A Maldição De Anúbis escrita por Mah Nunes


Capítulo 8
Capítulo 8




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De volta à casa de Áries. Diana já tinha em seu corpo marcas dos ataques do guerreiro, mas mantinha a luta a seu favor. Féres perdia muito sangue rapidamente. Era evidente que ele não agüentaria muito mais contra ela. A musa estava pronta para lançar o ultimo golpe em seu oponente quando sentiu suas próprias forças esvaindo e os joelhos se curvando ao chão.

-- Acha mesmo que vai conseguir me manter ao chão tempo suficiente para me matar? – disse Diana com um riso de vitória radiante nos lábios – Eu sabia que você era tolo, Féres, mas não imaginei que fosse tão ingênuo assim.

Fazendo um pouco mais de força, Diana, consegui se por em pé. Provando ao guerreiro ferido que seus esforços eram em vão.

-- Veja Féres. Sua fraca telesinese não lhe ajudou em nada. Eu até diria que se você praticasse mais conseguiria fazer algo melhor, mas não quero lhe dar falsas esperanças quando esta prestes a morrer – a amazona toma posição e se prepara para o último golpe contra o cavaleiro quase morto – Agora, Féres, não resista mais e aceite o abraço de Thanatos. EXPLOSÃO SO...

-- PARE, Diana! – com a ordem da deusa, a musa para repentinamente sem entender nem questionar – Quero ele vivo – disse Árthemis

Diana parte para o lado das irmãs e espera pela deusa. Árthemis e Athena se aproximam do guerreiro caído. Athena direciona o olhar para toda a destruição na casa de Áries e volta um olhar de “desculpe pelo susto” à seu cavaleiro de ouro. Árthemis pousou a mão sobre a cabeça do cavaleiro que havia se ajoelhado.

-- Minha senhora, o senhor Apollo não aprovaria nem um pouco a senhora ao lado de Athena – disse em tom submisso, mas ainda provocador

-- Creio que meio irmão já não é mais o mesmo. O que eu estou fazendo é tentando trazê-lo de volta – Árthemis falava com lágrimas brilhando à beira de seus olhos prateados – Féres, eu sei o quanto você é fiel a meu irmão e não irei pedir-lhe que se volte contra ele – o guerreiro estranhou Então o que minha senhora quer? Pensou – Apenas lhe peço que não termine a tarefa que meu irmão lhe pediu. Seria uma injustiça punir aos que apenas seguiram ordens, cegos pelo mesmo sentimento que lhe faz atender à meu irmão

O cavaleiro de safira não sabia o que responder à deusa. Sabia que se não cumprisse as ordens de Apollo ele seria severamente punido. Não cumprir as ordens do Mestre é visto como rebeldia, traição. O que é combatido com torturas em praça pública e até mesmo a morte em praça pública.

-- Minha senhora, por mais que sua causa seja nobre e verdadeira. Por favor entenda, se eu não obedecer ao mestre Apollo eu serei castigado. Tenho apenas duas opções: morrer em combate cumprindo as ordens ou morrer em praça pública sendo tachado de traidor. – ele dizia sério. Suas palavras eram carregadas de remorso e medo de um possível futuro que lhe aguardava

A deusa da caça ponderou muito o caso do cavaleiro. Então com um breve olhar à uma de suas musas, a deusa falou em bom tom

-- Então que sua honra seja preservada, fiel cavaleiro. – Árthemis deu as costas ao guerreiro ajoelhado e caminhou até o lado de Athena – Vamos em frente. Nefertiti nos aguarda com os outros – disse movendo-se para a saída da casa de Áries, sendo seguida pelos outros cavaleiros, musas e por Athena – Diana, lembre-se apenas que você esta lidando com um guerreiro fiel que não teme a morte perante um oponente – Diana acenou com a cabeça e lançou um olhar fixo e brando ao rapaz ajoelhado – Não demore

-- Sim, minha senhora – disse a musa desembainhando sua espada e seguindo na direção do homem.

 --O que esta havendo Nefertiti? Por que há platinas e musas aqui?

A musa hesitou em responder, mas não quis deixar o amigo sem resposta

-- Creio que se eu falar agora será inútil, pois Athena e Árthemis irão esclarecer tudo a todos em breve

Até Árthemis esta aqui?! Com certeza pouca coisa não é.  A preocupação rondava os pensamentos do taurino. Quando ele se virou para a guerreira para lhe questionar novamente apenas sente o chão lhe fugindo e uma dor intensa no abdômen e nas costas. Logo toda a sua visão era de uma escuridão tão profunda que parecia nunca ter fim.

-- ALDEBARAN! – gritou preocupada a musa ao taurino desacordado nas pilastras – Como vocês ousam – bramou aos guerreiros que se erguiam

Trocando olhares, os dois platinas partiram ao encontro da amazona. Atingiram-na simultaneamente no coração e no abdômen. A guerreira foi lançada para longe batendo numa pilastra um pouco mais atrás de onde o taurino havia caído.

-- Vamos rápido, tenho certeza que Nefertiti já vai se recuperar do golpe – disse Calisto

-- Sim. Vamos. A próxima casa é a de Gêmeos, temos de ter cuidado lá. – informou Aeron

Nefertiti sentia uma forte dor nas costas devido ao impacto e também que algo escorria pelo canto de sua boca. Será que eu dormi e estou até babando o pensamento lhe causou um sorriso. Ela esticou os dedos para ter certeza do que era e sentiu um liquido espesso e quente. Colocou os dedos na altura dos olhos

-- Sangue? Meu... sangue? – dizia ela incrédula em uma voz fraca – Eles vão me pagar caro por isso – declarou a musa raivosa

-- Primeiro acalme-se Nefertiti. O que houve? – disse ternamente a deusa

-- Árthemis! Me perdoe, não percebi sua presença – disse colocando-se rapidamente de joelhos em frente a deusa e quase caindo por ainda estar abatida pelo golpe duplo – Eu me descuidei deles e eles aproveitaram a minha distração

Mais atrás os cavaleiros de bronze comentavam

-- Hmm. A Nefertiti se distraiu logo aqui com o Aldebaran e os dois foram pegos de surpresa. O que será que estavam fazendo – brincou Seiya cheio de malícia

-- Pare Seiya. Ela vai te ouvir – alertou Shun ao amigo

-- Concordo com Seiya. Ela e o Aldebaran deviam estar fazendo algo – disse Ikki no mesmo tom de Seiya

-- Saibam que quando Árthemis terminar de falar com ela, ela vai vir aqui e vocês não terão mais esse sorriso tosco no rosto – avisou Hipólita

Mu, que acompanhou os visitantes e as deusas, sorria com as lembranças de quando as musas treinaram com os cavaleiros de ouro. Nefertiti. Você sempre foi tão impulsiva e temperamental. Pelo que ouço, você não mudou.


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