One Summer( fate) escrita por Tah_13


Capítulo 4
Capítulo 4- De volta para casa


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo não acontece taaanta coisa como os outros, mas eu precisava escrever...



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Capitulo 4

Se eu dissesse que a viajem passou rápido e foi ótima eu estaria mentindo. Pra mim ela durou um século, parecia que nunca ia acabar, a cada parada eu ficava mais nervosa/ansiosa. Re li todas as cartas durante esse tempo, o que na verdade foi a única coisas quem me ajudou a superar esses dias no trem.

Mas o que importa agora é que eu cheguei no Texas. E já pude notar um clima totalmente diferente de Nova York, eu senti saudades de casa. Assim que cheguei  nosso cocheiro estava a minha espera, ele retirou minha bagagem e levou para dentro da carruagem. Foi uma viajem extremamente rápida comparada ao trem, isso é obvio.

Eu olhei a cidade, não estava tão diferente, mas agora tinha muito mais lojas e militares por todos os lados andando em cavalos enormes, o Texas estava diferente e igual ao mesmo tempo por causa da constituição. Tinham mulheres com vestidos enormes e chapeis maiores ainda andando por ai, homens com ternos e policias e o trafico de carruagens.

Andamos bastante, até que saímos da parte do centro de Dallas e fomos por uma estrada de terra onde o caminho todo era aberto entre arvores podadas e bem elegantes, chegamos na nossa estradinha. Andamos mais até chegar no imponente portão de ferro negro da casa da família Harrison. O portão se abriu e entramos, começamos a passar por enormes arbustos que deixavam tudo bem elegante e com ar de importância, extremamente desnecessário. Passamos pelo longo caminho onde se via empregados trabalhando nos jardins ornamentais e nas redondezas. Até que passamos pelo meu jardim que estava florindo fora de época rosas cor de rosa bebe, estava lindo. Eu sorri, e logo a diante vi a enorme casa, que era extremamente grande, era uma grande mansão. Era branca e cheia de enormes vitrais e janelas era muito bem iluminada nos dias de sol. Eu olhei a enorme casa, a minha casa. O cocheiro parou enfrente dela e abriu a porta para mim, alguns empregados estavam ali para me receber, inclusive a Sra. Frideryk, minha “tutora”. Eu desci da carruagem e olhei para casa, suspirei . Logo vi minha mãe descendo a escadaria da parte da frente da casa sorrindo com seu enorme vestido cor de pêssego.

-Querida!- Ela veio a meu encontro e me deu um abraço

-Olá mãe

-A filha, que saudades. Não tem escrito porque?

-Eu escrevi

-Quase nada! Eu esperei semanas pela sua chegada! Como foi a prova final? Ah querida eu estava com tantas saudades.

Minha mãe ficou conversando comigo, sabe minha relação com a minha mãe é um tanto complicada, não que não é que eu não goste dela, é claro que eu gosto afinal ela é minha mãe só que é complicado, minha mãe espera que eu seja a noiva de alguém bem sucedido, não importa que eu queira ser algo na vida(para ela é inaceitável esse tipo de coisa). Eu amo a minha família mas não vou negar que ela é cheia de problemas, meu pai está sempre trabalhando e minha mãe .... é neurótica, mas é uma boa pessoa. E eu também estava com saudades mas pra falar a verdade eu só queria ir pro meu quarto e me jogar na minha enorme cama e ficar lá um pouco. Já havia se passado da hora do almoço e eu estava exausta.

-Mãe- eu a interrompi enquanto ela falava sobre alguma coisa

-Sim?- Ela parou e me ouviu, o que ela nunca costuma fazer, ela estava assim por estar tanto tempo longe.

-Eu estou extremamente cansada, se a senhora não se importa gostaria e ir até o meu quarto, e logo em seguida eu ficaria honrada se a senhora me acompanhasse ao chá da tarde.

-Ah, nas é claro querida, a honra seria toda minha. Esse colégio de etiqueta tem feito muito bem pra senhorita. Está vendo, você que relutou tanto a ir para o Jane Scott.

-É claro mamãe, com sua licença.  Eu me levantei do pequeno sofá que estávamos sentadas da primeira sala de visitas e fui em direção ao corredor que seguiria para as escadas que levariam ao andar de cima.

-Daqui a 30 minutos na sala de chá?- Ela perguntou

-Poderíamos tomar o chá no solário?
-Ah sim, eu posso providenciar

-Com sua licença.- Fiz uma pequeno gesto de reverencia abaixando a cabeça.

Sim eu ignorei o fato dela ter me insultado dizendo que o colégio tem me feito bem, no sentido de que antes eu não tinhas as maneiras adequadas para uma dama, mas tudo bem eu acabei de voltar nada de brigas. E era sim verdade no meu primeiro ano no JS eu sofri, aqui em casa a única pessoa que realmente se importava com essas manias de etiqueta enquanto éramos mais novos sempre foi minha mãe, meu pai não fazia questão desses exageros que aprendemos no JS mas exigia educação e respeito, oque aprendemos no JS é como ser uma pessoa neurótica e submissa. Lá tinha aulas de etiqueta e como ser uma boa esposa, como criar seus filhos, como criar suas filhas, aula de como jantar, como se sentar, como se portar diante de situação embaraçosas, como acenar, como  tomar sopa, como controlar a criadagem, como dançar, sorrir, a roupa ideal para a ocasião, como honrar o nome da família, como se portar ao ser apresentada a sociedade(quando sua família quer procurar pretendentes), e coisas do gênero.  Tínhamos tanta coisa mais complicada que um colégio masculino que ensina coisas de verdade, aquilo era uma escola de etiqueta, não uma escola de verdade.
Eu passei pelos corredores até chegar a escadaria que subi segurando a barra do vestido enquanto meus sapatos faziam eco na sala. Continuei pelo corredor e cheguei ao meu quarto, minha bagagem já estava toda lá. Eu olhei para o meu quarto, um quarto claro com uma grande cama encostada em uma das paredes ao lado oposto das janelas, vi minha enorme prateleira repleta de livros e minha escrivaninha com tinteiros e penas. Minha enorme penteadeira com milhares de coisas e armários gigantes repletos de vestidos. Tirei meus sapatos e senti meus pés livres agradecerem. Olhei para o meu quarto, era grande com muitas mobilhas finas. Fui para minha cama e me sentei, era tão macia e confortável, deitei minha cabeça em um travesseiro de plumas. Eu sentira falta daquilo tudo.
Fiquei ali por alguns minutos até que me lembrei, fui até uma pequena frasqueira que eu estava usando como bolsa de mão, tirei dali meu pacote de cartas dele e não contive um suspiro. Eu sabia que as novas cartas que estavam com Mary ainda não haviam chegado, e ele também ainda não estava na cidade, eu perguntaria para minha mãe quando meus irmãos voltariam, que provavelmente ele também estaria de volta.
Fui até minha escrivaninha e abri sua primeira gaveta, tinha uma caixa de carvalho lustrosa e bonita, toda ornamentada e de baixo havia uma "corda" para dar corda na caixa que era musical, com uma tranca dourada, eu peguei uma pequenina chave dourada que eu havia guardado comigo para abri-la, coloquei a chave e girei a, a caixa deu um baixo 'click' e se abriu, levantei a tampa lá dentro tinha meus mais preciosos tesouros: uma flor seca, que ele me dera antes de partir no ano anterior, e algumas memorias, lá coloquei as cartas que quase ocuparam todo o espaço e a foto, que antes estava dentro do livro, coloquei uma foto minha deste ano com Mary e mais algumas poucas coisas, a caixa em si era muito valiosa para mim, minha mãe me dera quando eu tinha apenas 6 anos, ela me ninava com a musica que ela tocava, a própria havia ganhado a caixa de meu pai quando eles ainda trocavam cortejos e me dissera para guardar meus tesouros ali.

Fiquei mais algum tempo ali no meu quarto,  logo em seguida fui rumo ao solário, um lugar que eu gostava muito de ficar em casa. Ao chegar lá fui direto para a mesa que minha mãe já estava sentada

-Atrasada

-Perdão mãe.- Eu disse mesmo que eu não estava realmente atrasada.

Eu conversei agora de verdade com minha mãe, acabei perguntando pra ela quando meus irmãos, que acabaram de completar o ultimo ano na academia voltariam e ela disse que estariam de volta em mais ou menos 1 semana como todos os estudantes, mas como eles estavam se formando voltariam em 2. Contei como foi o ano e tudo, até que ela tocou num assunto delicado: A minha apresentação a sociedade, ocorreria nesse verão como a maioria das meninas do JS que ainda não haviam sido apresentadas. Ela disse que já havia recebido muitas propostas e que nesse verão ainda eu teria que encontrar um noivo.


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Notas finais do capítulo

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