Renegade escrita por lonelyofthedesert


Capítulo 8
In the mourning




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O fim de semana passou vagarosamente. Adam passava quase o dia inteiro em minha casa, e quando ele ia embora eu fazia meus trabalhos de faculdade. Eu queria ir visitar minha tia e os meninos, porem não tinha tempo. Na segunda acordei antes mesmo de o despertador tocar, quando eu tenho algo importante ou estou preocupada com algo isso acontece. Levantei da cama e fui até o banheiro fazer minha higiene, voltei ao quarto e coloquei uma roupa confortável (linkhttp://www.polyvore.com/renegade/set?id=41519993&.locale=pt-br). Minha cabeça estava com milhares de pensamentos, mas um determinado me atormentava incansavelmente. Como eu iria me livrar de Adam? Eu posso até terminar tudo com ele e pedir a chaves que ele tiver. Mas eu sei que ele tem mais de uma cópia das chaves, e eu não posso invadir a casa dele só para procurar por essas malditas. E se eu terminar com ele e ele ainda poder entrar na minha casa só Deus sabe o que ele faria comigo. Tentava achar uma solução, na verdade já tinha uma, mas sabia que não adiantaria em quase nada. Levei um susto quando me despertador começou a tocar, havia me esquecido dele. Caminhei rapidamente até minha cama e desliguei o alarme irritante. Fui então para a cozinha e meus pensamente continuavam na minha ideia idiota, eu até poderia trocar a fechadura, só que Adam sabe onde eu moro. Então ele pode muito bem me esperar na entrada do prédio, ou até me seguir do meu trabalho ou da faculdade. Então o medo tomou conta de meu corpo. Como diabos eu fui me arrumar esse namorado? Alias porque eu aceitei namorar com ele? Que eu me lembre eu nunca amei ele verdadeiramente. Eu confundi meus sentimentos, enquanto eu apenas o admirava eu achava que o amava. Mas agora que ele fez coisas ridículas eu não o admiro mais, só que é tarde para perceber que eu não o amo. Passei café para mim e abri a geladeira atrás de algo para comer. A mesma se encontrava vazia, aquele maldito alem de me machucar agora também esta comendo aqui? Eu estava fervendo de raiva, abri todos os armários e tudo se encontrava vazio. Tomei minha decisão, eu trocaria a fechadura por enquanto, se isso não resolvesse nada eu arrumaria outro jeito. Tomei meu café rapidamente e separei um pouco para levar para o trabalho. Fui ao banheiro e escovei os dentes. Analisei minha imagem no espelho, desde quando eu sou tão desleixada? Enormes olheiras abaixo do meu olhar sem vida me davam uma aparência terrível, minha pele encontrava-se seca e sem cor. Os cabelos pretos continuavam lisos, porem sem brilho. Tive raiva de mim mesma, desde quando eu me tornara aquela figura tão infeliz? Na verdade eu já havia sido mais infeliz, quando minha mãe morreu eu entrei em depressão. Mas eu sempre tive os meninos e minha tia do meu lado. Não que eles não estejam aqui para mim agora, só que eles não podem me ajudar na medida que não sabem o que está acontecendo comigo. E honestamente eu não quero que eles saibam, não quero pessoas me olhando com pena ou pessoas tentando prender Adam. Não, isso seria demais para mim. Resolvi que seria tudo mantido em segredo e sai pela porta do meu apartamento descendo as escadas rapidamente. Chequei o relógio e constei que não teria tempo de passar em algum lugar para comer. Tomei um gole do café que eu havia separada para levar e me encolhi embaixo das roupas devido ao frio. Caminhei rapidamente até a Blueman e subi para meu andar. Entrei no mesmo e todos começaram a me lançar sorrisos, como se soubessem de algo que eu ainda não sabia. Estranhei muito a atitude deles, porem ignorei e caminhei até minha sala. Ao chegar lá retirei meu casaco e sentei na minha confortável cadeira, ligando então o notebook. Abri meu email e lia concentradamente o que minha professora havia me mandado. Eram as instruções para a competição da faculdade. A primeira prova consistia em fazer um vestido com os tecidos que entregariam para nós. Não poderíamos fazer nada em casa, mas também não poderíamos fazer nos horários de aula. Fiquei um pouco confusa mais deixei para lá. Marquei o email como importante e ia passar para os próximos quando Serena bateu na porta e entrou na pequena sala sorrindo levemente para mim.
- Bom dia. – falei olhando para ela e me arrumei na cadeira.
- Bom dia Sierra. – falou sorrindo e deu um passo se aproximando de mim. – já soube da novidade?
- Na verdade não. Ia te perguntar por que todos estão me olhando de maneira estranha. – falei e, por incrível, ela aumentou mais ainda o sorriso.
- Digamos que eu tenho uma promoção para você. – falou mantendo o sorrisso e eu pude sentir meus olhos brilhando.
- O que? – perguntei tentando disfarçar a felicidade, coisa que eu acho que não funcionou já que ela deu uma risadinha.
- Você aceita ir em turnê com uma banda para vestir eles? – ela perguntou e eu paralisei, qual o sentido de “vestir”?
- Vestir? – perguntei meio confusa e ela sorriu ainda mais, meu deus essa mulher nunca para de sorrir?
- É, combinar as peças dos integrantes de acordo com os gostos deles. – ela falou e foi minha vez de sorrir.
- Eu adoraria ir. – falei, era perfeito. Um tempo para me afastar de Adam, mas também tinha os lados negativos. Como por exemplo a faculdade.
- Mas Serena, e minha faculdade?
- Na verdade não vai ser já a turnê, vai ser daqui um mês. Ai você poderá bloquear seu curso por um tempo.
- Ah ainda bem, e qual a banda?
- Não vou te contar, pelo menos por enquanto. Agora volte ao trabalho. – ela falou rindo da minha expressão nada feliz por causa da “surpresa” e então saiu pela porta. Continuei então conferindo emails e prestando favores a algumas pessoas. No horário de almoço eu fui comer em um restaurante que ficava ao lado do prédio, não era exatamente o que eu sentia vontade de comer, mas minha fome era muito grande para procurar por outro lugar. De tarde o trabalho continuou na mesma, eu fazendo pequenos favores. Só que tinha a pequena diferença que as pessoas me respeitavam agora, ela não me pediam coisas tão absurdas e ficavam sorrindo para mim. Falsos, pensei enquanto entregava um copo de café para uma mulher do meu andar que sempre ficava me xingando de puta e agora sorria para mim. Olhei para a roupa dela, usava um vestido justo com meia calça e botas com salto absurdamente alto. Os seios quase saltavam do enorme decote, quem é a puta mesmo? Dei as costas a ela e voltei a minha sala. Olhei no relógio e vi que meu expediente já iria acabar. Coloquei meu casaco e comecei a desligar o notebook.  Não tardei para chegar em casa.


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