Harry Potter E A Revolta Dos Lâncatropos escrita por jujuba


Capítulo 1
Raiva.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo, espero que gostem!
Lembrando que este é o quinto livro da saga, então terá muitas partes do livro, como o inicio por exemplo, ok?
Beijos e comentem!



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Eu não acreditava que eles não se comunicaram comigo por um verão inteiro... Bom, na verdade o verão ainda não tinha acabado e eles me escreverem uma carta... Mas aquilo nem poderia ser considerado uma carta! Apenas as palavras de Hermione: “Estou com Ron e estamos bem.”, não poderia ser considerado uma carta. Lavei minhas mãos também, não respondi e muito menos perguntei aonde diabos eles estavam, já que a carta não possuía remetente.

A raiva me dominou. Eles estavam juntos e eu aqui sozinho com os idiotas dos Dursley. Talvez eu devesse estar sendo muito cruel com meus tios, se é que eles podem ser considerados assim, mas tudo o que eles fizeram para mim estava entalado em minha garganta e eu tinha certeza que se Duda ou tio Válter viessem me encher o saco... ah, ia feder!

Fiquei não sei quantos dias trancado nessa porcaria de quarto. Andar pela rua dos Alfineiros nem tinha mais graça, além do mais eu não iria virar guia turístico daqui. Porem era o que me restava a fazer. Nada no Profeta Diário dizia sobre a volta de Voldemort, apenas mentiras sobre eu e Dumbledore, mas essas eu procurava ignorar.

Eu ficava escondido lá fora, no jardim de tia Petúnia, só para ouvir o noticiário dos trouxas, afim de ver se tinha alguma pista que Voldemort tinha aparecido ou cometido algum crime, porém eu pouco encontrei. Detestava isso, ficar aqui na rua dos Alfineiros. Nem mesmo Sirius tinha escrito para mim, e isso me deixava louco de preocupação, será que ele tinha sido pego? Eu duvidava muito, Sirius era esperto, porem eu não me deixava de me preocupar.

Com um suspiro frustrado eu resolvi andar, novamente, pelos parques que tinha na rua dos Alfineiros, não eram aqueles parques super lotados com vários brinquedos, eram apenas dois ou três brinquedos, porem isso fazia a felicidade das crianças.

Duda deveria estar mexendo ou batendo em alguém por ai, é claro que ele é covarde demais e por isso só batia em gente menor que ele, ou se não ficava com seu grupo de grandalhões que não sabiam nem a tabuada do um.

Andei por um bom tempo, procurando esfriar a cabeça e parar de sentir tanta raiva, isso não faria bem para mim, eu veria meus amigos no Expresso para Hogwarts e era isso o que importava.

Sentei-me na grama úmida, o tempo aqui estava muito seco e quente, isso fazia muita das vegetações por aqui secarem e ficarem com uma aparência feia.

Ao longe ouvi risadas altas e grossas, algumas pareciam até que a pessoa estava se engasgando, nisso eu notei que Duda e sua turma estavam vindo à minha direção, só por suas feições felizes eu sabia que eles tinham batido em alguém pela rua.

- Ora, ora – Duda disse parando e me olhando maldosamente. Era o que eu precisava, descontaria minha raiva em Duda e nem ligaria se ele se machucasse ou eu me machucasse. Levantei-me e o encarei de volta. – O que anda fazendo tão sozinho, Harry?

- Batendo em garotos menor que voce, Duda? Um tanto covarde, não é mesmo? – sorrio de canto.

- O garoto mereceu – deu de ombros – Além do mais, tem gente que nasceu para apanhar.

Ergui uma sobrancelha – Como se voce soubesse muito disso não é, Dudoca? – ri com o apelido que sua mãe vivia lhe chamando.

- Nossa, está rindo? – Duda abriu um sorriso cheio de dentes – Ontem mesmo, de noite, voce estava se revirando na cama, chamando por um tal de Cedrico... quem era ele? Seu namorado, Potter?

Essa foi minha deixa, eu não esperava que Duda dissesse isso, então por impulso eu retirei a varinha e a empunhei, apontando diretamente para Duda.

- Retira o que disse – falei entre dentes, Duda estava com a maior cara de medo, porem seus amigos riam ruidosamente, eu nem me importei com eles, eles não sabiam o que era aquilo... mas Duda sabia e estava tremendo de medo.

O tempo começou a fechar e alguns trovões ressoaram ao longe, assim como a temperatura caiu drasticamente. Não tinha sido eu que fiz aquilo, por mais nervoso que eu estava, eu ainda estava controlado.

- O que foi que voce fez? – Duda sussurrou urgente para mim, que abaixei a varinha.

- Eu não fiz nada – olhei para o céu, a tempestade parecia que ia piorar.

Os amigos de Duda saíram correndo para suas casas, antes que a tempestade realmente caísse. Duda e eu nos entreolhamos e saímos correndo em direção a casa dele. O pior é que eu tinha que chegar antes de Duda, se eu chegasse depois, mesmo que logo atrás dele, os Dursley acabariam me trancando no quarto pelo resto do verão.

Corri o máximo que eu pude, porem  alguma coisa estava errada, a temperatura tinha caído muito e tudo estava muito quieto, tirando as respirações rápidas minha e de Duda. Era como se tivesse anoitecido antes da hora. Paramos para respirar, para então voltar a correr de forma louca, ate que eu senti um frio passar atrás de mim, parei e parei Duda, segurando em seu braço gordo e grosso.

- O que foi? – perguntou assustado.

- Tem alguma coisa aqui – sussurrei e empunhei novamente a varinha – E ela não é nada boa.

- Tudo sua culpa, se voce não tivesse me apontado essa coisa todo nervosinho isso não estaria acontecendo.

- Duda, cale a boca. – sibilei. – Lumus. – uma pequena luz iluminou parte da escuridão. Foi ai que eu a vi, vindo rapidamente na direção de Duda e o lançando para longe. Era um dementador.

Antes que eu recitasse o feitiço fui erguido pelo pescoço pelas mãos frias do Dementador. Com um golpe da varinha eu consegui me soltar e cai arquejando pela falta de ar.

- Expectro Patrono! – gritei em bom e alto som, a luz saiu forte e determinada em acabar com eles. Porem não parecia ter sido o suficiente para dois, novamente tudo escureceu.

Antes que eu fizesse novamente o feitiço um uivo soou alto lá fora e de repente eu escuto rosnados no inicio do túnel, olhei para lá. O que Sirius estava fazendo por aqui?! Iam encontra-lo!

Eu queria gritar para que ele fosse embora, mas quando olhei nos olhos do animal, sabia que não era Sirius. Era olhos afiados como de tigres, negros como a noite e era os olhos mais maldosos que eu já vi em toda a minha vida, provocando um tremor por todo o meu corpo. O dementador pareceu sentir o mesmo, e aos poucos o ar foi se tornando como antes. Por mais assustador que o que quer que seja que havia espantado os Dementadores, tinha um magnetismo, uma beleza que eu não consegui parar de olhar.

- Sr. Potter? – uma voz soou atrás de mim, longe, provavelmente no final do túnel, onde Duda se encontrava caído no chão. Fui esconder a varinha – Não, não Sr. Potter, não a guarde, vai que eles voltam – Sra. Figg disse com sua vozinha fraca de sempre.

Voltei meu olhar para o inicio do túnel, mas não havia mais nada por lá.

- Temos que sair daqui, Sr. Potter! Ajude-me com Duda! – ela dizia apressada. Movi-me o mais rápido que pude, tentei levantar Duda com a ajuda de Sra. Figg, mas ele era muito pesado, por isso caminhamos mais lentos do que uma lesma.

Já vi que a caminhada seria longa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Logo mais o animal será revelado, ok? Beijos e comentem!