A Infância de Inu Yasha escrita por Kaoru Higurashi


Capítulo 1
Capítulo 1: Prólogo: O começo de tudo


Notas iniciais do capítulo

Inu Yasha infelizmente não me pertence (mas um dia ele será meu huahuahahaha >.



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Sengoku Jidai... Um vilarejo distante... Um castelo no centro do vilarejo se ergue imponente...e dentro dele...ouve-se o choro de um bebê...

Uma linda mulher, com cabelos negros, muito lisos e compridos - seu comprimento ia quase até seus pés - vestida com um comprido e luxuoso kimono de cor rosa, e um olhar muito doce, se aproxima e pega o bebê no colo:

- Calma, meu bebê, não chore. - diz com uma voz que exprimia carinho e doçura.

O bebê, então, pára de chorar e abre devagar seus pequeninos olhos dourados, fitando a mulher à sua frente.

- Você me lembra muito seu pai, sabia...!? - diz a mulher, enquanto sua mente vagava por acontecimentos recentes...

------------Flashback------------

Ela estava prestes a dar a luz... O castelo estava fortemente guardado por um exército de soldados, como se já aguardassem um ataque.

Izayoi estava deitada num futon, num aposento bastante escuro no interior do castelo, onde a única fonte de iluminação era uma pequena vela acesa com uma chama tremulante... De repente alguém entra...

- Quem é? - disse Izayoi com uma voz muito fraca

- Sou Takemaru de Setsuna.

- Take...maru? Bem na hora... Fuja o mais rápido possível junto com os outros soldados...Já não existe alguém que seja páreo contra aquela pessoa... - falou a mulher quase sem voz

- Izayoi-sama. Eu sempre gostei de você. Mesmo que seu coração tenha sido roubado por um mononoque - logo após dizer isso, ele levanta sua lança e... perfura o corpo de Izayoi... o sangue mancha as paredes e a chama da pequena vela se apaga... O homen se vira e vai embora:

- Meu sentimento não mudará eternamente. - conclui enquanto deixa o aposento.

A princesa ainda abre os marejados olhos castanhos... quase sem forças; vira e olha para o lado onde há uma janela por onde pode-se ver a lua sumindo pouco a pouco devido ao eclipse lunar. Ela tenta esticar seu braço, como que tentando alcançar o astro noturno... um silencioso pedido de socorro....mas a vida parece escapar-lhe por entre os dedos.

Ao longe, um enorme cão branco uiva:

- “Izayoi... Estou indo” - ele pensa. Enquanto a lua desaparece completamente do céu.

Ouve-se um estrondo... o castelo estava sendo atacado por um youkai. Os soldados levantam-se meio atordoados, a tempo de ver uma figura surgir do meio da fumaça. O youkai puxa sua espada:

- Kaze no kizu!

Tudo no meio do caminho é destruído, o youkai avança rapidamente, os soldados atiram-lhe flechas, mas ele como que nem sentindo o ataque, ataca novamente com a Tetsuaiga. O muro é feito em mil pedaços com este último ataque e os soldados são jogados longe.

- Izayoi! Izayoi! - o youkai chama

Takemaru por sua vez sai de dentro do castelo, encarando com ódio o youkai a sua frente:

- Bem-vindo seu mononoque. Está um pouco atrasado. - diz com um tom irônico.

- O quê? – Oyakata indaga, confuso.

- Eu levei a Izayoi-sama para um lugar que suas mãos não alcançarão. Com minhas próprias mãos!

- BAKA! - grita nervoso o demônio.

O youkai cachorro corre para atacar, Takemaru saca sua espada e corre em sua direção. Com apenas um golpe de espada, Oyakata decepa o braço do humano, que larga a espada e se prostra no chão, onde a neve branca fica manchada do vermelho vivo com seu sangue. O inuyoukai adentra o castelo e o homem ferido, deixado para trás, grita para os outros soldados:

- Atear fogo! Queime-o junto com esta mansão!

Centenas de flechas de fogo são lançadas, e logo o castelo está em chamas. Ouve-se o choro do bebê dentro do castelo... Quando Oyakata invade o aposento onde Izayoi esta, já encontra tudo em chamas... Ele vê a mulher caída no chão coberta de sangue, e praticamente sem vida.

- Izayoi!

Ele não pensa duas vezes e saca a Tenseiga, e depois de visualizar e cortar os mensageiros do outro mundo, a princesa acorda, como se apenas tivesse cochilado. O youkai tira de sua armadura um manto vermelho e cobre Izayoi com ele para protegê-la do fogo que avançava para cima deles...

Neste momento Takemaru invade o local, com a espada na mão que lhe restou, decidido a lutar até a morte. O inuyoukai se vira para ele em posição de luta e puxa a espada chamada Souunga.

- Se for com você, eu não me arrependerei. Vamos juntos para o mundo dos mortos. - diz o humano num tom diabólico

Oyakata percebeu que teria que usar suas últimas forças nessa luta, pois, estava seriamente ferido de sua última luta com Ryukotsusei, e havia perdido muito sangue.

- Viva! - disse o youkai de cabelos prateados para Izayoi

- Você... – ela pressente que alguma coisa ruim vai acontecer.

- Inu Yasha! - Diz o youkai repentinamente, deixando Takemaru confuso:

- O quê? - estranhou o soldado

- O nome da criança é Inu Yasha! - concluiu o youkai

- Inu Yasha... - diz Izayoi olhando para o bebê

- Agora vá! - mandou Oyakata

- Sim!- responde a mulher, e sai de dentro do castelo o mais rápido possível.

Lá dentro Oyakata está com a Souunga em punhos. Então, da espada sai um dragão espectral, que o rodeia. Os dois guerreiros se atacam chocando espada com espada, numa batalha mortal, de onde ninguém sairá vitorioso...

Do lado de fora, Izayoi apenas observa o castelo em chamas que logo em seguida desaba por completo, matando Takemaru e Oyakata...

---------Fim do flashback--------

Ela mais uma vez olha para o bebê em seus braços, que agora dormia tranqüilamente.

- Inu Yasha... - diz quase num sussurro.

Ela deposita novamente o quase recém-nascido em seu leito. Este agora ressonava calmamente. A mulher olha com ternura para sua cria e lhe afaga as pequenas mechas prateadas, depois passando para as duas pequenas orelhas caninas no topo de sua cabeça. Ao tocá-las, o pequeno se mexe um pouco, incomodado, porém sem despertar. Ela não conteve um sorriso, amava aquela pequena criatura com todas as suas forças, seria capaz de dar sua vida por ele.

Ela afasta-se e abre a porta corrida, saindo em seguida para a parte exterior de seu enorme castelo. Este era belo e imponente, tinha muros altos lhe protegendo contra ataques e invasões; dentro destes, em volta do palácio, lindas árvores de cerejeira lhe adornavam. Um riacho cortava os territórios entre o castelo e a aldeia. Uma pequena ponte de madeira trabalhada ligava as duas margens do rio.

Durante a primavera, as árvores em volta da mansão ficavam exuberantes. Brotavam pequenas e delicadas flores rosadas de sakura - as favoritas de Izayoi – e estas cobriam toda a copa das árvores e também o chão a sua volta, formando um lindo tapete rosa.

A princesa olha para cima e observa a lua em sua fase cheia, ela sempre gostara de observar a lua, o astro lhe fazia lembrar-se de Oyakata. Lá no alto o satélite natural parecia lhe saldar com seu brilho quase mágico. Uma leve brisa lhe acariciava o rosto, fazendo seus longos cabelos farfalharem ao sabor do vento...

Como apreciava aquela paisagem noturna... tão calma, tão serena... Trazia recordações de quando ficava observando-a junto de seu amado, quando este lhe dizia que quando sentisse sua falta deveria olhar para a lua que ele também estaria olhando por ela...

Agora ela observava-a como se com isso pudesse aplacar a falta que sentia dele. Agora tinha outro ser com que precisava se preocupar, de certa forma este também era uma lembrança dos momentos que viveram juntos. Voltou a entrar no castelo. Verificou mais uma vez, constatando que o pequeno continuava dormindo serenamente.

- “Meu bem mais precioso.” – pensava com carinho, enquanto fitava-o dormir.

Muitas coisas lhe passavam pela cabeça nesse momento. Mas principalmente, se preocupava pelo futuro dele. Já que ele era um hanyou, assim como era com todas a criaturas diferentes, ele seria tratado com preconceito pelos outros à sua volta. Ela sabia muito bem o que acontecia aos hanyous naquele tempo. Segurou a vontade de envolvê-lo nos braços e fugir dali, para um lugar que ninguém pudesse incomodá-los. Era tudo uma utopia afinal, tal lugar não existe. Porém, sempre estaria ali para protegê-lo quando o tratassem com ódio e indiferença, sempre estaria presente quando ele precisasse...

Ela curva-se ligeiramente, plantando um terno beijo na testa do bebê que, ainda dormindo apenas franze o cenho para depois voltar ao seu sono tranqüilo e despreocupado.Ela lhe sorri amavelmente:

- “Eu sempre estarei aqui quando precisar...”


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Notas finais do capítulo

Bem esse foi só um prólogo, nom próximo capítulo veremos um Inu Yasha já sete a oito anos de idade.Esse capítulo sofreu algumas alterações devido a estar mal-secrito demais pro meu gosto, então acrescentei umas cenas. Coisa de devo fazer também com os próximos capítulos.