Cuidado Com O Que Você Deseja escrita por Katie Anderson


Capítulo 20
Capítulo 20




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Capítulo 20

– Haha. Muito engraçado. E quem é você para me dizer o que fazer? – Perguntou Chad para Will.

Na minha cabeça, só tinha uma pergunta: o que Will Henderson está fazendo aqui?

– Sério, cara. Não quero brigar com você. Solte-a. – Disse Will novamente.

Só então notei que Chad ainda estava me segurando.

– Chad, não me faça repetir. ME SOL...

– Tá, Catherine, depois você faz as suas frescuras. E então, cara? Eu acho que já te vi em algum lugar.

Will ficou... digamos que, com essa afirmação, ele deve ter lembrado de algo que o deixou com raiva. E eu acho que eu sei bem o que é.

– Eu lembro de você. Eu vou repetir mais uma vez. Solte Catherine, senão as coisas vão ficar feias para o seu lado.

– Há! Isso porque você tem muita chance contra mim! – Disse Chad, com um sarcasmo desnecessário.

– Will, não faça isso. Você não sabe do que ele é capaz. É melhor não se meter nisso. Deixa que eu cuido dele.

Will começou a ficar vermelho.

– É, Will, não se meta. Se você não sair daqui, a garota se machuca.

O que era isso? Um filme de ação do James Bond?

– Olha, eu cansei! – Disse eu. – Chega, tá legal? Eu não sou a garota indefesa, eu sei me defender sozinha! Então, parem de ficar tentando me negociar! – Então, eu simplesmente arranquei o braço de Chad do meu e tentei ir embora, mas Chad me deteve.

O mais estranho, é que, ao me deter, ele não estava perto de mim. Ele não estava nem tocando em mim.

Ele estava usando um tipo de força paranormal.

– Eu te disse, Catherine. Eu sou invencível.

– Tá, e eu sou a namorada do James Maslow. Se toca, Chad!

– Ham, quem é James Maslow? – Perguntou Will, meio confuso.

– Dã! É aquele cara de Big Time Rush! Até eu sei disso! – Disse Chad.

Will e eu olhamos para ele estupefatos.

A questão é, vocês não são suficiente para me deter. – Disse Chad.

Talvez a gente não fosse. Mas eu sabia quem era.

Eu não tinha como falar com Will, pois Chad poderia ouvir, então, tive uma ideia absurdamente idiota.

Peguei meu celular e mandei um torpedo pra ele.

E ele fez exatamente o que eu pedi.

– Então, cara, acho que a gente deveria falar um pouco sobre a sua masculinidade. Tipo, Big Time Rush? – Perguntou Will, tentando provocar Chad.

– Foi só uma vez! – Gritou Chad.

– Não, eu acho que foram mais. Sabe, se eu assistir a um programa só uma vez, eu não vou saber de cor o nome dos protagonistas.

– Não é isso que você está insinuando, Will. Eu não sou... – Começou Chad.

Eu me certifiquei que Chad estava suficientemente distraído para ir até o outro lado.

O lado do palmtop.

O que aconteceu a seguir foi... simples. Eu destravei o palmtop, libertei Jeff (quero dizer, eu acho que devo ter libertado ele quando destravei o palmtop) e devo ter visto a luta mais esquisita do mundo. Sabe, Chad e Jeff lutavam, mas eles não se tocavam. Era como se fosse uma luta com poderes mentais. E, toda vez que Will tentava interferir, ele era atirado no chão, como se tivesse uma espécie de campo de força ao redor dos dois.

Então alguém caiu no chão. Levantei meus olhos na esperança de ver Chad mas não era ele quem havia caído. Era Jeff.

– Quando eu digo que ninguém pode me vencer, eu quero dizer NINGUÉM. – Disse Chad.

Oh-oh. E agora. Mas eu estava cansada de esperar as outras pessoas. Decidi tomar uma atitude.

– E quanto a você, garoto... – Disse Chad, se aproximando de Will. – Tem algo que você precisa saber sobre minha masc... – Mas ele não terminou a frase. Por quê?

Porque eu, a garota aqui, POW, dei um soco na cabeça dele.

E Chad caiu no chão, inconsciente.

– Uau. – Disse Will.

– É, bom para uma garota, não é? – Sério. Eu dou um soco no cara, o deixo inconsciente, e Will diz apenas uau?

– Talvez. Olha, eu tenho que ir. – Disse ele.

– Mas, já? A gente acabou de...

– Sério, Catherine. Eu tenho que resolver uns negócios. Com licença. – Ele passou por mim. – A gente se vê.

Só isso. Nada de: obrigado, Catherine, por ter salvado a minha vida. Garotos... Humpf!

Então reparei que Jeff ainda estava no chão.

– Jeff! Você está bem? – Perguntei, correndo até ele.

– Parece que eu estou bem? – Mas ele estava sorrindo. Então, ele estava bem.

– Venha, Jeff. Vamos pra casa. – E saímos andando dali, deixando Chad caído e inconsciente.


O tempo passou. Muito rápido, pra falar a verdade. Faltavam apenas dois meses para acabar o ano letivo. E esses dois meses passaram como se fossem duas semanas. É fácil fazer o tempo passar quando você se foca nos estudos.

Finalmente, estávamos na última semana. Faltavam apenas dois dias. Férias, a grande parte do colégio esperava por isso. Mas teve algo que eu estranhei nesses últimos dois meses. Mais de uma coisa, pra falar a verdade.

Primeiro: Chad. Não sei como, mas ele tinha acordado e sumido. Ele terminou com Katie por uma mensagem de texto e sumiu do mapa. O que me deixou aliviada e, ao mesmo tempo, preocupada. Aliviada porque eu ainda estava assustada. Preocupada porque agora Chad tem razões para me odiar. E ele quer acabar com Jeff também, então com certeza ele vai vir atrás de mim.

Segundo: Will. Ele não fala mais comigo. Tipo, ele não me ignora, mas as nossas conversas são sempre: "Oi" e "Tchau". Bem, pelo menos, depois de eu ter feito aquela festa na piscina, minha popularidade aumentou muito. Mas, mesmo assim... passei muito tempo pensando qual era a real causa disso. Não podia ser apenas Chad. Will já devia ter superado isso. Eu estava enfeitiçada, caramba! Ele havia me manipulado para que eu gostasse dele! Ah, sim, e falando sobre pessoas enfeitiçadas...

Eu consertei tudo isso com apenas um pedido. Eu tinha que admitir, é muito legal ter uma mãe que faz tudo o que você quer, mas não é uma mãe de verdade. Eu quero alguém que grite comigo quando for necessário. Mas não do jeito exagerado que ela fazia. E fiz o mesmo com Katie. Apesar de que, Katie não estava totalmente enfeitiçada. Ela só não deveria ter raiva de mim quando eu estivesse com Chad, e agora que Chad foi embora...

Fazendo as contas, eu ainda tinha dois pedido. Usei o primeiro com a minha mãe, o segundo com Chad, o terceiro com Katie e o quarto para desfazer a bagunça que eu havia feito. Porém no quarto Jeff disse que, de acordo com as regras, desfazer alguma merda que você por acaso fez com magia não conta como um pedido. Mas pensei no que Chad falou. Sobre usar o pedido com sabedoria. Mas agora era tarde demais. Eu só tinha mais dois. E não vou desperdiçá-los. E também, eu adoro Jeff, e não quero que ele vá embora.

Bem, acho que é melhor eu parar de me distrair com pensamentos e voltar aos meus estudos.


Finalmente. É último dia. Finalmente acabaremos com essa coisa. É tão boa a sensação. Férias!

– Caaaath! – Gritou Katie. Ah, não, ela lembrou! – Feliz aniversário!

É, eu sei o que você deve estar pensando. Eu tenho prova no dia do meu aniversário, que sorte! Argh!

Então, aconteceu o que eu mais temia.

Todo mundo veio falar comigo.

– Ah, é seu aniversário? – Diziam pessoas com sorrisos falsos. – Parabéns!

Devo ter escutado isso bem uma cinqüenta vezes.

Muitas pessoas adoram isso. Sabe, ser o centro das atenções. Mas eu não suporto.

É que nem aquele povo que só gosta de discutir sobre marcas. Meu Deus! Que liga pra marca? Infelizmente, todo mundo do colégio. Então, se você quiser sobreviver na minha escola, você tem que saber falar a linguagem Prada. É triste, mas é a realidade.

Sim, não importa quantos parabéns eu recebesse, só havia um que me importava.

O de Will.

E ele foi o único que não me disse "Feliz aniversário".

Se ele sabia que era o meu aniversário, não se importou em demonstrar. Ele nem se deu ao trabalho de falar comigo.

Posso afirmar que isso arruinou o meu dia.


– Mãe, cheguei! – Foi a primeira coisa que eu disse ao entrar em casa.

Enquanto procurava algo para beber, vi um bilhete na geladeira.

Querida Cath,

Seu pai e eu tivemos que fazer uma viagem de última hora para Boston. Voltaremos daqui a dois dias. Annie vai ficar na casa de Jess. Aproveite o seu dia.

Beijos, mamãe.

Maravilha. Nem meus próprios pais vão passar o meu aniversário comigo. O meu dia está cada vez melhor.

Subi para o meu quarto na esperança de alguma coisa que me animasse.

– E aí, garota? – Disse Jeff. – Feliz aniversário!

– Ah, obrigada.

– Você não parece muito animada. É ele, não é? – Jeff sabia.

– Sim.

Momento de silêncio.

– Bem, quantos anos você está fazendo? 40? – Perguntou ele.

– Quinze. – Respondi, sorrindo. Pelo Jeff sabe como me animar.

– Bem, eu sei o que você está pensando. O que o lindo e galanteador Jeff escolheu para te dar de presente de aniversário? – Perguntou ele.

– Haha. Super modesto. Ham, eu não sei. Qual é o meu presente?

– Bem, tchã-raaan! Um pedido extra sem restrições! – ele sorriu. – E isso não é porque eu não pensei em nada pra te dar.

– Obrigada. – Respondi, sorrindo. Acho que é a primeira vez que eu ficava feliz de verdade naquele dia. – Bem, eu quero relaxar um pouco agora. Se quiser falar comigo, estarei lá na rampa.

– Sabe, a maioria das garotas normais de quinze anos costumam relaxar em salões de beleza, fazendo as unhas, dormindo ou até vendo TV. Você é a primeira que eu conheço que relaxa andando de skate.


Melanie estava lá.

– Caaaaaaaath! Que bom ver você! Feliz aniversário! – Assim como Katie, ela estava dizendo isso com sinceridade.

– Obrigada, Mel.

– E então? Vamos sair hoje de noite para comemorar? – Ela perguntou, feliz.

– Claro.

Tentamos falar enquanto andávamos de skate, mas o resultado não foi muito bom.

Então paramos um pouco para conversar.

– Então, o que você tem feito? – Perguntei.

– Ah, nada demais. Eu passo bastante tempo com o meu namorado. E você? – Ela disse, casualmente.

– Bem, eu... – Momento de perplexidade. – SEU NAMORADO? Tipo, Danny?

– Sabia que você ia ter essa reação.

– Conta tudo! Não esconda nada! Eu tenho o direito de saber, hoje é o meu aniversário.

– Haha. Você está se achando. – E conversamos por horas. Quando lembrei que tinha que voltar pra casa, já estava quase anoitecendo.


– Jeff! Cheguei.

– Vem aqui em cima. Eu estou precisando de ajuda. – Ele me chamou.

– Ok. – Então fui até o meu quarto, o mais rápido que pude. O que será que era tão complicado, que Jeff precisava da minha ajuda?

Abri a porta e vi meu quarto quase todo escuro.

Apenas uma parte estava sendo iluminada por minha luminária, ao lado da minha cama.

E Will estava sentado nela.

Na cama, não na luminária.

– Surpresa. – Disse ele, com seu sorriso perfeito.

– Ham, nossa! – Eu estava completamente sem palavras.

– O quê? Você achou que eu ia esquecer o seu aniversário?

– Na verdade, achei. – Respondi.

Então ele me olhou seriamente, já sem o sorriso.

– Desculpa. Pelo modo que eu agi em todos esses dias. Eu precisava de um tempo pra pensar.

– T-tudo bem. – Tentei dizer. Mas o meu tom de voz não parecia convincente.

– Não, é sério. E pra provar que eu sinto muito, eu escolhi...

Jeff olhou pra ele.

– Bem, nós escolhemos um presente ótimo pra você. – Disse ele. – Melhor assim, Jeff?

Então ele me entregou uma pequena caixa.

Curiosa, abri.

Era um par de brincos. Lindo.

Mas não foi isso que me emocionou. E sim, o cartão que estava dentro.

– Obrigada. – Disse, mais sorridente do que nunca.

Então eu lembrei que eu ainda tinha dois pedidos. Mas nada podia fazer isso melhor.

Jeff estalou os dedos e sumiu, para nos dar um pouco de privacidade.

– Bem, eu...

– Sshhh. – Ele botou o dedo em meus lábios. – Não precisamos falar mais nada agora.

Então ele me beijou.

Mas, dessa vez, eu não interrompi, nem me afastei.



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Notas finais do capítulo

OOOOWN. Então, é isso. Obrigada por lerem até aqui rs :x se você gostou, por favor, POR FAVOR, leia a continuação :D faça uma garota feliz e leia as histórias dela! KKKKKKKKKK :*



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