24 de dezembro de 1995 – Forks
Isabella Swan

- Papai do céu! Hoje eu vi uma boneca tão linda em uma loja! O senhor podia pedir para o seu amigo Papai Noel pra me trazer ela amanha, não é?

24 de dezembro de 1995 – Forks
Edward Cullen

- Papai do céu! Eu sei que não existe o tal do papai Noel, apesar do Emm ainda acreditar! Mas eu sei que o senhor existe! Eu fui um bom garoto esse ano, e queria muito que o senhor fizesse meus pais comprarem aquele violão que eu vi naquela loja de som!

24 de dezembro de 2001 – Seattle
Isabella Swan

- Deus, eu sei que é errado pedir esse tipo de coisa, mas, sabe o Mike? Eu o acho tão lindo! O senhor podia fazer ele gostar de mim como eu gosto dele?

24 de dezembro de 2001 - Seattle
Edward Cullen

- Querido Deus... Não deixe a minha mãe morrer!... O senhor a conhece não conhece? Sabe que ela sempre foi boa! Ela é uma ótima mãe, cozinha, limpa a casa, trata o papai super bem!... Eu sei que o senhor está com saudades dela e por isso quer pegá-la de volta! Mas, se o senhor levá-la... Nós sentiremos muito a falta dela! Por favor! Só mais um ano! Por favor...

24 de dezembro de 2004 – Jacksonville
Isabella Swan

- Deus! A minha festa de 15 anos foi incrível! Parece que estou vivendo o melhor ano de toda a minha vida! Obrigado! Esse ano eu não tenho nada pra pedir, apenas para agradecer! Eu te amo!

24 de dezembro 2004 – Londres
Edward Cullen

- Oi Deus! Obrigado pelo natal passado! Foi o ultimo que passei com a mamãe. Obrigado por ter dado mais dois anos de vida pra ela! Bom, acho que o senhor já sabe o que vou pedir, não é? Afinal, isso vem ocupando minha mente desde que... – suspirei. – Desde que terminei com a Victoria. Nem trocar de pais não me faz esquecer o que ela me fez. Eu queria muito conhecer alguém que me fizesse realmente feliz! Que não me enganasse! Que me fizesse escrever uma musica! Eu sei que o senhor pode fazer isso! Obrigado!

24 de dezembro de 2006 – Miami
Isabella Swan

- Bom Deus, eu nem preciso dizer que esse ano não foi nada bom, não é? Afinal o senhor viu tudo o que aconteceu! Poxa! O James não podia ter feito aquilo comigo! Desde 2004 ele estava me traindo com aquela vadia ruiva chamada Victoria! Desculpe pelo palavrão! – falei sem graça. – Mas eu ainda estou com tanta raiva! Por que ele mentiu pra mim, Deus? Por que eu nunca consigo achar o cara certo? – suspirei cansada de sempre perguntar a mesma coisa. – O Senhor já deve estar enjoado de me ouvir falar as mesmas coisas não é? Eu só te peço pra me mostrar quem é o cara certo! Ano que vem eu vou pra faculdade e vou morar sozinha! E eu quero alguém comigo! Pra me manter de pé quando eu cair! Pra me abraçar quando eu estiver triste! Pra cantar pra mim quando eu estiver deprimida! Eu quero alguém que me ame! Por favor! Me faça encontrá-lo!

24 de dezembro de 2006 – Los Angeles
Edward Cullen

- Deus, obrigado pelas oportunidades que o senhor me deu esse ano! Obrigado porque hoje o bar lotou e um dos caras é um produtor musical! Eu sei que foi o senhor que fez ele ir lá justo no dia que eu toco! Ele disse que é pra eu ir segunda na agencia dele! Só me diz uma coisa, Deus: Vai dar certo dessa vez? Já faz dois anos que eu to procurando uma produtora, eles me chamam, mas dizem que eu não tenho o perfil que eles querem, que as minhas musicas ainda não “tocam” na alma! Mas o que eles querem que eu faça? Eu não tenho ninguém que me inspire! Só mulheres fúteis passam na minha vida! – suspirei derrotado. – Acho que eu não sirvo pra ser cantor!

24 de dezembro de 2008 – New York
Isabella Swan

Acordei pela manha já sabendo como seria meu dia: solitário. Jacob vai trabalhar direto até o fim do ano. Ele é piloto de avião, e como a maioria dos capitães já são mais antigos, tem direito a passar o natal com a família e com os amigos. Por Jacob ter entrado há apenas dois anos, o tratam como escravo! Odeio isso.
A festa na casa da Jessica só vai começar a 1:00 da manha, por que todos vão passar o natal em casa com a família. Como meus pais ainda moram em Forks, vou passar a meia-noite sozinha. Eu poderia ter viajado pra lá, mas parece que tudo conspirou contra mim nesse fim de ano. Meu patrão sofreu um ataque cardíaco e atrasou o pagamento dos funcionários por que teve que pagar o hospital. Jacob ia me emprestar o dinheiro, mas quando foi sacar, um cara o encurralou e levou toda a grana. Ele tem outra conta, mas não é aqui nos EUA. Ele poderia sacar dinheiro acessando ela por aqui, se não fosse a operação “Banco americano seguro” que o idiota do governo americano lançou, onde só se podia sacar dinheiro se a conta fosse do pais. Eu sofro, não?
Então o jeito vai ser passar sozinha. Descobri que os solitários de New York passam as datas especiais no Central Park. E é pra lá que eu vou, compartilhar minha solidão com os outros. Cara que decadência!

24 de dezembro de 2008 – New York
Edward Cullen

Mais um natal sozinho. O pessoal foi todo pra Malibu, no mês passado, e eu como tenho uma sorte do cão, não consegui dispensa do serviço! E eu não iria obrigar Emmett, Jasper, Garret  e Seth a ficarem aqui! Eles precisam se divertir, e como eu não ando muito bem ultimamente... muito bem eu digo emocionalmente. Eu ando muito estressado, e nunca aceito fazer nada. Até eu estou me achando um tremendo chato! Mas é que quando você é um cantor em começo de carreira, é você mesmo quem faz suas musicas, e quando você não tem inspiração, você não tem musicas novas. E eu estou sem inspiração.
Eu vou aproveitar minha noite solitária hoje pra ver se alguma coisa surge na minha mente vazia. Dizem que o Central Park é ótimo pra se inspirar. E é pra lá que eu vou hoje à noite. E eu realmente espero que eu encontre minha inspiração.

Isabella Swan - 23:40 Central Park

Estava sentada na beirada da fonte do Central Park, tinha poucas pessoas ali. Os que estavam pareciam tão solitários. Meu Deus, será que eu estou assim e nem estou percebendo! Foi quando eu o vi, ele estava vindo em minha direção; tinha os olhos de um verde esmeralda e os cabelos de um tom estranho de bronze, ele trazia consigo um violão nas costas. Espera aí, ele não era o rapaz que cantava no bar perto do meu apartamento à dois anos atrás e tinha sido contratado por uma produtora? Como era o nome dele mesmo? Ah, Edward, eu tive uma quedinha por ele antes de conhecer o Jake, mas como ele parou de cantar no bar e nunca mais foi lá eu tinha até me esquecido. Ele sentou perto de mim e tirou seu violão da capa e começou cantar uma das músicas mais famosas dele [b]Lembranças[/b] mas a música não parecia dizer o que ele estava sentindo naquele momento. Ele parecia mais triste, como se o que estivesse sentindo fosse aquilo e algo mais, como se ele não quisesse como dizia a música realmente voltar com a pessoa amada. Como se ele quisesse esquece- la mas não conseguia. Fui me aproximando, chegando cada vez mais perto quando ele parou de cantar.
Edward Cullen- 23:40 Central Park

No Central Park fui direto para o meu lugar preferido, a fonte. Lá é sempre um lugar vazio, acho que hoje não seria exceção. Fui andando bem de vagar até sentar na beirada da fonte, lá eu tirei o meu violão da capa e comecei a tocar e cantar uma música de minha composição,[b]Lembranças[/b]. É a minha música de maior sucesso, ela dizia o que eu sentia por Victória, não, eu já não a amava mais mas eu me sentia assim com relação a ela, eu não iria lembrar dela nem queria voltar com ela mas ainda assim essa era a música que mais chegou perto de tocar a alma de alguém enquanto a ouvia e a minha enquanto canta de perdido nesses pensamento senti que alguém se aproximava de mim. Parei imediatamente de cantar e olhei para cima. Ela era linda, meu coração acelerou como se eu tivesse quase sido atropelado, eu a conhecia de algum lugar mas não sabia onde.

“Oi,”- ela disse tímida- “desculpe estar incomodando mas... você é Edward Cullen? O cantor que tocava no bar Tio Patinhas aqui perto? Desculpe não queria incomodar mesmo é que eu adoro a sua música. Eu sei que estou te atrapalhando desculpe eu já estou indo.”- tagarelou ela envergonhada. Ela estava se virando para ir quando eu respondi:

“Não se preocupe não está me atrapalhando. Sim, sou Edward Cullen pode me chamar de Edward. E você?”

“Isabella Swan, mas me chame de Bella.”

“Então Bella, você conhece minhas músicas desde o Tio Patinhas?”

“Sim, elas são muito lindas”- respondeu sorrindo, mas pelo que parecia ela queria falar algo mais. Vou cantar pra ela minha nova música para ver o que ela acha. Eu mal a conhecia e já sabia que  poderia confiar nela.

“Bella...”- ela me olhou- “gostaria de ser a primeira a ouvir minha nova música?”

Bella PDV

“Cl... claro.- gaguejei surpresa- “seria uma honra”

“O nome dela é a A Little Bit Longer”
“A Little Bit Longer?”- perguntei me sentando a seu lado.
“Vai entender.”- ele começou a cantar...

Got the news today (Recebi as notícias hoje)
Doctor said I had to say (O médico disse que tenho de ficar)
A little bit longer and a’ll be fine(Um pouquinho mais e eu ficarei bem)


When thought it’d all been done (Quando pensei que tudo foi feito)
When I thought everything was said  (Quando pensei que tudo foi dito)
A little bit longer and I'll be fine(Um pouquinho mais e eu ficarei bem)
But you do not know what you have to lose(Mas você não sabe o que tem até perder)
And you do not know how it feels so sad(E você não sabe como é se sentir tão triste)
And every time you smiled and laughed you shone(E todas as vezes que você sorriu e riu você brilhou)
You do not even know (Você nem mesmo sabe)
You do not even know(Você nem mesmo sabe)

All this time is(Todo esse tempo passa)
There is not one that(Ainda não há um por que)
A little bit longer and I'll be fine(Um pouquinho mais e eu ficarei bem)
Waiting for a cure(Esperando por uma cura)
But none of them is right(Mas nenhuma delas está certa)

A little bit longer and I'll be fine(Um pouquinho mais e eu ficarei bem)
But you do not know what you have to lose(Mas você não sabe o que tem até perder)
And you do not know how it feels so sad(E você não sabe como é se sentir tão triste)
And every time you smiled and laughed you shone(E todas as vezes que você sorriu e riu você brilhou)
You do not even know (Você nem mesmo sabe)
You do not even know (Você nem mesmo sabe)
Even you know(Nem mesmo você sabe)

And you do not know what you have to lose(E você não sabe o que tem até perder)
And you do not know how it feels so sad(E você não sabe como é se sentir tão triste)
And every time you smiled and laughed you shone(E todas as vezes que você sorriu e riu você brilhou)
Not even you know (know. .. yeah ... know ... yeah) (Nem mesmo você sabe)-(sabe... yeah... sabe... yeah)
So I'll wait until "kingdom come(Então eu esperarei até o "reino" vir)
All the ups and downs will(Todos os altos e baixos se irão)

A little bit longer and I'll be fine(Um pouquinho mais e eu ficarei bem)
I'll well... fine( Eu ficarei... bem)

Essa música descrevia o que eu pensava as vezes. Desde que descobri que James estava me traindo eu sempre pedia para encontrar alguém que realmente me amasse. Jake me fazia sentir amada, protegida, mas não era aquilo que eu queria. Desisti de procurar o verdadeiro amor. Comecei a acreditar que ele não existia. Edward fazia me sentir segura, mesmo não o conhecendo ele me passou segurança carinho e conforto. Me identificava com as músicas dele, elas descreviam minha vida. Principalmente essa, ela dizia o que eu pensava, ainda sentia que Jake podia me trair.

“Gostou?”- ele perguntou com um sorriso torto lindo nos lábios mas esse sorriso não chegou a seus olhos.

“Não, não gostei.”- vi o sorriso desaparecer de seu lábios- “Eu amei, me identifiquei muito com essa música”

“Quer saber o significado, o que realmente me levou a escrever essa música?”


Edward PDV

Fique tenso esperando a resposta, afinal ela não tinha nada a ver com isso e talvez não quisesse saber. Mas algo dentro de mim deveria dizer a ela o motivo; algo dentro de mim dizia que ela iria me entender e mais que qualquer outro. Ela tinha uma aura de bondade, de tudo que há de bom na vida em volta dela. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo mas aquela noite iria ficar marcada em minha vida.

“Por que não uma fã não iria querer saber os motivos que levaram seu ídolo a escrever uma música?”- perguntou ela em tom de brincadeira.

“Porque eu não te vejo como uma fã e sim como uma amiga, se você me permitir claro”

“Que bom que me vê como amiga, porque eu também vejo você como um. Conte porque então.”

No momento que abri a boca para começar meu celular apitou anunciando a meia- noite. Era natal, e eu estava com essa pessoa maravilhosa ao meu lado contando minha vida através de minhas músicas.

“Feliz Natal, o natal solitário dos solitários de NY”- falou ela rindo
“Feliz Natal para você também”- respondi- “Uma data mágica não?”

“Muito, nos meus Natais sempre acontece uma coisa mágica. Não sei explicar o que é, só sei que não importa se estou triste, angustiada ou tendo qualquer pensamento negativo, o natal me renova e traz novas esperanças.”

“Incrível, comigo acontece a mesma coisa. De uma forma inexplicável e boa. Voltando ao assunto, há um tempo atrás descobri que estava sendo traído, Victória, eu a amava. Eu ia pedi- la em casamento naquele dia quando a vi com James.”- falei cerrando o punho, de relance vi Bella travar parecendo tentando absorver alguma coisa. Mesmo assim continuei- “Aquele que julgava ser meu melhor amigo, meu irmão. Foi um choque para mim, fiquei muito mal durante um tempo por isso, mas percebi que não valia a pena ficar chorando pelo leite derramado e segui em frente. O jeito de continuar de desabafar de algum jeito já que não conseguia contar a ninguém foi escrevendo essa música. Ela diz o que eu sinto e nela encontrei também a resposta para esse problema.”- olhei para o lado e Bella estava pálida, parecia que a qualquer momento ia desmaiar- “Bella?...Bella você está bem?”- perguntei realmente preocupado.

Bella PDV

“Bella?...Bella você está bem?”- perguntou Edward preocupado. Não dei importância, o que precisava agora era desabafar com a aquele homem que me fazia sentir tão bem e sofria pelos mesmos motivos que eu.- “Há alguns anos atrás eu namorava um James ele sempre falava de um amigo chamado Edward. Eu tinha também uma prima chamada Victória. Um dia combinei de encontrar ela no shopping, quando chego lá vejo ela se agarrando com o meu namorado, James.”- falei mirando seus orbes verdes-“É muita coincidência não acha?”

“Desculpe, eu não queria te assustar com a história, só queria que soubesse os motivos que me levaram a escrever a música.”- falou ele sincero.

“Não se preocupe, não me assustou, é bom conhecer a pessoa que minha prima e James magoaram, pois essa deve ser a única pessoa que posso desabafar sem medo. Se você não se importar, lógico.”- completei preocupada. Eu precisava muito desabafar com ele. Por que? Nem eu sei.

“Fique à vontade. Afinal eu desabafei com você, nada mais justo.”


“Por onde posso começar....”- falei pensando

“Pode começar pelo inicio”- disse ele fingindo estar sério

“Pára!”- eu disse rindo completamente distraída- “É complicado”

“Acho que posso entender”

“Pode, você pode. Eu era muito apaixonada por James. Eu sinceramente, com o mais puro dos sentimentos me identifiquei com a sua música, ela diz o que eu penso sobre isso. Eu me relacionei com algumas pessoas depois disso, mas com muito medo de me machucar. Evitei de ser muito próxima das pessoas de qualquer tipo de afeto com qualquer pessoa que não fossem meus pais. Não sei o que está acontecendo comigo agora, pois com meus pensamentos eu não deveria nem ter chegado perto de ti.”- disse num só fôlego.

“Não precisa ficar com medo, pelo que me disse tem os mesmos medos que eu não vou te machucar nem você machucará a mim, vejo isso.”- disse ele se aproximando- “Lembra de quando disse que no Natal sempre acontece algo mágico?”


“Você quer dizer que a mágica do Natal desse ano foi nos conhecermos?”- perguntei me aproximando ainda mais dele.

“Exatamente.”- fomos nos aproximando lentamente até nossos rostos ficarem a meros milímetros de distancia. Sabia que aquilo era errado, mas eu queria; todo o meu corpo e meu coração. Quando nossos lábios se tocaram foi uma explosão de sentimentos e desejos nunca sentidos por uma pessoa que eu mal conhecia. Abri minha boca para dar passagem a sua língua, o beijo dele tinha um gosto de bala de menta com um leve doce, algo nunca provado em minha vida, e olha que eu já beijei bastante. O beijo era ao mesmo tempo suave e avassalador. Deus! Que poder aquele homem tinha sobre mim. Eu o conheci há mais ou menos meia hora e já estava o beijando. Cedo de mais nos separamos, sorrimos um para o outro e sorrimos.

“Isso foi incrível”- disse ele por fim

“Muito,”- concordei- “tenho que ir. Promete que não perderemos contato?”

“Prometo”- Trocamos e- mail e telefone. Fui para casa muito feliz, por finalmente ter podido desabafar e conhecido alguém tão especial e tido uma noite maravilhosa. Um alguém e uma noite que com certeza ficariam marcados em minha vida.