Ter privacidade na Torre era uma tarefa quase impossível: quartos, câmaras e antecâmaras estavam sempre ocupados com aprendizes e templários. Apenas bem tarde da noite, uma das poucas horas que os corredores do Círculo tinham uns poucos templários fazendo sua ronda.

"–Boa noite, Sir Cullen" um templário novato cumprimentou

–Boa noite. Deixe comigo agora. – Ele sorriu, enquanto o novato agradecia-o em voz baixa.

Esperou ficar sozinho no corredor escuro, então abriu a porta em sua frente; um pequeno quarto com a estátua da profetisa e apenas um castiçal iluminando-a.

Amell estava lá, vestida com seus trajes típicos de magos, acenou para ele se aproximar.

"Pelo Criador, o que estou fazendo?" Cullen hesitou. Era restritamente proibido o relacionamento entre magos e templários, ao ponto de ser repugnante.

– O quê está esperando? – Amell riu, puxando-o para mais perto.

Ficou nas pontas dos pés até alcançar seu pescoço.

– Sua armadura é grande e incômoda. – sussurrou

– O-o quê você sugere então?

Arrependeu-se de ter perguntado, mas já era tarde demais; o manto de Amell estava desfeito em seus braços, e as mãos delicadas dela ocupavam-se em tirar sua armadura.

E ela estava tão graciosa, iluminada apenas por umas poucas velas acesas.

Ao inferno com Greagoir e a Capela, e depois, tinha certeza que o Criador ia se ocupar em dar um castigo a altura.

E pecou naquela noite. Na frente da estátua de Andraste.