A Vilã Morre No Final . escrita por Liz03


Capítulo 32
32) Funcionários demitidos por justa causa


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse é o penúltimo capítulo, ainda não sei com certeza.
ps: Quem quiser ler com trilha sonora acho que combina Titanium que toca toda hora agora :D



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Espero algum tempo passar antes de agir, talvez tenha sido algo perto de 2 minutos, então começo a tentar sair dali. Ponho a mão sobre a perna de Tomás e ele não para de falar com Tolói nem por um segundo. Então me aproximo dele no sofá, mas o placar da rodada deve ser mais interessante porque nem assim a discussão cessa. Então coloco minha boca em seu ouvido e sussurro: “Quero ir embora...estou cansada...vamos?”. Ele repousa o olhar sobre mim para confirmar. Faço que sim com a cabeça.

– Vamos só esperar a Alex voltar do banheiro. Será que ela passou mal?

– Não, ela foi embora também , saiu com um cara que encontrou aqui – digo apertando um pouco a perna dela para que se apresse

– Com um cara? – ele se vira para olhar a porta do banheiro – Mas ela tem noivo!

– Ah! – sento na beirada do sofá – Não diga que você descobriu agora que ela é uma piranha?!

– Não fala assim Emi – diz com cara de aborrecido – Pode ser um amigo dela e....

– Amigo....ah vá....

–....além do mais foi ela que nos trouxe, nós deveríamos no mínimo esperar....

– ....doido pra falar com a vaca.... quer saber? Eu vou embora sozinha, fica aí esperando sua amiguinha – me levanto para dar uma carga dramática a coisa e agilizar o processo

Como previsto, ele se levante e segura meu braço para que eu espere.

–Não faz assim, por favor – vira e olha da porta do banheiro para mim – A Alex que ia arranjar o hotel pra gente...

– Vem pro hotel que eu estou

– E o Tolói? Eu não vou sem ele

– Vem junto, eu arranjo um quarto pra ele sem problemas

– É ?

Aceno que sim, ele explica o caso ao amigo que reluta, mas acaba aceitando vir conosco. Descemos as escadas, e seguimos para o estacionamento, imediatamente aqueles dois começam a nos seguir. O estacionamento estava vazio. Tomás segura minha mão e ainda conversa com o amigo que está ao seu lado,olho para os retrovisores dos carros estacionados e percebo que Paulo e César se aproximam aos poucos. O carro está um pouco distante. Apresso o passo, viro a direita para tentar aumentar a distância, abro a bolsa e mantenho a mão no gatilho. Olho para o vulto atrás de nós pelo reflexo de uma caminhonete vermelho ferrugem, apenas um deles nos seguia agora, e isso é péssimo, porque se apenas um deles está atrás de nós significa que o outro pode estar em qualquer lugar. O carro está próximo então acelero o passo. Viro a esquerda e logo chegamos. Abro o carro, mas quando estou prestes de abrir a porta sinto uma mão no ombro. Viro e vejo 1,95 , largura de um guarda-roupa, mesmo no escuro consegui perceber uma cicatriz profunda que ia da bochecha até o queixo. Paulo.

Sorry? – digo recuando para que a mão saía do meu ombro, e usando o inglês para fingir que não o conhecia

– Paulo? – Tomás que já estava do lado do carona dá a volta no carro, Tolói faz o mesmo, e cumprimenta o ex-colega

O grandalhão os cumprimenta com um aceno discreto de cabeça e crava os olhos em mim, o encaro também. Espero algum sinal de que atitudes ele vai tomar para que eu possa então agir. Paulo fica parado por um bom tempo antes de falar com uma voz muito grave, como se um ogro que passou a vida numa caverna resolvesse balbuciar as primeiras palavras de sua existência:

– Preciso falar com você

– Comigo ? – digo fazendo meu melhor tom de surpresa – Sobre o que?

O guarda-roupa humano rosna internamente antes de voltar a falar.

– Em particular – segura meu braço e tenta me puxar, mas reluto em ir e faço força para me soltar

– Ei, calma aí – Tomás segura o braço de Paulo, seria uma ótima colaboração se ele ficasse quieto e mudo, mas parece que isso é pedir demais – Ela está cansada, amanhã vocês conversam, agora vai soltando o braço dela, ok?

– Solta o braço da moça –diz Tolói se aproximando

Tudo já estava bem complicado sem eles atrapalharem, mas com esse esforço coletivo para que as coisas piorassem o azar não ia se poupar. Paulo desvia o olhar para a mão de Tomás em seu braço, e embora meu plano não tenha alcançado essa parte dos acontecimentos reconheço a oportunidade, pego a pistola Glock e acerto um tiro na altura da nuca com o objetivo de acertar principalmente o cerebelo. O corpo cai e o peso faz um estrondo no chão. Daris e Tolói estão com olhos arregalados para o ex-colega caído.

–Entrem no carro- digo firmemente torcendo para que me obedeçam porque muito provavelmente o segundo grandalhão está a caminho com a mira na cabeça de alguém

– O que você fez? – Tomás olha para mim com um semblante de pavor, abaixa-se, vira o corpo e tenta fazer uma respiração boca a boca

– Tomás, ele está morto, pare com isso e entre no carro!- digo tentando levantá-lo, mas ele continua fazendo massagens cardíacas e respiração boca a boca, Tolói se aproxima e passa a ajudar na tentativa de reanimar Paulo – Escutem se vocês não entrarem no carro eu vou ser obrigada a atirar em vocês – aponto a arma para Tomás, é claro que eu não atiraria neles, mas esperava que eles não soubessem disso.

Nenhum dos dois se mexe, Daris diz apenas: “Então atire! Vamos! Vamos!” . E bate com força as mãos no peito. Nem tenho tempo de responder quando o som estridente de um disparo chega até nós, uma sequência de disparos vem logo em seguida. Me abaixo e percebo que César se aproxima atirando com um fuzil 762, obviamente, muito mais perigoso que a minha humilde pistola. Atiro obrigando-o a se abaixar, usando um carro como escudo.

Silêncio.

Um gemido de dor rompe a quietude, olho para o lado, Tolói está deitado no chão e uma poça de sangue se encontra em volta. Tomás está com as mãos na cabeça encolhido perto do corpo de Paulo, não parece está ferido, vou rastejando até Tolói para ver onde ele foi atingido, e constato que ele está com um senhor rombo no ombro, mas pelo menos não foi na cabeça.

Ah para o meio do inferno também eu mandei entrar no carro, porca miseria , eu não sou guarda-costas! Inferno!

Encosto na lateral do carro e olho por debaixo, vejo pés se aproximando e atiro em um deles. Um grito soa pelo estacionamento , levanto e vejo César abaixado para ver o estrago do tiro no pé, estou prestes a acertar o meio da testa mas ele desvia e tudo que consigo é atingir a coxa. Volta a me abaixar, vejo que a poça de sangue ao lado de Tolói está maior, não vai dar para esperar.

– Eu vou abrir a porta do carro , você entra e eu lhe levo para o hospital, entendeu? – sussurro em seu ouvido, sem alternativa melhor ele é obrigado a concordar, abro a porta traseira e o vejo rastejar com uma feição de dor, Tomás olha ainda abaixado e vem até ele, mas antes que ele chegue vejo o vulto ganhar forma logo atrás, atiro e ouço, pela segunda vez na noite, um estrondo ecoar ao corpo cair no chão.

Daris olha para trás e vê o segundo corpo no chão, olha para mim com um semblante que não consigo determinar se é ódio, pavor ou rejeição, então corre até o amigo que ainda está tentando entrar no carro. Seguro-o pelo braço.

– Ele já perdeu muito sangue, vá para o banco do carona que eu o coloco para dentro

Tomás olha desconfiado, mas acaba por , dessa vez, obedecer. Dou um empurrãozinho e Tolói se acomoda torto no banco de trás, entro no carro e acelero.

Os carros que eu vou cortando pelo caminho formam uma sinfonia de buzinas e xingamentos. O hospital da cidade não está longe, viro a esquerda e os pneus fazem um barulho estridente, como matei os dois caras que estavam atrás da gente isto significa que tenho certo tempo de vantagem, o suficiente para deixar Tolói no hospital e seguir em frente. Estaciono na porta da emergência. Eu e Tomás descemos do carro e ajudamos Tolói a sair deixando uma poça de sangue no banco de trás, Tomás passa o braço do amigo pelo pescoço enquanto vou chamar as enfermeiras. Elas chegam com uma maca e rapidamente Tolói é encaminhado para outro setor.

– Tomás, temos que sair daqui, ele vai ficar bem, vamos

– O que?! – ele me olha incrédulo – Você atirou em dois homens, dirigiu até aqui como uma louca e meu amigo foi baleado, o que faz você achar que eu vou pra qualquer lugar com você?

Me aproximo e o seguro pela gola da camisa suja com o sangue do amigo, ele põe as mãos sobre as minhas e tenta tirá-las de lá mas em vez de soltá-lo eu me aproximo, chego perto de seu ouvido e digo para que somente ele possa ouvir.

– Mais deles vão vir atrás de mim e de você – digo com a voz firme – Você tem duas opções Tomás, fica e põe em risco a vida de todas as pessoas que estão aqui ou vem comigo e arrisca a sua vida e a minha – faço uma pausa, respiro e continuo – Mas decida rápido porque não dou 10 minutos para descobrirem onde estamos

– Por que? – diz com a voz um tanto alta despertando a atenção de muitos que estavam na urgência do hospital , olha para os lados e volta a falar com a voz mais baixa – O que eu fiz para virem atrás de mim?

– Nada

– Então! Por que? – diz entre dentes, coça a cabeça como faz quando está nervoso ou pensativo, ou nervoso e pensativo ao mesmo tempo como é caso, respira fundo, e me encara com o semblante sério – E você, o que fez?

– Eu conto no caminho – faço uma pausa, olho para os lados as pessoas ainda nos encaram desconfiadas – Isso se você vier comigo, mas saiba que vai ser uma escolha e não tem volta.

*****************************************************************************

Mal entro no carro e ela acelera a toda prova, resolvi vir para entender o que estava, enfim acontecendo, depois volto para dar assistência a Tolói.

– Pode começar a falar, já estou ouvindo – digo já que ela está muda dirigindo como uma maluca como se fosse a dona da rua

– Pergunte e eu respondo, assim não perdemos tempo com futilidades e você fica sabendo o que quiser

Olho para frente, algo me diz que isso não é nada bom, pela janela passam as luzes apenas como manchas. Algumas gotas de chuva tentam se unir para atacar o vidro do carro, pobrezinhas, são apenas gotas. Uma gotinha aqui.....outra ali....apenas gotas....

Apenas gotas.

É de apenas gotas que é feito o oceano....

Só uma coisa que veio na minha mente, que besteira! Vamos às perguntas.



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Notas finais do capítulo

Então , como está? Teremos um desafio! Sim, um joguinho para vocês se motivarem a escrever (roubei a ideia da fic da minha irmã - Quase sem querer). Vai funcionar assim:
Vocês responderão a duas perguntas:
1) O que acha que vai acontecer no fim da fic?
2) Se seu nome fosse a união do nome do seu pai com o da sua mãe como ficaria? (ex: No meu caso, meu pai Maurício, minha mãe Margarida, eu seria Maurida ou Margarício se fosse um menino auhsauhs, err...to bem contente com Liz msm asuauhs)
Bjos e comentem o//