Hope escrita por LuM


Capítulo 12
Capítulo 11




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11

Chorar. Era tudo que Bella fazia. Era a única coisa que ela conseguia fazer. Ela estava tão desesperada, tão aflita...

– Bella?! O que houve menina? Oh meu Deus, não deveria ter trazido essa carta, me desculpa Bella... Não queria que nada lhe deixasse triste. – Trisha passa a sua mão calejada pelo rosto suave de Bella. Trisha estava muito preocupada, pois via Bella como uma filha, ela vira aquela menina nascer, falar suas primeiras palavras, dar seus primeiros passos, crescer...

– Ele... Trisha ele me deixou! – Bella fala soluçando, e se Trisha não tivesse prestando tanta atenção na jovem não teria entendido o que a mesma falava, pois seus soluços eram mais altos do que a sua voz doce.

– O que?! Oh e-eu... Vou pegar um copo de água. – Trisha sai correndo do quarto, mas quando estava prestes a descer as escadas eis que surge Renée. Trisha leva um susto e tenta agir o mais naturalmente possível e passar despercebida por Renée.

– Onde fostes escravinha?! – Renée pergunta rudemente – Não a proibi de se quer subir as escadas para o segundo andar desta casa?

– Me desculpe senhora, só vim arrumar um quarto daqui de cima... – Trisha fala atrapalhada.

– Estais mentindo! Fostes ver Bella! Já não basta ter concordado com toda aquela loucura com aquele rapaz, que talvez tenha menos dinheiro do que tu?!

– Desculpe Senhora, eu já pedi desculpa. – Trisha abaixa a cabeça.

– Cale-se! Vá fazer o seu serviço e só volte a subir aqui quando eu disser que podes fazer isso! – Renée quase grita.

– Tudo bem Senhora. – sem escolha Trisha vai para a cozinha sem poder ver como sua menina Bella estava.

Renée respira fundo, estava cansada das atitudes daquela escrava. Renée ainda estava parada no topo da escada quando escuta um objeto sendo quebrado. Ela fica atenta deixando os seus sentidos mais aguçados. Novamente mais um objeto se quebra. E então Renée nota que o barulho vinha do quarto de Bella.

Rapidamente Renée vai para o quarto da filha, preocupada com o que estava acontecendo.

A Senhora Swan abre a porta do quarto e logo enxerga Bella chorando copiosamente com um vaso de vidro na mão. Percebendo que a filha lançaria o objeto para a parede ela corre até a filha e sem que a mesma notasse a abraça por trás fazendo com que ela ficasse imobilizada.

– Bella?! O que estais fazendo?! – Renée pergunta.

– A senhora está feliz agora?! – Bella grita desesperada.

– Do que está falando Bella? – Renée pergunta desentendida.

– Jacob! Ele me deixou! – e então a jovem torna a chorar mais fortemente. – Pode comemorar! A senhora finalmente vai poder me ver triste!

– Bella, eu nunca quis que chorasses ou que ficasses triste! Sou sua mãe, só quero o seu bem. Se esse rapaz foi capaz de deixá-la nesse estado é porque ele não a ama. – Renée abraça mais forte a filha.

– Não! Ele sempre falou que me ama! Ele sempre disse que seria capaz de tudo por mim! – Bella falava chorando. Ela estava com tanta raiva, mas ela sentia raiva de si mesma, pois apesar de tudo, Jacob havia sido sincero ele não tinha culpa se não a amava. No entanto, ela tinha culpa, afinal, ela fora capaz de amar alguém tão cegamente para depois ser magoada.

Bella estava tão magoada, se sentia tão humilhada... E o machucado no seu coração aumentara mais um pouco. Ela não sabia se conseguiria aguentar aquela dor.

– Ás vezes os homens mentem só para conseguir o que querem Bella. Não fique assim. – Renée fala calmamente.

– Não mamãe, Jacob é diferente! – Bella diz chorando.

– Bella! Estais cega minha filha! Não visse o que esse rapaz lhe fez?! – Renée diz num tom indignado, ela não acreditava que mesmo depois do que aquele rapaz lhe fez, ela continuasse o defendendo.

– Pode ter acontecido algum engano... – Bella fala num fio de voz.

– Como um engano Isabella? Essas coisas não acontecem por mero engano.

– Talvez ele tenha sido obrigado por alguém...

– Quem Bella? Por qual motivo alguém faria isso?! – as palavras de Renée acertaram em cheio o pobre coração de Bella – Fique no seu quarto hoje. E aproveite para pensar em tudo que esse cafajeste lhe fez.

Renée sai do quarto, deixando Bella sozinha sentada naquele chão frio.

Apesar de não parecer Renée conhecia Bella e sabia que ela precisava de um tempo sozinha, então ela faria isso.

...

Cinco dias se passaram desde a carta de Jacob. Bella ainda se encontrava desconsolável, e a cada dia que passava parecia que o buraco de seu coração abria mais.

Pelo menos durante esses dias ela não teve que receber visitas de Edward, pois Renée decidira que não seria bom para Bella ver o rapaz. Enquanto os dias se arrastavam Bella ficava em seu quarto, não comendo quase nada, apenas chorando.

Mas estranhamente hoje ela não queria ficar ali, é claro que ela estava triste, mas não adiantaria nada chorar por alguém que a abandonou.

Determinada a jovem saí da cama e vai até a porta do seu quarto chamar alguém que pudesse ajudá-la a se vestir.

...

Devidamente vestida Bella desce as escadas de sua casa. Depois de dias ela saía do quarto, e era tão boa aquela sensação, parecia que o ar ali era mais fresco... Ela não sabia explicar.

Já no fim da escada Bella escuta uma conversa vinda da sala, então ela resolve ir para aquele cômodo, talvez seu pai estivesse ali e ela realmente precisava do abraço caloroso que seu pai tinha.

Logo que Bella chega a sala ela tem uma grande surpresa, Edward Cullen estava ali. Bella tenta disfarçar o seu desconforto que aparecera logo que vira aquele rapaz ruivo.

– Meu anjo finalmente saiu do quarto! – Charlie diz docemente, todos os dias ele ia ver a filha no quarto, Bella dizia que a razão de querer ficar trancada no seu aposento era um resfriado que tinha a assolado. Era melhor mentir para Charlie, só Deus sabia o que ele faria se soubesse da aventura de Bella com um militar pobre. O pai de Bella levanta-se do sofá e vai até a filha para dar-lhe um abraço. No mesmo instante que os braços de Charlie a acolhem, Bella solta um suspiro. – Edward veio lhe visitar, ele ficou preocupado, já que a dias andas doente.

– Mas agora eu estou melhor. – Bella dá um pequeno sorriso, mas aquele sorriso não trouxera o brilho nos olhos de Bella que sempre surgiam quando a moça sorria.

– Bom dia Senhorita Swan. – Edward vai até a moça e dá um beijo no dorso da mão da mesma.

– Bom dia. – Bella diz depois de desviar o seu olhar dos olhos do outro rapaz.

– Está com fome minha filha? Sua tia resolveu ajudar no almoço hoje. – Renée diz do sofá em que estava sentada.

– Não mamãe. Não estou com fome. – Bella responde.

– Venha Bella, sente-se conosco. – Charlie convida a filha. Aceitando o convite do pai, Bella senta-se no sofá ao lado de Charlie, enquanto Edward estava em outro sofá que ficava logo na frente e Renée estava numa poltrona. – Mas continuando a nossa conversa... Me diga Edward, o que achas dessa guerra?

– Bem, eu acho que não deveria ter necessidade dela acontecer, acho que não há necessidade de uma guerra só para libertar os escravos, pois é o direito deles e não há o porquê de matar tantas pessoas só para mostrar isso. É claro que a guerra não envolve só esse motivo, mas creio que esse seja o principal. Eu realmente acredito que os negros são como os brancos, apesar da cor da pele ser diferente o resto é tudo igual. Não acredito nessa divisão de que os negros são inferiores e os brancos são superiores. – Edward fala num fôlego só, mas logo o rapaz percebe que pudesse ter falado besteira e logo tenta se desculpar. – Oh, me desculpe, talvez eu tenha falado demais em expressar a minha opinião sobre esse assunto.

– Oh não rapaz, tens um pensamento muito avançado para um rapaz tão jovem. Concordo com suas palavras. – Charlie diz sorrindo, ele definitivamente gostara do rapaz, ele até poderia dizer que o jovem Cullen tinha conquistado a sua confiança. Bella ouvira tudo com atenção, e chegou a conclusão que apesar de rico Edward não era esnobe, ela sempre acreditava nas mesmas palavras que Edward usou, desde pequena ela achava que os negros mereciam o seu devido respeito. – Concordas com as palavras de Edward, Bella?

– Sim papai, acho que ele tem razão. Acredito que os negros merecem os seus direitos, acho que eles merecem respeito. – Bella fala. Depois de escutar as palavras de Bella, Edward dá um leve sorriso, ele tivera mais uma prova que a jovem Swan possuía um coração puro e que apesar de ser mulher e jovem não tinha medo de dar a sua opinião.

– O almoço demorará um pouco, então porque os dois não vão dar uma volta no jardim? – Charlie diz a Bella e Edward.

– Eu e o Senhor Cullen papai? – Bella pergunta em dúvida. Talvez ela não gostasse de ficar a sós com Edward.

– Sim minha filha, os dois. O que acham?

– Eu adoraria acompanhar Isabella. – Bella dá de ombros dando a entender que para ela estava tudo bem. Edward vai até onde Bella estava sentada e oferece o seu braço para a jovem, meio em dúvida Bella aceita e os dois saem da sala e vão para o jardim.

Renée estava se concentrando muito para não dar pulos de alegria, finalmente Edward poderia conversar sozinho com Bella e talvez mostrar a sua filha o bom rapaz que era.




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