“Olá Lily.

Sei que nunca vai receber essa carta, mas achei que, no meio dessa guerra, já era hora.

“Hora de quê?”, deve estar se perguntando. Bom, a hora de me desculpar. Acho que sabe o que fiz Harry passar, e devo me desculpar por isso. Ele tem muito de você nele, mas no interior. E nos olhos, são iguais aos teus. Talvez eu pudesse tê-la tido de volta com ele. Revivido o que vivemos. Mas acho que desperdicei essa chance.

Ele foi para uma batalha, há alguns meses.

Sabe, acho que o vi com maus olhos. Ele é um bom garoto, um bom homem, e creio que terá um bom futuro e uma boa vida. Mas eu vi a Harry como Vernon via, porque me deixei levar pelo egoísmo e materialismo. Fui egocêntrica e quis prejudicá-lo, e eu peço fervorosamente que me perdoe. Você sabe, eu não gostava disso. Tudo isso de magia e poderes. Ou talvez eu simplesmente não quisesse aceitar não ser como você.

Você era incrível Lily, era doce, meiga, corajosa e decidida. Mas quando vi você com aquele garoto, aquele Snape... Eu supus que perdi você. Achei que ele te tiraria de mim. Você era quem eu deveria proteger e cuidar, e você se afastou. Você era tudo que eu nunca fui Lils, e eu não conseguia ver o quão maravilhosa você era, pois eu estava cega de raiva e inveja.

Agora, estou num nada com Vernon e Dudley, e Dudley diz que sente falta de Harry. Talvez, se eu e Vernon não tivéssemos sido rigorosos e o mimado, talvez ele pudesse ter sido amigo do primo. Outra vez, peço desculpas.

Não escrevi essa carta para enviá-la, mas para mostrar que me arrependo Lily, sempre pensei em mim e não em você. Lily, quero que me perdoe, pois não vou agüentar viver sem seu perdão. Pensando que está descansando com Potter e me odiando, e que nunca fui me despedir.

Como eu disse, Harry foi para a guerra. E eu desejo fervorosamente que ele ganhe, e destrua esse homem que matou-a, que matou a ti e ao Potter, pois então vingarei sua morte e a de Potter.

Sinto muito não ter sido uma irmã melhor e não ter cuidado da minha irmãzinha.

Com amor,

Tunney”

Naquela noite, enquanto dormia, Petunia Dursley sentiu uma paz imensa. Ouviu uma voz, que dizia “Nunca odiei-a, Tunney”, e viu que estava perdoada.