A Dama no Santuário escrita por Danda


Capítulo 7
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/18352/chapter/7

 

Tinha acabado de chegar na sua terra, uma vila perto de Grenoble, já era noite. Era uma vila muito pequena, com apenas 10 casas, uma venda e um pequeno bar onde os habitantes costumavam se reunir aos fins-de-semana. Ali todos sabiam da vida de todos. Quando era pequeno odiava esse facto, sempre fora reservado e odiava as pessoas se intrometendo na sua vida. Lembrava de seu primeiro beijo, com a filha do dono do bar, tinha 12 anos, foi a ultima vez que o Mestre tinha permitido vir ver os pais. Foi atrás da casa da Sra. Poirie. Alguém viu e foram logo contar para o pai da menina, que lhe quis dar um tiro.

Sorriu ao lembrar disso, foi a muito custo que os pais e vizinhos conseguiram fazer o dono do bar, no qual já não lembrava do nome, esquecer esse evento.

E agora lá estava ele, 4 anos depois do ocorrido, feliz e, ansioso para chegar em casa e contar para os pais e irmão que era o mais novo Cavaleiro de Ouro de Aquário. “Um defensor de Athena” - pensava enquanto caminhava pelas ruas da villa desertas, apenas iluminado pelas fracas luzes dos postes de iluminação mal posicionados.

Era Julho mas o ar frio da noite lhe refrescavam, ao mesmo tempo que estranhamente lhe causavam arrepios. “Era só o que faltava, ficar doente agora” - pensava. Caminhava a passos largos ignorando o facto de não ver viva alma no seu caminho. Foi quando parou os olhos no sobrado bem cuidado, com uma grande árvore na frente. Sorriu e começou a correr. Não tocou a campainha passou pelo baixo portão de ferro escuro e abriu a porta rapidamente. Estranhou pois esta estava apenas encostada.

- MÃE!!! PAI!!! – Gritou da porta.

Não ouviu nada em resposta.

- Mãe?! – Disse entrando pelo hall de entrada.

Virou na primeira porta a direita, onde estava localizado a sala. O sofá azul claro estava de costas para a porta. Viu a cabeça do pai recostada e deu um sorriso. Se aproximou cautelosamente para não acorda-lo e foi para frente deste. Arregalou os olhos e abriu a boca com a imagem que via.

No pescoço de seu pai havia um profundo corte e sangue já coagulado espalhavasse no sofá e no chão. Cambaleou tentando entender aquela imagem, sentindo os olhos encherem de lágrima. Ficou ali parado cambaleando durante um tempo que nem ele soube determinar até que no impulso correu para o quarto dos pais e viu a mãe deitada coberta de sangue do lado do irmão. Não sabia identificar de quem era, apenas fechou os olhos e começou a gritar.

Correu esbarrando nos móveis pelo caminho. Passou pela porta e começou a pedir ajuda, mas ninguém respondeu.

Foi quando viu a porta da vizinha aberta. Correu para lá na esperança de encontrar alguém, mas ao abrir mais a porta deparou com um corpo no chão. Recuou assustado e, correu sem saber para onde correu muito.

“Acho que corri a noite inteira” – Pensou sentindo uma lágrima cair de seu olho.

- Você encontrou alguém – Calipso recomeçou – Que disse que tudo aquilo ia se resolver, mas até hoje nada foi feito.

Kamus fechou os olhos e baixou a cabeça.

- Também fala do dia em que você lançou seu poder contra o navio que estava o corpo da mãe de seu pupilo – Calipso disse fazendo Kamus olhar em seus olhos – Porque não queria que ele se ferisse como você se feriu.

Kamus levantou bruscamente e se aproximou de Calipso, tirando cuidadosamente o caderno das mãos dela e depositando-o de volta na gaveta, fechando-a em seguida.

- As pessoas aqui, não sabem da minha história – Disse ajudando Calipso a se levantar, cuidadosamente – Não diga nada a eles. – Pediu.

Calipso assentiu.

Caminharam até a porta onde Calipso segurou Kamus pela mão fazendo-o virar para ela.

- Porque o homem disse que tudo se resolveria, se não ia cumprir o que prometeu? – Perguntou olhando nos olhos do Cavaleiro de Aquário.

Kamus deu um pesado suspiro, mas não desviou os olhos da Ninfa.

- Porque hás pessoas não são tão puras, como você – Respondeu – Quando você saiu do banheiro nua, Miro te olhou com malícia…

- O que é malícia? – Calipso interrompeu.

Seguindo o instinto Kamus passou a mão no rosto pálido a sua frente.

- Você não entenderia… - Disse após um minuto, tirando rapidamente a mão do rosto dela, quando se deu conta do que estava fazendo – Vamos – Disse voltando a caminhar – estão a nossa espera.

- Eu decidi ir com Kanon por achar que explicaria melhor para os de Bronze a situação – Ouviram Shaka dizer para Saga quando entraram na sala.

Todos os presentes viraram a atenção para a moça que acompanhava Kamus.

Hyoga se aproximou com cautela, sem tirar os olhos da ninfa.

- Ela tem os olhos de um animal – Falou sem pensar.

- Hyoga!!! – Repreendeu Kamus.

- Desculpe Mestre – Hyoga pediu baixando a cabeça.

Calipso olhava alternadamente para todos.

- Então o que faremos – Perguntou Mu, chamando a atenção de todos.

Em seguida viraram a atenção para Shaka que estranhou um bocado, mas logo se recompôs.

- Bem – Começou – eu estive pensando que como os Teufels são animais. E como animais não gostam de barulho, isso só deixam baralhados. E se tiver muita gente junta eles não conseguir distinguir o cheiro dela, desta forma estive pensando em uma festa.

- Oba festa – Disse Miro.

- Mas espera – disse Mu – Não creio que Oceano queira aparecer diante de muitos mortais.

- ele está certo – Concordou Saga. – É arriscado.

- Temos que pensar melhor – Disse Kanon – ela só tem mais um chance para voltar para casa, não podemos arriscar.

- Vamos pensar melhor – Disse Miro – Vamos armar um plano…

- Vamos para Casa de Escorpião – propôs Shaka – Lá conversamos com mais calma e vemos como fazemos a festa.

- Vão – disse Kamus – eu fico aqui com Calipso.

- Certo! – Concordaram todos.

Após ver os amigos se afastarem olhou para Calipso, que caminhou até o sofá e se sentou com calma.

- Está com medo? – Kamus perguntou se aproximando e sentando do lado da ninfa.

Calipso afirmou com um sinal.

- Os Teufels ainda estão lá fora – ela disse baixinho – Posso senti-los.

- Quer que eu vou lá fora ver? – Kamus perguntou.

- É perigoso…

- Eu sou o Guardião…

- Eles não podem te atacar.

- Um deles já recuou perante mim – Kamus concluiu – você consegue se comunicar comigo…?

- Por cosmo – Calipso cortou – Sim.

- Tudo bem então eu vou lá fora. – Disse já se levantando e caminhando para a porta que dava para o jardim.

Kamus saiu para o jardim fechando a porta atrás de si. Olhando minuciosamente para todos os lados.

- Kamus – Calipso chamou – Procure dois pontos vermelhos na escuridão.

Kamus olhava para os locais mais escuros do jardim.

- Não vejo nada – disse – Talvez tenham ido…não, não. Vejo, agora vejo

Kamus via dois pontos vermelhos brilhando na escuridão, lhe observando.

- Você tem que dizer: Nach oben, e ele se erguerá para o desafio.

- Ok – Kamus disse confiante – Nach oben – Disse alto.

Viu os olhos vermelhos se ergueram.

. O que está acontecendo? – Calipso perguntou

- Ele está se levantando.

- Olhe nos olhos dele, você conseguirá, intimida-lo. Apenas o Guardião consegue intimida-lo.

Não ouviu resposta.

- Kamus!?

- Ele não está a recuar.

- Que!?

- Ele está vindo na minha direção!!!

- CORRE!!!

Continua…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Dama no Santuário" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.