Lá Vem Historia... - Thiefshipping escrita por Taimatsu Kinjou


Capítulo 21
João E Maria


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem por postar um anos depois, mas é que eu tava (ainda tô) sem criatividade T.T
Não me responsabilizo pelos comentários deles. u.u



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Bakura bufou, seu olhos direito se contraindo enquanto fazia massagem nos ombros de Akefia. Já Marik fazia careta de nojo para os pés do ladrão.

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YuGi Oh! apresenta: João e Maria

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Marik e Bakura suspiraram em derrota.

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Às margens de uma floresta existia, há muito tempo, uma cabana pobre feita de troncos de árvores, onde moravam um lenhador chamado Akefia, sua segunda esposa, SetoKaiba, e seus dois filhinhos, nascidos do primeiro casamento. O garoto chamava-se Bakura e a menina, Marik.

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Akefia: O poderoso SetoKaiba virou minha mulher agora? - gargalhou alto.

Bakura: Como raios eu deveria ser filho de mim mesmo há 5.000 anos?

Marik: Essa não é a coisa mais importante aqui! - Akefia e Bakura o olharam com sobrancelhas erguidas.

Bakura: Então o que é?

Marik: Eu sou uma garota novamente! – exclamou cruzando os braços.

Akefia e Bakura: E o ponto é...?

Marik: Eu não sou uma mulher!

Akefia: Poderia ter me enganado... – murmurou revirando os olhos.

Bakura: Ei! Essa é a minha fala, Akefia!

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Na casa do lenhador, a vida sempre fora difícil, mas, naquela época, as coisas pioraram: não havia pão para todos.

— Mulher, o que será de nós? Acabaremos morrendo de fome. E as crianças serão as primeiras.

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Akefia: Só começar a roupas que as coisas mudam rapidinho. – disse sorrindo largamente. Os outros dois apenas reviraram os olhos.

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— Há uma solução... – disse a madrasta, que era muito malvada – amanhã daremos a Bakura e Marik um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá os abandonaremos.

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Bakura: Kaiba lição 1: Se você estiver de saco cheio dos filhos, abandone-os na florestam mais próxima.

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O lenhador não queria nem ouvir um plano tão cruel, mas a mulher, esperta e insistente, conseguiu convencê-lo.

No aposento ao lado, as duas crianças tinham escutado tudo, e Maria desatou a chorar.

— E agora, Bakura? Sozinhos na mata, vamos nos perder e morrer.

— Não chore — tranqüilizou o irmão. — Tenho uma ideia.

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Bakura: Marik, você é uma garota chorona.

Marik: Cale a boca, Fluffy!

Bakura: Não, cala a boca você! E se esse garoto for esperto vai pensar em um plano.

Akefia: Calem a boca os dois e continuem com a massagem!

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Esperou que os pais estivessem dormindo, saiu da cabana, catou um punhado de pedrinhas brancas que brilhavam ao clarão da Lua e as escondeu no bolso. Depois voltou para a cama. No dia seguinte, ao amanhecer, a madrasta acordou as crianças.

— Vamos cortar lenha na mata. Este pão é para vocês.

Partiram os quatro. O lenhador e a mulher na frente, as crianças atrás. A cada dez passos, Bakura deixava cair no chão uma pedrinha branca, sem que ninguém percebesse. Quando chegaram bem no meio da mata, a madrasta disse:

— Bakura e Marik, descansem enquanto nós vamos rachar lenha para a lareira. Mais tarde passaremos para pegar vocês.

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Marik: Não sei o que é mais assustador nisso tudo, ser irmã do Fluffy ou ter Kaiba como madrasta.

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Os dois irmãos, após longa espera, comeram o pão e, cansados e fracos, adormeceram perto da fogueira. Acordaram à noite, e nem sinal dos pais.

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Bakura: Kaiba lição 2: Deixe seus filhos ao lado de uma fogueira cercados por árvores. Afina, o que poderia dar errado nisso? – perguntou sarcástico.

Akefia: Bem, eu poderia pensar em muitas coisas...

Marik: Basicamente eles iriam morrer queimados ou asfixiados. Não seria melhor do que morrer de fome?

Bakura: Marik, você sabe que aquelas crianças somos nós, certo?

...

— Estamos perdidos! Nunca mais encontraremos o caminho de casa! — soluçou Marik.

...

Marik: Nem pensem em comentar. – rosnou entre dentes.

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— Quando a Lua aparecer no céu acharemos o caminho de casa — consolou-a o irmão.

Quando a Lua apareceu, as pedrinhas que Bakura tinha deixado cair pelo atalho começaram a brilhar, e, seguindo-as, os irmãos conseguiram voltar à cabana.

Ao vê-los, os pais ficaram espantados. O lenhador, em seu íntimo, estava contente, mas a mulher não.

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Bakura: Há! Estragamos seu plano riquinho estúpido! – Akefia e Marik reviraram os olhos.

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Assim que foram deitar, disse que precisavam tentar novamente, com o mesmo plano. João, que tudo escutara, quis sair à procura de outras pedrinhas, mas não pôde, pois a madrasta trancara a porta. Marik estava desesperada.

— Como poderemos nos salvar desta vez?

— Daremos um jeito, você vai ver.

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Bakura: Estou começando a me cansar de ficar consolando você, Marik.

Marik: Ninguém pediu pra você fazer isso, Fluffy!

Bakura: Não me chame de fluffy!

Akefia: Estou com vontade costurar a oca de vocês! Dá pra calar a boca? Tá começando a ficar interessante! – Marik e Bakura o olharam estranhamente, mas não disseram nada.

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Na madrugada do dia seguinte, a madrasta acordou as crianças e foram novamente para a mata. Enquanto caminhavam, Bakuraesfarelou todo o seu pão e o da irmã, fazendo uma trilha. Desta vez afastaram-se ainda mais de casa e, chegando a uma clareira, os pais deixaram as crianças com a desculpa de cortar lenha,
abandonando-as.

Bakura e Marikadormeceram, famintos e cansados. Quando acordaram, estava muito escuro, e Marik desatou a chorar.

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Akefia: Isso esta me cansando... Alguém coloca uma rolha nessa garota!

...

Mas desta vez não conseguiram encontrar o caminho: os pássaros haviam comido todas as migalhas. Andaram a noite toda e o dia seguinte inteirinho, sem conseguir sair daquela floresta, e estavam com muita fome. De repente, viram uma casinha muito
mimosa. Aproximaram-se, curiosos, e viram, encantados, que o telhado era feito de chocolate, as paredes de bolo e as janelas de jujuba.

— Viva!— gritou Bakura.

...

Akefia e Marik: Bakura feliz!?

Marik: Isso é muito bizarro... – disse com os olhos arregalados, Akefia apenas acenou concordando.

Bakura: Vão se afogar na pia!

...

E correu para morder uma parte do telhado, enquanto Marikenchia a boca de bolo, rindo. Ouviu-se então uma vozinha aguda, gritando no interior da casinha:

— Quem está o teto mordiscando e as paredes roendo?

Subitamente, abriu-se a porta da casinha e saiu uma velha muito feia, mancando, apoiada em uma muleta chamada Salomon. Bakura e Marik se assustaram, mas a velha sorriu, mostrando a boca desdentada.

...

Akefia: Argh! Que nojo...

...

— Não tenham medo, crianças. Vejo que têm fome, a ponto de quase destruir a casa. Entrem, vou preparar uma jantinha.

...

Marik: NÃO! É uma armadilha! Não façam isso!

Bakura: Você sabe que isso é só uma história, certo Marik?

...

O jantar foi delicioso, e a velha senhora ajeitou gostosas caminhas macias para Bakura e Marik, que adormeceram felizes. Não sabiam, os coitadinhos, que a velha era uma bruxa que comia crianças e, para atraí-las, tinha construído uma casinha de doces. Agora ela esfregava as mãos, satisfeita.

...

Akefia: Sempre achei aquele velho muito suspeito.

...

— Estão em meu poder, não podem me escapar. Porém estão um pouco magros. É preciso fazer alguma coisa.

...

Marik: Eu não sou magro! Eu sou sexy! – exclamou triunfante exibindo a barriga.

Bakura: Errado. Você é feminino.

Akefia: Diz o palito de dente... – completou sorrindo largamente fazendo o albino rosnar irritado.

...

Na manhã seguinte, enquanto ainda estavam dormindo, a bruxa agarrou Bakura e o prendeu em um porão escuro, depois, com uma sacudida, acordou Marik.

— De pé, preguiçosa! Vá tirar água do poço, acenda o fogo e apronte uma boa refeição para seu irmão. Ele está fechado no porão e tem de engordar bastante. Quando chegar no ponto vou comê-lo.

...

Marik: Mais uma prova de que você é só pele e osso, Fluffy.

Bakura: Marik.

Marik: Sim?

Bakura: Por gentileza, cala a boca!

...

Marik chorou e se desesperou, mas foi obrigada a obedecer.

...

Bakura e Akefia apenas gargalhavam enquanto Marik cruzou os braços bufando.

...

Cada dia cozinhava para o irmão os melhores quitutes. E também, a cada manhã, a bruxa ia ao porão e, por ter vista fraca e não enxergar bem, mandava:

— Bakura, dê-me seu dedo, quero sentir se já engordou!

Mas o esperto Bakura, em vez de um dedo, estendia-lhe um ossinho de frango. A bruxa zangava-se, pois apesar do que comia, o moleque estava cada vez mais magro! Um dia perdeu a paciência.

— Marik, amanhã acenda o fogo logo cedo e coloque água para ferver. Magro ou gordo, pretendo comer seu irmão. Venho esperando isso há muito tempo!

...

Akefia: Só eu acho que essa última parte tem duplo sentido? – Bakura o ignorou.

Bakura: Essa bruxa é uma idiota! Por que não engorda os dois?

...

A menina chorou, suplicou, implorou, em vão.

...

Bakura: Serio, você virou um chafariz, Marik?

...

A bruxa se aborrecera de tanto esperar.

Na manhã seguinte, Marik tratou de colocar no fogo o caldeirão cheio de água, enquanto a bruxa estava ocupada em acender o forno para assar o pão. Na verdade ela queria assar a pobre Marik, e do Bakura faria cozido.

Quando o forno estava bem quente, a bruxa disse à menina:

— Entre ali e veja se a temperatura está boa para assar pão.

Mas Marik, que desconfiava sempre da bruxa, não caiu na armadilha.

— Como se entra no forno? — perguntou ingenuamente.

— Você é mesmo uma boba! Olhe para mim! — e enfiou a cabeça dentro do forno.

Marik empurrou a bruxa para dentro do forno e fechou a portinhola com a corrente. A malvada queimou até o último osso.

...

Marik: Há! Sou mais esperto que você velhote!

Akefia: Qualquer pessoa é mais esperto que aquele velho, Marik. Não fique se achando por tão pouco.

Bakura: Esta vendo? Por isso era melhor ter engordo os dois!

...

A menina correu para o porão e libertou o irmão. Abraçaram-se, chorando lágrimas de alegria...

...

Akefia: Espera! – gritou fazendo os outros dois olha-lo com sobrancelhas erguidas – Se era só ir lá e abrir, por que raios ela não fez isso durante a noite para escaparem?

Bakura: Porque isso é uma historia maldita e as coisas não fazem sentido!

...

...depois, nada mais tendo a temer,exploraram a casa da bruxa. E quantas coisas acharam! Cofres e mais cofres cheios de pedras preciosas, de pérolas... Encheram os bolsos de pérolas. Marik fez uma trouxinha com seu aventalzinho, e a encheu com diamantes, rubis e esmeraldas. Deixaram a casa da feiticeira e avançaram pela mata.

...

Akefia: Isso é bem interessante! Se isso fosse real eu já teria roubado essa bruxa há muito tempo.

Bakura: Só porque você quer...

...

Andaram muito. Depois de algum tempo, chegaram a uma clareira, e perceberam que conheciam aquele lugar. Certa vez tinham apanhado lenha ali, de outra vez tinham ido colher mel naquelas árvores... Finalmente, avistaram a cabana de seu pai. Começaram a correr naquela direção, escancararam a porta e caíram nos braços do
lenhador que, assustado, não sabia se ria ou chorava. Quantos remorsos o tinham atormentado desde que abandonara os filhos na mata! Quantos sonhos horríveis tinham perturbado suas noites! Cada porção de pão que comia ficava atravessada na
garganta. Única sorte, a madrasta ruim, que o obrigara a livrar-se dos filhos, já tinha morrido.

...

Bakura: Muito conveniente isso, não?

...

Bakura esvaziou os bolsos, retirando as pérolas que havia guardado; Marik desamarrou o aventalzinho e deixou cair ao chão a chuva de pedras preciosas. Agora, já não precisariam temer nem miséria nem carestia. E assim, desde aquele dia o lenhador e seus filhos viveram na fartura, sem mais nenhuma preocupação.

Colori, colorado, esta o conto acabado!

...

Marik: E tentaram matar o faraó maldito, mas falharam miseravelmente... – suspirou desanimado.

Bakura: Eu estava tão perto de conseguir o poder! – resmungou.

Akefia: Maldito faraó!


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Notas finais do capítulo

Marik: Chega! Não aguento mais fazer massagem! Que se dane a foto!
Akefia: A foto não esta comigo mesmo. deu de ombros casualmente.
Bakura e Marik: O QUÊ!?!?