Revelações De Um Passado Obscuro escrita por GiuuhChan


Capítulo 13
Você acredita em anjos?


Notas iniciais do capítulo

Yo galerinhaaaa!
Acho que nem demorei taaanto assim né?
Era pre demorar menos, mas, enfim, imprevistos...
Agradecendo muuuuuito aqui à minha mais nova amiguinha do Nyah!, a Miiki-Chan, por estar acompanhando a fanfic e por ter recomendado! Muito obrigada!
Sem mais delongas, espero que gostem n.n'



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Millie narra*

Acordei um pouco tonta, minha cabeça doía bastante, eu estava num lugar todo branco, deitada numa cama também branca. Eu não me lembrava muito bem de como cheguei alí, mas aos poucos me vieram à lembrança algumas cenas do dia anterior, ou pelo menos eu acho que foi no dia anterior, sei lá, que confusão! Me lembro de ter encontrado Lass, de ter desmaiado... Eu provavelmente estava agora na enfermaria da base da... É Grand Chase, não é?

– Ai! – Resmunguei um pouco, sentando-me na cama. Coloquei a mão em minha cabeça, que ainda doía. Olhei para os lados, onde não encontrei ninguém. Ouvi alguns barulhos à minha frente, onde, em uma estante, pude ver uma garota ruiva remexendo algumas caixas. Dava pra ver apenas os longos cabelos dela, que estava de costas para as camas.

Apoiei meu corpo em meus braços, tentando sentar-me melhor na cama, o que fez um pouco de barulho. Por mínimo que o ruído tenha sido, chamou a atenção da garota, que virou-se surpresa, parece que, até então, não havia notado minha presença, e fitou-me surpresa. Logo o semblante assustado mudou para confuso, ainda assim, parecia amigável. Ela deve ser a garota que estava desmaiada...

– Err... Oi. – Eu disse, querendo cortar o clima tenso.

– Ah, olá! – Ela disse, sorrindo... É estranho, mas ela me parece ainda mais familiar. Ela largou seja lá o que foi que estava em sua mão e aproximou-se da cama onde eu estava. Ela se sentou à minha frente. Encolhi os olhos e pendi a cabeça para o lado, é uma mania que tenho desde pequena, faço isso quendo eu estou confusa ou tentando lembrar-me de algo, ou, como é o caso, as duas coisas. Ela fez um semblante parecido com o meu, mas logo depois pareceu surpresa.

– MENINA DE ASAS DOURADAS!!! – Ela gritou, e aí, eu devo ter parecido assustada também, lembranças...

– RUIVA?!?!?!

[Flashback on~]

“ Eu pretendia esperá-lo, eu queria ter ido com ele, mas ele não deixou, eu estava recuperada de meus machucados já, mas quando eu ia entrar no castelo, os soldados me viram, e seria pior eu ficar lá, então só ví uma opção: correr. Despistei muitos pela floresta, mas três ou quatro continuavam na mkinha cola, então, adentrei mais na mata, deparando-me depois com um lugar que me parecia uma cidade. Sem muitas alternativas, corri por aquelas ruas, vendo que ainda estava sendo perseguida.

Eu corri, corri muito, se eu voasse, seria fácil me acharem, então ir pelo chão era a minha única chance, e foi o que fiz. Depois de um tempo, achei que tivesse conseguido despistá-los. Engano. Eles só não estavam me vendo, mas continuavam me procurando, e estavam cada vez mais próximos... Eles estavam na esquina daquela rua, eu estava lá para o meio, mas eles estavam vindo. Eu ainda não controlava tão bem meus poderes, ainda mais com medo, minhas asas estavam abertas, o que nem chamava atenção!!

Eu estava escondida atrás de uma lata de lixo cinza, que encontrava-se na frente do que parecia ser um mercado, mas este estava fechado. Não tirava meus olhos dos três soldados, que discutiam nervosos entre si. Pude ver um arqueiro, um espadachim e um lanceiro. Eles estavam distraídos, gritando uns com os outros por terem me perdido de vista, acho. Era a minha chance, mas, o que fazer? Pensa Melissa, pensa, vamos!

Eu estava preocupada, tentando armar um plano, quando senti algo tocar meu ombro por trás. Quase gritei e pulei dalí, mas meu bom senso (~le medo) falou mais alto, e eu instintivamente tapei minha própria boca, respirai fundo e, receosa, virei para trás. Me deparei com um par de orbes avermelhadas que me fitavam, com algumas mechas ruivas caindo sobre eles. Eu não disse nada, nem tampouco a garota, que aparentava ser um pouco mais nova que eu. Ela, então, fez um gesto. Olhou para frente onde tinham alguns arbustos, apontou para lá. Queria, obviamente, que eu fosse para lá. Eu apenas obedeci, atravessei o pouco espaço rapidamente e me escondi, enquanto via a garotinha correndo na direção dos soldados. O que ela iria fazer? Estava do lado deles, afinal? Eu me perguntava, mas, sem opções, esperei.

–Socorro! Socorro! – Ela gritou ao chegarmais perto dos soldados. Droga!!! – Uma garota com asas douradas, ela passou por aqui!!! – Eles olharam para ela.

– Para onde ela foi? – Perguntou aquele que identifiquei como o espadachim.

– Para lá! – Ela apontou para uma rua à direita daquela que estávamos, os três saíram correndo para lá. Suspirei aliviada. Depois deles se distanciarem, a ruiva virou-se e caminhou na direção dos arbustos onde eu estava. Fui saindo aos poucos e sentei-menem banco alí do lado, com as asas abaixadas, mas ainda à mostra.A garota se aproximou e abaixou-se ao meu lado.

– Está tudo bem? – Perguntou, fitando-me.

– Sim, agora está – Respondi, um pouco ofegante. Vi que ela sorriu um pouco, olhando em volta – Obrigada – eu disse – Obrigada por me ajudar!

– De nada! – Ela respondeu – Por que os homens maus estavam atrás de você?

– Eu... Eu não sei bem o porquê...

– Hum... – Ela falou, desviando seu olhar para minhas asas – Ei, o que você é? – Ela perguntou, curiosa.

– Eu sou... – Lembrei-me do circo, das pessoas rindo de mim, daquele homem cruel, dos anúncios – Eu sou uma aberração... – Falei, desviando meus olhos para o chão. A pequena ruiva me olhou, confusa, e olhou novamente para minhas asas.

– Sabe, meu pai sempre me contou histórias de anjos – Ela disse, eu então fitei-a. Ela continuou, olhando para qualquer coisa que lhe chamara a atenção o céu – Ele me dizia que os anjos são seres bons e alados, que às vezes vêm à Terra por algum motivo – Ela me olhou – Ele me disse também que algumas pessoas podem se tornar anjos, quando são levadas embora – Ela disse – Mas as pessoas que nos amam, quando são levadas,viram anjos diferentes, elas ficam lá de cima, olhando para nós, nos protegendo... – Ela completou, olhando novamente o céu.

– E... Você, tem algum anjo te protegendo? – Perguntei. Pude ver um brilho em seus olhos, e ela sorriu.

– Eu tinha – Ela deu de ombros – Eu tinha a minha mamãe, mas eu disse pra ela que eu podia cuidar de mim mesma...

– Ué, por que? – Perguntei, confusa. Ela riu um pouquinho e logo respondeu.

– Porque tinha alguém que estava precisando mais que eu. Eu pedi para o meu anjo, mamãe, pra proteger o meu pai. Ele foi há algum tempo para uma guerra, para salvar o nosso povo. Ele é muito corajoso – Ela suspirou – Muita gente me disse que ele poderia não voltar, mas eu não acreditei neles, eu sei que mamãe está protegendo ele, eu sei... E mesmo que ele não volte, eu não vou estar sozinha, porque se isso acontecesse, eu teria dois anjinhos comigo, não é? – Ela olhou para mim, pude ver a esperança em seus olhos.

– Sim, é claro! – Sorri e ela prontamente retribuiu. Eu olhei para o céu, e pude vê-la copiar o ato, logo após sentar-se ao meu lado no banco. Éramos pequenas ainda, nossos pés ficavam pendurados, e ela os balançava frenéticamente, como uma mania, ou hiperatividade.

– Você acha... – Ela me olhou. Eu continuei falando, sem fitá-la – Acha que meu pai também se tornou um anjo quando ele se foi? Acha que ele está me protegendo?

– É claro! – Ela riu – Quem é que você acha que me pediu para vir por este caminho hoje? Quem você acha que me fez te ajudar, menina de asas douradas? – Sorri.

– Será que eu posso pedir pra ele proteger alguém?

– É só você pedir... Só acreditar. Tudo que você acredita você pode tornar real... – Não entendi muito bem naquela época o que ela quis dizer, mas eu acredito... Sorri, direcionando meus olhos para o céu e logo fechando-os, sentindo os raios do sol poente aquecerem minha face.

– Pai... – Comecei, falando baixinho – Pai, por favor, se o senhor estiver me ouvindo agora... Faz com que ele fique bem, não deixa nada de mal acontecer com ele... Não deixa ele se machucar... Pai, por favor, protege ele pra mim? – Falei, mentalizando Lass... Abri meus olhos, e logo senti a ruiva tocar meu ombro. Fitei-a.

– Ele vai proteger quem você pediu, eu sei que vai. – Ela sorriu, eu retribuí – E, menina de asas douradas, você tem um nome? – Ri um pouco.

– É Melissa, mas pode me chamar de Millie, ta bom?

– Tá!

– E você, ruiva, qual seu nome?

– É Elesis!

– Prazer Elesis – Sorri – Bem, agora eu acho que eu tenho que ir, né? Antes que os soldados maus voltem pra me pegar...

– Ta bom... – Ela disse, eu me levanteu do banco, começando a andar – Ei, espera Millie! – Ela gritou. Virei-me para fitá-la.

– Oi?

– Bem, meu pai era um espadachim, e eu pretendo ser igualzinha a ele um dia, quando eu crescer mais, lutando contra o mal e... Quem sabe algum dia a gente não se reencontra em algum campo de batalha, né?

– Haha, claro! A gente ainda vai lutar do mesmo lado, ruiva!

– Haha, ta bom, na mesma equipe, não é, menina de asas douradas? – Ela disse, acenando, e eu me virei sorrindo e olhando em volta, logo alcei vôo.

– Eu tenho certeza que a gente ainda vai se reencontrar, ruiva. – Falei para mim mesma, na imensidão do céu.

[Flashback off~]                     

– V-você... Você se lembra? – Perguntei, ela riu um pouco.

– Millie, você acredita em anjos? – Percebi na frase a resposta para minha pergunta.

– Elesis! – Sorri, abraçando-a, ela retribuiu.

– Eu sabia que a gente ia se reencontrar algum dia! – Ela disse.

– Eu não sei como, ou por que, mas eu também sabia!

– Eu sei. – Nos afastamos e ela deu de ombros, ainda sorrindo.

– Como?

– Você foi minha primeira amiga, Millie-chan, eu pedi pra minha mãe para não deixar você  ir embora pra sempre... – Sorri.


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Notas finais do capítulo

Ta, tem coisas realmente bizarras aí x.X kkk'
Mas espero que tenham gostado do cap =3
Kissus ♥



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