I Hate Everything About You escrita por Adams


Capítulo 11
Simplesmente o odeio somente pelo fato de te odiar


Notas iniciais do capítulo

E aí gente?? Tudo bem?
Bem, hoje não tenho muito o que falar aqui então, vamos ao capítulo!!! :D



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Capítulo Onze – Simplesmente o odeio, somente pelo fato de te odiar

Remexi-me na cama inquieta, já acostumada em acordar cedo, mas como eu estava suspensa, não adiantava nada.

Levantei-me, pegando a minha toalha pelo caminho enquanto ia em direção ao banheiro.

Deixei que a água quente escorresse pelas minhas costas enquanto o óleo de erva-doce fazia efeito perfumando o banheiro inteiro e me relaxava. Mais de meia hora depois saí do banheiro, enrolada na toalha e molhando tudo por onde passava.

Com toda a certeza minha mãe ficaria uma fera quando visse isso. Sorte que eu estava pouco me importando com isso.

Rumei em direção ao meu quarto, trancando a porta enquanto me dirigia ao meu armário, pegando uma calça jeans preta rasgada nas laterais e uma camiseta preta do AC DC, vestindo-os em seguida por cima da lingerie azul celeste. Calcei meus tão costumeiros All Stars, escovei o meu cabelo deixando-o cair bagunçado sobre meus ombros e passando um pouco de corretivo ao redor dos meus olhos para tirar qualquer mancha que houvesse.

Desci as escadas lentamente, indo em direção à cozinha no exato momento que meu estômago roncou.

Procurei incansavelmente nos armários, tentando de todos os jeitos achar algo de bom pra comer, e não achando nada que quisesse. No final, acabei tentando fazer panquecas, que ficaram tão ruins que não consegui por na boca. Eu definitivamente era um verdadeiro fracasso na cozinha.

Fui para sala, tentando achar algo de bom na TV, porém não encontrei nada, apesar de que isso talvez fosse pelo fato de serem oito horas da manhã.

Tentei voltar a dormir, também não deu certo.

Por algum motivo estava inquieta demais para dormir, ou sequer conseguir fazer a mesma coisa por mais de dez segundos.

Levantei do sofá em um rompante, calçando os tênis, desligando a TV e indo – quase correndo – em direção à porta.

Não me deixei pensar duas vezes, pois se o fizesse sabia que o meu orgulho gritaria me mandando sentar-me na droga do sofá e ficar quieta. Pela primeira vez em muito tempo, silenciei-o.

Corri pela calçada em direção á casa vizinha a minha, passando pelos portões de ferro forjado e o jardim bem cuidado, indo diretamente em direção à porta e tocando insistentemente a campainha, pois sabia que nesse horário ele ainda estaria dormindo.

Depois do que devem ter sido uns quinze minutos e eu ter quase desistido, a porta se abriu, revelando um Cameron só de calça de moletom preta abaixo da linha da cintura e com a cara de sono, com os cabelos castanhos caindo algumas mechas sobre os olhos – agora, de um tom intenso de azul escuro – dos quais ele esfregava a fim de se livrar do sono.

Em um ato inconsciente, mordi os lábios tentando não olhar para o peitoral nu dele.

Convenhamos, ele pode ser o garoto que eu mais odeio em todo mundo, mas que é bonito é.

- Leana? – Perguntou surpreso, pousando seus olhos sobre mim.

Segurei minha língua para não soltar uma resposta sarcástica.

- Yep. Tenho que falar com você.

- Hum... Okay. Entra. – Ele abriu um espaço pra eu passar, em seguida fechando a porta. – Só vou lá em cima trocar de roupa. Ou prefere que eu fique assim? – Ele deu um sorriso malicioso, olhando-me de cima a baixo como se me avaliasse.

Revirei os olhos.

Realmente, ele não muda mesmo.

- Vá se trocar.

Ele saiu rindo, quase gargalhando.

Revirei os olhos enquanto me jogava no sofá, ligando a TV e mudando de canais.

Não, não sou folgada.

Apenas por um segundo, meus olhos desviaram da tela da televisão e pousaram em um porta-retratos preto, com uma foto de duas crianças.

Movida pela curiosidade, levantei-me de onde estava e fui até a estante, pegando o porta-retratos nas mãos e olhando atentamente a foto. Ali apareciam duas crianças que deveriam ter uns seis ou sete anos de idade, completamente sujas de terra de um parquinho que tomava a paisagem, abraçadas e sorrindo alegremente. Uma alegria quase contagiante.

Continuei olhando fixamente para a foto, quase nostálgica.

- Relembrando? – Disse uma voz suavemente atrás de mim, da qual eu nem precisei me virar para saber quem era.

- Foram bons momentos, admito. Mas o que eu vim falar não tem a ver com o passado. – Virei-me, olhando firmemente os olhos de Cameron.

- E o que é?

- Eu vim te dizer obrigado. Obrigado por tudo. – Dei um meio sorriso.

- É. Eu vi o bilhete na minha varanda, só não entendi pelo quê.

- Por tudo. Pelo que você me disse sobre eu falar com meus pais, sobre você sempre me ajudar quando que preciso, por me mostrar que algumas vezes eu não percebo, mas eu estou errada. Que existem outros caminhos. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas... Obrigada por estar presente.

Cameron me encarou estático, sem mover um músculo sequer, provavelmente chocado com o que eu acabei de dizer ou pensando seriamente em me levar para o médico, pois devo ter batido com a cabeça forte demais pra dizer “obrigada” a ele.

- Você está bem? – Perguntou cautelosamente, estreitando os olhos como se estivesse suspeitando de algo.

Ri.

Se os papéis fossem inversos, eu também suspeitaria.

- Melhor impossível.

- Então, tudo bem. Não há de quê – ele disse lentamente, estreitando ainda mais os olhos, desconfiado.

- Para de ser tão desconfiado. – Ri. – Mas, bem, eu já vou indo. Vou deixar você dormir. – Dei um sorriso brando, dirigindo-me em seguida em direção à porta.

Estava prestes a sair, até mesmo com a mão na maçaneta quando senti uma mão quente segurar meu braço. Um simples toque que enviava ondas de calor para o meu corpo todo e deixava-me arrepiada.

- Antes de ir embora, já que tenho certeza que não vamos nos falar tão cedo, só me diz por que você me odeia – pediu Cameron com a voz baixa e rouca, quase suplicante.

Admito que pensei em simplesmente sair correndo e não falar nada, somente para não ter de ver a reação dele, mas então eu vi que não tinha mais sentido esconder, não valia mais a pena. Eu podia muito bem aguentar a reação dele, positiva ou negativa.

Lentamente virei em sua direção, olhando-o fixamente nos olhos.

- Sabe por que eu te odeio? Por que...



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Notas finais do capítulo

Não me matem senão não tem mais história, tá?! Kkkkkkkk.
Comentem, assim eu posto mais rápido. :D
Bem gente, o que eu realmente quero dizer é que a história está acabando. Só tem mais o próximo capítulo e o epílogo, então...
Mas bem, de qualquer modo, vou deixar o discurso mais para frente né?! Hihi.
Nos vemos no próximo capítulo. :)