Presente De Mau Gosto escrita por Schmerzen
Notas iniciais do capítulo
Imaginei esse pequeno "conflito" esses dias. Achei tão engraçado que tive que escrever.
Enjoy!
Sirius abriu os olhos, fechando-os em seguida por causa da claridade. Remus ainda dormia ao seu lado, colado a ele, apesar da cama de casal ser bem grande. Não que ele não gostasse da proximidade.
Suspirou, olhando o relógio. A data anunciava que ele estava ficando mais velho e Sirius sorriu. Remus sempre preparava uma surpresa realmente interessante na noite do seu aniversário.
O moreno sentou-se na cama, espreguiçando, com cuidado para não acordar o namorado. Balançou o cabelo com a mão e foi para o banheiro, ainda tropeçando de sono. Quando voltou para o quarto, Lupin já estava acordado, deixando o espelho que eles usavam para falar com James no criado-mudo.
– James disse que vem almoçar aqui com Lily, hoje. E eles têm uma surpresa para você.
– Eu tenho medo das surpresas de James, apesar de Lily ser bem sensata... – ele abraçou o castanho. – Te disseram o que é?
– Não. Segundo ele é uma “grande, grande surpresa!”
Remus franziu o cenho ao olhar para o quarto. Roupas espalhadas, caixas de doce e papeis de chocolate cobriam quase todo o chão. O banheiro deveria estar ainda pior. E o resto da casa também.
– Nós temos que começar a arrumar nossa casa de vez em quando.
– Ah, é chato, Remus! Podemos chamar outra empregada trouxa, o que acha?
– Não! Ficou louco? O ministério nos fez prometer que nunca mais, nunca mais mesmo, iríamos contratar outra empregada trouxa.
– Só por causa daquele incidentezinho bobo?
– Incidentezinho bobo?! Já foi complicado fazer a mulher acreditar que era só o seu reflexo no espelho quando ela viu você falando com James, mas quando você virou um cachorro preto na frente dela, ela quase morreu! Saiu gritando pela rua e o ministério disse que precisou amarrá-la para conseguir apagar sua memória.
– Ah... Bom, não é minha culpa. Não posso agir normalmente dentro da minha própria casa?
– Não acho que pessoas virando animais sejam muito normais para trouxas.
– Trouxas são estranhos.
– Vou tomar banho, James e Lily chegarão daqui a pouco. Arrume a sala e a cozinha, pelo menos.
– Remus! É meu aniversário!
Ele fez cara de cachorro perdido – o que para ele era extremamente fácil, que surpreendente, hein? – e Remus apenas rolou os olhos, entrando no banheiro.
– Quando eu sair daqui, quero tudo arrumado!
Parecia um pedido muito cruel, mas a verdade é que em cinco segundos Sirius podia ajeitar tudo com um feitiço. Sabe-se lá por que razão ele reclamava tanto... Mas provavelmente era porque teria que achar a varinha no meio de todo aquele lixo.
James e Lily aparataram na frente da casa dos amigos. James segurava uma caixa colorida, com uma grande fita azul em volta. Lily tocou a campainha e assim que Sirius abriu, deu um grande abraço nele.
– Parabéns!
– Obrigado – ele sorriu, olhando para a barriga da mulher em seguida. – Como está meu afilhado?
– Mexendo muito.
– Ah, que bom! Entrem – ele deu espaço. – Esse é meu presente?
– Tire a pata! – James bateu na mão dele, entrando também. Depois largou a caixa na mesinha e socou o braço de Sirius, abraçando-o.
– Está ficando velho, hein?
– Pois é. Mas continuo lindo...
– Ah, por favor. Remus foi quem te disse isso? Ele está mentindo. Cadê ele?
– Lá em cima. Não, ali ele – Sirius apontou a porta da cozinha. – James, não vai me deixar ver meu presente?
– Não, só mais tarde. Remus, quer ver?
– Ah, sacanagem!
– Quero – os três riram da cara de traído que Sirius fez ao se afundar no sofá.
Mas o sorriso desapareceu do rosto de Lupin assim que ele olhou a caixa. Ficou encarando meio estupefato, abriu a boca e fechou de novo.
– Vocês estão brincando, certo?
– Não – James sorriu torto. – Pensamos que Sirius fosse gostar.
– Mas que... Mas que porra de piada sem graça é essa? – ele gritou.
– O que..? – James olhou assustado.
– O que é que vocês estavam pensando? Tirem isso daqui agora!
– Mas, Remus...
– Mas Remus é o caralho! Se livrem disso!
Sirius não entendeu nada.
– Por favor, Remus! Não seja precipitado, é totalmente inocente – Lily explicou.
– Inocente? INOCENTE?! Espere um ano e vamos ver toda a “inocência” dessa coisa! Estou falando sério, suma já com isso!
Ele saiu da sala, ainda trovejando. Sirius não sabia se ia atrás dele, consolava James e Lily ou dava uma olhada no polêmico presente.
– Remus, amor, volte aqui!
– Eu avisei que talvez não fosse uma boa ideia... – Lily olhou para o marido. – Sabe como ele é ciumento.
– Como eu ia imaginar que ele fosse tão ciumento assim?
A curiosidade venceu. Sirius foi até seu presente e olhou ali dentro. De dentro da caixa, uma cadelinha preta com uma fita no pescoço o encarou com grandes olhos azuis.
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