Era 7 da manhã, meu despertador começou a tocar, era hora de ir para a escola de novo, aquele sofrimento de sempre, aquela guerra contra eu mesmo, sim... Tudo começava outra vez, como ontem.
Eu dormi na janela pensando no Yuu, será que é amor? Eu acordei pensando naquele menino dos cabelos castanhos... Será que tem alguém que possa me dizer o que é amor?
“Venha aqui que eu direi o que é amor.”
Não sei se eu escutava vozes na minha mente ou era alguém falando comigo, mas automaticamente sinti o cheiro do Yanase irradiando no ar... Será que ele está aqui?
Bateu-me um desespero imediato que nem me reconheci como Yoshino mais...
“Você sempre será reconhecido, Yoshino”
Eu estava com medo, essas vozes, quem seria? Eu gritava por dentro, porém sorria por fora... Eu era uma criança correndo do que era verdade, aquelas vozes nada mais era do que o que eu gostaria de escutar por alguém... Yuu Yanase!
Fui para a escola fugindo do inevitável, fugindo do que eu sentia, fugindo de tudo, parecia um menino doente... Dei sorte que ninguém me achou mesmo, eu estaria muito debilitado comigo mesmo para desenvolver algum assunto com aquele alguém ou ate mesmo com qualquer alguém. Tudo o que eu mais queria era a janela e eu, mirando por ela, vendo o por do sol era assim o que eu mais desejava, um tempo para mim.
Fui caminhando para a casa, contemplando o caminho que nós seguimos juntos um dia...
– CHIAKI!
Era Tori, eu pensei que era Yanase e virei totalmente feliz, que cagada eu fui fazer… Era meu jeito de ser, inalando pela praça. –se sonroja-
– Chiaki, quanto tempo! Estou com saudades depois daquele dia na sua casa, fez uma semana e tu sumiste o que houve?
No máximo o que pude responder era um nada com uma cara tristonha, onde mais complicou meu estado físico-mental. Ele me perguntou tudo e o que eu pude responder era um nada, meu deus... Como fui ingênuo com alguém que me ama... Porém é a natureza, tenho que manejar um jeito de contar para ele tudo porque a pessoa que eu quero menos magoar nesse mundo é ele.
Olhando novamente por essa janela tudo o que eu pude desejar era um tempo para mim e para meu eu, querendo recompor partes onde havia deixado para trás que cobraram o meu eu muito intensamente hoje, tudo isso porque fui incapaz de solucionar problemas relativamente fácies na minha vida.
Será que um dia eu amo o Hatori? Ele me dá tudo quando eu mais necessito e eu o rejeito... Ele larga as aulas favoritas dele para me encontrar, é como eu disse, quem eu quero menos machucar é ele. Porque eu tenho que amar o menino dos cabelos castanhos e não ele? Porque vida?