passa de uma data idiota onde os comerciantes ganham mais dinheiro do que no resto do ano.

Resumindo, nunca mais vi a “magia” do natal.

Desde então, passei a me conformar com natais solitários ano após ano.

Isso tudo até ano passado, onde eu encontrei a garota mais maravilhosa desse mundo.

Sim, estou falando da minha namorada Hayley. Ela é a única que consegue me fazer sorrir nessa data sem sentido. Infelizmente, esse natal não poderei passar com ela por motivos pessoais e... Bom, o natal voltou a ser uma data inútil.

Eu sinceramente queria passar o natal com a minha Hayles. Mas não posso. Seria muito perigoso para ela e para mim.

-Kéfera, pode cuidar da loja para mim? – pedi para uma das estagiárias.

-Claro. Onde vai?

-Andar por aí...

Ela assentiu, desconfiada. Saí pela porta, fazendo os sininhos de latão fazerem um barulhinho.

As ruas do Beco Diagonal estavam vazias. Todos estavam em suas casas comemorando o “nascimento de Jesus”.

Pff, natal. Ridículo.

Andei por um longo caminho até parar no cemitério bruxo da região. Andei pelos túmulos com... Bom... Pessoas mortas, obviamente.

De repente, topei em um túmulo especial: o túmulo do meu irmão.

-Eu queria que você estivesse aqui... – sussurrei baixinho.

Me sentei em um banco perto e olhei para as estrelas.

-Noite chata, né?

-É...

Olhei para o lado e arregalei os olhos.

Era o fantasma do Fred.

Novamente.

-Você de novo?! – exclamei, abrindo um enorme sorriso.

-O que? Se não gostou, eu vou embora.

-Não! Não... Fica. É só que você me surpreendeu.

-É essa a ideia. Como vai, maninho?

Não respondi.

-É, eu sei que você vai mal. Só perguntei por educação. Então, o que trás você aqui nesse cemitério frio?

-Ah... Você sabe...

-Você não pode passar o natal com a sua namorada, não é? – adivinhou ele.

-É incrível como, mesmo depois de morto, você ainda lê minha mente. – ri baixinho. Ele sorriu.

-Ainda sou seu irmão, oras. Enfim, já que você não pode, por que não dá um presente para ela?

-Eu... Eu não sei...

-Ora, vamos! Todos sabem que você ama ela, vá logo e dê um presente à ela!

-M-mas...

-Sem mas, maninho. Se ela é tão boa como você diz, ela com certeza merece.

Eu olhei para o lado e, logo depois, olhei para o meu irmão.

-Você tem razão... Eu... Deveria mesmo. Obrigado por me ajudar. – ele abriu um sorriso que eu retribuí – Se você estivesse vivo, eu te abraçava.

Ele gargalhou alto.

-Deixe as melações para quando nos encontrarmos aqui no pós-morte, tá? Agora vai lá comprar um presente pra ela!

-Vou sim... E mais uma vez: obrigado, maninho.

-Por nada. – ele sorriu levemente e eu saí correndo cemitério afora, em direção à Hogsmeade, procurar uma loja que estivesse aberta.

oooooOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOooo

Acabei comprando uma pulseira com uma pequena guitarra pendurada. Era bem a cara da minha linda roqueira. Porém, na hora de escrever um cartão, foi um grande sofrimento.

Fiquei várias horas sentado na minha escrivaninha, pensando no que escrever. De repente, um vento soprou e a inspiração veio.

Me desculpe não poder estar com você nesse Natal. E me desculpe por não poder falar com você. Eu juro que queria muito poder lhe contar tudo, mas eu não posso.

Pode não parecer... Mas eu ainda te amo.

Jorge

-Obrigada, Fred. – susurrei, sorrindo levemente.

Coloquei tudo em um embrulho, acenei a varinha e mandei para a casa dela.

-Feliz natal, meu amor. – ri baixinho e voltei para trabalhar.


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Notas finais do capítulo

É isso... Ficou muito tosco? Espero que não D:
Reviews são bem vindas.