Por Favor, Não Vá escrita por GiuuhChan


Capítulo 1
Não vá, por favor, não vá OneShot


Notas iniciais do capítulo

Eer... ta aí, segunda fic, vou ver se arrumo inspiração pra fazer uma long shot da proxima... maas não garanto muito hehe...



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[Sieghart narra*]
O dia já estava amanhecendo, os primeiros raios de sol já adentravam em meu quarto por uma janela deste, na qual eu estava debruçado, já que não conseguira dormir durante a noite, o dia hoje, mesmo que só eu saiba, mesmo que só para mim, seria uma despedida... Sim, uma despedida, pois estarei saindo da Grand Chase.
Olhei para o horizonte, onde o sol surgia sem empecilhos, e as árvores na estrada de terra após o portão da base estavam balançando no silêncio calmo do amanhecer, davam uma sensação de calma imensa, senti a brisa em meu rosto e esta bagunçava levemente meus cabelos negros, se é que o termo certo é “bagunçar”, de acordo ao que já é o normal destes.
Viajei em pensamentos, realmente espero que estas crianças não me entendam mal, eu adoro este lugar, eu me apeguei muito à eles, e é isso me preocupa... Depois de tantos anos eu finalmente me senti como parte de algo, de verdade. Isso seria muito bom, aliás, é muito bom para qualquer um... Mas, não estou me vangloriando, na verdade, isso é horrível ao meus olhos, enfim, eu não sou qualquer um.
A imortalidade pode ser uma bênção, mas com o tempo pude ver também o fardo que esta podia ser, em tantos aspectos. Todas as pessoas à quem me apeguei, à quem amei, todas se foram, e assim vai continuar por... pela eternidade, e, no meu caso, a eternidade é realmente muito longa.
Neste momento, era bastante cedo, o sol acabara de mostrar-se quase completo, mas, algo que não era comum, vi uma certa ruiva que acordara cedo [WTF O.o] e estava já treinando com seus sabres nos inocentes bonecos. Não pude deixar de sorrir .
Esse é o mal da condição de imortal, quanto mais você se apega à alguém, mais se magoa, pois sabe que perderá esse alguém, mais cedo ou mais tarde, e é por isso que resolvi partir, não aguentaria ver essas crianças morrerem, nenhum deles, especialmente...ela. Olhava ainda a imagem da ruiva, tão pequena e tão habilidosa, e muito forte também. Com este pensamento passei a mão sobre meu rosto lembrando-me da dor de um soco dessa ruivinha esquentada, mesmo recebendo as ‘consequências’ eu sempre adorei pirraçá-la, o que começou com esse apelido que coloquei nela, era assim: Um ruivinha => Uma Elesis vermelha de raiva => Um eu dolorido, mas esta sempre foi minha diversão, nossas brigas.
Em algumas delas, eu passava dos limites com as provocações, não ouvia à mim mesmo de que estava indo longe demais, e muitas dessas vezes, eu mencionava algo quanto à seu pai, o ponto fraco de Elesis, essas brigas possibilitaram-me ver um lado que desconhecia de Elesis, mas não aguentava vê-la chorar, me culpava por fazê-la triste com minhas palavras, me desesperava ao ver lágrimas caírem de seus olhos, e logo tentava acalmé-la, tentava me desculpar... Me desculpar, eu, Sieghart, uma ‘lenda’, é incrível o que essa ruiva faz comigo, eu NUNCA, em circunstância alguma ‘me rebaixava’ à esse ponto, em 600 anos, “Me desculpe” eram palavras que eu eliminara do meu vocabulário.
O que cada vez mais me prova de que essa garota tem poder demais sobre mim... Algo que nunca senti por ninguém, sinto por ela... Ela me faz sentir um pouco menos ‘imortal’ e um pouco mais... Humano. Talvez por ser a única pessoa que me trata diferente... Ela não vê em mim o “Sieghart , a lenda, o imortal” ela me vê mais como”Sieghart, idiota, fóssil, e outros xingamentos “ com esse pensamento, ri sozinho de mim mesmo, mas logo substituí esse sorriso por uma tristeza, eu não podia desperdiçar a vida dessa garota, não podia pedir que ficasse comigo, era pedir demais, ela iria crescer e amadurecer, e eu continuaria... do mesmo jeito. Ela pode seguir a vida dela, pode encontrar alguém que ame e que possa fazê-la feliz, alguém com quem possa passar o... o resto de sua vida.
Com esse pensamento saí do quarto, minhas coisas já estavam arrumadas, deixei papel e caneta já prontos para na hora que eu fosse, pudesse deixar um aviso para todos... para ela.
Assim, o dia foi normal, provocações com a ruivinha, Lire e arme brigavam por causa da comida, que a roxinha teimava em querer fazer, mesmo sendo PÉSSIMA em culinária, acho que pelo costume de fazer poções com, como a Amy diz, “aquelas coisinhas nojentas”, e Lire era ótima na cozinha e adorava tal, Ryan, como sempre, estava babando por ela, e Ronan tentando consolar a roxinha, Ai,ai. Jin e Amy estavam naquela agarração de sempre, já faz um tempo que estão juntos. Dio e Rey treinavam, ela simplesmente humilhava o asmodiano, e eu debochava dele hahaha! Mari no computador ou na biblioteca, como sempre, e Lass sumindo e aparecendo de repente, eles são estranhos, mas eu adoro eles também... Zero treinava e falava com sua espada [louco O.o] e Lupus estava em uma missão.
Chegou a noite, a lua já alcançava o céu, assistimos um filme qualquer que eu, pra variar, não prestei atenção, pensava agora no que evitei o dia inteiro, minha partida.
– Sieghart? O que há com você hoje? Está tão... longe. – disse a ruiva que estava do meu lado.
– Ahn? Ah... Não é nada não Elesis – Disse, olhando pra baixo.
– Elesis? Ah, não vem com essa não, você só me chama de Elesis quando tem alguma coisa errada!
– Huum, parece que a ruivinha gosta do apelido de ruivinha, né ruivinha? Interessante! – eu disse, desviando do assunto. Me parece que ela caiu, pois corou dos pés à cabeça.
– N-não foi i-isso que e-eu quis dizer e... Aff, esquece fóssil idiota – Sorri com a fala dela, lembrando-me de meu pensamento da manhã.
Passou um tempo e todos foram dormir, havia chegado a hora de partir. Escrevi um bilhete e fui pelo corredor, não sem antes passar no quarto da ruivinha e deixar o bilhete em cima do criado mudo, olhei-a dormindo, e por fim, disse:
–Não se esqueça,ruivinha, que eu à amo, e não importa onde eu esteja, sempre amarei. – e fui sem pressa, à essa hora não havia ninguém acordado mesmo, fui me despedindo de cada canto daquele lugar.
[Elesis narra*]
Não conseguia pregar os olhos, eu estava com um mal pressentimento, eu estava preocupada, e pra piorar percebi que Sieg desviou do assunto, que concerteza era algo, mas que este dissera que não era ‘nada’. Nesta hora, ouvi passos pelo corredor, e preferi fingir estar dormindo, quando olho discretamente, vejo o moreno deixando algo em meu criado mudo.
–Não se esqueça,ruivinha, que eu à amo, e não importa onde eu esteja, sempre amarei. – Nessa hora eu continuei a fingir, mas meu coração palpitava, fazia tempo que eu nutria uma paixão secreta pelo imortal e agora ele dizia que... que me amava e... ESPERA Aê! ‘onde quer que ele esteja?’ como assim? Lembrei-me que deixou algo sobre meu criado mudo, e como não ouvia mais nada, abri os olhos e vi um papel em cima deste, puxei-o aflita e comecei a ler.
[Bilhete on*]
Eei Ruivinha,
Não sei bem como dizer isso, mas, bem, quando estiver lendo isso é bem provável que eu já esteja bem longe do QG, por favor me desculpe, mas não posso mais ficar aí, tive que partir, não posso me apegar muito às pessoas, e você sabe porque, e já estava me apegando muito à todos aí, principalmente à você, foi uma escolha seguir meu caminho, para tentar permitir que você seguisse o seu, não posso atrapalhar sua vida ruivinha, mande abraços à todos aí, e me desculpe por tudo isso...
Ass: Sieghart
[Bilhete off*]
Olhei o pedaço de papel, incrédula, lágrimas rolavam por meu rosto, incessáveis, não posso acreditar que ele... que ele partiu, que me deixou!
Queria falar com ele agora, dizer que o que está passando na mente dele é... é... não sei o que é, burrice? Não, está sendo lógico, lógico demais... Lembrei-me de que ele só contava com que eu visse o bilhete de manhã então quem sabe... se eu... Parei de pensar, saí correndo em disparada, procurando-o.
Cheguei lá fora, vi o moreno que acabara de sair, lágrimas desceram mais sobre meu rosto.
–SIEGHART! – gritei-o, o mesmo olhou para trás, surpreso
–E-elesis...o que... – cortei-o
–Por que sieg? Por favor não vá! – ele me olhou com aquelas orbes prateadas, fechou os olhos, uma lágrima escorreu por sua face.
– Não posso ficar Elesis– Olhei-o, com os olhos arregalados, meu pensamento voou.
“–Não posso ficar, Elesis – Disse meu pai afagando meus cabelos ruivos, na época muito curtos, virando-se e indo, e me deixando.
–Papai! “
–Não Sieg, por favor, não, não posso deixar isso acontecer denovo! – Corri e o abracei.
–E-elesis, eu não posso ficar, não posso desperdiçar seu tempo, sua vida, preciso ir para deixá-la ser feliz – olhei para ele.
– DEIXA DE SER IDIOTA SIEGHART, DE SER TÃO LÓGICO, VOCÊ NÃO PERCEBE???? – gritei, chorava mais agora – v-você não percebe que as coisas que você disse por si só se contradizem?
– Ahn? – olhei novamente em seus olhos.
– Você não percebe? Como você pode ir pra me deixar ser feliz? Não vê que eu só sou feliz por ter você aqui? –ele agora me olhava, surpreso.
–E-elesis... – disse, quase que num impulso, falei:
–Por favor Sieg, fique, fique pela Grand Chase, fique por nós, fique... por mim, e-eu – fui impedida de falar, Sieghart pressionava sua boca contra a minha, quase que desesperadamente, de inicio fiquei surpresa, mas segundos depois comecei a corresponder o beijo, um beijo intenso, por fim paramos pela falta de ar.
– Você tem certeza? Certeza de que é isso que você quer, ruivinha? – ele disse, eu sorri, e respondi.
– Certeza como nunca tive antes...Como posso permitir que a pessoa que eu amo se vá se eu posso impedir? – disse.
– Então me prometa que não vai se arrepender – ele agora sorria também.
– Prometo – Ele então levantou meu rosto e inicio um novo beijo, este mais calmo, presenciado apenas pela noite, pela lua, pelas árvores, pelas estrelas... E pelo resto da grand chase que já tinha acordado e estava espionando os dois, com uma cara que mistura ‘ WTF’ e ‘aaawn’ .
FIM..!


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Notas finais do capítulo

Entoo...
Ficou boa? Review
Ficou ruim? Review
Mereço que joguem tomates em mim? review
*--*