Eles me amarram numa cadeira, antes que pudesse sequer me mover.

–Huuumm... Mais linda do que imaginava. – Disse o mais alto.

–Dessa vez você conseguiu em Michael – disse o menor, que reconheci como Jackson, da minha classe de espanhol. Ele parecia tão quieto.

–SILENCIO – Michael gritou – Quero começar logo com isso

–Começar a achar seu cérebro?Acho que vai ter que procurar muito em – eu disse.Que lindo,estou prestes a morrer,e começo a dar patadas.Eu não tenho amor pela minha vida mesmo.Ele encostou o punhal em meu pescoço,e eu gritei de dor,sentindo o sangue escorrer pela minha camiseta.Eles riram.

–Estou cansado dos seus pais te esconderem o tempo todo... Hora de se entregar garota, você não tem como fugir – Michael disse.

–De que diabos vocês estão falando? Meus pais, me esconderem?Que droga é essa de “você não tem como fugir?” – eu disse, e ele apertou a faca contra minha garganta. ARGH, que dor infernal.Eles continuaram a fazer as mesma pergunta de “onde,como e quando” e eu respondia a mesma coisa” EU NÂO SEI” eu gritava,e eles me torturavam.Continuaram com aquilo pelo que pareciam horas,não minutos e eu não consegui conter as lagrimas de raiva,que faziam os cortes arderem mais.Ah deus,eu estou tão ferrada.Eu vi uma poça de sangue,meu sangue a minha volta,e me senti mais fraca,a garganta áspera,de tanto gritar.É o fim,não tem volta.Ah deus,eu queria que tudo fosse diferente.E isso,era o mais próximo que eu tinha chegado de rezar em minha vida.Tentei respirar fundo,ignorando a dor,tentando ver um lado positivo nisso...Ah,estou perdendo meu tempo.

Estão aconteceu: Houve um estrondo de portas de abrindo, um grito de fúria e uma explosão. Fogo.

Eles não vão me matar de uma vez, eles vão me queimar. Senti uma mão arrancar as cordas de meus pulsos cortados, e gritei de dor mais uma vez, as lagrimas inundando meu rosto. A pessoa levantou o rosto e disse:

–Você não toma jeito... Vamos logo – Não conseguia ver o rosto da pessoa, mas tinha serias suspeitas de quem era. Ela me pegou nos braços e começou a andar rápido. Em poucos segundos, estávamos na parte de fora. Ouvi o prédio explodir em chamas, e agradeci a Deus por ainda não estar lá dentro. A pessoa me pousou na grama, e eu tentei distinguir seu rosto,mas só o que eu via era um borrão.Ele tossiu.

–Oi. – O garoto disse, e sorriu. E aquele sorriso, de repente, virou o sorriso mais lindo do mundo. Eu não conseguia distinguir mais nada, então, agradecida, apaguei.

–x-x-x-x-

Tem alguém segurando na minha mão... Eu xingaria essa desgraça, se pelo menos eu pudesse me mexer. Isso é frustrante.

–Você acha que ela vai acordar logo? – uma voz feminina disse, mas não conseguia ligar a voz ao corpo. Aaah, maldito cérebro lerdo.

–Ela precisa acordar logo... Ele está ficando impaciente, e está me irritando mais que o normal. Aquele estrupício. E eu também sinto falta dela – Uma pessoa próxima disse. Provavelmente a que estava segurando minha mão.

–Ela vai ficar bem... Ela sempre fica – A primeira voz disse, e eu abri os olhos. Oi pessoal, que reunião é essa no meu leito de morte? Ninguém nunca disse para deixar os mortos descansarem em paz?

–Oi Sandra... Kelvin, larga da minha mão,desgraça – eu disse,meio grogue.

–Só você mesmo, quase morre e acorda com esse humor divino – ele retrucou, mas não a soltou.

–Ah,se quiser trocar comigo,vou ficar satisfeita – eu disse.

–Chega de briga né? Como você está se sentindo? – Sandra disse, se sentando numa cadeira de plástico vermelha do outro lado.

–Hum, eu quase morri, quase fui cremada, tenho um salvador misterioso, e estou enrolada nessas ataduras parecendo uma múmia... não podia estar melhor.- Revirei os olhos e olhei para o teto – Ah quanto tempo eu estou aqui?

–Dois dias, mais ou menos... Você nos deu um susto e tanto. - Kelvin disse

–Ah,que coisa linda,perdi 4 provas – eu exclamei e alguém bateu na porta do quarto.Um garoto com rupas quase normais,cabelo preto,e maquiagem escura que deixava os olhos azuis mais incríveis do que já eram adentrou no quarto e ficou parado,me encarando.Kelvin e Sandra rapidamente vazaram dali,dizendo que mais tarde voltavam.Traíras.

–Ah,é você

–Eu esperava que dissesse isso... Mas poderia ser mais gentil, com quem salvou sua vida. – Andy disse sarcástico e emburrado, encostado na parede. Sentei-me para encará-lo.

–Eu não... Afinal, como descobriu onde eu estava?Eu pedi para o Jinxx...

–Ele não podia ir então me mandou então eu vi aquilo pegando fogo. Bem, o resto você sabe.

–É infelizmente... Foi horrível – eu suspirei. Esse bip do medidor de pulsação cardíaca já ta me enchendo o saco. –Afinal, porque me salvou? Pensei que me odiasse.

–Atah que ia agüentar o enche-saco do Jinxx lamentando sua morte... Eu só estava tentando salvar minha banda. –Ele disse, olhando o chão.

–Eu não acredito em você. Eu sei quando alguém mente pra mim. O que realmente está acontecendo com você Andy? Desde o primeiro dia, você me odeia... É tão... Patético.

–Não se preocupe com os “culpados” eles morreram no acidente...e já dei um jeito nos policiais,eles não vão te encher o saco. – Ele disse mudando de assunto.

–Andy,por favor, me responda.

–Você não entenderia... Você nunca entende-Ele disse, finalmente me encarando.

–Então me explique.

–Eu não te devo nada - Ele disse e saiu batendo a porta.

Deitei-me na cama e fechei os olhos. Se esse protótipo de roqueiro pensa que isso fica assim, ele está errado.

–x-x-x-x-

Dois meses haviam se passado desde o acidente, e quase nada estava bem.

Andy não olhava na minha cara, e nem eu na dele, apesar de eu ter que agüentar seu ódio com relação a mim quando eu estava com o Black Veil Brides. Eu havia conseguido me formar, [Alguém me lembra de agradecer o macumbeiro da Rua 6... brincadeira] e semana que vem, finalmente, vai ser o tão aguardado Baile de Formatura. Porque isso é ruim? Simples, odeio bailes. Odeio tudo quem vem daquela maldita escola. AH, e aqueles malditos assassinatos ainda continuam, mas agora, o país inteiro sabe. E os assassinatos estão ficando tão sangrentos, que muito pouco se sabe deles, apenas que é a mesma pessoa.

–Bem que esse assassino podia dar um jeito de matar a professora de álgebra – Eu disse,recebendo um tapa na cabeça como resposta.

–É o nosso ultimo dia de aula... Dá pra se comportar?-Ana indagou,quando estávamos no corredor.

–Me deixa ver, se eu considerar toda essa porra de vida... É, com certeza não.

Naquele momento,um bruaca de uma loira oxigenada parou na minha frente:

–Ora ora,se não é a amiguinha dos Black assasinos Brides – ele riu e as bruacazinhas forçaram uma risada.O corredor inteiro prendeu a respiração,sabendo o que vinha a seguir.Então,eu avancei para aquela cara empastada de maquiagem.

E é por causa disso, que eu estou sentada na sala de detenção, jogando bolinha de papel no cabelo Bombril da professora... Bem, eu e um garoto estranho do 2 ano.

–Senhorita Carolyn... Eu bem que esperava ver a senhorita na detenção, no ultimo dia de aula. – O garoto do segundo ano começou a gargalhar.Professora,eu te odeio tanto –Vai se ferrar – eu disse para os dois.

–Você não é a namorada do Andy... Do Black Veil Brides? –Ele disse enquanto saímos da sala.

–Que namorada do Andy o que. To louco? Foi pego fumando erva no pátio ou o que? Andy e eu somos como água e óleo, dude. - eu disse assustada.

–Huuum... Sei não. Ouvi umas coisas sobre o Andy e você, da própria boca dele que... Bem, deixa pra lá. – Ele disse rindo e se afastou. Afinal...

–Hey cara, volta aqui! Que historia é essa?