Viva A Vida escrita por Meris


Capítulo 3
Uma Injeção


Notas iniciais do capítulo

Tata aqui - pirei.
Desculpem pela demora, 3 ano mal começou e já esta bem foda. Nem quero ver no final do ano, e foda ser uma Mendeloide. huauashsahuasuh
Espero que gostem e comentem.



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Tudo é tão simples quando estamos de mãos dadas, percebeu? Existe uma magia que une os nossos dedos.

Clarissa Corrêa.


Estou deitada na beirada de uma cama de hospital, em posição fetal, com a cabeça sobre um travesseiro. Aquele horrível avental branco pinica todo meu corpo, sinto meus pequenos seios serem pressionados contra a dura e fina maca, quando o médico coloca a mão nas minhas costas nuas e pressiona para baixo. Minha coluna está paralela à lateral da cama. Tem dois médicos e duas enfermeira no quarto, mais não consigo ver eles por que eles estão atrás de mim. Sinto uma caneta fazendo uma marca na minha coluna, sinto três círculos serem feitos, como de costume preparam minha pele com uma solução anti-séptica, daquelas que lembram álcool de cozinha. O líquido é muito frio. Começa no lugar onde vão enfiar a agulha e vai seguindo para fora em círculos concêntricos, o médico pressiona de novo forte minhas costas antes de colocar uma toalha sobre meus ombros, me arrepio ao ouvir o mesmo ajeitando as luvas cirúrgicas.

_Vou usar agulha de diâmetro trinta- Disse o médico para o meu pai, que esta segurando minha mão enquanto observa todos os procedimentos.

Para me distrai fico olhando para os pelos nos braços do meu pai, aprendi todas as técnicas de distração nesses últimos dois anos. Os pelos dessa vez não estavam arrepiados, acho que assim como eu, meu pai também já se acostumou a toda essa insuportável rotina.

_Agora você vai sentir uma breve ardência- Disse o médico para mim.

Isso me faz pensar em como á mais gente morta do que viva, então o mundo esta lotado de fantasma, eu serei só mais um. Fico pensando em filmes de terror e clipes com zumbis, de repente sorriu ao lembrar-me de mim e Erick ensaiando Thriller para dançar para mamãe e papai no Natal. Riu levemente ao pensar em como éramos felizes quando ainda estávamos os 4 saudáveis e felizes juntos.

_Aperta a minha mão filha! – Afirma meu pai tentando me passar um conforto em um momento tão ruim. Ele ainda está com seu terno, veio direto do trabalho.

_Não quero machucar você pai. – Digo inutilmente, pois logo sinto ele segurando forte em minha frágil e pálida mão.

_Quando sua mãe estava tendo seu irmão, ela segurou minha mão por 10 horas, e não deslocou nenhum dedo, acho que alguns minutos não fará mal.

_Aproximadamente uma em cada mil pessoas que fazem este exame fica com alguma pequena seqüela nervosa. Também há um ligeiro risco de infecção, hemorragia ou dano à cartilagem. – Digo enquanto sinto uma forte dor quando a agulha é retirada.

_Boa menina prontinha- Disse o médico se retirando do quarto junto com uma enfermeira a outra parece olhar a bolsa de soro e fazer as últimas anotações.

Sinto papai fechando os botões do meu vestido para que eu pudesse me sentar.

_Como eu vim para aqui? - Perguntei me sentando calmamente na cama, qualquer movimento brusco pode fazer sangrar a onde o médico enfiou as agulhas.

_Nosso vizinho trouxe você depois de você desmaiar pela segunda vez perto dele, o Tom Kaulitz, eu nem sabia que você conhecia ele. Ele falou que vocês dois por acaso foram colocar o lixo para fora juntos, então quando ele olhou novamente, você já estava desacordada na grama do nosso jardim.

_Eu não o conheço direito, cadê ele? – Perguntei tentando me lembrar de algo, mas a última coisa que lembrei foi de mim e Erick crianças brincando de arrumar o cabelo do cachorro com os cremes da mamãe.

_Já foi embora falou que tinha que ir a um ensaio, pediu para você ir vê-lo quando estiver melhor! Filha, eu vou ligar para o seu irmão é já volto. – Disse ele enquanto procurava o celular no bolso. Pelo menos minha doença ajudou em algo, meu pai hoje em dia mexe melhor do que qualquer um lá de casa no computador, celular e outras tecnologias.

_Como está o Erick?-Perguntei antes de o meu pai me deixar com aquela enfermeira sorridente no quarto. Não sei como alguém pode ficar 6 horas num lugar como esse e ainda sorrir.

_Ele está preocupada com você, queria cancelar seminário dele para vim aqui, então coloquei a cabeça dele no lugar, mas seu irmão tava muito nervoso, então prometi ligar para quando você acordasse. Filha descanse e durma o quanto conseguir, amanhã já poderemos voltar para casa- Disse meu pai saindo do quarto me deixando ali com a enfermeira que conferia meu soro.

_Lembre-se se sentir calafrios, febre, rigidez no pescoço ou dor de cabeça. Secreção ou sangramento, qualquer dormência ou perda de força abaixo do local da punção, e só apertar o botão que eu volto correndo- Disse ela antes de sair do quarto para me deixar adormecer solitária novamente.

Sempre sinto falta do verão passado com Erick na França, uns meses antes da doença começar a me consumir. Então aqueles momentos indescritíveis invadem meus sonhos.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor, isso que sempre me anima pra escrever mais. Capítulo tonto mais importante pra entender a doença.