POV SELENA

Acordei com a minha mãe batendo na porta.

- Selly querida, acorda. Já está na hora. – falou depois de dar mais três batidas na porta.

- Tudo bem, já acordei. – gritei com a voz rouca por eu estar dormindo.

- Tudo bem, te vejo daqui alguns minutos lá embaixo. – falou e pude ouvir o sons de seus passos a levando para longe do meu quarto.

Bocejei, passei as mãos nos olhos e levantei. Fui para o armário separar uma roupa para tomar um banho. Escolhi uma calça jeans skinny cinza, uma camiseta gola V branca com uma camisa xadrez rosa e branco de manga curta e um All Star branco.

Deixei tudo em cima da cama e entrei no meu banheiro onde tomei um banho de fiz minha higiene pessoal e tomei um banho de água bem quente do jeito que eu gosto.

Saí do banheiro enrolada na toalha fazendo o vapor do banheiro se espalhar pelo quarto. Coloquei a roupa separada e penteei meu cabelo o prendendo em uma rabo de cavalo. Me olhei no espelho e suspirei quando lembrei do meu sonho. Ela de novo. Aqueles olhos castanhos escuros que agora pareciam mortos, o cabelo preto com cachos, a pele branca como papel. O meu rosto de anos atrás, só que triste por algum motivo.

Balancei a cabeça tirando os pensamentos da minha cabeça. Respirei fundo, peguei minha mochila e desci para encontrar minha mãe na mesa do café.

- Bom dia. – ela disse folhando uma revista.

- Bom dia. – disse pegando um copo de suco.

- Não vai comer nada? – disse levantando os olhos da revista.

- Não. Não estou com fome. – disse terminando o suco.

Olhei para o relógio. 6h33 ainda.

Me sentei na cadeira em frente a minha mãe e fiquei olhando para a mesa e quando dei por mim estava pensando nela, a garota de cabelos negros e olhos castanhos.

Fui tirada de meus pensamentos com a minha mãe me chamando.

- F-fala mãe. – disse envergonhada.

- Tudo bem com você? – perguntou hesitante. – Parece um pouco desligada.

- Não, está tudo bem. Devo estar dormindo ainda. – falei olhando para minha mãos. – Onde está Maria. – perguntei tentando mudar de assunto.

- Não vem hoje, já ligou avisando. Parece que aconteceu alguma coisa com o filho mais velho. – disse tomando um gole de café.

- Hum...coitada. – falei. Olhei para o relógio, 6h41. – Bom, já vou indo.

- Mas não está um pouco cedo? – perguntou voltando a folhar a revista.

- Não, e ainda tenho que passar na casa da Taylor. – falei e lhe dei um beijo na bochecha. – Tchau, te amo.

- Também te amo.

Saí de casa e destravei meu carro, entrando logo em seguida. Fui para a casa da Taylor e por incrível que pareça ela já estava pronta, sentada na escada em frente a sua casa.

Buzinei para que ela me visse. Taylor correu e entrou no meu carro.

- Okay, pode me explicando o porque de você já estar pronta. – falei voltando a dirigir.

- Uau, não posso estar pronta na hora certa? – perguntou.

- Não.

- Por que?

- Porque você é a Taylor Swfit, eu te conheço a três anos e você sempre se atrasa. – falei rindo da sua careta.

- Tá bom, é porque o que você falou onde realmente mexeu comigo. – disse olhando pela janela.

- Quando exatamente foi isso, e oque eu falei? – perguntei confusa.

- Ontem quando saímos, sabe todo aquele discurso de ser responsável por ser o último ano e tal. – falou ainda olhando para a janela.

- Ah.

Sim, ontem quando saímos eu e a Taylor nos desentendemos um pouco e acabei jogando na cara dela o quanto ela era irresponsável e o quando ela precisava mudar, afinal este é nosso último ano. Ano que vem vamos para a faculdade e a partir daí é só você, sem pais ou até sem amigos da escola. Acho que meu discurso serviu para algo afinal.

- Desculpe, por ter jogado tudo na sua cara. – falei olhando para frente. – Não era minha intenção.

- Não, tudo bem. Foi como um choque de realidade. – falou agora olhando para mim. – E eu te agradeço por isso. – sorriu.

Sorri de volta.

Mais alguns minutos e já estávamos no estacionamento da escola.

- Vamos nova Taylor. – falei de brincadeira.

- Eí! Continuo a mesma Taylor, só que mais responsável. – falou, me fazendo rir e logo depois começou a rir comigo.

O dia foi normal, no intervalo não conseguia para de olhar para a mesa do outro lado do refeitório. Aqueles cabelos pretos do meus sonhos. Ela estava com os braços cruzados sobre a mesa e com sua cabeça apoiada nos braços, como se estivesse passando mau, o que me deixou preocupada.

Nenhum de seus amigos falou com ela e o que tentou levou um tapa forte pelo que vi.

A menina, Miley, que senta com ela falou algo em seu ouvido e logo em seguida ela se virou para mim. Congelei, fui pega e não sei o que fazer, seus olhos direto nos meus e o mais incrível, não consigo não olhar ou virar o rosto e pelo jeito ela também não.

Tudo acabou rápido demais quando Taylor me chamou.

- Hey Selly! – estralou os dedos na minha frente me fazendo sair da ligação entre nossos olhos.

- D-desculpa. – falei balançando a cabeça e olhando para Taylor. – Pode falar.

- Tudo bem? – perguntou preocupada.

- Sim.

- Não parecia, você não para de olhar para a Demi Lovato e ela para você. – falou. – Tem algo que queira me contar?

- N-não. Por que teria? – falei voltando a minha comida.

O resto do intervalo foi estranho, Taylor olhava para mim com uma cara “eu sei que tem algo rolando”. Eu só desviava o olhar e de vez em quando olhava para a mesa dela, só para ver que ela voltou a sua antiga posição.

Na hora de ir embora eu e a Taylor estávamos saindo do prédio conversando coisas sobre a última aula quando escutei a Taylor falar, ou melhor gritar.

- Cuidado Selly!

Mas era tarde demais, só deu tempo de eu virar antes de ver um borrão que me levou para o chão e uma dor insuportável na cabeça.

Abri os olhos só para ver a causadora do acidente. Sim, ela de novo, Demi Lovato. Nós duas nos olhávamos e ninguém dizia nada. Seu corpo em cima do meu me causou um arrepio que a muito tempo não sentia, seus braços ao lado de minha cabeça a apoiando enquanto minhas mãos estavam em sua cintura como se isso me ajudasse a evitar a queda. Seu rosto a centímetros do meu, sua respiração estava alterada igualmente a minha e por uma fração de segundos achei que fossemos nos beijar.

Fechei meus olhos só esperando, minha boca se abriu apenas esperando o beijo, que não veio.

- M-me d-desculpe. – foi o que ela falou, com a voz grossa e rouca, me causando arrepios. – E-eu não... – pigarreou antes de continuar. – Não te vi, estava distraída e... – não terminou a frase, então percebi que era a minha vez.

- Não, t-tudo bem. – falei tentand não gaguejar, e é claro falhei. – Também estava distraída.

Ela levantou cedo demais para o meus gosto e nem tinha percebido que minhas mãos ainda estavam na sua cintura.

- Desculpe de novo. – falou estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Quando toquei sua mão, pude sentir um choque que me subiu a espinha e ela também deve ter sentido pois separou nossas mãos colocando as suas em seu bolso na jaqueta preta de couro.

- Hum...me chamo Demi. – falou meio sem jeito.

- Eu sei quem você é. – nessa hora senti um vazio no peito e toda a dor voltou a tona. A mesma dor de três anos atrás.

- Então, essa é a parte que você fala o seu nome para mim. – ela fala com um meio sorriso.

- Eu me... – fui cortada por uma Taylor desesperada.

- Selly! – gritou correndo em minha direção. – Você está bem?

- E-eu... – cortada de novo.

 - E quanto a você, sua...sua...delinqüente! Quase matou a minha amiga, e se isso acontecesse eu...

- Taylor, menos! – falei brava. – Eu to bem, estou viva, viu. – mostrei meu corpo. – nenhum arranhão. – não pude deixar de notar o olhar da Demi em meu corpo junto com a Taylor.

- Desculpa de novo. – falou sem graça. – Tenho que ir.

Subiu no seu skate e foi embora enquanto eu suspirava.

- Pode começar a explicar. – falou Taylor com as mãos na cintura.

- Explicar o que? – perguntei, a dor na cabeça voltando.

- Tudo, sem me poupar dos detalhes. – falou. – E de preferência desde o começo.

- Eu não sei do que você está falando. – falei voltando a caminhar para o meu carro.

- Sabe sim, eu sei que você já conhecia a Demi Lovato.

- Quem não conhece a Demi Lovato? – perguntei levantando um sobrancelha.

- Você entendeu. – falou visivelmente brava.

Suspirei sabendo que não podia mais evitar essa conversa. Entramos no carro e o liguei já o colocando em movimento. Nos levei em frente a um parque perto da minha velha casa.

- Oque est...

- Você quer saber a verdade, certo?

Ela acenou com a cabeça positivamente.

- Bom, o assunto é longo e pensei que podíamos andar pelo parque enquanto conversamos.

- Por mim tudo bem. – disse já saindo do carro.

A segui e começamos a andar. Coloquei as mãos nos bolsos da calça jeans e respirando fundo antes de começar.

- Bom...tudo começou quando eu tinha sete anos...

FlashBack on

É um sábado como outro qualquer e eu estava no meu quarto ouvindo música e colorindo um livro novo que meu pai me deu junto com um conjunto de lápis e giz de cera, quando escuto um barulho de caminhão. Achei estranho, quase nunca passava caminhões por essa rua. Me levantei e fui para a janela olhar.

Era um caminhão de mudanças. Ele parou em frente a antiga casa dos Jhonson. Aquela casa estava a venda à meses.

Logo atrás do caminhão um carro preto. Deles saiu os possíveis moradores. Um homem meio alto de cabelos castanho escuro e barba, do lado do passageiro saiu uma mulher de estatura mediana e loira com o cabelo batendo um pouco a baixo de seus ombros. Depois deles saíram duas meninas uma era alta parecia ter entra nove ou dez anos cabelos castanhos com umas luzes um pouco mais claras, e usava um óculos de sol grande demais para o seu rosto. Por último e o que mais me chamou a atenção foi a menina mais nova que aparentava ter a mesma idade que eu. Tinha cabelos castanhos claro lisos e uma franja na altura da sobrancelha. Não usava óculos de sol e deu para perceber que seus olhos eram castanhos.

A mulher abraçou a mais nova e chamou os outros para entrarem, enquanto cinco homens cuidavam em descarregar o caminhão com os móveis.

Depois que entraram voltei para os meus desenhos, mas sempre me lembrando da menina de cabelos e olhos castanhos.

FlashBack Off

- Wow, Demi Lovato tem cabelo tem cabelo castanho? Não acredito! – falou animada comose fosse uma fofoca ou algo do tipo.

- Sim. – suspirei. – Mas lembre-se a única razão por eu estar te contando isso é porque confio em você e sei que não contará para ninguém. – falei séria. – Caso contrario nós entramos no carro agora mesmo, te levo para casa e você perde a sua carona para a escola.

- Okay. – sorriu. – Minha boca é um túmulo. – falou fingindo passar um zíper na boca, trancar e depois jogar a chave fora.

- Tudo bem. – falei enquanto eu ia para um barraquinha de sorvete. – Quer um? Eu pago.

- Sim, por favor. Quero de morango.

- Okay. – me virei para o cara da barraca. – Um de morango e outro de chocolate. – falei pegando o dinheiro.

- Aqui. – falou me entregando os sorvetes enquanto lhe entregava o dinheiro.

Voltamos a andar e eu voltei para a minha história.

FlashBack On

No domingo de manhã minha mãe veio me acordar.

- Selly querida. – falou passando as mãos no meu cabelo. – Tá na hora de acordar, querida.

- Hum...já vou. – falei ainda de olhos fechados.

- Te espero lá em baixo. – falou e me deu um beijo na bochecha antes de sair do quarto.

Fiquei mais alguns minutos na cama depois fui para o banheiro fazer minha higiene pessoal. Voltei para o quarto e troquei meu pijama do Barney por um shorts jeans azul claro e uma camiseta regata verde claro escrito “Peace” e no fundo o símbolo da paz. Coloquei um all star também verde e desci para a mesa do café.

- Bom dia mamãe, bom dia papai. – falei dando um beijo em cada um.

- Bom dia. – responderam.

Me sentei peguei um copo de suco e três panquecas as cobrindo com mel.

- Nossa filha, vai com calma. – minha mãe falou.

- Estou com fome. – falei pegando um pedaço grande de panqueca e me sujando de mel, fazendo meus pais rirem. – Desculpa. – falei limpando a boca.

- Tudo bem princesa. – meu pai falou tomando um gole de café.

- Hoje vamos na casa antiga dos Jhonson dar as boas vindas à nova família. – minha mãe falou.

- Tudo bem. – meu pai disse lhe dando um beijo na bochecha.

- Você vai com agente Selly. – minha mãe avisou. – Ouvi falar que eles tem duas filhas.

Instantaneamente me lembrei da menina de olhos castanhos.

- Claro, pode deixar que eu vou. – falei terminando meu café da manhã.

Depois do café fiquei na sala assistindo desenho deitada no sofá. Quando deu a hora do almoço minha mãe me chamou para irmos à casa dos novos moradores.

 Atravessamos a rua e andamos passando por uma casa até chegar à casa desejada. Meu pai abraçou minha mãe com um braço e tocou a campainha com a outra mão a colocando envolta dos meus ombros em seguida.

A mulher loira é mais alta pessoalmente, um pouco mais que a minha mãe.

- Olá! – disse a mulher com um sorriso grande olhando para nós.

- Oi. – minha mãe falou. – Nós somos a família Gomez. Me chamo Mandy, esse é meu marido Brian Teefy e minha filha Selena Gomez. Moramos do outro lado da rua e queríamos dar as boas vindas à nova família. – falou.

- Oh claro, entrem. Me chamo Dianna Lovato. Estava fazendo o almoço. – se desculpou. – Mas podem entrar.

- Nós trouxemos uma torta de limão e um bolo de laranja. – minha mãe falo lhe entregando a torta e o bolo. – Não sabia do que vocês gostavam então fiz os dois.

- Não tem problema. – nos deu passagem para entrarmos na sua casa. – Não liguem para a bagunça, não deu tempo de arrumar tudo, só o mais importante.

Ainda havia algumas caixas pelos cantos da sala, ma já estavam arrumados o sofá vermelho de três lugares e um outro de dois, a TV de plasma, não muito grande, e alguns porta-retratos a família espalhados pela parede.

- Esse é meu marido, Patrick Lovato. – apontou para o homem que vi saindo do carro, ele se levantou do sofá estendendo a mão para meu pai e minha mãe. – Querido esses são Mandy, Brian e Selena. – apontou para nós.

- É um prazer. – disse. – Você deve querer conhecer minhas filhas. – falou para mim.

Não respondi, estava com muita vergonha na hora.

- Tudo bem Selly. – meu pai falou passando a mão nas minhas costas. – Desculpe ela tem vergonha.

- Sem problemas. – respondeu o outro. – Vou chamá-las. – falou e subiu as escadas.

- Enquanto isso eu vou terminar o almoço. – Dianna falou.

- Oh, posso te ajudar se quiser. – minha mãe falou.

- Claro, seria uma gentileza.

Ficamos só eu e meu pai na sala sentados no sofá, muito confortável por sinal.

- Achei eles muito simpáticos. – meu pai me falou puxando assunto.

- É. – foi só o que falei.

- Ah, vamos princesa você precisa se soltar, não tem porque ficar com vergonha.

- É natural. – falei. – Não é uma coisa que controlo.

Nesse momento Patrick desce com suas duas filhas.

- Essas são minha filhas Dallas Lovato e Demetria Lovato. – falou.

Percebi a careta que a menor fez quando seu pai falou seu nome e me segurei para não rir.

- Dallas tem dez anos e Demi sete. – falou. – Quantos anos você tem Selena? – me perguntou.

Meu pai passou a mão pelo meu braço me incentivando a responder.

- Sete anos. – falei olhando para as mãos.

- Ouviu isso Demi? – perguntou animado. – Uma amiguinha para você brincar.

Demi só acenou com a cabeça.

Eles se sentaram no sofá. Meu pai e o pai de Demi ficaram conversando sobre esportes e outras coisas.

- Tenho uma camiseta autografada por todos os jogadores do time do Lakers. – Patrick comentou.

- Jura? – meu pai falou realmente surpreso.

Dallas já não estava mais na sala. Seu celular tinha tocado e ela se mandou para seu quarto.

- Se quiser eu te mostro. – falou. – Vamos está guardada.

Eles se levantaram e antes de entrarem em uma porta, Patrick se virou e falou.

- Demi leve Selena para ver seu quarto, sim?

- Tudo bem.

Demi se levantou e estendeu sua mão para mim junto com um sorriso simpático.

- Você vem? – me perguntou.

Acenei com a cabeça  e dei a minha mão à ela. Subimos a escada ainda de mãos dadas e fomos para a única porta do lado esquerdo. Tinha uma placa escrito “Demi” em vermelho.

Ela abriu a porta para eu entrar e soltou minha mão, não sei porque mais não queria que ela soltasse.

Seu quarto era simples, todas as quatro paredes eram brancas, sua cama ficava de frente para a porta, seu armário era de um marrom meio claro com quatro simples e largas gavetas, tinha também uma escrivaninha com algumas revistas de colorir, lápis de cor espalhados, mas o que me chamou a atenção foi alguns Dvds do Barney entre outros desenhos.

Ela deve ter percebido, pois comentou.

- Você gosta de Barney? – me perguntou sentada na sua cama.

- Sim.

Veio para o meu lado.

- Se quiser depois podemos assistir. – falou olhando para mim, e só assim pude olhar direito em seus olhos castanhos. São lindos.

Ela se afastou.

- Gosta de colorir? – perguntou enquanto pegava algumas revistas e lápis de cor e espalhava pela cama.

- Gosto muito. – sorri pela primeira vez ao ver seu lindo sorriso e seus dentes de cima separados, o que a deixava mais linda.

Ela bateu em sua cama me chamando para sentar ao seu lado, e eu fui.

Ficamos muito tempo colorindo e rindo das coisas que uma falava para a outra, até que bateram na porta.

- Demi e Selena, o almoço já está pronto. – Patrick falou.

- Já estamos descendo papai. – Demi falou já guardando os lápis.

Ele fechou a porta e desceu.

- Vamos comer? – falou enquanto a ajudava a guardar as revistas em uma pasta e depois colocá-la em uma gaveta na escrivaninha enquanto os lápis ficavam em cima da mesinha.

- Claro. – falei sorrindo.

Ela pegou minha mão novamente e sorriu. Descemos e fomos para a mesa onde todos já estavam, menos Dallas a irmão mais velha.

- Onde está Dallas? – perguntei quando nos mandaram ir lavar as mãos no banheiro.

- Ela deve estar trancada no quarto, sabe ela nunca quis mudar para cá e isso a deixou brava. – Demi falou enquanto molhava as mãos. – Não se preocupe, todos acham que é passageiro. – falou e logo depois espirrou a água da sua mão em meu rosto.

- Eí! – falei e ouvi sua risada. Era engraçada e linda. O que me fez rir também.

Molhei minha mão e joguei água nela também. E assim começou a guerra de água o banheiro. Nós duas só riamos uma da outra.

- Meninas? – Dianna falou ao entrar no banheiro e fez uma cara de assustada. – O que está havendo aqui? – tentou ficar séria, mas logo caiu na risada junto com agente.

Depois de alguns minutos Dianna falou:

- Vamos comer.

A seguimos até a mesa onde todos nos olhavam de uma forma estranha.

- Guerra de água. – Dianna explicou nos fazendo corar.

Me sentei do lado do meu pai e Demi ficou na minha frente. Durante o almoço todos os adultos conversavam animadamente e eu e Demi só trocávamos olhares e sorrisos.

- Quem quer sobremesa? – Dianna perguntou. – Foi a Mandy que fez. – falou quando voltou da cozinha com o bolo e a torta.

- Parece delicioso. – o pai da Demi falou.

- Não é nada de mais. – minha mãe falou envergonhada.

Depois da sobremesa todos foram para a sala conversar,menos eu e Demi que fomos para o seu quarto assistir Barney conforme foi prometido por ela.

Nos deitamos na cama e  ficamos assistindo uma do lado da outra com uma bacia de pipoca entre nós duas.

- Estou um pouco nervosa. – Demi confessou depois de alguns minutos de silêncio.

- Por que? – perguntei.

- Amanhã na escola, eu não conheço ninguém. – me falou preocupada.

- Tudo bem, eu vou estar do seu lado. – sorri.

- Jura.

- Juro. – sorri e segurei sua mão. Ela sorriu de volta.

FlashBack Off

- O que aconteceu depois? – Taylor perguntou entusiasmada.

- Nada demais. Continuamos assistindo o desenho até meu meus pais me chamaram para ir embora e Demi me fez prometer de novo que ia ficar do lado dela. – falei e olhei para o relógio. – Merda! Minha mãe vai me matar.

Eram 4h30. Nem percebi o tempo passar.

- Ah não, eu quero saber mais Selly. – Taylor resmungou.

Eu ri.

- Amanhã continuo contando...prometo.

Ela sorriu.

Voltamos para o carro e eu a levei para a casa prometendo contar mais amanhã.