Sonho ON -

Eu estava em um campo cheio de flores, todas de tamanhos diferentes, cores e cheiros. Avistei um banco e sentei ali mesmo, olhando para o nada, quando eu vi um menino caminhando pelas flores, só de calça jeans, com o peito desnudo. Ele era lindo, e bem parecido com o garoto que eu vi naquele dia no enterro da minha mãe. Quando ele me encontrou, deu um sorriso enorme, sentando do meu lado e cortonando seu braço na minha cintura. Eu sorri e me aproximei mais dele, sentindo seu doce cheiro, até que nos beijamos, o gosto da boca dele era maravilhosa, seu toque me deixava nas nuvens. Nos separamos e sorrimos um para o outro.

Sonho OFF -

Acordei com um lindo sorriso, pensando no sonho que eu acabara de ter. Aquele garoto está na minha cabeça à dias, e eu não consigo parar de pensar nele, em como seu sorriso era radiante, seus olhos cor de mel, seu cabelo cheiroso... Ok Sophia, já chega, você mal conheçe o garoto e já está assim? E se ele tiver namorada? Ok né... Tudo o que eu tenho que fazer agora é recomeçar, e de um jeito novo.

Levantei da cama e fui no banheiro escovar meus dentes, ainda pensando naquele garoto que a dias atormentava minha cabeça.

(...)

Estava dirigindo em direção ao Starbucks, era lá onde eu ia tomar meu café da manhã. E também decidi sair um pouco, já que eu estava lá presa naquele quarto desde que minha mãe faleceu. Procurei uma vaga pra estacionar e sai do quarto, o travando. Adentrei naquele lugar, que estava com cheiro de café. Era o meu lugar preferido para ir. Pedi o meu pedido e sentei em uma mesa, esperando ele chegar. Fiquei olhando para as pessoas rindo e conversando sem parar, até que uma pessoa me chamou a atenção. Ele estava mechendo em seu celular, enquanto tomava um pouco do seu café, era o garoto do enterro da minha mãe. Levantei da minha cadeira e fui tentar falar com ele, sorrateiramente. Cheguei perto dele, que ainda não tinha notado minha presença, então eu tentei chamar um pouco sua atenção cutucando levemente em seu ombro. Ele virou para trás um pouco assustado e depois olhou confuso para mim. Eu sorri sentando na cadeira a sua frente.

- Oi, se lembra de mim? Sou a garota do... - Ele não me deixou terminar.

- Enterro. Sim, eu me lembro de você. - Ele sorriu e me deu um pequeno beijo na minha bochecha, me fazendo fechar os olhos.

- A-ah... q-que bom que se lembra hahaha.. - Disse um pouco sem graça, enquanto gaguejava um pouco. Merda! Gaguejar não é bom em horas como essa.

- Por que está gaguejando? - Ele perguntou meio confuso, mas depois deu um risinho.

- Ér... por nada! Então... você tem namorada?! - Ok, esse foi a pior aproximação que alguma pessoa pode ter, meu Deus Sophia, se toca, o garoto deve estar achando que você é uma louca.

- Não.. - A moça chegou com o meu pedido, não deixando ele terminar. Começei a beber o meu café muito rápido, o fazendo olhar estranho para mim. Depois dessa acho que vou ser anti-social.

- Eu ainda não sei o seu nome. - Falei terminando de beber o meu café.

- É Justin... e o seu é Sophia, não é? - Perguntou meio abobado. Hum.

- Sim... bom, eu acho que tenho que ir.. mas foi muito bom te conhecer melhor. - Eu dei um sorriso sincero, o abraçando depois. Ele retribuiu o abraço. Não sei por que, mas uma corrente elétrica me invadiu da cabeça aos pés.. tomara que eu não esteja apaixonada.

- Posso lhe fazer companhia? - Ele perguntou jogando um pouco de seu charme pra mim. Minhas pernas começaram a ficar meio bambas, mas eu me controlei.

- Como quiser. - Ele assentiu e entramos no meu carro. Dei a partida e começei a dirigir. Estava um silêncio, nenhum de nós dois pronunciava nenhuma palavra sequer, e isso já estava me deixando sem paciência. Liguei o rádio, que estava passando I Wanna Go da Britney, cantando um pouco.

- "I-I-I wanna go-o-o, all the way-ay-ay, take it out my freak tonight..." - Cantei um pedaço do refrão ainda olhando para a estrada.

- Você canta bem! Já pensou em ser cantora? - Perguntou Justin risonho.

- Até já, mas pra mim não passa de um hobbie. - Expliquei. Parei meu carrona frente da casa, e me despedi dele. percebi que ele desceu sua mão até minha bunda. O olhei incrédula e ele começou a rir, me fazendo rir junto. Que bobo.

- Quer conhecer a minha casa? Depois eu te levo pra casa. - Eu falei abrindo a porta e deixando ele passar.

- Claro, vou me divertir muito com você. - Ele disse contornando seu braço na minha cintura. Senti minhas bochechas corarem, ele realmente estava me fazendo ficar envergonhada. parecia que só era eu e ele, e ninguém mais. Ele entrelaçou nossas mãos, fazendo meu coração bater mais rápido que o normal. Eu não o conheçia direito, mas desde quando eu o conheci...

Ele me faz tão bem.