Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 27
Capítulo 27 - Resolvendo Problemas


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é "misterioso"...
Boa Leitura Killjoys!
:P



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 Abri os olhos devagar, estavam ardendo por causa das lágrimas, estava cansada de tanto chorar na noite anterior, não entendia o que havia acontecido comigo o certo, chorei descontroladamente.

 Olhei para Gerard, ele estava com os cílios molhados, provavelmente esteve chorando também enquanto eu dormia.

 Levantei e fui até a cozinha, Leticia e Diana estavam tomando café.

 - Bom dia – falei, sem emoção na voz.

 - Bom dia – elas responderam juntas.

 Peguei uma xícara e coloquei adoçante, café e leite, sentei ao lado delas.

 - Quer comer algo? – perguntou Diana.

 - Não – respondi.

 - Gerard ainda está dormindo? – Leticia perguntou.

 - Sim – falei.

 - Ligaram umas quatrocentas vezes aqui para casa e para nossos celulares, não sei como eles conseguiram os números – disse Diana.

 - São da televisão, eles têm contatos, conseguem até voar se for preciso para fazerem uma matéria, sendo verdade ou não – disse.

 Ficamos em silêncio.

 - Preciso me arrumar, vou sair hoje – falei, levantando-me e lavando minha xícara.

 - Você vai onde? – perguntaram juntas.

 - Eu tenho que resolver algumas coisas, explico quando voltar – disse.

 Fui até meu quarto silenciosamente e tomei um banho, depois coloquei uma calça jeans, uma camiseta branca básica, um casaco de lã e uma jaqueta jeans. Calcei meu tênis e peguei minha bolsa, Gerard não acordou, deixei-o dormindo.

 Passei pela cozinha e me despedi das meninas, passei pela sala e nem me dei ao trabalho de ligar a televisão para ver qual o assunto do dia, eu já sabia.

 Não tive outra opção, peguei as chaves do carro de Gerard e desci até o estacionamento subterrâneo. Enquanto caminhava até o carro, peguei meu celular, havia quarenta e sete chamadas perdidas de diferentes números, apaguei-as rapidamente e digitei o numero que eu queria.

 - Alô? – atendeu uma voz sonolenta.

 - Preciso falar com você – falei.

 - Layla? – ele perguntou, surpreso.

 - Sim – respondi. – Estou indo aí agora, chego em poucos minutos.

 - Tem certeza? As coisas podem se complicar para você – ele parecia se preocupar realmente comigo, mas eu precisava correr esse risco.

 - Tenho, o que preciso pedir a você é muito, muito importante – falei.

 - Okay, vou estar esperando.

 - Nos vemos daqui a pouco – desliguei o celular e entrei no carro.

 Dirigi em voltas pela cidade, eu tinha sorte de o carro ter vidros escuros, não agüentaria aqueles olhares curiosos. Pude perceber que algumas pessoas prestaram atenção no carro – a maioria eram adolescentes de uns quatorze anos, provavelmente fãs de My Chemical Romance que já sabiam que aquele carro era de Gerard.

 Fiquei parada por quase uma hora em um engarrafamento, para me deixar mais nervosa ainda, começou a tocar uma música de Panic! At The Disco no rádio, parecia uma conspiração, tudo me fazia lembrar do que aconteceu e me deixava mais nervosa ainda pelo o que eu estava prestes a fazer.

 Eu sabia os riscos daquilo, se alguém me visse lá e batesse alguma foto, tudo poderia estar perdido, e o pior, seria minha culpa, eu não teria do que reclamar, de quem reclamar, apenas me odiar eternamente.

 Estava suando frio, minhas mãos estavam geladas, e minha testa úmida, passei as costas da mão nela para secá-la, troquei de estação no rádio, estava tocando This I Love do Guns’ N’ Roses, pelo menos não era Panic! At The Disco.

 Meu celular tocou, peguei-o em minha bolsa e olhei no visor, era Gerard. Pensei em não atender, não queria perder a coragem de fazer o que eu estava prestes a fazer. Mas pensei melhor e atendi, ele estranharia se eu não fizesse isso.

 - Oi – falei.

 - Onde você está? – ele parecia nervoso.

 - Resolvendo umas coisas – respondi.

 - Fiquei preocupado, saiu com meu carro e nem se quer disse onde ia, pensei em coisas horríveis! – ele quase gritava.

 - Credo, Gerard!

 - Layla, entenda, depois do que aconteceu ontem eu poderia pensar em diversas coisas que você poderia ter ido fazer – ele se acalmou.

 - Não estou fazendo nada de errado.

 Não era uma total mentira, apenas as mentes sujas que estavam me julgando achariam isso errado, mas elas eram influentes de mais, fariam todos me condenarem, eu estava com medo, muito medo do que poderia acontecer.

 - Vai demorar para voltar? – ele perguntou.

 - Não sei, acho que não – respondi.

 - Bem, volte o mais rápido possível, também preciso resolver algumas coisas, mas quero ver você primeiro.

 - Tudo bem, logo estarei aí.

 - Te amo – ele disse.

 Lágrimas vieram em meus olhos, parecia proposital o que ele estava fazendo, parecia que ele estava prevendo alguma coisa e tentando me impedir de fazê-la. Tarde de mais.

 - Também te amo! – falei, controlei a voz para que ele não percebesse que eu chorava. – Nunca esqueça isso, está me entendo Gerard?

 Ele ficou em silêncio por alguns segundos.

 - Está tudo bem mesmo Layla? – ele perguntou.

 - Sim, apenas me diga que sabe que eu te amo – pedi.

 - Tudo bem, eu sei do seu amor por mim – ele disse.

 - Obrigada! – solucei.

 - Volta logo – ele pediu.

 - Voltarei – desliguei o celular.

 Se Gerard entendesse errado o que eu estava fazendo, nunca mais me perdoaria, eu sabia disso. Minha barriga doía, eu não aguentava pensar em perder ele agora, mas era preciso arriscar, se eu não tentasse nós nunca ficaríamos em paz por completo, eu precisava disso, era agora ou nunca.

 Aquilo era como um jogo, onde eu só tinha duas opções: ganhar ou perder. Se eu ganhasse, tudo voltaria ao normal, as coisas se esclareceriam, mas se eu perdesse... tudo ficaria pior, e eu não agüentaria. Eu sabia disso, e eu também sabia que tinha coragem o suficiente de fazer coisas horríveis à mim mesma, sem pensar duas vezes. E eu faria se fosse preciso, apenas para que Gerard não me odiasse.

 O trânsito começou a andar, desliguei meu celular, não poderia ser incomodada.

 Logo cheguei ao meu destino, parei o carro em uma esquina que ficava há uns cinquenta metros de distância do prédio, não poderiam associar Gerard a isso.

 Puxei o capuz de meu casaco e o coloquei sobre a cabeça, cobrindo meu rosto também. Saí do carro, tranquei as portas e liguei o alarme.

 Caminhei até o prédio rapidamente, estava frio então ninguém estranhou uma garota usando capuz durante o dia. Entrei no prédio e fui até o elevador, o porteiro ainda estava roncando debruçado sobre o balcão de recepção. Subi até o décimo andar, saí do elevador lentamente, tirando meu capuz, o corredor estava vazio. Fui em direção ao apartamento número 1434 e toquei a campainha duas vezes, logo a porta se abriu e ele apareceu.

 - Olá – ele sorriu levemente para mim.


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Notas finais do capítulo

O.o Quem será esse homem misterioso, hein? O que vocês acham? Reviews??
Bem, é isso... Não esqueçam de me falar o que estão achando... e o que acham que Layla irá fazer..
- -
Decidi, vai ter continuação da histórias! :) Mas ainda vai demorar para acabar essa "temporada", tem muita coisa pra acontecer ainda...
- -
Beijos sz