POV Sam –

Depois que eu e Freddie terminamos há dois meses, eu assumo que não parei de pensar naquele cabeçudo. Triste? Sim. Eu teria que esquecê-lo; Mas ao mesmo tempo aquilo era bom, eu sabia que ele estaria pensando em mim, sentindo o mesmo que eu.

Já havia gravado o iCarly hoje, e eu já tinha voltado pra casa. Liguei meu celular, e coloquei no music player, deixando tocar algumas músicas enquanto eu olhava os comentários no site pelo meu notebook.

- You stole my heart And you're the one to blame... And that's why I smile It's been a while Since everyday and everything has felt this Right And now you turn it all around And suddenly You're all I need, the reason Why-y-y I smi-i-ile The reason why-y-y I smi-i-ile... – cantei distraidamente a música da Avril.

Depois de olhar os comentários, e ver que a maioria era dizendo para o ‘Seddie’ voltar, desliguei o notebook e caminhei até a janela, e fiquei sentada na varanda, observando a cidade. Fechei os olhos e por alguns segundos voltei ao passado, revendo os momentos que passei com ele.

Todas as brincadeiras, todas as confusões, todos os olhares, os beijos...

- Pensando em mim, Puckett? – perguntou uma voz masculina reconhecível, abri os olhos e vi Freddie subindo a escada, e em seguida se sentando na minha frente.

- Não seu idiota, e-eu... – droga! Gaguejei – Eu estava pensando com o que vou colocar amanhã nas suas calças. – menti, dando um sorriso sarcástico para ele.

- Ok. Finjo que acredito.

- O que faz aqui?

- Eu queria te ver.

Respira, inspira Samantha.

- hãn, já viu agora tchau Benson. – falei levantando, puxando seu braço, em direção a pequena e única escada que tinha pra sair daqui. [ok, tinha a porta do meu quarto, mas que se dane]

- Eu não subi dez andares de escada pra nada. – ele disse puxando-me para mais perto de si, fazendo nossos rostos ficarem a centímetros de distância. Ele foi se aproximando mais, coloquei meu dedo indicador na frente:

- Freddie... Não. É melhor você ir. – abaixei a cabeça.

- Me deixa ficar, prometo não tentar te beijar.

Cedi, e voltei a sentar no mesmo lugar, ele ficou parado. Bati a mão duas vezes no lugar vazio que havia do meu lado, e ele logo se sentou. O silêncio se instalou naquela pequena varanda. Fiquei observando o céu, por alguns minutos.

- Eu sinto sua falta – Freddie pronunciou, quebrando o silêncio. Arqueei a sobrancelha uma vez, e encarei-o.

- Eu também. – foi o que bastou, o garoto se levantou e ‘reverenciou’ estendendo a mão para mim.

Juro que essa eu não entendi.

- Vem – ele disse ainda com a mão estendida, coloquei a minha mão sobre a dele e me levantei. Freddie me segurou pela cintura com uma mão e com a outra segurou a minha. – Dança comigo?

- Sem música? – perguntei num tom de deboche, ele soltou a sua mão da minha e pegou seu Peraphone, colocando uma música suave para tocar. Ele sorriu, e colocou o celular no banco. Revirei os olhos – Seu bobo.

Sua mão voltou a minha e com passos lentos começamos a dançar. Eu era péssima nisso, e vários pisões de pé aconteceram.

- É melhor a gente parar – falou Freddie com meio tom de dor.

- Ótima idéia. – falei e voltamos a ficar sentados, ele desligou o celular.

- A Carly te convidou pra ceia? – perguntei por curiosidade.

- Sim.

- E você vai? – mordi o lábio inferior, e fitei-o. DIZ NÃO DIZ NÃO!

- vou. – falou e virou o rosto, sorrindo.