I Hate Everything About You escrita por Adams


Capítulo 6
Odeio o modo como sempre está presente


Notas iniciais do capítulo

Gente, oieeeeeeeee. Como estão minhas caras leitoras? :D
Eu, particularmente, amei esse capítulo.
Espero que vocês também gostem.
Nos vemos lá embaixo. :D



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Capítulo Seis – Odeio o modo como sempre está presente

Acordei-me com o sol quente queimando minhas pernas. Sentei-me na cama, esfregando os olhos e vendo no despertador na mesa de cabeceira que eram seis e quinze, ou seja, acordei quarenta e cinco minutos antes do que deveria.

Resolvi tomar um banho antes de ir para a escola.

Sonolenta e um pouco trôpega, fui em direção ao banheiro, pegando pelo caminho a minha toalha que estava pendurada no encosto da cadeira.

Assim que eu botei um pé dentro do banheiro fui recebida pela triste visão do meu reflexo. Caramba, estava uma droga! A maquiagem completamente borrada, meu vestido amarrotado... Nem quis analisar, pois tinha certeza que se o fizesse, arrepender-me-ia.

Joguei a tolha em um canto qualquer e tranquei a porta, rumando para dentro do box em seguida. Quase uma hora depois estava em meu quarto vestindo-me.

Vesti por cima da lingerie negra uma calça jeans azul cobalto e uma camiseta cinza larga do Metallica, em seguida calçando meus tão amados All Stars pretos. Fui até minha penteadeira e escovei o cabelo – antes, quase morri para conseguir achar uma escova –, prendendo-o em um coque frouxo, e em seguida usei um corretivo para tirar as olheiras que contornavam meus olhos, pois ontem a noite simplesmente não consegui dormir um segundo sequer e só consegui pregar os olhos quando já era de manhã.

Pronta, joguei a mochila nas costas e segui para a cozinha, pegando uma maça na geladeira antes de seguir o rumo para escola à pé.

Notei que mais uma vez meus pais já haviam saído de casa.

Cheguei à escola cerca de quinze minutos depois, caminhando lentamente e fui diretamente para a minha sala de aula, onde eu normalmente sentava ao lado Trisha que sempre chegava atrasada. Anne não estudava na mesma sala que nós.

Infelizmente, meu suplício particular apareceu cedo.

Revirei os olhos só de pensar no fato que teríamos que nos aturar durante as próximas quatro horas, e principalmente, quis grunhir quando ele sentou-se na cadeira bem atrás de mim.

– Lea – disse Cameron sorrindo em falsa animação com a minha presença, com seus olhos brilhando de um jeito maldoso como quem diz que vai aprontar.

Resignei-me apenas a dar-lhe um sorriso falso enquanto me voltava em direção ao quadro negro.

Pelo visto, as próximas quatro horas irão ser longas.


Sem aviso, o sinal do colégio soou interrompendo a briga que Cameron e eu travávamos e poupando a professora que tentava arrancar os próprios cabelos. Ao meu lado Trisha apenas ria da situação.

– Hey, passo na tua casa mais tarde, pode ser? Tipo, ver filmes, comer pipoca e encher a cara com o vinha incrível que seus pais serviram na festa ontem... – Disse Trix ao sairmos da sala de aula, rindo com suas próprias ideias sórdidas.

Revirei os olhos, sem conter uma risadinha enquanto concordava com a cabeça.

Voltei pra casa meio desanimada, sei lá por qual motivo.

Adentrei a sala bem arrumada, jogando a minha mochila por cima do sofá e indo em direção à cozinha, onde meus pais já almoçavam, porém assim que cheguei notei que estava enganada, pois meus pais estavam com uma papelada em cima da mesa em uma completa desordem.

Assim que me viram abriram um sorriso enorme.

– Filha, você passou!!! – Comemorou minha mãe aos gritos, levantando-se da cadeira e vindo em minha direção apertando-me em um abraço de urso.

Fitei meu pai completamente confusa, esperando que ele me dissesse o que diabos estava acontecendo.

– Você foi aprovada na faculdade de direito – disse ele simplesmente.

Na mesma hora estaquei, com os músculos ficando cada vez mais tensos.

Minha mãe me soltou ao notar meu estado.

– O que foi querida? Não está contente?

– Claro que não! – Explodi aos gritos. – Vocês fiariam felizes se seus pais estivessem tentando escolher o seu futuro os colocando em uma faculdade apenas para você ficar no ramo da família?! – Olhei-os indignada.

– Sim se fosse para o nosso bem! – Disse meu pai arrogantemente, levantando-se para ficar na altura de meus olhos.

– E por um acaso sabe o que é bom pra mim? Se fraguem! Não conhece nem a filha que tem! Como vão saber o que é melhor pra ela?!

– Sabemos por que somos seus pais! Já tivemos a sua idade!

– As coisas mudam. Já havia dito uma vez que eu iria para a Faculdade de Artes, não vou mudar de ideia.

– Até parece que conseguiria si dar bem na vida sendo uma reles artista de quinta – rebateu meu pai, olhando-me como se fosse “tão” superior a mim, quase como se estivesse discutindo com uma criança birrenta.

– Posso não conseguir ser “sucedida” – fiz aspas com os dedos -, mas pelo menos eu não vou ser tão fria quanto o senhor e nunca fazer algo pelo simples fato de aquilo me dar prazer, afinal, para o senhor são tudo negócios, não? Tudo!

Então, antes que meu pai respondesse simplesmente saí correndo em direção a porta, fechando-a com um estrondo e correndo em direção à rua, já sentindo algumas lágrimas escorrendo por meus olhos.

– Leana! – Alguém me chamou.

Por puro reflexo, virei-me e arrependi-me no instante seguinte.

Cameron me olhou alarmado, saindo do pátio da casa dele e correndo em minha direção, até finalmente chegar perto de mim e ver o que ocorria. Seu olhar se tornou preocupado no segundo seguinte e quando dei por mim, ele havia envolvido seus braços ao meu redor de modo acolhedor, apertando-me delicadamente contra seu corpo enquanto murmurava algo ininteligível. Deixei-me ser confortado pelo calor de seu abraço enquanto banhava sua camisa com minhas lágrimas.

– Shhhhhh. Não chora. Vai ficar tudo bem – ele sussurrou.

Ah, como odeio o modo que sempre quando eu mais preciso – na verdade, sempre – a pessoa que sempre está presente é ele.



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Notas finais do capítulo

Então...? Mereço reviews?
Comentem gente, por favor!!! Isso me inspira a continuar.