Amor De Pai escrita por Little Flower


Capítulo 26
Ventos da mudança


Notas iniciais do capítulo

Olha a sumida de volta haha
Oiê, galeris :) é um prazer estar de volta ^^
Espero que estejam bem e saudáveis.
E também espero que gostem desse capítulo ♥
Sem pressão para comentários, mas vocês não têm noção do quanto eu o reescrevi :'( eu fiz 5 versões, foi muito difícil.
Enfim,
Vamos lá! ;)



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[Rosalie]

Nos primeiros dias eu me vi completamente perdida longe de minha família. Embora eu sempre repudiei ser a criatura que eu havia me tornado, era grata pelos Cullen me acolherem como membro de seu clã. Como a decisão de me distanciar não estava em meus planos, assim que saí da propriedade pedi que Alice me entregasse tudo o que eu iria precisar e mais uma vez minha “irmã mais nova” tentou me persuadir a ficar.  

Como todos tinham completa consciência, eu me transformei em uma bomba relógio prestes a cometer um estrago, meu desagrado por Isabella Swan havia chegado a um nível perigoso. Algo no qual eu simplesmente não era capaz de controlar... Eu poderia permanecer em casa, tentar acalmar meus “nervos”, ou a inveja... Mas no que resultaria isso? 

Eu não queria Edward ou qualquer outro membro da família me atazanando por ter sido tão cruel com a futura mamãe, ou se fosse um pouco mais grave, me culpando por um erro instintivo por toda eternidade. O que mais me assustava é que Renesmee poderia me odiar para sempre, de certa forma, eu estava fazendo aquilo por ela e pela criança inocente que crescia no ventre de Isabella.

A inveja era um bichinho irritante. Uma sensação incômoda que queimava em minhas entranhas. 

Apostaria uma enorme quantia de dinheiro que nenhum deles, além de Emmett estaria se lamentando por minha partida. Pensar nele fez o remorso me corroer por dentro, não podia negar que a tristeza ainda tinha seu efeito sobre mim por não ter sido sua escolha ou por não estar com ele, mas nada mais me abalava tanto quanto a lembrança de como o tratei antes de ir.

Eu nunca me arrependeria de ter o salvado. 

Suspirei. 

Foi cruel, mas foram apenas palavras ditas por impulso. 

Não conseguia ignorar a falta que sentia deles, muito mais crescente quando se tratava de Emmett ou Nessie. Ainda mais naquele momento enquanto observava as criancinhas inocentes se divertindo no playground do orfanato. Meus instintos tanto maternais como de proteção, aguçados caso algum imprevisto acontecesse. Há quase um mês eu me encontrava em Seattle. Tantas cidades para escolher e mais uma vez estava próxima de Forks.

Antes de chegar ali, eu havia feito uma brincadeirinha de pega pega com os cachorros em Forks, apenas para irritá-los e deixá-los estressados. E valeu muito a pena. 

Foi tão divertido! 

Aos poucos eu me tornava uma pessoa diferente, estava tentando o autoconhecimento. Eu precisava daquele tempo para compreender meus limites, meu lado animalesco e tentar me aceitar. 

Comecei até mesmo a ter sessões com uma psicóloga.Uns dias após minha chegada, numa manhã de sexta-feira, me entregaram um panfleto com o endereço do seu consultório. 

Ela me ajudou a entender muitas coisas. Embora no início eu tenha relutado um pouco, ou até mesmo achado a ideia um tanto estúpida, algo me dizia para tentar, não era fácil desabafar com um estranho, ou estranha. Mas no fim consegui.

A Dra. Beth era uma mulher que pelo o que pude perceber, gostava de seu trabalho e o fazia com muito zelo. 

Foi ela quem me aconselhou a tentar enxergar o lado bom que a vida podia oferecer. E deu um pontapé inicial na minha mudança. Acreditava ser a primeira humana que eu fui com a cara depois de tanto tempo, apesar que eu não tivesse memórias se isso já aconteceu antes. 

Minha Nessie não contava, pois ela era metade vampira.

De qualquer forma, a Dra. Beth me ajudou a canalizar toda a minha frustração em alguma coisa produtiva. Mas o que?

Eu deveria tentar também me conectar com o pouco de humanidade que havia restado. Eu sempre me vi como um monstro desde que fui transformada...

Ao chegar àquela conclusão, eu pude enxergar que todo aquele ressentimento ainda era alimentado no fundo, nunca quis me desfazer do desgosto de me tornar uma imortal. Carlisle achou que estava me ajudando naquela época, ele era benevolente demais para perceber que a minha vida estava arruinada e eu apenas queria morrer... 

Senti uma pontada de remorso por culpá-lo por tanto tempo. A Dra. Beth me disse que no fundo eu tinha mágoas do meu "pai" adotivo por fazer aquilo. Foi bastante complicado explicar minha situação sem comprometer nosso segredo. 

Mas com muito esforço eu também consegui.

Finalmente havia achado um sentido na minha existência: me tornei voluntária no Orfanato Raio de Sol de segunda a sexta e aos finais de semana ajudava na casa de repouso Anos de Ouro. Adotei o uso de luvas e blusas de manga comprida de todos os estilos para evitar contato com minha pele anormal e ninguém desconfiar, justificando apenas que se tratava de uma alergia e isso pareceu convencê-los. 

Eu não sabia quando eu voltaria para casa, mas decidi ficar por tempo indeterminado. 

— Muito bem, pequenos! Todos para dentro para o lanche! Mas antes, lavar as mãozinhas, por favor! — anunciei de forma animada e com um grande sorriso.

As crianças marcharam em duas filas, sem pestanejar e soprando beijos para mim ao passar por perto.

— Rose, eu estou chocada em como elas simplesmente obedecem você! — Jullie, uma das voluntárias, que estava a mais tempo, disse com a expressão condizente com suas palavras. 

— Você faz com que pareça que elas eram mal educadas. — o que não era verdade. Os pequenos na verdade eram bem tímidos e quietos quando eu me juntei à equipe, mas sempre respeitaram todos os mais velhos.

Ela abanou a mão negativamente.

— Não, não! Digo em como eles não reclamam quando você dá uma ordem. Mas com qualquer um de nós, é diferente. Você só pode ser uma encantadora de crianças. — ela disse em tom de brincadeira, embora soasse realmente maravilhada com o fato.

Eu ri. 

— Vamos logo entrar para ajudar a servi-los! 

 Jullie foi chamar as crianças maiores que se encontravam na salinha de leitura e eu segui para o refeitório. 

Eu tinha consciência de que existiam crianças sofrendo em todo lugar, mas presenciar aquela realidade de perto, crescia em mim ainda mais a vontade de proteger aquelas crianças e amá-las. 

Aqueles rostinhos que embora fossem tão pequenos, carregavam uma expressão de tristeza enorme. Tantos anos se passaram e eu nunca tive a ideia de fazer aquilo. Tanto tempo se passou e ao invés de me remoer por dentro, poderia estar fazendo algo de útil.

Eu também deveria manter meus pés no chão, tentar criar limites, pois não poderia me apegar demais aos pequenos. Seria bastante doloroso quando eu voltasse para casa tanto para eles quanto para mim. 

Ainda assim, eu dava tudo de mim pelo seu bem estar. 

Cuidar delas enchiam meu peito de emoções agradáveis, ou até mesmo ajudar os idosos, muitos deles abandonados por suas famílias. Eles tinham muita história para contar e eu ouvia atenta cada uma. Eu me recordava dos meus pais, infelizmente não pude ficar ao seu lado em sua velhice, e talvez por isso também colocava muito carinho ao auxiliá-los. 

Eu não sabia que fazer as pessoas sorrirem era tão gratificante.

Eu me sentia diferente.

Eu me sentia a Rose humana de muito tempo atrás. Embora bem mais prestativa. 

Depois de todos comerem, os colocamos para tomar banho e tirar uma soneca para a festa mais tarde. 

Hoje era natal e alguns dias atrás havia enviado cartões e presentes para meu clã. A lembrança do possível sorriso radiante de Nessie também me fez sorrir, ela estava muito animada para passar o natal conosco. Ao mesmo tempo que me deixava feliz, causava tristeza por não estar com ela. Isabella provavelmente já teria dado a luz, mas decidi estender minha permanência até estar pronta para encará-los. 

Por alguma razão eu também me sentia envergonhada pela forma como agi, principalmente com Isabella e Emm. Quase ri ironicamente de mim mesma, eu que achava que nunca a "perdoaria" por "estragar" minha paz, estava cheia de remorso. 

Percebi então que era um bom começo e que estava realmente valendo a pena gastar aquele dinheiro com a Dra. Beth.

Emmett iria gostar das crianças, quando tomei a iniciativa de me voluntariar, resisti a vontade de contatá-lo, embora fosse uma nobre causa, não queria incomodá-lo. 

Os outros três voluntários e eu decoramos o refeitório com enfeites e espalhamos as fotos das crianças pelo lugar, uma pequena árvore no canto, pois a maior estava no hall de entrada. 

Ajudei no orçamento para comprar os presentes e na ceia, afinal eram vinte crianças que moravam ali na idade entre cinco e doze anos. E a Instituição não provia de uma renda extensa para arcar com tudo, também decidi ajudar mensalmente com os gastos e no que precisassem.

— Tia, Rose? A senhora pode fazer duas tranças no meu cabelo? Igual a que fez na Zoe ontem? — Mimi, a mais novinha dali perguntou torcendo os dedinhos e me olhou pelo reflexo do espelho. 

Eu sorri e acenei com a cabeça. 

— É, claro, princesa.

Mimi era uma criança adorável, dona de cabelos castanhos claros, pele levemente bronzeada e olhos cor de mel. Mal parecia a mesma menininha que havia sido abandonada pouco tempo depois de eu começar.

Ela chorava todos os dias com saudades e sempre tinha uma expressão tristonha. Deus sabe o quanto eu lutei para que ela melhorasse e parasse de se culpar. 

Lembro-me do rosto desfigurado de sua "mãe" naquele dia. Eu estava me preparando para ir embora depois de um dia incrível e intenso com as crianças, quando ouvi tocarem a campainha, as encontrei tremendo de frio devido a temperatura baixa.

Estavam magras, pálidas e aparentemente com medo. Ela não estendeu o momento e ao me ver, deu um longo abraço na criança, que começou a chorar. 

— Eu sinto muito Milena, fique bem okay? — a mulher disse se dirigindo a filha e depois de a colocar bem próxima de mim ordenou: — Cuide da minha filha, por favor. Eu não tenho como… — consegui sentir a dor em cada sílaba dita e eu senti que meu coração fosse rasgar. 

Meneei a cabeça em choque. Nunca havia presenciado tal cena. 

— Senhora… Por favor, não faça isso… — tentei fazê-la mudar de ideia. A menininha não parecia bem e depois que ela se virou para ir embora, a criança desmaiou.

Me concentrei na pequena, a pegando no colo rapidamente e levando-a para dentro. Chamamos o médico que atendia o Orfanato e ele informou que a criança desmaiou devido a desnutrição e a medicou com soro e uma rigorosa instrução para ela ganhar peso. 

Depois de acordar, Milena não fazia outra coisa além de chorar e pedir por sua mãe. Ela não queria se alimentar nem conversar com ninguém. E eu tentei por dias a fio para que ela reagisse.

Por fim, atenção, carinho e boa alimentação fizeram bem a pequena, que ninguém soubesse, era meu xodó. 

— Eu estou nervosa, tia Rose… — ela revelou assim que terminei prendendo as tranças com os lacinhos vermelhos. 

A peguei pelos ombros e me abaixei a sua altura.

— Vai dar tudo certo, princesa, não se preocupe. Você irá se sair bem. 

Ela iria dançar junto a outras crianças antes de ser liberada a refeição.

— Mesmo, mesmo?

— Hunrun. 

Ela sorriu para mim e eu retribuí.

— Vamos lá? 

Ela assentiu.

Verifiquei se as outras meninas também estavam prontas, ajudei algumas a terminar de se arrumar e marchamos para fora do dormitório feminino em uma fila da menor para a maior.

Sorri largamente com as exclamações vinda dos pequenos com a decoração e com os enfeites natalinos das mesas diante deles.

— Nunca vi uma festa de Natal tão incrível assim aqui. Rosalie, muito obrigada a você e seu enorme coração. Agradeço em nome das crianças. — Matilda Holmes, a senhora que estava à frente da Instituição disse sinceramente.

— Não é necessário agradecer, Sra. Holmes. Toda criança merece ser feliz e é isso que importa.

Jullie, Mat, Chris e eu auxiliamos nas brincadeiras que planejamos, e estava um ar de muita alegria e paz. As crianças se divertiram bastante, e enfim chegou a hora da apresentação.

Mimi e as outras crianças brilharam e eu me emocionei um pouco, não pude deixar de pensar na pequena Nessie e sentir saudades dela. Mas o pensamento de que ela estava feliz com tantas pessoas que a amava ao seu redor, me tranquilizava. Ela ficaria bem. 

Bati palmas muito animada ao final, assim como os outros presentes. Estava sendo um natal diferente e um dos mais especiais que já tive. 

Servimos as crianças, brincamos um pouquinho mais e entregamos os presentes, que sem dúvida foi o momento mais esperado. 

Ninguém percebeu que eu não comi de tão entretidos e eu fiquei muito aliviada por não ter que ingerir aqueles alimentos humanos. 

— Tia Rose, temos uma surpresa para a senhora! — Josh, um garotinho encantador de cabelos pretos e olhos azuis gentis, falou sendo seguido pelos outros pequenos.

— É mesmo? 

Ele concordou com a cabeça, empolgado.

Sua mãozinha me entregou um álbum pequeno com capa de camurça verde escuro e ao abrir eu fui golpeada com a fofura com as figuras e fotos recentes minha com eles.

— A senhora gostou? — quis saber Olívia, uma das pequenas. 

— Nossa, muito! Obrigada, pequenos… 

Eu recebi um abraço coletivo quentinho e aproveitei o momento, me sentindo tão acolhida por aquele gesto carinhoso. Eu amava tanto aquelas crianças. 

Aquele dia era para elas curtirem bastante e decidimos levá-los para fazer bonecos e anjos de neve lá fora. Entrei também numa guerra de bolas de neve, me sentindo um tanto infantil. Ri muito, me senti "viva" de novo. 

Passava das duas da manhã quando colocamos todos para dentro e em suas camas. Me despedi de cada um, pediram que eu cantasse um pouco e depois voltei para o refeitório para a limpeza.

Antes de adentrar ali resolvi mandar uma mensagem para alguém em específico.

Feliz natal, Emm

[...]

— Senhora Jhonson, por favor. — pedi mais uma vez a figura baixinha, cabeleira ruiva, sardas no rosto e olhar impaciente.

Era a vez de ajudar na casa de repouso. Também havia doado dinheiro para os gastos do local e presentes. 

— Eu não quero tomar banho, eu tomei ontem. 

Os idosos podiam ser mais teimosos do que as crianças do orfanato. Eu mal conseguia acreditar o quão paciente eu podia ser, pois poderia ter surtado a qualquer momento. Esse tipo de situação era habitual. 

— Eu sei, mas é necessário a senhora se banhar hoje também. É uma grande chance para estrear o perfume que a senhora ganhou, lembra? — tentei de novo. 

Ela espremeu os olhos.

— Eu posso usar sem tomar banho, por favor, Rosie. Estou com frio. 

Suspirei profundamente. 

Eu não tinha outra escolha a não ser começar com a chantagem emocional. Janete Jhonson gostava muito de mim, assim como as crianças, eu não tinha noção que podia ser tão querida assim. Então tinha que usar aquilo a meu favor. 

— Senhora Johnson, se a senhora não entrar nessa banheira, eu juro que não volto mais para vê-la durante um final de semana todo. E vou dar seu perfume para a senhora Bennet. 

Minha estratégia funcionou, talvez a junção de eu não cuidar dela e da senhora Bennet numa mesma frase a tenha despertado de sua teimosia. 

— Não, eu não irei permitir que aquela velha fique com as minhas coisas… E você é a única que me deixa comer doces. 

Ela fez careta. Destacando todas as rugas de seu rosto marfim.

Sorri satisfeita e a auxiliei a entrar na banheira e passar a esponja de banho em seu corpo enquanto a ouvia cantarolar. 

— Viu como foi fácil? — eu disse assim que o banho foi finalizado e a ajudei a colocar seu vestido e sandálias. 

Ela fez careta de novo e borrifou um pouco do perfume que eu lhe presenteei nas festas de final de ano, sem me responder. A conduzi até a área externa e ela se acomodou no seu banco favorito, sob uma árvore e em frente às margaridas.

— A senhora está confortável? Eu preciso verificar como os outros estão ainda…

Ela tocou o meu braço, antes que eu pudesse prosseguir. Eu não conseguia entender como sempre existia alguém que se sobressaia para mim, assim como Mimi e a Sra. Jhonson. Eu amava todos igualmente, mas aquelas duas eram especiais para mim. 

— Você pode trazer uns cookies quando voltar, Rosie? 

Eu me limitei a rir, fazendo uma expressão séria depois. 

— Eu posso ser punida se descobrirem, Jane. — ela fez um bico, os olhos pidões e eu suspirei  — Tudo bem.

Ela sorriu vitoriosa, dando batidinhas no meu braço e indicando para eu seguir. 

— Obrigada! Boa sorte com a velha Bennet. — ela resmungou, abrindo o livro que escolhera para ler. 

Sacudi a cabeça e me dirigi aos quartos dos outros idosos.

As duas tinham uma espécie de inimizade que se estendia há anos, desde que chegaram a casa de repouso. Simplesmente não se davam bem e piorou ainda mais a situação quando se "apaixonaram" pelo mesmo senhorzinho, que morreu há dois meses. A senhora Bennet não era de todo uma idosa rabugenta, nem má, mas era um pouco cabeça dura e de certa forma, vivia com dor de cotovelo. 

Pois o senhorzinho em questão havia escolhido Jane para cortejar. As histórias que ela me contava traziam uma sensação de acalento, episódios em que faziam piquenique, jantares românticos à luz de vela e caminhadas matinais. O banco sob a árvore testemunhou diálogos sobre suas vidas, famílias e conforto. 

Lembrei de Emmett mais uma vez. Embora ele nunca saísse de fato dos meus pensamentos. Eu sentia falta dele todos os dias. 

— Não se esqueça de almoçar, Rosie. — Sam, um dos recepcionistas decretou assim que me viu passar. — Não deixem que a escravizem, de novo, hein. 

Sacudi a mão.

— Não se preocupe. 

Ao contrário dos outros voluntários eu estava ativa direto na assistência aos idosos, em parte porque eu não precisava descansar nem me alimentar, e a outra porque eu gostava de fazer tudo impecavelmente. E eles precisavam de toda atenção.

Eu caçava geralmente uma vez por semana, afinal estar próximo todos os dias de humanos não era tão fácil de lidar, ainda mais crianças se machucando quase sempre. Deixaria Carlisle orgulhoso pelo meu autocontrole estar muito melhor. 

[...]

O final de janeiro marcou ambas as instituições em que trabalhava, novos projetos para as crianças na questão de ensino e aulas de dança constantes na casa de repouso. Até mesmo realizamos nosso terceiro baile com tema "Anos 80" e meus idosos se divertiram demais. 

Em especial Jane Jhonson, que rasgou elogios à decoração, música, comida e meu bom gosto no geral. Tinha aperfeiçoado minhas habilidades ao lado de Alice e Esme para planejar festas. 

Fiquei muito feliz com meu contato com Nessie na metade do mês, uma chamada de vídeo de 15 minutos para matar a saudade. Fui informada que Lara ainda se encontrava entre os Cullen e estava super próxima de Emm. 

Embora eu quisesse tirar satisfações com o urso, eu consegui me controlar e me recordei de que eu quem havia partido. Mas não abri mão do meu amor por ele. E não me lembrava de ter terminado. 

Será que seus sentimentos por mim tinham mudado?

Fiquei me remoendo de curiosidade e claro, angústia. Mal conseguia me concentrar nas atividades direito, mas não havia nada que eu pudesse fazer naquele momento. Ligar talvez? Não. Queria resolver aquilo pessoalmente.

Eu era uma nova pessoa. Pacífica. Bem, isso não me impediu de quebrar umas rochas na floresta ali próximo. Mas estava lidando melhor do que podia com o ciúmes que me consumia a cada minuto.

Poderia não ser nada disso que eu estava imaginando. Eles apenas estavam se tornando bons amigos. Afinal eu havia causado sofrimento a ele partindo daquele jeito. Não pensei muito num primeiro momento e agora conseguia ver com clareza.

É, eles eram apenas amigos. 

Por outro lado eu queria tirar minhas próprias conclusões. Mas voltar agora não estava em meus planos. Tinha obrigações ali. Eu conseguiria conviver com aqueles sentimentos até que estivesse pronta e tivesse uma oportunidade. Até lá, eu continuaria a quebrar umas árvores talvez? Todas as vezes que o ciúmes me atingisse. 

Marcava mais algumas tarefas para o mês de fevereiro em meu bloco de anotações, quando fui interrompida pelas chamadas insistentes em meu celular. Estava tão concentrada e empolgada que mal notei mesmo sendo vampira. 

— Alô? — atendi sem ver quem era. 

Rosie, Rosie! — fiquei em alerta assim que reconheci a voz desesperada. Alice. 

— Alice? O que houve? 

Me levantei da cadeira com a fisionomia certamente em pânico. Pois Jullie, ao adentrar a sala de leitura onde eu estava, perguntou silenciosamente qual era o problema. Pedi com a mão para que aguardasse. 

Aconteceu algo terrível. Você precisa voltar imediatamente… Aliás, nos encontrar em outro lugar… Não estamos mais seguros em L.A! 


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Notas finais do capítulo

Mano, o que será que está vindo por aí? Quando a gente acha que nossos Cullen vão ter paz... Sinceramente viu kk
Lay, mas por que você decidiu nos trazer esse pov da Rosie? Uma pessoa me inspirou e a partir daí eu quis que a Rosalie tivesse alguma mudança legal. Eu sei que Amor de Pai têm como foco Nessie e o Ed, mas achei que seria muito necessário essa chance de mudar dela. Estou ansiosa para saber o que acharam ;)
Ah e essa aproximação do Emmett e Lara foi ideia também de uma leitora haha obrigada querida ♥
Beijinhos e até mais ♥



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