Quando toco na sua mão, corro o risco de ser afastado.

Quando sorrio pra você, corro o risco de receber apenas um olhar como resposta.

Quando sinto você se apertando comigo no sofá, corro o risco de não conseguir segurar meus impulsos.

Quando você passa o braço por trás de meus ombros, corro o risco de deixar-me levar pela sensação agradável de sua pele na minha.

Quando digo que Jun-kun é bonito, corro o risco de perder meu tão estimado órgão genital.

Quando sou gentil demais com Chinen, corro o risco de perder minha vida.

Quando falo sobre meu dia de pesca, corro o risco de perceber que você só está ouvindo porque eu pareço feliz em te contar.

Quando deixo você fazer o jantar, corro o risco de passar a noite inteira com dor de barriga só para ver o seu olhar feliz quando exclamo “Umai!”.

Quando beijo o seu pescoço na cama, corro o risco de ter que passar o resto da noite acordado tentando suprir seu desejo de mim.

Quando me olho no espelho depois de te olhar nu sob a cama, corro o risco de não me achar o bastante para você.

Quando vejo tristeza em seus olhos, corro o risco de te deixar correr o risco de ter que ficar para sempre em meus braços.

Quando te abraço pela cintura, corro o risco não querer te largar nunca mais.

Quando te vejo frágil, corro o risco de querer te proteger de tudo e de todos.

Quando me sinto feliz por ter você ao meu lado, corro o risco chorar de emoção.

Quando vejo você sentando ao piano, tocando suavemente cada tecla como se aquilo fosse uma tarefa única e especial, corro o risco de não conseguir mais parar de achar você perfeito.

Quando você se afasta de mim, corro o risco de não agüentar a saudade.

Quando você faz cafuné em mim quando estou sem sono, corro o risco de dormir com a sensação de que tudo vai ficar bem.

Quando eu faço cafuné em você quando está sem sono, corro o risco de não dormir mais só para poder assistir seu ressonar calmo e inocente...

Quando fico te olhando tempo demais, corro o risco de inundar-me de ternura quando seu rosto fica vermelho e você me joga um sorriso tímido.

Quando estamos longe demais um do outro na frente das câmeras, corro o risco de querer fingir qualquer coisa só para poder ficar ao seu lado.

Quando você passa tempo demais com o seu vídeo-game, corro o risco de achar que você o prefere a mim.

Quando você faz biquinho, corro o risco de me render às suas vontades.

Quando nós brigamos, corro o risco de não agüentar meu coração sangrando de tanto sofrer.

Quando nos reconciliamos, corro o risco de te machucar com meu crescente descontrole.

Quando sinto que você está feliz por me ter, corro o risco de sentir que isso é tudo que me basta.

Quando você senta daquele jeito afeminado, corro o risco de não conter meu desejo.

Quando você faz algo para me agradar, corro o risco de achar tudo perfeito demais, mesmo que esteja totalmente o oposto do que me agrada.

Quando conversamos por olhares, corro o risco de não querer parar essa conversa sigilosa.

Quando beijo seus lábios e vejo o brilho perfeito de seus olhos, corro o risco de nunca deixar de te amar nem de te querer.

Quando corro o risco acima, percebo que é o único risco na vida que me sinto feliz em correr.