One-shot Doce Natal escrita por FefePassoca


Capítulo 1
One-Shot Parte 1




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Capitulo Único

POV Edward

               

Doce natal, neve caindo em flocos na rua, árvores sendo montadas para acolherem em seus pés presentes para as crianças, casa cheia de amigos e familiares para partilharem de uma ceia em respeito a Jesus e Noel. Lareiras acesas e em cima delas, meias penduradas. O fogo queimando a madeira enquanto era observada, tomando chocolate quente e comendo rabanada.

Um bom cenário, eu tenho de admitir.

Mas seria tão mais perfeito se ao meu lado eu tivesse uma família com quem partilhar, o máximo que eu já senti disso foi em 2003 na casa da Sra. Carmem, cujo era uma mulher idosa em seus já 89 anos, após sua morte fui movido novamente para o sistema. Tinha seis anos nessa época, meus pais? Faleceram quando eu ainda era um bebê, acidente de carro. Tão clichê.

Hoje? Tenho 18 anos e estou pronto para sair do sistema de adoção, poderia finalmente dar adeus ao caderninho que datava e marcava os nomes de cada lar adotivo que eu passei. Era depressivo, admito.

Balancei os ombros desajeitadamente enquanto sentia os braços de Sra. Hale me rodearem, em um abraço de adeus, meu braço que estava em sua cintura havia caído e me afastei dela sorrindo um pouco.

– Sentirei sua falta por aqui, meu caro. – Falou colocando suas mãos enrugadas sobre seu peito, a modo de mostrar que seu coração ficaria apertado.

– Também sentirei sua falta, Sra. Hale. – Sinceramente soltei a frase, ela sorriu e com seu dedo, mandou-me esperar enquanto voltava à sala e pegava algo por lá, logo voltando, a passos divagares. Sua idade já lhe estava afetando o corpo.

Uma senhora humilde de 78 anos, com toda a minha certeza, seus cabelos eram grisalhos, curtos e ondulados que vivia preso em um coque frouxo, o rosto enrugado e redondo, necessitava do uso de óculos de lentes grossas por causa da grande falta de visão em seus olhos azuis claros.

Quando parou a minha frente mais uma vez, sorriu um pouco enquanto levantava uma caixa pequena embrulhada de papel azul metálico, um laço vermelho se destacava enrolado pelo embrulho, sorri por seu gesto.

– Não precisava...

– Meu caro, não importa sua idade, sempre será o mesmo garoto que adora um presente e bem, eu acho que precisará dele principalmente na faculdade, pois soube que fora aceito em Stanford, então, por favor. – Falava enquanto eu via sua pele pálida, quase translucida, tomar um tom rosado. – Abra.

Sorri para ela, e logo abria o presente, tomando cuidado para não rasgar o perfeito embrulho, mas logo minhas bochechas tomavam um tom avermelhado ao ver o que era.

– Er... Acho que eu não posso aceitar. – Falei sentindo minhas bochechas pegando fogo enquanto observava a caixa de camisinhas em minha mão.

– Er...  Acho que precisa sim, não gostaria de pegar alguma doença com alguma mulher que você... ãnh, possa resolver sair, ou ser  pai tão cedo. – Falou também corada.

– Obrigado Sra. Hale. – Falei engolindo em seco lago em seguida.

– De nada Edward, mas bem, acho que precisa pegar o táxi não? – Olhei para trás e me dei de cara com o taxista impaciente, suspirei e me voltei para Rosalie.

– Obrigado por tudo.

– Por nada meu querido, agora vá e dê minhas lembranças a minha filha! – Falou e eu ri enquanto pegava minhas malas e caminhava pelo corredor de pedras, cruzando rapidamente a neve, o vendo frio cortante batia em minha pele ruidosamente.

Hoje realmente não era um bom dia em Forks, suspirando entreguei minhas únicas duas malas para ele que me olhava com raiva enquanto se virava e colocava minhas malas na traseira do carro, abri a porta do banco de trás e logo entrei, sentindo o calor de dentro do carro, me aquecer.

Coloquei minha mochila em meu colo, colocando a caixa que Rosalie me dera, quem sabe algum dia aquilo possa ser útil, isso bem, se um dia eu deixar de ser virgem, não? Mas ok, para onde eu iria? Existia uma casa que meus pais tinham quando ainda eram vivos, mas eu ainda não poderia possuí-la por não ter 21 anos que nem o dinheiro.

Então, quando o taxista entrou e colocou suas mãos tampadas por luvas em cima do volante e me olhou de esguelha pelo retrovisor me lembrei da antiga casa de Isabella Swan, aliais, nem tão antiga, pois ela ainda morava nela com seu pai, madrasta e irmãs. E se eu fosse até lá...?

Mesmo me sentindo um intruso, era melhor só dar adeus a essa família, mesmo sendo tão próximo ao Natal, mas quem diria? Seria meu melhor presente, não seria? Quem sabe assim, aquela família parasse de sofrer cada vez que eu sofresse um acidente por tão desajeitado eu ser.

Dei as coordenadas e logo partia de frente do pequeno orfanato que se encontrava a alguns quilômetros antes de entramos totalmente na cidade de Forks. O caminho era todo verde, mas agora o branco tomava um pouco da paisagem, os flocos pelo menos não começaram a cair novamente como noite passada.

Quando paramos em frente à casa, pedi ao taxista esperar um pouco enquanto eu saia do taxi e corria até a porta, o vento estava cada vez mais forte e deve-se acrescentar, mais frio.

Toquei a companhia apenas uma vez, passei os braços ao meu redor, o casaco negro fofo com o cachecol cinza ainda não estava dando conta e as luvas negras também não. Passaram-se alguns minutos até atenderem a porta e não fiquei surpreso ao ver Tânia ali.

– Edward! – Seus olhos verdes se iluminaram quando viram que era eu. Tânia era uma garota de 15 anos, sua pele era clara, os cabelos loiros caindo em cascatas até os ombros, seu sorriso exibia todos os seus dentes que eram contornados por lábios grossos cobertos por um gloss rosa claro. Suas vestes eram apenas um moletom branco de tricô com uma calça esporte rosa, seus pés estavam cobertos por meias grossas.

Sorri de volta para ela.

– Olá Tânia. – Cumprimentei-a.

– Olá. – Respondeu, as suas bochechas assumindo um tom rosado. Fofa. – Vamos, entre, deve estar congelando ai fora, olhe! Está até tremendo. – Falou rindo, enlaçando sua mão na minha, tentando me puxar. O que havia conseguido.

Quando entrei na casa senti o calor tomar conta de mim, suspirei e me virei para a porta e antes que Tânia batesse, levantei a mão para o taxista pedindo para ele esperar mais um pouco, de longe consegui avistar ele bufar. Revirei os olhos e Tânia fechou a porta, trancando-a.

– Família o Edward está aqui! – Gritou e eu acabei rindo por causa da potência de sua voz.

Ouvi alguns murmúrios e passos vindos do andar de cima e logo depois eu avistei a pequena Ângela correndo escada abaixo, seus cabelos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo, seus óculos quase escorregando de seu rosto enquanto respirava fortemente, logo saltou para os meus braços me abraçando fortemente, sentia o seu cheiro de bebê, ela havia acabado de tomar banho. Também, cinco anos. Ela já trajava seu pijama, era vermelho com algumas escritas que eu não conseguia entender.

Ângela retirou seu rosto do vão do meu pescoço e sorriu para mim, seus dentes brancos brilhando, ela era idêntica a Isabella quando pequena, uma cópia quase que perfeita, exceto pelos olhos de cor verde iguais aos de Tânia.

– Oi Edward! – Sua voz infantil espalhou-se pelo espaço da sala.

– Olá baixinha! – Sorri retirando uma das minhas mãos de seu redor e a passei para o meu braço esquerdo enquanto passava minha mão direita em seu rosto e barriga, fazendo cócegas, era bom vê-la rir.

– Incrível, agora pouco essa menina estava rabugenta, é só ver você que fica toda feliz. Quando o pai faz de tudo por ela... – Olhei para a escada onde Charlie estava parado, trajava vestes simples, um moletom marrom e uma calça de pijamas azul com chinelos verdes escuros, é, não combinou. – Estou ficando velho, só falta a minha filha mais nova estar apaixonada por um homem mais velho. – Suspirou passando a mão por seus cabelos castanhos cacheados.

Comecei a rir.

– Admita Charlie, Edward tem um charme irresistível. – Suely falou saindo da cozinha sorrindo amavelmente enquanto carregava uma bandeja com algumas rabanadas até a frente da lareira, depositando-a no chão, logo se virou fazendo seus cabelos loiros caírem em cima de seus olhos verdes, ela era semelhante à Tânia em algumas características no rosto, como o nariz reto e anguloso e o rosto fino, a pele já era um tanto bronzeada. Era uma mulher do Arizona, trajava uma blusa verde com um design na frente de um gato branco suas calças eram brancas, as meias rosas.

– Sue... – Charlie falou em tom de ciúmes, Tânia colocou sua mão em meu braço rindo, junto com Ângela que ainda estava pendurada em mim.

– Ah bobinho, você sabe que meu coração só pertence a você. – Falou se aproximando de seu marido, logo dando um beijo estalado na bochecha do mesmo.

Charlie havia corado um pouco e eu ri baixinho pela cena, mas logo parei de rir ao saber que aquilo era uma cena de família, uma cena que eu jamais presenciei e nunca irei presenciar, suspirei triste e ajudei Ângela sair de cima de meu colo.

– Tudo bem, Edward? – Perguntou Tânia se aproximando de mim, apenas dei de ombros sorrindo um pouco, ela colocou seus dois braços ao redor do meu pescoço, fazendo-me abaixar para receber o abraço. – Ah Edward! Você sabe que sempre será parte dessa família. – Ri um pouco, colocando uma de minhas mãos em suas costas e a outra em sua cintura.

Meu rosto ficou posicionado em cima de sua cabeça, o abaixei um pouco e beijei seus cabelos, me soltando logo em seguida, olhei novamente para o rosto de Tânia e havia algo os olhos dela, um brilho que eu não conseguia identificar, um sorriso surgia no canto de seus lábios.

– Tânia, nada de estuprar o Edward, só eu que posso fazer isso. – Eu ri ao reconhecer a voz de Bella no topo da escadaria, Tânia se afastou de mim meio emburrada, franzi a testa. – Hey Edward, nem olha mais para mim? Quanta consideração... – Olhei para trás pronto para lhe responder quando me deparei com ela logo atrás de mim.

Engoli em seco ao perceber como ela estava linda, usava um vestido azul de alças que ia até os seus joelhos, o decote era cavado até o meio de seu colo, um cinto preto e fino com strass cobria sua cintura e o resto do vestido era solto com algumas camadas. O sapato preto lhe dava altura suficiente para chegar até o meu queixo. O seu cabelo estava preso em um coque solto, a maquiagem leve. Suspirei sorrindo um pouco.

– Está linda. – Soltei sem pensar, ela sorriu corando. – Mas vai passar muito frio se sair assim. – Apontei para onde sua pele estava aparecendo e depois para o lado de fora que caia a ventania batia mais forte. Iria nevar.

– Levarei um casaco. – Deu de ombros, iria abrir minha boca, mas ela foi mais rápida. – E mais, o Jacob estará comigo, então... – Sorriu inocente. Senti meu rosto ficar emburrado, ela revirou os olhos e se virou para a família. – Bom, já irei, o Jacob acabou de telefonar e já passará aqui para me pegar, sim? – Falou, minha respiração ficou mais pesada.

Era verdade, nunca me dei muito bem com Jacob e quem disse que eu deveria? Poderia ser o namorado de Bella, mas isso não mudava o fato de eu não suportá-Lo.

– Mas bem, Edward o que você veio fazer aqui? – Perguntou educadamente Sue. Me virei para ela e sorri meio torto, olhando para baixo. – Edward... – Murmurou.

– Vim me despedir de vocês. 


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado dessa primeira parte da one-shot, agora, por favor, comentem para poder sair a outra parte, okey?
Bjus e até!