A Dama no Santuário escrita por Danda
Tinha acabado de chegar na sua terra, uma vila perto de Grenoble, já era noite. Era uma vila muito pequena, com apenas 10 casas, uma venda e um pequeno bar onde os habitantes costumavam se reunir aos fins-de-semana. Ali todos sabiam da vida de todos. Quando era pequeno odiava esse facto, sempre fora reservado e odiava as pessoas se intrometendo na sua vida. Lembrava de seu primeiro beijo, com a filha do dono do bar, tinha 12 anos, foi a ultima vez que o Mestre tinha permitido vir ver os pais. Foi atrás da casa da Sra. Poirie. Alguém viu e foram logo contar para o pai da menina, que lhe quis dar um tiro. Sorriu ao lembrar disso, foi a muito custo que os pais e vizinhos conseguiram fazer o dono do bar, no qual já não lembrava do nome, esquecer esse evento. E agora lá estava ele, 4 anos depois do ocorrido, feliz e, ansioso para chegar em casa e contar para os pais e irmão que era o mais novo Cavaleiro de Ouro de Aquário. “Um defensor de Athena” - pensava enquanto caminhava pelas ruas da villa desertas, apenas iluminado pelas fracas luzes dos postes de iluminação mal posicionados. Era Julho mas o ar frio da noite lhe refrescavam, ao mesmo tempo que estranhamente lhe causavam arrepios. “Era só o que faltava, ficar doente agora” - pensava. Caminhava a passos largos ignorando o facto de não ver viva alma no seu caminho. Foi quando parou os olhos no sobrado bem cuidado, com uma grande árvore na frente. Sorriu e começou a correr. Não tocou a campainha passou pelo baixo portão de ferro escuro e abriu a porta rapidamente. Estranhou pois esta estava apenas encostada. - MÃE!!! PAI!!! – Gritou da porta. Não ouviu nada em resposta. - Mãe?! – Disse entrando pelo hall de entrada. Virou na primeira porta a direita, onde estava localizado a sala. O sofá azul claro estava de costas para a porta. Viu a cabeça do pai recostada e deu um sorriso. Se aproximou cautelosamente para não acorda-lo e foi para frente deste. Arregalou os olhos e abriu a boca com a imagem que via. No pescoço de seu pai havia um profundo corte e sangue já coagulado espalhavasse no sofá e no chão. Cambaleou tentando entender aquela imagem, sentindo os olhos encherem de lágrima. Ficou ali parado cambaleando durante um tempo que nem ele soube determinar até que no impulso correu para o quarto dos pais e viu a mãe deitada coberta de sangue do lado do irmão. Não sabia identificar de quem era, apenas fechou os olhos e começou a gritar. Correu esbarrando nos móveis pelo caminho. Passou pela porta e começou a pedir ajuda, mas ninguém respondeu. Foi quando viu a porta da vizinha aberta. Correu para lá na esperança de encontrar alguém, mas ao abrir mais a porta deparou com um corpo no chão. Recuou assustado e, correu sem saber para onde correu muito. “Acho que corri a noite inteira” – Pensou sentindo uma lágrima cair de seu olho. - Você encontrou alguém – Calipso recomeçou – Que disse que tudo aquilo ia se resolver, mas até hoje nada foi feito. Kamus fechou os olhos e baixou a cabeça. - Também fala do dia em que você lançou seu poder contra o navio que estava o corpo da mãe de seu pupilo – Calipso disse fazendo Kamus olhar em seus olhos – Porque não queria que ele se ferisse como você se feriu. Kamus levantou bruscamente e se aproximou de Calipso, tirando cuidadosamente o caderno das mãos dela e depositando-o de volta na gaveta, fechando-a em seguida. - As pessoas aqui, não sabem da minha história – Disse ajudando Calipso a se levantar, cuidadosamente – Não diga nada a eles. – Pediu. Calipso assentiu. Caminharam até a porta onde Calipso segurou Kamus pela mão fazendo-o virar para ela. - Porque o homem disse que tudo se resolveria, se não ia cumprir o que prometeu? – Perguntou olhando nos olhos do Cavaleiro de Aquário. Kamus deu um pesado suspiro, mas não desviou os olhos da Ninfa. - Porque hás pessoas não são tão puras, como você – Respondeu – Quando você saiu do banheiro nua, Miro te olhou com malícia… - O que é malícia? – Calipso interrompeu. Seguindo o instinto Kamus passou a mão no rosto pálido a sua frente. - Você não entenderia… - Disse após um minuto, tirando rapidamente a mão do rosto dela, quando se deu conta do que estava fazendo – Vamos – Disse voltando a caminhar – estão a nossa espera. - Eu decidi ir com Kanon por achar que explicaria melhor para os de Bronze a situação – Ouviram Shaka dizer para Saga quando entraram na sala. Todos os presentes viraram a atenção para a moça que acompanhava Kamus. Hyoga se aproximou com cautela, sem tirar os olhos da ninfa. - Ela tem os olhos de um animal – Falou sem pensar. - Hyoga!!! – Repreendeu Kamus. - Desculpe Mestre – Hyoga pediu baixando a cabeça. Calipso olhava alternadamente para todos. - Então o que faremos – Perguntou Mu, chamando a atenção de todos. Em seguida viraram a atenção para Shaka que estranhou um bocado, mas logo se recompôs. - Bem – Começou – eu estive pensando que como os Teufels são animais. E como animais não gostam de barulho, isso só deixam baralhados. E se tiver muita gente junta eles não conseguir distinguir o cheiro dela, desta forma estive pensando em uma festa. - Oba festa – Disse Miro. - Mas espera – disse Mu – Não creio que Oceano queira aparecer diante de muitos mortais. - ele está certo – Concordou Saga. – É arriscado. - Temos que pensar melhor – Disse Kanon – ela só tem mais um chance para voltar para casa, não podemos arriscar. - Vamos pensar melhor – Disse Miro – Vamos armar um plano… - Vamos para Casa de Escorpião – propôs Shaka – Lá conversamos com mais calma e vemos como fazemos a festa. - Vão – disse Kamus – eu fico aqui com Calipso. - Certo! – Concordaram todos. Após ver os amigos se afastarem olhou para Calipso, que caminhou até o sofá e se sentou com calma. - Está com medo? – Kamus perguntou se aproximando e sentando do lado da ninfa. Calipso afirmou com um sinal. - Os Teufels ainda estão lá fora – ela disse baixinho – Posso senti-los. - Quer que eu vou lá fora ver? – Kamus perguntou. - É perigoso… - Eu sou o Guardião… - Eles não podem te atacar. - Um deles já recuou perante mim – Kamus concluiu – você consegue se comunicar comigo…? - Por cosmo – Calipso cortou – Sim. - Tudo bem então eu vou lá fora. – Disse já se levantando e caminhando para a porta que dava para o jardim. Kamus saiu para o jardim fechando a porta atrás de si. Olhando minuciosamente para todos os lados. - Kamus – Calipso chamou – Procure dois pontos vermelhos na escuridão. Kamus olhava para os locais mais escuros do jardim. - Não vejo nada – disse – Talvez tenham ido…não, não. Vejo, agora vejo Kamus via dois pontos vermelhos brilhando na escuridão, lhe observando. - Você tem que dizer: Nach oben, e ele se erguerá para o desafio. - Ok – Kamus disse confiante – Nach oben – Disse alto. Viu os olhos vermelhos se ergueram. . O que está acontecendo? – Calipso perguntou - Ele está se levantando. - Olhe nos olhos dele, você conseguirá, intimida-lo. Apenas o Guardião consegue intimida-lo. Não ouviu resposta. - Kamus!? - Ele não está a recuar. - Que!? - Ele está vindo na minha direção!!! - CORRE!!! Continua…
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!