Isabella dormia tranquilamente até que fora acordada por um barulho estrondoso.

Resolvera levantar e olhar se havia algum sinal de invasão as terras do castelo. Ao afastar a cortina da janela, observou que tudo estava na mais perfeita ordem e já voltava para a cama quando ouviu o baralho novamente seguido por algo se quebrando vindo diretamente do quarto de seu noivo. Correra até a porta de comunicação encostando o ouvido na mesma e tentando espiar pela fechadura.

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Emmett forcejava com o amigo bêbado em seus braços, que se recusava a ficar quieto e até às vezes tentava beijar-lhe a bochecha.

─ Edward, juro que se você não tentar parar de me beijar eu lhe darei um murro na cara.

─ Emmett, amigo, você sabe que devo muito a ti. Se não fosse por você eu estaria enlouquecendo agora. Disse Edward, jogando os braços em volta do amigo, derrubando um dos vasos asiáticos que ficava em cima dos seus baús.

Emmett conseguira chegar na beirada da cama e atirara Edward em cima de qualquer jeito. Estava lutando para não perder a paciência. Seguira até a porta e puxara o guarda para dentro.

─ Peça as criadas uma tina com água fria, mas cuidado para não cruzar com a Rainha Esme ou pior, minha esposa.

Ao passo que o guarda se retirou, Emmett seguiu até uma das poltronas do quarto de Edward e sentou-se. Com certeza, subir todas as escadas do castelo com um homem feito no encosto não era tarefa fácil.

─ Você não ouse dormir, Edward, pois eu juro que conto a Isabella que você chegou bêbado. Se ela for como a irmã, irá te matar. Resmungou Emmett, gargalhando.

─ Você viu como eu dispensei aquela mulher?! Eu jamais dispensaria uma mulher como aquela. O que está acontecendo comigo?

─ Eu não olhei para qualquer mulher naquele lugar, amigo. Nem ao menos bebi demais porque sei que Tainah me mataria ou cortaria minhas partes caso o fizesse. Eu a amo, Edward.

─ Isso quer dizer...

Antes que Edward pudesse completar, ouviu-se batidas na porta e as criadas entraram com a tina.

─ Que você está bêbado demais para ter essa conversa. Agora entre de uma vez no banho.

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Bella se afastou da porta, mordendo o lábio inferior. Seguiu até o baú de amuletos da avó e pegou o que lhe era seu preferido em tons de verde e azul, sentando na cama abraçada em uma almofada.

─ Ele não se deitou com ninguém, vovó. Com ninguém. Falou sozinha, deixando um sorriso se espalhar por seu rosto.

Isabella resolvera se levantar e ir até o baú de roupas. Escolhera um dos vestidos mais bonito que encomendara e resolvera usá-lo na manhã seguinte. O vestido era bege com amarelo ouro vibrante que com toda a certeza brilharia durante o dia, porém era exatamente assim que Bella gostaria de parecer: radiante. Pela primeira vez durante aquelas semanas, Bella dormiria serenamente.

Quando o dia amanheceu, sua dama de companhia já batia entrava em seu quarto e abria as cortinas deixando a luz do sol entrar.

─ Bom dia, princesa. Levante enquanto eu escolho um vestido.

Bela alertou-se com as palavras de Lourdes e logo se levantou indo em direção ao vestido escolhido.

─ hm... E- eu gostaria de poder usar este. Tudo bem?

─ Claro, princesa.

Assim que estava devidamente vestida, pedira para a dama de companhia maquiá-la também para que ficasse tão bonita quanto o dia estava lá fora. Isabella sabia que deveria estar furiosa com o noivo por ele ter se embebedado, porém não conseguia deixar de esconder a alegria que sentia por ele não ter se interessado pela possível bela moça que falara na noite passada.

Quando estava pronta, adiantou-se até a porta para ir até o café da manhã, mas parando ao ouvir gritos vindos de um dos quartos.

─ Como você ousa encostar-se em mim depois de chegar fedendo a meretriz, Emmett.

─ Eu juro pra você que não estava com mulher alguma, meu amor. Eu estava no quarto de Edward ajudando-o a curar a bebedeira.

─ Por que eu não consigo acreditar em você? Será que é porque você cheira a mulher da vida?

Bella decidira intervir ao ouvir a voz de choro da irmã afinal ela sabia a verdade, porém quando chegara ao meio do correr fora parada pela mãe que saia de seu quarto.

─ Não se meta. O que acontece ou deixa de acontecer no casamento de alguém nunca é da sua conta. Estamos entendidas?

─ Sim senhora.

─ Então desça com este seu vestido de péssimo gosto e vá tomar o café da manhã antes que eu perca minha paciência.

Renée descera as escadas pisando firme encontrando sua fila Tania que vestia um vestido marrom claro.

─ Você está tão linda, minha filha.

─ Obrigada mamãe.

Lourdes ao sair do quarto de Bella, encontrara a mesma com lagrimas descendo pelas bochechas.

─ Acontecera alguma coisa, princesa.

─ Não. Apenas me deixe em paz.

Isabella correra até a biblioteca, sentando no tapete de pele perto da lareira e deixando que as lagrimas a dominassem.

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Edward descera até a mesa de café da manhã e sentara no lugar de sempre. A verdade era que tudo o que gostaria de fazer era dormir, pois a dor em sua cabeça piorava cada vez mais.

Teria reparado uma Tainah e um Emmett sentados o mais afastado possível na mesa, se alguém não estivesse faltando ali: sua noiva.

─ Onde está a srtª Swan?

─ Eu não sei, querido. Cruzei por ela no corredor e ela me disse que desceria logo. Respondeu Renée, docemente.

Edward olhou desconfiado para a futura sogra e se levantou sem nem ao menos ouvir as palavras do pai que lhe pediam para sentar-se a mesa novamente. Dessa vez, porém, era mais fácil saber para onde seguir.

Ao entrar na biblioteca, logo percebera uma pequena Bella sentada em frente à lareira, mas deu o primeiro passo para se aproximar fora impedido por uma voz que cortara seu coração.

─ Seja quem for, saia. Gritou Isabella, com a voz embargada.

Lutara para não acatar o pedido da noiva, seguindo mesmo assim em passos largos até ela. Ao chegar do seu lado, se agachara tirando uma mecha de cabelo do rosto da mesma. Seus olhos vermelhos e molhados de tanto chorar, encontraram os de Edward que a abraçou sentando-se no chão, sem qualquer aviso ou pedido.

─ O que houve? Perguntou Edward, recebendo apenas um balançar de cabeça como resposta. ─ Diga-me, por favor, querida.

─ Eu estou feia. Respondeu Bella, voltando a chorar.

─ Você nunca poderia estar feia. Mesmo com o Kohl todo borrado, continua a moça mais linda que já vi. Falou, levantando-se e tomando as mãos da noiva. ─ Agora vamos que temos um belo café da manhã a nossa espera.

Quando pensou em se dirigir até a porta de saída, fora parado por Bella que limpava seu rosto borrado. Se aproximando do noivo, Isabella depositara em seus lábios um beijo inocente, surpreendendo-o.

─ Obrigada.

─ Eu só disse a verdade. Respondeu beijando delicadamente a mão da noiva.

Ao chegarem no salão de café da manhã, Bella largara a mão de Edward o mais rápido possível indo em direção ao seu lugar de sempre. Alice logo abraçara a amiga.

─ Você está tão linda. Parece uma flor ou o sol. A fada do sol.

Bella sorriu imensamente com o comentário da tão pequena futura cunhada e olhou para frente se deparando com um Edward que mexia os lábios dizendo: “Eu não disse”.

O café da manhã passara estranhamente silencioso, o que fez Isabella notar que Emmett ao invés de estar sentado ao lado de sua irmã, estava sentado ao lado de Tania. Quando Tainah se levantou Bella saira logo atrás, pois resolveria aquilo imediatamente, com ou sem interferência de sua mãe.

─ Você não vai mesmo perdoá-lo? Disse Bella, surgindo ao lado da irmã e dando-lhe um pequeno susto.

─ Você quer matar a mim e ao seu sobrinho de susto, Bella?

─ Não, eu quero que você me escute e escute Emmett.

─ Emmett é um mentiroso e não respeita nem ao menos o próprio filho que está por vir.

─ Ele não mentiu pra você. Eu ouvi quando ele chegou com Edward na noite passada e ele disse que não olhou para nenhuma das mulheres do lugar porque te ama.

─ Verdade?

─ Você é minha irmã. Eu jamais mentiria pra você. Agora vai atrás dele logo porque eu sei que você quer fazer isso.

Tainah deu um beijo na irmã e seguiu correndo até o marido, sumindo de vista.

Isabella ficara ali parada sonhando acordada e pensando se ela e o noivo um dia seriam assim, não notando quando o mesmo parou ao seu lado.

─ Seria tolice e atrevimento da minha parte se lhe roubasse um beijo?

─ Atrevimento não, mas tolice sim. Meu pai pode querer te matar ou algo assim.

─ Acho que eu vou correr o risco.

Edward se aproximou cautelosamente de Bella, segundo seu queixo com uma das mãos e a outra envolvendo a cintura da mesma, trazendo-a para mais perto. Colando seus lábios aos dela, pode notar que a noiva arfara e logo envolveu seus braços em seu pescoço. Aprofundou o beijo, com sua língua pedindo passagem que logo foi cedida por uma Isabella mais que receptiva. Edward achava que seria difícil conquistar a confiança da noiva, mas naquele dia percebera que tudo era questão de tempo.

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