Love Still Goes On escrita por Jazzy
Notas iniciais do capítulo
Não foi betada. Qualquer erro, me deixem ciente!
Ah! Jonghyun e Key têm 7 e 6 anos respectivamente. O tempo vai passar, obviamente, então não se preocupem! XD
O prímeiro capítulo é mesmo pequenininho, porque é uma espécie de prólogo. ♥
Os dois garotinhos se olhavam de forma curiosa. Cada um com seu brinquedo preferido contra o peito, como se os objetos pudessem protegê-los um do outro; O coreaninho maior – e mais novo - tinha um bonito e chamativo carrinho vermelho, enquanto o mais baixo e mais velho dos dois segurava um robô. As mães observavam a cena com certo encantamento. As faces com sorrisos largos e ternos, e as vozes saindo em incentivo por estes lábios sorridentes, alternadamente.
“Não seja mal-educado, JongHyunsshi. Dê oi para o Kibumsshi, ele será nosso novo vizinho.” Disse a mulher de cabelos curtos e negros, mãe do menino menor.
“Não vai cumprimentar seu novo coleguinha, Kibumsshi?” E então foi a vez da mulher de cabelos mais longos e avermelhados, bochechas fartas e olhar carinhoso. Era a mãe do garoto mais alto.
As crianças continuaram se olhando, parecendo envergonhadas com a situação. Foi então que JongHyun - com a mãozinha firme no robô prateado - deu alguns passos para frente e abraçou o outro garoto, dedicando até mesmo alguns tapinhas amigáveis às suas costas.
“Yah!” O maior exclamou, desvencilhando-se do abraço rapidamente, parecendo incomodado. Agarrou o carrinho com mais força e fitou aquele que repentinamente o abraçara: Apesar de menor, era bem mais forte do que si – mais gordinho, também – e parecia assustador. Pensou que ele seria um hyung perfeito para protegê-lo dos garotos malvados da escola. Decidido, deixou que a voz aguda e adorável soasse. “JongHyunsshi, eu sou seu dongsaeng, não sou? Então o JongHyunsshi precisa prometer uma coisa.”
As duas mulheres presentes soltaram risadinhas surpresas. Crianças eram mesmo imprevisíveis. Somente um abraço foi o bastante para que a personalidade tagarela de Kibum ficasse evidente. JongHyun ignorou os murmúrios que se iniciaram entre as duas jovens mães e se voltou para o novo amigo.
“Eu sou seu hyung e vou prometer o que quiser dongsaeng!” Exclamou animado, acabando por contagiar o outro menino também. Até então ele só estava com um olhar assustado em uma expressão séria.
“Precisa tomar conta de mim quando a omma não estiver por perto.” Falou bem baixo, mas isso não impediu que as mães ouvissem o que combinavam ali. Contudo, as duas ficaram em silêncio e contentaram-se em observar a nova amizade que se iniciava. Só viram JongHyun assentindo veemente enquanto uma das mãos segurava a de Kibum e o puxava consigo, os passos curtos guiando ambos para a caixa de areia no centro daquela grande praça de Seoul. A resposta do garoto mais velho foi dada diretamente ao menor.
“Sua omma tá longe agora, dongsaeng. Já posso tomar conta de você.” Contou, enquanto os dedos pequenos fechavam o zíper do blazer jeans trajado por Kibum. O pequeno limitou-se a assentir e enfiar seu carrinho na areia clara.
“JongHyun sempre quis ser o irmão mais velho. É bom ver que ele tem a responsabilidade de um.” A mãe do maior falou, enquanto procurava por um banco vazio para se sentar com a nova confidente. A mãe de Kibum soltou uma risada fraca e acompanhou a mulher mais velha até o banco vazio.
“Fico feliz por saber disso. Sei que meu pequeno está em boas mãos.”
Naquela tarde, Kibum fez um novo amigo. E era alguém diferente dos que tinha na escolinha. Ele não o provocava por seus olhos puxados demais – olhos de gato, como sua mãe dizia – e nem por suas sobrancelhas grossas. Jonghyun simplesmente o tratava como se fossem irmãos de verdade, e tudo o que haviam feito desde que se conheceram, se resumia ao montinho de areia que chamavam de castelo.
“Eu vou ser o rei do castelo, ta bem?” Jonghyun perguntou de repente, enquanto colocava uma folha na suposta torre, usando tal como bandeira para o belo palácio que construíam.
“Eeh? Eu tenho que ser o príncipe, hyung?”
“...É! Mas amanhã você pode ser o rei, Kibumsshi.”
“É melhor guardarem para amanhã, mesmo. Temos que ir embora, meninos. Já é quase hora do lanche.” A mãe de Kibum anunciou, arrancando um lamento do filho e do novo amiguinho do mesmo. Os dois se entreolharam como se estivessem sendo separados para sempre e se levantaram – Jonghyun ajudando o mais novo – para seguir até suas respectivas mães. Moravam no mesmo prédio, mas o caminho feito foi diferente. Jonghyun precisou acompanhar a mãe até o trabalho de seu pai no centro da cidade, o que resultou em mãozinhas sendo balançadas em uma despedida prolongada.
“Omma... O Jonghyun pode ser meu amigo pelo tempo que eu quiser?”
“Pode sim, querido. É o que quer?”
“É sim. Qual o maior número do mundo?”
“Hum... Eu não sei. O infinito é maior do que todas as coisas.”
“Infinito? Então eu já escolhi o tempo que eu quero, omma!” E a mãe do garotinho só pôde rir diante disso. Estava satisfeita por ver o filho tão empolgado com uma nova amizade. Ele era sempre solitário demais, e algo lhe dizia que poderia parar de se preocupar com isso de vez.
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