Minhas Férias By Gisella Weisheit escrita por AutomaticLove


Capítulo 7
Tom, o compreensivo


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo para minhas queridas duas leitoras ^^
boa leitura :D



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Acordei em um quarto escuro, deitada encima de um corpo muito quente. Me levantei e senti uma pontada dolorida na cabeça, que ótimo, estou de ressaca. Olhei para o corpo e reconheci ser Mark, ele estava sem camisa e de calça ainda, bom pelo menos eu sei que não aconteceu nada.

Senti o vento gelado vindo da janela aberta bater nas minhas costas e eu me arrepiei, peraí, nas minhas costas? Olhei pra mim, eu estava de calcinha e sutiã! OMG! Me virei e vi meu vestido jogado numa cadeira próxima a janela. O que aconteceu noite passada? Eu não me lembro muito bem...

Mark se mexeu embaixo de mim e me virei pra olhá-lo, ele estava de olhos aberto e sorria pra mim.

– Noite boa, não? – ele disse

– Não sei, não me lembro... – falei e ele me olhou divertido – o que eu fiz? – ele sorriu com a minha pergunta

– Que parte da noite você se refere?

– Todas

– Bom, primeiro você quase me comeu vivo lá na D-Edge, depois eu percebi que você não estava bem e a trouxe pro meu apartamento. Você chegou bem alegre – ele deu uma risadinha – e fez um Streap tease particular pra mim, mas você desmaiou na melhor parte – ele disse fazendo uma cara de triste

– Eu fiz tudo isso? – falei levando a mão na cabeça, ela doía muito

– Fez, mas não se preocupe, eu não me aproveitei de você – ele disse e eu fiquei feliz por existirem cavalheiros ainda

– Que bom, assim eu não preciso te dar o golpe mortal da Viúva Negra – falei e rimos, aumentando mais ainda minha dor de cabeça

– Se arruma que eu vou te levar pra casa – ele disse se levantando – quer um café forte pra melhorar a ressaca? – ele disse da porta

– Quero – falei pegando meu vestido na cadeira e procurando meus sapatos, os achei jogados no outro lado do quarto, e agora que eu parei pra olhar melhor, esse quarto era bem grande...

Fui na direção que Mark tinha virado na porta e entrei em uma sala particularmente grande, para um apartamento, e uma cozinha americana agregada. Ele estava fazendo o café e estava enchendo a sala com seu delicioso cheiro.

– Apartamento grande né? – falei me encostando na bancada, ele riu

– Comprei faz alguns meses, antes estava morando em um bem menor

– Hm – falei pegando a xícara com café que ele estava me oferecendo. Estava bem quente e muito bom – você faz café bem

– Tem gente que não sabe fazer café bem? – ele disse

– Tem sim, tipo eu! – ele riu, deu um estalo na minha cabeça nessa hora – QUE HORAS SÃO??

Ele olhou no relógio na parede, eram quase 11 e meia, mein gott Tom vai me matar!!!

– Pela sua cara, estamos encrencados – ele disse me olhando

– E muito! – terminei rápido meu café e saímos mais rápido ainda. Chegamos em casa em menos de 10 minutos.

Abri a porta lentamente e coloquei a cabeça pra dentro, não tinha ninguém na sala, que sorte!

– Obrigada por me ajudar Mark – falei me virando pra ele

– Que nada, eu só fiz o que minha consciência mandou – ele disse e riu. Sorri e me aproximei dele lentamente, lhe dando um beijo calmo, terminado com um selinho – quando eu posso ter ver novamente?

– Hm, eu não sei, vai depender se eu estiver viva ainda hoje – falei tensa olhando novamente pela porta

– Ok, boa sorte – ele disse e foi embora.

Respirei fundo e entrei na casa quase tremendo. Fechei a porta sem fazer barulho e quando me virei pra subir as escadas, me deparo com um par de olhos castanhos furiosos me encarando, engoli em seco.

– ah... – eu estava tremendo – oi Tom...

Ele não disse nada, o que foi bem pior, ele apenas ficou lá me olhando com uma cara nada boa, esperando por alguma reação minha. Minha cabeça girava, eu não conseguia pensar em muita coisa e meu coração batia violentamente contra minhas costelas.

– Tom eu... – eu tentei dizer alguma coisa, mas ele me interrompeu com um gesto pra eu subir para meu quarto. Pelo seu olhar pude perceber que ele estava se controlando o máximo que podia, então apenas abaixei a cabeça e subi rapidamente para meu quarto.

Entrei e fechei a porta, me joguei na cama e fiquei com a cara enfiada no travesseiro. Mein gott, Tom está uma fera comigo, desse jeito eu não vou poder fazer mais nada o resto das férias. Ele não vai me deixar sair nunca mais de casa. Droga, maldita hora que eu pedi aquele whisky!

Me virei na cama e olhei para o teto, pensando. Eu não me lembro de muita coisa que aconteceu noite passada... Fiz um esforço para lembrar, mas nada vinha em minha mente e minha cabeça doía. Me levantei e fui tomar um banho.

Quando sai do banho estava me sentindo um pouco melhor, eu acho que o café do Mark estava fazendo efeito para minha ressaca. Entrei no closet e peguei uma roupa simples, afinal iria ficar o dia inteiro dentro de casa. (roupa)

Peguei meu notebook, fazia tempo que eu não o via. Liguei meu iPod na caixinha de som e coloquei no maximo “Tears Don’t Fall” - Bullet For My Valentine e me joguei na cama. Estava vendo meus e-mails, tinha tanta coisa velha lá... Quase me rendi às lagrimas com algumas mensagens dos poucos amigos que tinha na minha cidade, mas me controlei. Em um dos e-mails de uma amiga, ela estava mandando um link de uma loja virtual, decidi dar uma olhada.

Tinha muita coisa legal no site, desde sapatos ate acessórios. Hmm ela escreveu que era seguro, então vou reforçar um pouco meu closet...

Escolhi um pouco de tudo, era tão perfeito esse site, não me contive!(compras) Me espreguicei e olhei para o relógio, já eram 15:30, nossa como o tempo passou e eu nem almocei!

Levantei e abri bem pouco da porta olhando pelo corredor, não tinha ninguém. Sai do meu quarto e parei na escada, tentando ouvir se tinha alguém na sala, estava silencioso demais... Desci e a sala estava vazia, estranho. Olhei pela janela e não tinha ninguém na piscina nem no jardim, será que eles tinham saído e não me avisaram? Fui ate a cozinha e novamente não encontrei ninguém, nem mesmo Helga... isso estava ficando muito suspeito. Fui ate a garagem ver se Tom estava mexendo em seu carro e nada!

Voltei para meu quarto pensando, se eles saíram, eles teriam me avisado ou deixado algum recado na geladeira! Olhei em direção às portas lá do outro lado do corredor, os quartos dos gêmeos... fui cautelosamente ate lá e encostei o ouvido na porta, se tivesse alguém eu ouviria algum barulho.

– Não estou ouvindo nada! - sussurrei e abri o mínimo possível a porta, estava escuro e eu não sabia de quem era o quarto, abri mais um pouco e vi uma cama grande toda arrumada – hmm deve ser o quarto do Bill, Tom não tem cara de quem arruma a cama... – como o resto da casa, não havia ninguém no quarto – puxa onde todo mundo foi? – falei fechando a porta e me dirigindo à porta ao lado

Abri e logo de cara vi um contraste com o outro quarto. Esse era completamente desarrumado, com roupas por todo lado e como eu imaginava a cama estava toda bagunçada. E mais uma vez conclui que haviam me deixado de castigo sozinha nessa casa enorme... suspirei e ouvi um barulho vindo do andar de baixo.

– OMG será que é um ladrão?? - corri para meu quarto e me joguei em baixo da cama, achando o melhor presente que alguém já me deu de aniversario.

Sai do quarto lentamente, ouvindo tudo muito atentamente e com meu bastão de baseball em mãos, pronta pra atacar quem quer que fosse o intruso.

Desci em silencio as escadas e novamente ouvi o barulho vindo de algum lugar ali perto. Me virei rapidamente e percebi que havia uma porta embaixo da escada, fechada.

– hm... – encostei a mão na maçaneta e girei, estava aberta. Novamente ouvi o barulho, mais alto agora. Havia uma pequena escada que descia para o que me pareceu ser o porão da casa. Achei um interruptor na parede próxima a porta e acendi uma luzinha no fim da escada. Desci devagar, ainda segurando com firmeza meu bastão.

Era uma pequena sala, com pesadas cortinas em frente a uma pequena janela no alto, abri e uma claridade fraca entrou no aposento, iluminando um piano cheio de pó encostado na parede adiante.

E achei o causador dos barulhos, um passarinho tinha entrado na sala e pelo visto não estava achando a saída, ele estava desesperado voando por todo lado, batendo em tudo. Com um certo esforço consegui abrir um pouco a janela e ao achar a saída o passarinho passou voando rápido por mim.

Dei uma olhada melhor na sala, parecia um pouco uma sala de musica e o piano estava me atraindo a atenção. Passei a mão no tampo e tirei um pouco de pó. Era bem antigo esse piano, será que ainda estava afinado?

Passei os dedos nas teclas brancas sujas de poeira. Me sentei no banco e tentei alguma nota para testar. O som saiu meio tremulo, mas se devia pelo meu nervosismo, meu pai havia me ensinado a tocar piano quando eu era muito pequena, não sei se me lembrava de alguma música.

– Vamos Gisella, você tem boa memória... – disse pra mim mesma enquanto ensaiava algumas notas no teclado.

Após algum tempo eu consegui tirar uma pequena melodia do piano, e foi quando eu comecei a me empolgar que ouvi uma porta batendo, parei bruscamente com as mãos no teclado, tentando ouvir alguma coisa no andar acima.

Peguei meu bastão novamente e subi as escadas, ouvi vozes, mas não conseguia distinguir de quem era. Fechei a porta do porão e me abaixei atrás do corrimão da escada, espiando para a sala. Não tinha ninguém na sala, sai de trás da escada e fui ate a cozinha esperando encontrar alguém, mas ela estava vazia, como antes.

Senti uma mão pegar em meu ombro e por impulso eu fechei os olhos e virei rápido, acertando com força alguém.

– Aii!! Essa doeu! – uma voz conhecida disse, abri os olhos e vi Bill massageando a lateral da cabeça – se você queria me matar tivesse feito um trabalho melhor né! Isso vai me deixar um galo enorme...

– Me desculpe!! Eu não sabia que era você!! Me desculpee!! – disse com as mãos na boca, em choque. Cheguei mais perto dele pra ver se tinha causado muito danos, mas ele se afastou rápido

– Sai de perto! Toda vez que você fica perto de mim, alguma coisa ruim acontece – ele disse com a mão na minha frente, e isso me ofendeu

– Ah que ótimo! Eu aqui na maior boa vontade de te ajudar e você me fala isso! Pois eu espero que você fique com muita dor de cabeça viu? – falei alto

– Eu não pedi sua ajuda, menina! – ele disse alto também. Nos encaramos por um minuto e eu sai da cozinha, com vontade de bater mais uma vez na cabeça dele pra ficar com mais um galo de brinde.



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Notas finais do capítulo

relação Bill-Gisella melhorando a cada dia! o// kkkkkkkkk
proximo cap semana que vem, não percam!
reviews? :3



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