Capitulo 5.
Vivien testava uma nova receita com Moira em sua cozinha, quando Violet adentrou pela porta dos fundos.

- Oi mãe.  - Violet não olhou em seu rosto e já ia subindo apressadamente os degraus da escada.

- Ei, pode parar por aí mocinha. - Vivien  a chamou, e Violet parou no 2° degrau voltando derrotada até a cozinha. Vivien colocou a mão em seu queixo e ergueu seu rosto para que pudesse olhar em seus olhos. Viu um corte em sua testa.

- O que foi isso no seu rosto Vi? - Perguntava de uma forma carinhosa e atenciosa com sua filha. Algo tinha acontecido, e ela estava curiosa para saber.

- Caí e me machuquei. - Violet falou a primeira desculpa que veio em sua mente. E obviamente falhou em sua mentira.

- Quantos foram? - Perguntou se referindo a briga.

- 3 garotas no colégio. - Confessou.

Vivien pegou sua caixinha de primeiro socorros em cima da geladeira e a posicionou em cima da bancada.

- Vem cá, senta aqui. - Puxou a cadeira para a filha se sentar. Violet se sentou e fechou os olhos esperando sua mãe começar a cuidar de seu ferimento na testa. Sentiu uma leve ardência com o contato do álcool em seu machucado.

- Vi, você tem que tomar mais cuidado no colégio, você deveria fazer amigos, e não sair brigando por lá. - Repreendeu a filha.

- Eu sei mãe, mas o que posso fazer se as pessoas de lá são tão más e me irritam fazendo bullying comigo? - Bufou derrotada, odiava se sentir fraca e impotente, pois ela sempre foi forte desde criança. Sempre diferente de suas outras amiguinhas no colégio.

- Eu sei meu amor, você sempre foi diferente de todos da sua idade, sempre mais madura, minha garotinha tão forte.  - Sorriu fazendo um carinho em seu rosto. – Se lembra de quando você me ligou para te buscar em uma festa do pijama, por que suas amiguinhas queriam dormir com a luz acesa? - Riu com a lembrança. – Se você quiser nós podemos achar outra escola pra você. Aqui existem ótimas escolas particulares...

- Não mãe. - Violet a cortou. – Eu prefiro ficar lá. Não quero fugir de ninguém. - “Não quero ficar longe de Tate” era o que queria dizer, mas se conteve. Abaixou o olhar.

- Bem, eu vou subir agora. Me chame quando for a hora do jantar ok? - Beijou a testa de sua mãe e correu subindo as escadas.

[...]

 Depois de mais um jantar com sua família “perfeita”, Tate não conseguiu pegar no sono e resolveu sair pra espairecer um pouco.  Mas tinha uma coisa que não saía de seus pensamentos, Violet é claro. Aquela garota tinha alguma coisa -que Tate não sabia ao certo o que era- que o puxava para perto dela sempre.  Mesmo sem querer, lá estava a lembrança dela, sempre tão viva em seu subconsciente. As vezes ele pensava que sua mãe tinha razão, ele estava realmente louco. Riu sem vontade. 
Tate dava passos lentos e cuidadosos para não ser ouvido pelos pais de Violet. Caminhou até a janela da menina, e viu que a luz do cômodo ainda não estava totalmente apagada. Ela devia estar lendo algum livro, ou ouvindo música, talvez.

 Tate passou os olhos pelo gramado e achou algumas pedrinhas no chão. Pegou algumas e arremessou na janela de Violet. De primeira olhou em volta para ver se havia algum sinal de Ben ou Vivien, nada. Suspirou aliviado. Levantou seu olhar para a janela e lá estava ela, - Violet- no batente encarando Tate com uma ruga na testa. Ela não fazia idéia do por que o menino estava ali, tacando pedras na sua janela tarde da noite.

Mas o que quer ele queria com ela aquela hora, Violet gostou de vê-lo.

- Tate? O que você quer? – tentou falar sem gritar muito alto.

Tate não disse nada, apenas fez um gesto com a mão pedindo para ela descer. Violet assentiu e logo depois fechou a janela.

[...]

Tate se sentou no meio fio da calçada, -do outro lado da rua- e logo avistou Violet vestida com seu moletom roxo e chinelos da mesma cor, vindo em sua direção, linda como sempre. Esperou ela se sentar ao seu lado.

- E então, posso saber o motivo de você querer conversar comigo a essa hora da noite? Você é um vampiro por acaso? – O olhou com receio.

Tate gargalhou.

- Eu acho que você anda lendo Twilight demais. –riu fazendo que não com a cabeça.

Logo seu ar brincalhou sumiu e Tate fitou Violet com uma expressão mais séria.

- Violet, me diz uma coisa, você gostaria de dar um jeito naquela menina?- Propôs.

- É claro, isso é tudo que eu mais quero.

- Pois bem, eu tenho um jeito de fazê-la parar de te pertubar. – Violet o encarou entendendo o que ele queria dizer.

- Como? Por acaso você planeja mata-la? – o encarou chocada.

Tate riu.

- Não, não é nada disso. Digamos que nós só vamos... Assusta-la. – sorriu.

Violet sorriu em compreensão.

- Tá, mas... Como vamos fazer pra assustar ela?

Tate sorriu.

-É aí que eu entro.  
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