Eventos Inesperados escrita por kgUnknown


Capítulo 10
1-10 – Um ladrão inesperado!


Notas iniciais do capítulo

Esses blogs... Cada vez mais eles me fazem pensar se seria algo legal... Sem contar que eles parecem dar um bom contato com os leitores que passam por lá...



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As ondas faziam o mar dançar, assim como o vento fazia com alguns dos pequenos grãos de areia. Aquele dia havia esfriado, mas não era nada comparado com a água fria que batia na terra da Rota 109. Duncan Wilbur, treinador novato e com frio, havia descido de sua embarcação e parado um pouco para admirar a praia do lugar que, mesmo com os tempos frios, ainda havia traços de turistas, diferentemente de Dewford e Petalburg.

Parando pra sentar no meio da areia mesmo para descansar, o garoto logo sentiu algo vibrando e fazendo barulho dentro de sua mochila –seu Pokegear. O tirando de sua mochila, o garoto o abriu e, em uma de suas telas, estava piscando o nome de Pietra, com dois botões piscando na outra tela: Atender e recusar.

Aquele dia vinte de dezembro estava sendo longo, e após conviver tanto com Pietra, Duncan estava incerto se atendia a ligação ou não, já sentindo que outra enxurrada de conversas iria acontecer. Sem contar que o mesmo não sabia ainda o que falar após o beijo que a mesma havia lhe dado.

–Atender... Ou não atender... Acho melhor eu deixar pra falar com ela depois e-

*THUD*

–Alô, Duncan? –Falava uma voz, bem conhecida pelo garoto pelo Pokegear.

–Pi-Pietra? –Se perguntava Duncan, caído no chão, tentando entender o que tinha acontecido.

–Ah, me desculpa! –Falava uma voz masculina, meio tremula, atrás de Duncan. –É que eu estava distraído com um Pelipper que estava fugindo e não te vi no caminho... Você viu se ele passou por aqui?

–Você já chegou em Slateport, fofinho? –Falava a garota, ao mesmo tempo, enquanto Duncan se virava pra ver o que havia tropeçado nele.

Um garoto, alto, com cabelos alaranjados, com um sorriso nervoso estava lá, estendendo a mão para Duncan se apoiar. Uma blusa azul celeste e uma calça de moletom estavam sendo usadas por ele, com uma faixa amarela cruzando o seu tronco, parecendo uma alça de mochila. Estendendo a sua única mão livre, Duncan acabou aceitando o puxão, enquanto Pietra continuava a falar.

–Eu bem que queria ter ido com você... É verdade que vocês passaram por um navio abandonado?

–Sim, ele passou, mas...

–Pra que lado ele foi? –Falou o garoto com espanto, enquanto soltava da mão de Duncan pra olhar para o céu, provavelmente à procura do tal Pelipper. Duncan simplesmente caiu novamente, deixando o seu Pokegear escorregar de suas mãos.

–Ele... Ele quem? –Perguntou Duncan, enquanto tentava se levantar sozinho.

–O Pelipper que você disse que viu passar, ora! –Falava o garoto, enquanto procurava pelo céu o tal pokemon.

–Eu disse que vi algum Pelipper? –Se perguntava Duncan, enquanto coçava a sua cabeça em duvida. –E o que tem esse tal Pelipper?

–Eu estava quase capturando ele, quando ele roubou uma das minhas pokebolas, e agora eu não sei onde ele está!

–Falando em coisas perdidas... Cadê o meu Pokegear? –Falou Duncan, enquanto procurava o objeto laranja no meio de toda aquela areia.

Após procurar por um pouco tempo, Duncan finalmente bateu os seus olhos no Pokegear, mas quando o mesmo tentou se aproximar, um grande pássaro azul e branco, com um largo bico amarelo passou voando próximo ao chão, pegando o Pokegear de Duncan com os seus pés. Batendo a sua mão na testa de raiva, Duncan logo se virou pra perguntar algo para o garoto de cabelos laranja.

–Cara, como mesmo que é um Pelipper?

–Bom, ele é tipo um grande pássaro azul e branco, com um largo bico amarelo.

–Como aquele ali? –Falou Duncan, apontando para onde o pássaro estava. Sem responder ou até mesmo falar, o garoto de cabelos laranja apenas jogou uma pokebola, de onde saiu um pokemon quadrúpede de corpo azul, com algo que parecia um capacete amarelo assim como algumas partes de seu pelo nas pernas, que pareciam faíscas. Seus olhos vermelhos logo focaram o Pelipper e, em posição de ataque, apenas esperava o comando de seu treinador.

–Vamos lá, Spark! Choque do trovão!

Ouvindo o comando de seu treinador, o pokemon azul logo soltou uma descarga elétrica em direção do Pelipper que, com muita graça para um pokemon daquele tamanho, fez uma curva em seu caminho e desviou do golpe.

–Aquela coisa não vai levar o meu Pokegear! ­–Gritou Duncan, enquanto procurava a pokebola de seu Sandile, com cuidado para não pegar a pokebola vazia que Pietra havia lhe devolvido, que nem ele sabia por que ainda carregava a mesma no bolso. Após alguns segundos, seu olhar pareceu ficar confiante e, abrindo a sua pokebola, logo tentou dar o comando para seu pokemon. –Damon! Solte outro daqueles seus Terremotos pra criar outra onda de areia naquele Pelipper1

–Dile... –Grunhiu o pokemon, sem parecer estar interessado.

–Ora, Damon... Vai me dizer que você não consegue?

–DILE? SANDILE DILE! –Gritou Damon, ficando cada vez mais avermelhado e inquieto; seu ego não o deixaria perder uma chance de mostrar seu poder e, rapidamente, deu um pulo que, quando seu corpo voltou ao chão, uma enorme onda de areia se levantou em todas as direções, derrubando Duncan, o garoto, o seu pokemon e jogando areia em um casal que estava por perto. A onda apenas fez o Pelipper subir um pouco mais a altitude, mas Duncan parecia preparado, enquanto o outro treinador estava correndo em direção de seu pokemon, que não parecia gostar de areia.

–Spark? Você está bem? –Perguntou ele, recebendo apenas um gemido de dor como resposta. O garoto o retornou a pokebola, enquanto parecia procurar outra coisa em seu bolso. –O que você tem na cabeça? Você acabou com o meu Manectric!

–E você trouxe aquele Pelipper que agora roubou o meu Pokegear! Agora use a Tempestade de areia, Damon.

Mesmo controlado pela raiva, Damon parecia ainda estar um pouco racional e, por mais estranho que fosse para ele, obedeceu o comando, criando um tornado, se aproveitando de toda a areia do lugar. Quando esse tornado atingiu o seu limite, o Pelipper já estava preso com os dois treinadores e, vendo que não tinha escapatória, decidiu revidar com um Jato de água, que atingiu Damon em cheio.

–Spark já era... Então vamos lá, Moonlight! –Falou o garoto, enquanto jogava outra pokebola para o alto. Dela, saiu outro pokemon quadrúpede com olhos vermelhos, mas dessa vez esse pokemon era preto, com anéis amarelos em suas pernas, rabo, orelhas e testa. Diferente do Manectric, esse parecia estar mais calmo, mas ainda esperando o comando do treinador. –Use o Psíquico!

O pokemon, ainda parado do jeito que estava, simplesmente fechou os seus olhos, enquanto um brilho azul radiava fracamente em volta de seu corpo. Quando o mesmo abriu os seus olhos, por um segundo eles brilharam em um tom azul e logo depois, o Pelipper teve o seu corpo envolto pela mesma luz azul por alguns segundos, que o fez perder a consciência e começar a cair.

–Agora use a Esfera das sombras! –Comandou o garoto, enquanto seu pokemon começava a se concentrar e formar uma pequena esfera de algo que parecia ser uma densa energia, escura. Logo a esfera cresceu, e quando parecia ter atingido o limite de seu tamanho, o pokemon a atirou no Pelipper, que caiu desacordado no chão. –Agora é hora da captura!

O garoto jogou uma pokebola, com uma de suas metades de cor azul, com duas linhas vermelhas, no Pelipper, que já estava sem forças pra resistir à captura, mal fez a pokebola se mexer até fazer o típico "poof". Duncan, percebendo que o Pelipper havia deixado o seu Pokegear caído no chão, o pegou e retornou Damon para a sua pokebola, enquanto o tornado se dissipava.

–Bela captura, cara.

–Obrigado, por isso e por prender o Pelipper para mim.

–Ah, isso não foi nada, cara. Eu só queria a minha Pokegear de volta, mas fico feliz por ter te ajudado.

–E esse seu pokemon parece ser incrível! O que você acha de trocar ele pelo meu Camerupt?

–Não... Acho que eu prefiro continuar com o meu Sandile. E você depois ia se arrepender da troca...

–Bom, então está certo... Se bem que ele parece ser legal. Eu nunca tinha visto um... Sandile? Mas agora eu acho que eu tenho que ir... O sol está quase indo embora, e eu tenho que aproveitar a noite de Slateport!

–Está falando da feira da cidade?

–Do que mais eu podia estar falando? Sem contar que hoje a noite vai ter a final de um daqueles concursos, e parece que os coordenadores são bons.

–Interessante...

–Você vai passar a noite aqui? Então o que você acha de sair por ai comigo?

–Um convite? O que eu vim fazer por aqui ia ser amanhã mesmo, então eu acho que eu aceito!

–Então está certo! Na entrada do Centro lá pras seis horas, certo... Erm...

–Duncan.

–OK, Duncan. E a propósito, eu sou Hunter, muito prazer.

E assim, o garoto, Hunter, saiu correndo em direção da cidade, enquanto Duncan parou pra ver se seu Pokegear ainda estava funcionando, quando percebeu que alguns sons ainda saiam do objeto.

–E então foi isso que o meu tio disse que achou naquele navio. Você não achou assustador?

–Pietra? Erm... Claro!

–Bom, a conversa foi legal, fofinho! Depois eu te ligo pra gente continuar, certo?

–Erm... Certo. Eu acho...

–Um beijo!

E com a ideia de outro beijo, Duncan se jogou na areia novamente. Com certeza toda essa areia não ia ser muito legal para se tirar depois, mas mesmo assim, o garoto apenas pensava. Aquele beijo havia sido roubado, inesperado, mas mais importante, seu primeiro. O que era aquilo que ele sentia no fundo de seu coração disparado?


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Notas finais do capítulo

Ótimo... Duvidas se algum dia eu faço um blog para a minha Fic, assim como outras trocentas... O que eu posso fazer? Um review me dá vontade de falar, mas as vezes eu sinto como se precisasse de mais cordinha, porque eu tipo, adoro ficar conversando sobre essas coisas... E a interatividade abriria outras trocentas portas... Duvida cruel...



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