Feliz Natal, Ivan. escrita por Erin


Capítulo 1
Capítulo Unico


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Bem, eu criei essa fic inspirada pela figura que esta na capa, eu realmente espero que gostem.
Eu realmente não sei a idade do Prússia, por isso eu coloquei 26. Deixa eu ver se tem mais alguma coisa que preciso avisar... Acho que só.
Ah! Tem mais uma coisa sim. Essa fic é um presente par a minha melhor amiga, nem vou colocar o nome dela aqui porque ela sabe que é para ela!
Boa leitura.



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Ivan estava irritado, era uma noite fria e a neve que caia só fazia com que a sensação térmica fosse inferior à temperatura real. Ele havia aceitado ir naquela maldita festa de natal apenas porque Gilbert pedira, afinal a festa ia reunir quase toda a família do albino, e Ivan não conhecia ninguém. Mesmo assim, ele disse sim e agora estava em frente à porta da família Beilschmidt segurando uma garrafa de vinho.

“Eu ainda posso dar meia volta e ir para casa” pensou Ivan. Após respirar fundo ele finalmente criou coragem e tocou a campainha. Mesmo com o barulho que a casa emanava ninguém abriu a porta. A demora fez com que a coragem que o russo reuniu fosse embora e desse meia volta, ele já havia dado alguns passos em direção a rua quando a porta abriu.

– IVAN! – disse Gilbert pulando nas costas do outro – Por que você estava indo embora? Você não pode negar um pedido do incrível eu!

– Certo, certo, será que agora você pode sair de cima das minhas costas?

– Não. Você vai me carregar como punição por ter tentado ir embora. – disse o albino. – Se eu não tivesse aberto a porta você com certeza teria ido embora.

– Você realmente tem vinte e seis anos? – perguntou Ivan entregando a garrafa de vinho para o albino

– Claro que tenho. – disse Gilbert com um enorme bico na cara, para a sorte dele o russo não viu a expressão que o outro fazia.

– Não parece. – agora Ivan segurava as pernas do outro e andava em direção a casa.

Gilbert havia deixado a porta aberta e Ivan entrou sem cerimonia. As pessoas que estavam na sala olhavam para os dois e começavam a rir, não se sabe exatamente se riam pelo próprio ato do russo estar carregando o albino ou se pelo fato do albino ter começar a gritar como um cowboy quando os dois cruzaram o portal.

Ivan finalmente jogou o “vaqueiro” no sofá e esticou os braços, o alemão não parecia, mas era bem pesadinho.

– Você não muda, Gilbert. – disse uma mulher alta de cabelos castanhos e olhos verdes. Ela se virou para Ivan – Por favor, desculpe meu primo. Ele é uma criança. – ela estendeu a mão – Eu me chamo Elizaveta Héderváry.

– Ivan Braginski. – disso o russo enquanto apertava a mão da outra.

– Agora... PEÇA DESCULPAS, GILBERT! – disse Elizaveta pulando em cima do albino. Os dois começaram a brigar no sofá. Elizaveta estava esganando o primo, e Ivan começou a ficar bastante preocupado quando Gilbert começou a ficar azul. O russo passou a olhar em voltar em busca de ajuda, afinal ele não queria mostrar o seu lado não tão gentil assim para a família do outro, quando percebeu as feições das pessoas a volta. Todos estavam com uma feição que demostrava que esse tipo de coisa acontecia o tempo todo, e isso significava uma coisa ainda mais terrível para o russo, significava que Gilbert e Elizaveta tinham... Intimidade.

Elizaveta soltou Gilbert que passou a massagear a garganta.

– Dessa vez você exagerou. Quase quebrei a garrafa de vinho na sua cabeça. – o albino esticou o braço com a garrafa para a prima – Leve para a cozinha, ok? Foi o Ivan que trouce.

– Apenas dessa vez, ok branquelo? – Elizaveta segurou a garrafa e foi para a cozinha.

– Desculpe por isso Ivan, mas a Elizaveta faz isso desde que éramos pequenos. – Gilbert se aproximou do russo e colocou as mãos na boca como quem vai contar um segredo – Ela é meio masculina se é que você me entende.

– Claro. – disse Ivan um pouco ríspido

– Aconteceu alguma coisa?

– Não.

– Certo, agora... CONTE PARA O INCRIVEL EU O QUE ACONTECEU! – disse o alemão dando voltas ao redor do outro.

As pessoas ao redor pareciam não se importar com a atitude do albino, afinal era a família dele, não? Coisas como Gilbert rodando em volta de alguém devia acontecer o tempo todo.

– Quer beber alguma coisa?

– Pode ser. – o russo continuava a responder com poucas palavras

– Tá, fique aqui que eu já volto com alguma coisa.

Ivan se sentou enquanto Gilbert ia em direção ao bar. A irritação que ele sentira antes de entrar na casa dos Beilschmidt estava voltando ainda mais forte. O russo podia afirmar que ela estava voltando porque ela havia se dissipado no momento em que escutou o alemão gritando seu nome pouco antes de pular em suas costas. Ele sabia exatamente o que estava fazendo a irritação voltar, entretanto Ivan sabia que não podia manter esse humor por muito mais tempo, ele iria acabar magoando Gilbert se continuasse assim, e magoar Gilbert era a ultima coisa que Ivan queria.

Ao escutar a voz do albino cada vez mais forte, Ivan fechou os olhos, respirou fundo e sentiu parte da irritação ir embora. Quando tornou a abrir os olhos, Ivan viu Gilbert segurando dois copos com algo que parecia uísque se aproximando.

– Eu sei que você prefere vodca, mas meu pai acha que vodca e cerveja não são suficiente nobres para a festa de natal. – disse Gilbert ao entregar um dos copos para Ivan – Então, por essa noite, contenha-se com uísque e vinho. – dita essas palavras o alemão se jogou ao lado do outro.

– Eu não sou um viciado em vodca. – ao escutar a risada do outro Ivan acrescentou – Ok, talvez não seja com completo viciado em vodca. – disse enfatizando o “completo”

Os dois beberam em silencio, escutando a musica que tocava e as pessoas conversando, e após terminarem as bebidas colocaram os copos em uma mesa que tinha apenas um abajur no lado direito (o lado em que Gilbert estava sentado) do sofá.

– Eu estou cansando, Gilbert. Hoje eu tive que trabalhar.

– Eu sei... Desculpe-me por ter feito você vir. Você quer dormir um pouco? A ceia ainda vai demorar um pouco.

– Isso seria ótimo. – e sem cerimônia alguma Ivan apoiou a cabeça no ombro do outro e dormiu. É claro que ele não dormiu de imediato, mesmo assim pegou no sono relativamente rápido. Mas durante o tempo que levou para cair no sono Ivan se sentiu muito confortável. Quem nunca dormiu no ombro de outra pessoa, principalmente quando você sente algo especial por essa pessoa, perdeu uma das melhores experiências que alguém pode ter, afinal você dorme sentindo a essência do outro, sentindo a respiração e o mais importante, tento contato, e essa sensação pode ficar ainda melhor quando a pessoa que esta cedendo o ombro te faz cafuné, o que Gilbert não fez, mas ainda sim, Ivan sonhou que estava recebendo cafuné do albino.

Quase meia hora depois de Ivan ter pego no sono, Gilbert o acordou. A ceia havia sido servida e todos já estavam se reunindo na sala de jantar. O russo chegou à mesa um pouco perdido, ele ainda não havia acordado por completo.

A mesa era muito comprida e estava repleta de comida, o que fez com que Ivan acordasse rapidinho. Havia um grande peru recheado no centro da mesa e varias outros pratos que Ivan não reconhecia, provavelmente eram pratos tradicionais alemães.

Havia pouco mais de vinte pessoas sentadas à mesa, e o russo conseguiu sentar à direita do albino, entretanto Elizaveta se sentou à esquerda. Ele tentou não deixar que isso o afetasse durante a refeição, e conseguiu.

A ceia seguiu agitada durante toda a noite, as pessoas conversavam animadas e Ivan até conseguiu fazer amizade com algumas pessoas. Ele estava conversando com o homem que estava à sua direita e mal estava prestando atenção aos outros, entretanto quando a mãe de Gilbert começou a falar do filho mais velho ele passou a prestar atenção a conversa.

– E então Gilbert, quando você vai arrumar uma namorada? Eu realmente quero netos, e o seu irmão já provou que não vai me dá-los. – ela tomou um gole de vinho – Nada contra você, Feliciano.

– Tudo bem senhora Beilschmidt. – disse um garoto franzino que estava se empanturrando com macarrão. – Minha mãe passou a fazer a mesma pressão com o meu irmão mais velho depois que eu e o Ludwig começamos a namorar.

– Mãe – começou o albino – por favor, isso não é assunto para a ceia de natal.

– Nada disso querido, até o Feliciano me dá razão. Você já tem vinte e seis anos, em uma altura dessa você já deveria estar noivo ou ate mesmo casado! Você e a Elizaveta deveriam voltar a namorar e...

Ivan não quis escutar mais nada, ele se levantou e saiu da casa. A neve que antes caia fraca e suave agora caia com mais intensidade o que fez com que Ivan andasse mais de vagar na neve.

“Idiota! Idiota” pensava Ivan, “Porque você teve que sair daquela maneira?! Custava ter um pouco de alto controle?”.

– AHHHHHHHH!!! – gritou o russo parando na calçada – Que merda! É claro que ele prefere aquela tal de Elizaveta... Que homem em sã consciência iria preferir a mim?

– IVAN! – o russo se virou e viu que o albino estava correndo na sua direção. Mesmo sabendo que o outro estava atrás Ivan retomou a caminhada – IVAN! ESPERA!

O russo ainda estava andando, mas Gilbert o puxou pelo o braço e Ivan foi obrigado a parar.

– Porque você saiu daquele jeito?!

“Então ele ainda não percebeu que eu gosto dele... Menos mal.” pensou o russo.

– Não foi nada, eu só fiquei um pouco irritado com o que... – “com o que, Ivan?” pensou “Você vai falar pra ele que ficou irritado com o que a mãe dele disse? Dessa maneira ate mesmo um idiota como ele vai perceber...”

– Com o que a minha mãe disse, não é? – Gilbert encarou o russo que estava com uma expressão surpresa – Que merda, Ivan! Eu não vou iniciar nenhum tipo de relacionamento com a Elizaveta! Ela já tem namorado!

– Mas sua mãe disse que...

– Minha mãe não sabe de nada! Nós namoramos quando tínhamos quinze anos, e dai?! Eu era um pirralho!

– Gilbert, você realmente deve voltar para casa, sua família esta reunida para o natal, é melhor vo...

– Ivan... – o alemão havia ficado com uma expressão bastante seria que preocupou o russo – Já passou da meia noite?

– Hã?! Não sei, acho que sim... Mas que diabos de pergunta é essa?!

– Se já passou da meia noite, isso quer dizer que eu ainda não te dei seu presente de natal.

– Gilbert, quem liga para uma coisa dessas ago...

Enquanto o russo falava, Gilbert segurou o cachecol do outro e o puxou, fazendo com que seus lábios se tocassem.

– Feliz natal, Ivan.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, é a minha primeira fic de Hetalia, e espero que ter mantido as personalidades originais dos personagens.
Sem querer ser convencida de mais, mas eu realmente acho que mereço reviews.
Beijos!