Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 117
Capítulo 117 - Aqui Jaz uma Promessa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora LOL
Boa leitura...



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X – x Um Mês Depois x – X

Layla’s P.O.V.

Layla’s Dream – On

 Eu não fazia ideia de onde estava, era escuro e eu mal conseguia ver meus pés.

 De repente, uma forte luz clara brilhou há alguns metros dali, focalizando um ponto vazio do que parecia ser um quarto ou algo assim, sentia como se aquele fosse um lugar familiar para mim.

 Aos poucos, o silêncio foi dando lugar a um barulho que se assemelhava com passos lentos e pesados. Logo pude ver uma sombra grande se aproximando do ponto iluminado, e lentamente aparecendo ali.

 - Oh Deus – arfei assim que pude ver o rosto daquele que eu queria nunca mais precisar ver.

 - Layla... – ele sorriu largamente, trazendo-me as piores lembranças de minha vida.

 Brendon estava ali novamente, vestido totalmente de preto como nas outras vezes em que eu o vira em meus pesadelos. Mas o que ele queria agora afinal?

 - Você está morto – falei.

 - Eu sei – ele deu de ombros, perdendo seu sorriso. – Por culpa sua.

 - Ora, seria idiotice de minha parte não ter lhe matado... Pois você teria acabado comigo – lembrei-o.

 - Você devia ter morrido – ele disse sem emoção. – Devia estar morta agora, Layla. Morta!

 - O que você quer? – ignorei sua raiva aparente, eu sabia que estava sonhando.

 - Você nunca entendeu nada... – ele sorriu novamente, irônico.

 - O que você quer? – repeti a pergunta.

 - Você nunca entendeu nada, nunca... – ele voltou a falar.

 - O que você quer? – voltei a perguntar, com raiva.

 - Você nunca entendeu! – ele gargalhou.

 Repentinamente a luz iluminou todo o ambiente, revelando aquele quarto realmente familiar para mim. Era o quarto de meus filhos, Brendon estava entre os dois berços enquanto Helie e Arth dormiam.

 - Eles eram para ser meus... – ele disse, olhando para Helie com um sorriso triste.

 Nesse momento senti o chão sumir de meus pés e meu corpo cair, parando com um solavanco repentino.

Layla’s Dream – Off

***

 Acordei em meio à madrugada com um choro alto vindo do quarto, estava tão sonolenta que mal consegui identificar quem estava chorando, mas provavelmente era Helena – como sempre. Nunca entendi por que essa menina chorava tanto.

 - Quer que eu vá? – ouvi a voz de Gerard perguntar, também sonolento.

 - Não, pode deixar – respondi, espreguiçando-me rapidamente e levantando.

 Caminhei lentamente até a porta, tateando a parede até chegar ao quarto dos bebês. Acendi a luz e identifiquei quem chorava. Era Helie.

 Peguei-a no colo, abraçando-a levemente.

 - O que foi? – perguntei a ela, retoricamente. – Teve algum pesadelo? – brinquei.

 Verifiquei se ela precisava de fraldas novas, mas ela continuava limpinha.

 - Você não está com fome – falei, estranhando.

 Eu havia amamentado-os antes de dormir, como sempre, então era impossível que ela já estivesse com fome.

 Provavelmente ela estava com cólicas, era a única explicação para isso.

 Acalmei-a um pouco, pelo menos para que parasse de chorar tão alto, e fui até meu quarto lentamente. Gerard provavelmente acordaria, já que Helie continuava chorando um pouco.

 Acendi a luz e fui até a prateleira, onde estavam alguns remédios, entre eles, o de cólicas que o pediatras dos bebês havia receitado.

 - Layla? – Gerard chamou, sonolento.

 - Sim – respondi.

 Ele olhou para mim com os olhos semicerrados por causa da luz repentina.

 - Algum problema? – ele perguntou, provavelmente estranhando o fato de Helie estar chorando e eu estar com a caixa de remédios nas mãos.

 - Não, ela apenas está com cólicas – expliquei, colocando a caixa de remédios sobre a cama para procurar o remédio de cólicas.

 Gerard sentou-se na cama, pegando Helie de meus braços. Ele a colocou sobre suas pernas, mantendo-a sentada de frente para ele.

 - Acho que ela não está com cólicas – ele comentou, abraçando-a contra seu corpo.

 - Por quê? – questionei.

 - Frank me explicou que choro de cólica é um pouco diferente – ele explicou-me. – Mas abafado e “desesperado”.

 - Bem, ela não está nem com fome e nem com as fraldas sujas – lembrei-o.

 - Prepare uma mamadeira para ela – ele pediu.

 Okay, ele queria é que eu saísse dali para usar aquele “segredo” dele.

 - Está bem – suspirei, guardando novamente a caixa de remédios e indo até a cozinha.

 Preparei o leite e coloquei na mamadeira.

 - Duvido que seja algo tão extraordinário assim – murmurei a mim mesma enquanto esperava a mamadeira esfriar um pouco.

 Para minha surpresa, logo o choro de Helie cessou por completo, antes mesmo que eu levasse a mamadeira.

 Revirei os olhos, ele ia se achar o resto da vida com esse “segredo paterno”.

 Enfim voltei ao quarto, Gerard estava deitado de bruços na cama com Helie ao seu lado, ele dava leves palmadas em seu bumbum, enquanto ela ficava cada vez mais sonolenta e sugava a chupeta fazendo barulhinhos engraçados.

 Gerard sorria, como se admirasse Helie.

 - Tem certeza que o segredo não são as palmadas no bumbum? – perguntei, entregando a mamadeira a ele.

 - Tenho – ele riu baixinho, como que para não atrapalhar o descanso de Helena.

 Gerard levantou-se lentamente e pegou Helie novamente em seus braços, tirando sua chupeta com delicadeza e dando-lhe a mamadeira.

 - O que ela tinha afinal? – perguntei a ele.

 - Estava apenas com saudades do papai – ele brincou, tentando desviar-se do assunto.

 - Está bem... Nunca me revelará esse segredo – suspirei pesadamente, desistindo. – Sabe que um dia eles estarão grandes o suficiente para me contar, não é?

 - Eles nunca trairiam o próprio pai assim, não é Helie? – Gerard voltou sua atenção à bebê novamente.

 Cerca de dez minutos depois, Helie terminou a mamadeira. Ela estava quase dormindo, então Gerard levou-a para o berço novamente, esperando lá até que ela adormecesse por completo. Fiquei esperando-o em nosso quarto, já eram quase cinco horas da manhã.

 - Finalmente, ela dormiu – ele sorriu, voltando ao quarto depois de alguns minutos.

 - Bem, é nossa vez então – bocejei.

 - Hum... Eu havia pensado em algo mais criativo – ele sorriu largamente, deitando-se ao meu lado.

 Encarei-o sonolenta.

 - Você tem uma promessa, esqueceu? – tentei argumentar, mas a realidade é que eu estava morrendo de sono.

 - Você acha que eu não contei os dias? – ele riu. – Hoje faz exatamente um mês!

Um mês, essas palavras ecoaram por minha mente. Oh Deus! O mês sem nada!

 - Eu acho que perdi a prática – brinquei.

 - Não há nada que não se reaprenda – ele contestou.

 Pensei rapidamente.

 - Vai ter que me deixar dormir a tarde inteira... – falei.

 - Com todo o prazer – ele sorriu, selando nossos lábios.

 E lá se foi a promessa de Gerard, admito que ele surpreendeu-me por ter conseguido mantê-la de pé até o final, mas eu sabia que ele estava pirando e surtando por dentro, apenas não demonstrava.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Please?
Beijos.