A Estrada escrita por ChatterBox


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oks, está beeem curtinho, é uenão tive mais ideias completas e naoq ueria mais deixar vcs esperando.
Mas já orgaizei as ideias e o próximo capítulo vai chegar loguinho, prometo.
Boa leitura. ;)
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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Minha cabeça latejava um pouco ao acordar.

Tudo que eu lembrava era o rosto de Nathan aparecendo do nada no meio daqueles caras e aos poucos, acabei recordando a memória do que aconteceu na noite anterior.

Não era novidade de que eu tinha que desmascarar alguém hoje. Seja lá quem ele for. Tem segredos de sobra, até demais, e está mais do que na cara que não está com amnésia.

Pensei em várias possibilidades enquanto descia os degraus da escada. A final, devia ter algum motivo para que ele conseguisse driblar tão facilmente o exame do médico e saber tanto sobre mim.

A única solução que me vinha à cabeça era que ele fosse da polícia. Ou da CIA, do FBI, qualquer coisa que pudesse fazer com que o exame fosse falsificado legalmente sem que ninguém soubesse. E ele estaria me espionando há muito tempo para saber de detalhes como que eu amo System of a Down, e odeio o Discovery Chanel...

Tudo bem, isso está fora de questão. Por que alguém me espionaria? Ainda mais uma companhia importante e tão atarefada como a CIA ou o FBI. Eles não perderiam tempo mandando um de seus oficiais mirins espionar uma garota de dezessete anos. E com a ficha limpíssima.

Que seja. Iria descobrir agora. Ele me devia explicações já que estava morando sob o mesmo teto que eu.

Fui até a cozinha e encontrei-o sentado no balcão, sua aparência era mais do que chamativa, seus olhos pareciam estar sempre refletindo sobre alguma luz que vinha da janela e seu cabelo estava sempre bagunçado sedutoramente, como na manhã de ontem. Minha mãe não estava acordada, só meu pai. Que me deu um beijo na testa e depois subiu as escadas. Ficamos só eu e ele cara a cara.

Não se mexeu ao me ver, mas claro que tinha outro olhar para mim. Como o de sobressalto, com medo que eu contasse aos meus pais o que houve ontem. E ao mesmo tempo, tentava disfarçar agindo como sempre.

Cruzei o braços e o encarei durante alguns segundos, tentando demonstrar minha indignação sem que notasse minha pitada de medo.

Ele apenas bufou um brevíssimo riso abafado de lado.

Balancei a cabeça impaciente e sentei-me em frente a ele.

 - Tudo bem, é melhor você abrir o jogo de uma vez. – suspirei, mas a falta de convicção na minha voz me traiu. Pigarreei e tentei outra vez:

 - Ta mais do que óbvio que você não ta com amnésia. Podia contar tudo para a minha mãe, sabia?

Melhorou, mas não completamente. Saco.

Esperei que ele entrasse em pânico quando ameaçasse contar para minha mãe, mas ele riu. Franzi o cenho, confusa;

 - A sua mãe me deixaria ficar aqui mesmo assim, eu não tenho para onde ir, lembra? Sou o novo instrumento de caridade dela.

Pronunciou cheio de segurança e sarcasmo, com os braços cruzados rente ao corpo como se estivesse desafiando minha capacidade de coloca-lo contra a parede.

Juntei toda a coragem que tinha para prosseguir. Falou com tanta certeza que parecia conhecer experientemente minha mãe.

 - Como você sabe tanto sobre nós e como você falsificou o exame?

 - Não falsifiquei. - Respondeu. Estranhamente, o seu tom estava sinceríssimo. – Eu sei coisas sobre você mais do que você mesma...

Fitou meus olhos profundamente. Não conseguia ignorar a sensação que aqueles olhos cor de mel davam em mim, como se me hipnotizassem facilmente e me deixassem sem saída...

Expulsei os pensamentos desnecessários. Não podia esquecer do que tinha acabado de ouvir.

Abri a boca, estava prestes a continuar falando quando notei que ele estava de pé ao meu lado, um passo de distância, com seus olhos grudados nos meus sem desviar nenhuma vez.

Minha respiração falhou de susto, puxei o ar tentando não me perder outra vez.

 - Quando você tinha cinco anos, um garoto que você gostava deixou você sozinha para brincar com uma garotinha loura e você chorou durante três horas no seu quarto.

Contou rindo. Arregalei os olhos relembrando aquela cena que nem lembrava mais claramente.

 - Como você...?

Murmurei, e ele impediu que continuasse tocando minha mão esquerda e levando para perto de seu peito e disparando falando outra vez:

 - Essa marca aqui... – tocou uma marca pequena na lateral da minha mão que ganhei aos seis anos. – Foi aos seis anos. Tentou mexer no fogão e fazer um bolo surpresa para sua mãe, mas esqueceu que estava segurando um fósforo e...

Tirei minha mão da dele apavorada, me afastei com repulsa.

 - Saia daqui. Ninguém estava comigo naquele dia, como você sabe...?

Minha voz falhava de terror.

 - Eu conheço cada pedaço seu Ana Megan Sabrian.

Foi quando frisou meu nome do meio que disparei pela porta indo para a escola.

Meu coração pulsava descontrolado, minha mente estava embaralhada e cheia de dúvidas. Nada fazia sentido, nada.

Não sabia quem ele era. Nem um oficial da polícia saberia do que ele sabia. Ninguém sabia daquelas coisas, sabia detalhes de coisas que nem eu mesma me lembrava muito bem.

Minha mão foi trêmula para abrir a porta do carro, enfiei o mais rápido que pude a chave da ignição. Não sabia bem por que estava fugindo, mas estava em estado de choque. Tentar desmascará-lo foi o pior erro que já cometi, agora eu tenho pânico e mais dúvidas mortais sobre sua identidade.


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Notas finais do capítulo

Pronto, taí, espero que gostem, prometo que o próximo vai ser o máximo.
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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