Prismodeux, A Cidade Dos Guardiões escrita por AnnySama


Capítulo 9
Operação "salvar Katy!'




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/182211/chapter/9

      Eu fechei os olhos. Sabia que o meu fim era lá, naquele lugar maravilhoso. E sentia meu corpo se separando da alma. Ou era só um pressentimento? De tanta curiosidade eu abri os olhos, e me vi envolta de uma barreira de forças. Do lado de fora da barreira havia ruínas e quadros rasgados, do ladro de dentro, havia eu, sã e salva.

      Tentei achar os olhos de Katy, mas o que achei foi só sua mãe erguida sem forças.

      Sai da barreira, andei um grande caminho difícil para chegar a Katy, caída com uma coluna de ouro em cima de suas pernas.

      -Amy! Você está bem? Eu... Eu consegui... c-certo? - Perguntou ela, fraca.

      -Claro! Você sempre consegue! - Disse desesperada.

      -Eu sou sua guardiã... Mas estava notando que nunca te salvei... Isso me deixa um pouco mais heróica. - Ela deu um breve sorriso com o canto da boca. - Precisa me fazer um favor...

      -Claro! O que você quiser... Katy! - Não sabia se um guardião poderia morrer, mas eu já chorava.

      -Vá... Volte para Veneza. Fique com... Harry. - Disse ela. Eu corei como sempre, mas assenti indecisa.

      -Vou tirar você primeiro dai! Então nós iremos, juntas.

      Tentei remover a coluna, mas era pesada demais. E toda vez que eu mexia nela Katy gemia de dor.

      -Circe e Euros podem me ajudar. Aonde eles estão? - Perguntei.

      -Eu realmente não sei... Devem estar entre os escombros...

      -Vou procurá-los. Espere ai! - Disse, e atravessei de novo o mar de destruição.

      Encontrei Circe desmaiada numa pilha de paredes rachadas. Mas nada estava por cima dela.

      Ajoelhei-me mais perto.

      -Circe! Precisa me ajudar... É Katy. - Disse. A cabeça dela se voltou lentamente para mim. Circe estava extremamente fraca.

      -O... que... H-houve com... Katy? - Perguntou.

      -Ela não consegue sair debaixo de uma coluna que a prendeu. - Disse. - Precisa ajudá-la.

      Circe se levantou cambaleando.

      -Onde ela está? - Perguntou.

      Eu a guiei até Katy que ainda ofegava de dor.

      -Espere, querida, já irei te tirar dai. - Disse Circe.

      Ela levantou a coluna por meio de poderes psiquicos e livrou Katy do peso. Ajudei-a a levantar.

      -Precisa voltar agora. - Ela me abraçou fortemente. - Nunca serei uma boa guardiã se não te mandar voltar.

      -Mas... Katy, onde está Euros? - Perguntei atônita.

      -Ele seguiu Zeus para o palácio. - Disse ela. - Volte, por  favor. Resolveremos as coisas com Zeus, mas por favor... Volte.

      Eu assenti, se era isso que ela queria.

      -Katy... Eu te verei outra vez certo? - Disse, chorando.

      -Claro! Eu nunca faria isso com você! - Ela me abraçou novamente se despedindo. - Agora vá. - Ela estendeu as mãos e a mesma escuridão tomou conta de meus olhos.


      Cai deitada na cama do hotel. Harry ao meu lado com o telefone na mão, ainda não percebera a minha presença.

       -EU SEI QUE NÃO É SEU DEVER VER AS PESSOAS, JAKE! ME DIGA AONDE ELAS FORAM! - Gritava ele para Jake no telefone. Então o desligou. Ele olhou para o lado e seus olhos brilharam ao me ver.

      -Eh... Oi? - Disse.

      -Mas... Mas como? Você não estava ai! - Ele disse. - VOCÊ PRECISA ME EXPLICAR!

      Suspirei. Chamei-o mais para perto e contei tudo... Prismodeux, Katy sendo minha guardiã... Seu rosto me fez ficar arrependida.

      -Fala serio! - Disse ele debochando. - Serio, mesmo?

      -Realmente sim... Eu estava em Prismodeux agora, mas Katy me disse para voltar. - Parei por um segundo e refleti. Será que era certo deixar Katy lá? Com seu pai furioso?

      -Preciso voltar. - Disse a Harry.

      -Mas como sem os poderes de Katy? - Perguntou.

      Parei para pensar.

      -Há um lugar... Na floresta. - Suspirei - Em Boston.


      Harry concordou em me levar para o aeroporto e vir comigo para Boston.

      A viagem pareceu mais curta do que a que fiz com Katy, para ir a Veneza.

      O silencio estava extremamente irritante entre eu e Harry. Mas permaneceu assim até chegarmos a minha casa, um pouquinho depois... A floresta.

      -Ahn... Creio que não posso entrar - Disse ele.

      -Sim... Só os guardiões e seus humanos podem. - Uma lagrima escorreu em meu rosto. - Vai ficar aqui? Mesmo... que eu demore?

      Ele me abraçou espontaneamente.

      -Vou te esperar aqui... Mesmo que demore anos. Sempre irei te esperar.

      Sorri.

      -Então poderei ir mais tranquila. - Disse. - Adeus.

      No momento em que pisei na grama da floresta, um clarão me cegou e eu cai de novo no campo de margaridas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prismodeux, A Cidade Dos Guardiões" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.