Jogo Insano Do Amor escrita por Edvampire


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que se divirtam com mais um capítulo. Perdoem algum erro que estiver presente no texto, e podem me repreender caso esteja muito superficial, ou sem sentido, ou com muitos erros.



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- Tô saindo, Itachi.

Sasuke fechou o portão de casa e rumou à escola, o pensamento vagando enquanto andava. Ficara a noite toda repassando os acontecimentos do dia anterior na cabeça; não suportaria encarar a pessoa convidada por Naruto para ser sua parceira de mentira. Decidiu então que não andaria muito pelas redondezas da escola, prevenindo-se de topar com a tal.

Não tardou para que todo o bairro acordasse com o grito ensurdecedor de certo garoto loiro.

- Sasukeee! – Naruto vinha correndo em alta velocidade, sem se importar se colidiria com Sasuke com toda força.

Com tantos alunos para se comunicar e fazer amizades, Sasuke foi fazer tais coisas logo com Naruto. Ele tinha que aceitar sua realidade: era o único jeito. Com a cara já exausta, sabendo o que vinha por aí com a chegada de Naruto, Sasuke fechou os olhos e rezou.

Ó Deus, se o Senhor me ama... Se tiver um pouquinho de compaixão por mim, um mísero mortal, tira da cabeça dessa peste logo aí atrás todas as ideias sem nexo e descabidas que ele tiver. Amém

- Sasuke, Sasuke, Sasuke. – Naruto freou na hora em que alcançou o amigo, envolvendo o braço malhado no ombro dele, depois se pondo a andar lado a lado com Sasuke -, Cara, eu sei que ontem deve ter sido difícil pra você, te entendo, tá? Mas hoje...

- Naruto – Sasuke interpôs já irritado -, eu não fiz isso, não estou fazendo e nem vou fazer. Não dá pra entender que eu não vou ficar com alguém que eu não gosto? E pior, que eu nem conheço?

Eles se aproximavam da escola.

- Mas, amigo, isso vai ajudá-lo, você não percebe?

- Sinceramente? NÃO!

- Ai, ai, Sr. Uchiha... – lamentou Naruto balançando a cabeça negativamente.

Agora a escola dos dois já se tornava visível, e o receio de Sasuke maior. Seria como entrar numa água repleta de cubos de gelo num lago do Pólo Norte se ele encontrasse a tal da Karin por ali. Ele desmarcara com ela – bem, na verdade ele furou com o encontro, deixando-a sozinha com a bolsa e a expectativa. Isso não é lá coisa que se faça com uma dama, principalmente se essa dama é uma veterana do 3° Ano, nascida em berço de ouro e muito popular. Talvez não, mas ele corria sério risco de ter sua vida restante de colegial feliz e apaixonado, arruinada. Naruto, a base de todas as confusões da sua vida, parou de uma vez.

- Sasuke... Sa-su-ke. Olha quem está ali!

Até então perdido em seus pensamentos furtivos, Sasuke não prestara atenção em nada ao seu redor. Porém tendo um amigo escandaloso e exagerado como Naruto por perto, nada podia sair despercebido para ele. Infelizmente.

Sasuke vislumbrou ainda de longe. Parou no mesmo segundo. Ele não queria ter pensamentos negativos, mas era impossível. Karin estava parada a metros dele, mas ainda assim os via, e com certeza os pararia - pelo menos a Sasuke sim. Não, não, não. Ela não poderia estar irada. Talvez quisesse apenas falar com Naruto, desejou Sasuke. Mas não adiantava. As ideias mais positivas não desciam pela garganta de Sasuke, e ele imaginava o pior.

- Naruto – começou ele, a voz trêmula, tentando esconder o rosto amedrontado por trás do corpo robusto do Amigo – arranje agora uma solução para o tremendo problema que você me arranjou!

- Como assim? – Naruto rodopiou no lugar e passou a ficar por trás de Sasuke, empurrando-o com as duas mãos para adiante. – Você era o alvo, não eu.

- Idiota! – Sasuke voltou a se esconder atrás de Naruto. – Como assim alvo? Ela era pra ser meu alvo, não era? Ai, ai, que merda, falando assim parece até que eu queria.

De repente Karin pôs-se a caminhar em direção dos dois garotos absurdamente infantis que se alternavam um nas costas do outro para se esconder dela. Ridículos.

Sasuke não agüentou a pressão e fez um movimento rápido para dobrar a esquina, porém uma mão brutalmente forte segurou a gola do paletó e o fez cair. Um misto de raiva e desespero o acertou em cheio bem na boca estômago. È, uma vida completamente destroçada e sem graça no Colegial não poderia ser tão ruim assim, certo?

O estômago recém alimentado de Sasuke embrulhou.

- Naruto, eu te imploro, pelo bem que você me quer – mesmo eu acreditando que você não me queira bem como a um amigo – por favor, faz aquela veterana sair do nosso caminho e deixar minha vida de colegial monótona assim como está.

- Hã? – Naruto olhou para Sasuke como se ele fosse louco. – Vida de colegial monótona? Pirou, cara? Tudo bem, não vai acontecer nada. Agora levanta desse chão sujo, vem. – Naruto deu apoio para Sasuke levantar. Quando se deram conta, a garota de óculos e cabelos pretos rebeldes já os observava a uma distância de dois passos. Karin ajustou a saia escolar e levou as mãos aos quadris largos, com desdém.

- Olá, garotos. – sua voz não era das mais bonitas que Sasuke já ouvira, contudo era firme e passava segurança.

- Oi, Karin-san! – cumprimentou Naruto, alargando a boca num sorriso radiante. - Bom dia!

- O-oi – Sasuke conseguiu gaguejar, os olhos fixos no chão e uma gota de suor descendo por seu rosto.

- O que ele tem? – Ela perguntou em voz audível, sem se importar que Sasuke estivesse ali quase morrendo sob tamanha pressão psicológica.

Naruto não teve tempo para responder, pois sem dar aviso, Sasuke desabou de joelhos rapidamente diante de tanta formosura num ato humilhante, gritando por perdão, como se houvesse cometido um crime grave. Bem, o pior é que ele fizera isso mesmo, e realmente se ajoelhara para pedir perdão à Karin, sem se importar com quem passava e o via parecer um idiota de joelhos e depois comentava com o parceiro ao lado.

Karin demorou um pouco para processar o que estava acontecendo, incrédula, depois, sentindo pena de Sasuke e uma vontade tremenda de sorrir, ela o mandou para de pedir o seu perdão e o ajudou a se reerguer novamente. Sasuke a encarava sem entender o porquê de tanta gentileza se na verdade ela deveria estar socando-o até a morte. Karin ainda queria sorrir muito daquela carinha de cachorro abandonado que Sasuke expressava.

- Oi, Sasuke-kun! – ela lhe abriu um sorriso largo, afagando-lhe as bochechas coradas. – Bom dia! Por que você está tão nervoso, hein? Calma, lindinho, eu não vou te morder, tá?

Definitivamente a Karin fora abduzida e aquela era uma réplica muito malfeita. Não era possível, nada ali podia ser verdade. Será que era só um sonho do que ele queria que estivesse acontecendo? Não, também não era isso.

- E-eu, eu não estou nervoso, não...

- Oh, que fofo. Mas, e aí, o Naruto já lhe disse sobre o plano? – ela possuía dentes muito bem cuidados como reparou Sasuke no instante em que ela fechou os olhos e abriu um sorriso dócil.

Sasuke não estava entendendo mais nada. Era de se esperar que uma armação vinda do Naruto não fosse assim tão simples. Então ele virou o rosto para o amigo, com um olhar confuso e ao mesmo tempo irritado. Qual seria a encrenca na qual Naruto o meteria dessa vez?

Naruto passou a mão direita por trás da cabeça, sorrindo desconcertado, procurando palavras para explicar a situação.

- Bem, sabe, Sasuke, meu querido amigo, lembra que eu disse que a Karin-san estava lhe esperando para um encontro ontem naquela lanchonete? – Sasuke fez que sim com a cabeça. – Pois é, é que na verdade ela estava com um plano aí de fazer ciúmes a um ficante seu que estava com outra, assim, como ela sabe que você é o maior gato, ela me pediu para ajudá-la no seu plano usand... Contando com você como objet... O garoto que fingiria estar saindo com ela. – Sasuke ainda o encarava sem parecer entender muita coisa do que ele dissera. Quer dizer então que na verdade ela não estava sabendo que também estava sendo usada como objeto de ciúmes? Naruto armara tudo aquilo pensando em Sasuke exclusivamente, aproveitando a deixa do plano de Karin para armar o seu próprio. Karin achava que Sasuke sabia do tal plano. Ainda assim, Sasuke deixou-a sozinha numa lanchonete. Talvez a ajudando nessa armação ele pudesse se redimir, mesmo que ela não parecesse se importar com o que acontecera. Até porque ela ainda tinha certeza de que Sasuke a ajudaria. Só podia ser esse a causa de tanta doçura.

Certo, Naruto parecia fazer tudo para o bem de Sasuke, mas nada, nem ninguém, podia negar que ele sempre o ferrava no final, e que isso era uma merda.

  - Naruto, depois eu posso ter uma conversinha com você? – perguntou Sasuke, lutando para manter a calma.

- Claro, cara – respondeu Naruto, na maior inocência.

- E então Sasuke, o plano ainda está de pé, não está? – indagou Karin.

Sasuke queria muito ter respondido não, mas sua bondade e gentileza – e o bom senso, claro – o impediram.Karin era a veterana que todos amavam e temiam, ao mesmo tempo. A personificação da liderança, um antro de status sociais. Mas ali, naquele momento face a face com os dois, ela parecia até vunerável, como uma garotinha sonhadora prestes a realizar seu maior sonho: beijar o menino mais bonito da sala. Sasuke teve um ímpeto insano de dizer-lhe que tudo ficaria bem, mas não conseguiu pronuniciar nada, além de sua resposta definitiva.

- Sim, Karin-san. – Ainda era difícil de acreditar que agora os dois estavam juntos num plano do Naruto. Mesmo que ela ainda não soubesse que Sasuke também a usaria para tentar provocar Hinata.

- Ótimo, meu amor. – Ela pulou de alegria. – O Itachi vai morrer de ciúmes.


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Notas finais do capítulo

meu msn dudu.potter@hotmail.com -- para algum leitor que eventualmente deseje opinar nos rumos da estória. Muitas críticas para que esse escritor miserável aqui melhore mais e mais. Obrigado.



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