One Summer( fate) escrita por Tah_13


Capítulo 3
Capítulo 3- Cartas


Notas iniciais do capítulo

Capitulo nova hahahahh! to com muita vontade de escrever esses dias, feliz natal pra vcs e um otimo ano novo! espero que gostem



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Capitulo 3


Mary e eu nos abraçamos forte, estávamos com os nossos enormes vestidos cheio de babado e etc., ficamos ali paradas apenas nos abraçando

–Me escreva- Eu disse

–E você também,eu quero saber quando vai ser seu casamento com ele

–Fica quieta Mary- Eu disse dando um risinho

Ela riu, já tínhamos dado tchau para quase todas as meninas do colégio, minha carruagem estava me esperando para me levar para a estação. Eu havia ido até que bem na prova final, eu estava ansiosa para voltar para casa mas sentiria saudades de Mary, com suas brincadeiras e sua mania de vidência. E a cada segundo que passava estava mais próximo do momento que eu e ele estaríamos separados apenas por um lago.

Nos despedimos e choramos um pouco, prometemos que nos escreveríamos e eu entrei em minha carruagem. Já deveriam ter se passado no mínimo 20 minutos e ainda estávamos ali , assim eu perderia o trem e ficaria mais dias ali esperando o próximo com o mesmo destino. Partimos, os cavalos trotavam rapidamente e eu ouvia o barulho de seus cascos. Chegamos na ferrovia foi então que o cocheiro levou a mim e minhas bagagens para o trem, seriam horas e horas de trem até chegarmos no Texas, e eu não conseguia estar menos ansiosa. Fui para a minha cabine privativa da primeira classe e o cocheiro deixou minhas coisas ali dentro e saiu. Me sentei um pouco na cama e mirei a minúscula cabine, eu estava com um vestido bem bonito, e com o meu exemplar de Romeu e Julieta nas mãos, eu abri o livro e ali estava a foto, eu a mirei um pouco e depois fechei-o mais uma vez e o abracei contra o peito, viajem era longa, mas fazer o que? Passaria quase uma semana naquele trem. 5 ou 4 dias sendo que aquele era o trem mais rápido que tínhamos.


Eu me acomodei no meu quartinho e tirei o chapéu que eu estava usando, me sentei na cama da minúscula cabine e comecei a olhar para o quarto, tinha apenas 1 cama, uma escrivaninha, uma poltrona e um mesinha, era bem apertada e era no tom de verde escuro e vermelho vinho com pouco dourado.

Suspirei e fiquei a admirar a paisagem, o que eu faria nesses 4 dias? Eu não queria me torturar com lembranças, pois eu poderia muito bem chegar lá e ele não lembrar mais de mim, ele pode ter conseguido fazer o que eu fraca não conseguia, seguir em frente, qual era a minha garantia? E além do mais, eu não passava de uma amiga para ele, uma antiga amiga. Eu continuei um tempo ali, mas acabei me levantando e resolvi ir para o vagão social. Estava meio vazio, a maioria das pessoas apenas ia naquele vagão ao anoitecer, quando eu entrei tinha apenas 3 senhoras, mas logo saíram dizendo algo sobre tomar um chá. Eu fiquei ali sozinha e fui para o final dele, tinha enormes janelas que iluminavam o inteiro. Fiquei ali olhando as pessoas passando, entrando em seus trens, saindo e até alguns casais se reencontrando. Como era época de ferias a ferrovia estava lotada, tinha alguns militares chegando, eu via eles se reencontrando com garotas com roupas simples, mas não pude deixar de notar a felicidade que eles esbanjavam, eles não deviam ter muito direito mas a garota era bonita tinha cabelos castanhos e ele a abraçava com tanto carinho, eles se olhavam e você podia ver que eles se amavam. Ele a girou no ar e ela gargalhou, eles não paravam de sorrir, ele pegou um saco que devia ser sua bagagem e pois no ombro enquanto com a outra mão passou pelo ombro da garota. Eles pareciam tão felizes, era algo tão bonito. Eu não pude deixar de desejar que um dia isso aconteceria comigo, mas infelizmente eu sabia que não iria acontecer.

Eu continuei olhando a ferrovia, vendo pessoas indo e vindo, era uma sensação estranha, aquilo se você pensasse muito era meio triste, a estação tinha sido construída no ano anterior e já tinha centenas de pessoas indo e vindo, era uma coisa tão passageira, pessoas iam e vinha o tempo todo, logo me lembrei de quando eu cheguei no inicio do ano num trem muito parecido com esse, se não o mesmo, eu via milhares de jovens chorando se despedindo de seus noivos e maridos, era tão estranho ver como um lugar poderia trazer tanta tristeza e tanta felicidade as pessoas.

Eu estava olhando pela janela e observando quando apareceu em minha janela arfando, com a respiração entrecortada e os olhos esbugalhados Mary, eu estranhei de início, o que estava acontecendo? Ela sorria e respirava pela boca ao mesmo tempo, eu não entendia o por que de tanta correria, para me desejar mais um adeus? O trem dela sairia apenas ao anoitecer, e ainda eram 10 da manha. Ela estava respirando freneticamente, foi quando o trem soltou o primeiro apito e fechou as portas, ela estava com um papel branco que parecia um envelope de carta nas mãos, ela sacudia ele sem parar e apontava pra ele, ela tentara me entregar mas a janela não abria, esse era um dos trens mais rápidos dos EUA, ele ia a todo vapor e a janela não abria!!! Então para que uma janela? Eu estava um pouco aflita, tudo bem, um pouco não, muito eu bati na janela algumas vezes para ver se abria, fui até as outra e bati algumas vezes tentando abri-las ela ficou com um olhar aflito, estávamos tentando encontrar uma maneiro quando o trem soltou o segundo apito e começou a se mover vagarosamente, ele soltava muita fumaça do carvão que estava sendo queimado. Mary agora já estava andando a pessoas ligeiros e largos quase correndo, então eu consegui focalizar o que era os papeis brancos, eram mesmo envelopes! Eram 3, ela colocou o envelope no vidro para que eu conseguisse ler, E tinha o meu nome com meu endereço da escola! Estava escrito com uma letra preta e caprichada, de quem eu acho que eu conhecia. Foi quando eu vi o nome no canto direito, senti meu coração falhar uma batida. Eu bati no vidro ferozmente, Mary agora corria como uma louca para tentar não sair da minha janela, mas nem toda sua força de vontade seria o suficiente, o envelope que ela havia colocado no vidro que ainda segurava com sua mão prensando-o contra a janela acabou saindo e voando, eu me desesperei, uma das cartas sairá voando, Mary parou imediatamente de correr foi tentar apanhar a carta, depois disso eu não vi mais nada, o trem ia cada vez mais rápido até apenas se enxergar apenas um borrão do lado de fora.

Eu não sei dizer exatamente como fiquei, foi uma avalanche de sentimentos, eu não sei descrever o que acabara de ocorrer. A única coisa que eu conseguia pensar era, ele me mandou uma carta! Ele não me esquecera! Um problema uma das cartas saíra voado, e se Mary não conseguisse recupera-la? Eu estava tentando dizer a mim mesma que não importava, o que importava é que ele me escrevera! Isso recompensava tudo. E como eu queria ter aquelas cartas em minhas mãos! Não, espere. Pare Roxanne! Não você não vai ficar se martirizando, ele escreveu para você e isso é o que importa, eu sabia que eu ia ficar me torturando o resto da viagem, mas faremos assim não vamos ficar pensando nisso, vamos apenas viver um dia de cada vez, já estamos indo de volta para casa. Eu esperei 1 ano o que seriam mais alguns dias? Eu tinha certeza que Mary me enviaria as cartas por correio, isso se eu e ele não nos encontrássemos antes! Eu fui para minha cabine assim que começou a aparecer pessoas no vagão, eu não conseguia parar de sorrir pelo simples fato dele tem me mandado uma carta.

Suspirei e fiquei a admirar a paisagem, o que eu faria nesses 4 dias? Eu não queria me torturar com lembranças, ele pode ter conseguido fazer o que eu fraca não conseguia, seguir em frente, qual era a minha garantia? E além do mais, eu não passava de uma amiga para ele, uma antiga amiga. Eu continuei olhando a paisagem passando rápida pela minha janela, esse era um dos trens mais rápidos dos EUA, ele ia a todo vapor. Mas agora isso não importa, ele me mandou a carta, não importa se foi como amigo ou não, melhor te-lo como amigo do que como nada. Mas para mim muito tempo sozinha era tempo para pensar, e pensar na minha situação não é muito bom. Não pense que eu sou sempre assim que passei 1 ano me martirizando e tudo mais, é na verdade com a proximidade das ferias de verão minhas esperanças voltaram sabe? E esperança, dói.

Eu abri um de meus baús de bagagem, eu encontrei as cartas, as cartas que ele costumava me mandar no ano anterior, eram 2 grandes bolos presos por um cordão tinha envelopes todos brancos alguns meio amarelados de tamanhos diferentes, mas sempre a mesma letra, eu reli algumas e o tempo todo fiquei com um sorriso no rosto, tentando imaginar ... Eu não sei o que eu estava pensando mas eu lembrava de cada dia, era uma emoção tão boa quando chegava a hora do café e eu recebia uma carta dele, meu coração se enchia de felicidade sabe, eu não sei explicar.

Eu acabei relendo uma delas que foi de uma vez que eu disse que achava que estava resfriada e ele se mostrou todo prestativo talvez até um pouco preocupado. Essa foi uma das cartas que Mary leu e resolveu que ele estava gostando de mim, apenas pelo simples fato de ele ter se preocupado um pouco! Mary gosta de ver coisas onde não existe.



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Notas finais do capítulo

Comentariooos? :3



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