Disenchanted escrita por Luana Lee
Notas iniciais do capítulo
Desculpem não ter postado ontem... Tive que fazer um trabalhinho =)
Boa Leitura.
Enfim estávamos voltando para casa.
Gerard passara uma semana na UTI e outra no quarto, ele parecia uma criança de tanto que reclamava.
*
Flash Back – On
X – x Uma Semana Atrás x – X
- Eu quero sair daqui! – Gerard repetia pela quadragésima vez.
- Ninguém mandou você levar um tiro – bufei.
- É assim que você me agradece? Eu salvei a sua vida! – ele dramatizou.
- Okay, okay... Desculpe, Gerard – falei, afagando seu cabelo.
- Mas você devia estar feliz de já ter saído da UTI – Mikey disse.
- Grande coisa! – Gerard ironizou. – Eu estou há uma semana sem poder tomar café, comer alguma coisa que tenha gosto, ver meus filhos! Isso não é vida!
- Pensei que você fosse falar dos cigarros também – Mikey disse.
Os dois se entre olharam, Mikey com um sorriso debochado e Gerard com um olhar ameaçador.
- Você voltou a fumar, Gerard? – questionei.
- Não! – Gerard negou, indignado.
- Eu vi ele fumando um cigarro quando fomos a Washington – Mikey entregou.
- Gerard! – fiquei indignada.
- Foi só um! Um! Um! – ele repetiu diversas vezes. – Eu estava nervoso e com saudades de casa!
- E aí você polui os seus pulmões? – rosnei.
- Eu sou um doente, vocês não podem brigar comigo – Gerard tentou fugir do assunto.
- Até agora estava dizendo que já queria ir para casa – Mikey riu.
- Eu acabei de quase morrer! Parem de me julgar! – Gerard deitou a cabeça para trás e fechou os olhos, como se nos ignorasse.
- Ainda vamos conversar sobre isso, Senhor Way – encerrei o assunto.
Flash Back – Off
**
Gerard não parava de falar o caminho inteiro para casa, eu dirigia enquanto ele estava no banco do passageiro, todos haviam ido até o hospital para vê-lo, mas iriam nos visitar no apartamento apenas no dia seguinte, Gerard precisava “descansar”, recomendações médicas.
Leticia levara os bebês até o hospital para que voltassem conosco, Gerard não falara em outra coisa que não fossem eles naquela semana.
- Vai mais devagar – disse Gerard. – Não queremos bater o Audi, queremos?
Eu, sinceramente, odiava quando ele controlava meu modo de dirigir.
- Claro que não... – ironizei.
- Fique um pouco mais distante do carro da frente, a culpa sempre é do motorista de trás se alguma batida traseira – ele falou.
Olhei para ele, incrédula.
- Olhe para frente, não queremos bater o Audi... – ele apontou para o pára-brisa.
Será que ele fazia de propósito?
Alguns segundos de silêncio se passaram...
- Pode ir um pouquinho mais rápido – ele comentou.
- Pode calar a boca? – rosnei.
- Não fale assim perto dos bebês! – ele disse indignado.
- Eles não entendem, Gerard! – revirei os olhos. – E se entendessem me dariam a razão! Eu não consigo dirigir com você me irritando assim!
- Olhe para a frente! – Gerard quase gritou.
Percebi então que eu havia saído da pista, Gerard desviou rapidamente de um carro que vinha em nossa direção e levou o carro até a pista novamente.
- Isso foi culpa sua! – eu rosnei, ofegante.
- É você quem está dirigindo – ele deu de ombros.
- Então pare de dar palpites, Gerard! Acabamos de sair de um hospital e por pouco não voltamos para lá agora!
- Eu só disse que era para você andar mais devagar – ele retrucou. – Não quero ter que concertar o carro de novo.
- Não foi minha culpa! – falei, referindo-me ao acontecimento dos arranhões e amassados no Audi.
- Eu não disse que fora sua culpa – ele respondeu. – Apenas falei que não quero que se repita.
- Vai à merda, Gerard! – respondi.
- Credo, Layla. Está de TPM?
Não respondi, estava com medo de acabar voando no pescoço de Gerard e lhe estourando a jugular se olhasse para ele.
Ultrapassei o carro à nossa frente, de propósito, claro, e segui a toda velocidade até chegar ao nosso prédio.
- Enfim, em casa! – Gerard suspirou ao entrarmos no apartamento.
O apartamento estava organizado, eu havia feito uma faxina no dia anterior com a ajuda de Diana e Leticia.
Gerard sentou no sofá com uma pequena dificuldade, seu abdômen ainda doía um pouco quando ele fazia movimentos de levantar ou sentar, ou carregar algo pesado.
Deixei Helie e Arth com Gerard na sala e fui preparar um café. Enquanto o café ficava pronto, fui tomar um banho rápido. Deixei meus cabelos molhados, estava com preguiça de secá-los. Vesti um pijama de flanela – pretendia ficar o dia inteiro em casa, dormindo – e voltei à cozinha, o café ficara pronto.
Coloquei café em duas xícaras e fui até a sala, entregando uma delas a Gerard.
- Café! – ele disse, animado, pegando-a.
Sentei no outro sofá, Arth dormia, Helie estava acordada e Gerard fazia algumas caretas para ela, mesmo que ela não expressasse nenhuma reação.
- Ela está sem humor hoje – Gerard desistiu de fazer Helie sorrir.
Não respondi, ainda estava irritada com ele. Gerard pareceu perceber isso.
- Está brava? – ele perguntou, colocando sua xícara sobre a mesa de centro.
- Não – menti.
Ele riu, levantando-se de seu sofá e vindo sentar-se ao meu lado.
- Desculpa... – ele choramingou, deitando sua cabeça em meu ombro.
- Pelo o que? – perguntei, queria ouvir dele que ele estava errado.
- Por me preocupar com o meu carro...? – ele disse, como se me perguntasse se era por isso que eu estava irritada.
- E por me culpar de tudo que aconteceu com ele depois que entrei na sua vida – completei.
- Eu não faço isso – ele retrucou.
- Quer ser desculpado ou não? – encarei-o, séria.
- Okay, me desculpe por lhe culpar por tudo que aconteceu com o Audi depois de nos conhecermos – ele revirou os olhos.
- Está desculpado – sorri.
- Só isso? – ele ficou surpreso.
- Quer mais o que? – surpreendi-me.
Gerard selou nossos lábios rapidamente, roubando-me um beijo.
Afaguei seu cabelo, sorrindo. Gerard era irritante, mas eu o amava tanto.
Coloquei minha xícara de café ao lado da sua sobre a mesa de centro da sala e voltei a beijá-lo. No começo era um beijo delicado e lento, mas logo fora se tornando mais rápido, urgente; nossas respirações mais aceleradas.
Lembrei-me então que Gerard acabara de vir de um hospital, e uma das recomendações de Dr. Hill se referia basicamente há uma semana sem... quero dizer, uma semana em repouso absoluto.
Parei nosso beijo, encarando o sorrisinho malicioso de Gerard que sempre era difícil de contrariar.
- Não – disse, tentando parecer firme.
- Por quê? – ele disse, tentando beijar-me novamente.
- Uma semana em repouso, lembra? – falei.
Ela encarou-me sério.
- Você está brincando, não é? – ele riu.
- Não... Apenas daqui a uma semana – respondi, libertando-me de seus braços e voltando à minha posição inicial.
- Você... – ele ficou indignado, procurava palavras para expressar o que estava sentindo. – Isso é muito, muito, muito injusto! – ele bufou.
- Não posso fazer nada – dei de ombros.
- Poderia sim – ele sorriu maliciosamente novamente.
- Não, não poderia – respondi, autoritária.
Ele revirou os olhos e se levantou, indo tomar um banho.
Gerard era insistente, mas recomendações médicas eram para ser seguidas... Mesmo que isso fosse-me muito, muito, muito tentador.
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Reviews?
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Levanta a mão quem não seguiria essas recomendações médicas se tratando de Gerard Way... o/ LOL KKKK'
Zoa. Saúde em primeiro lugar ~ieronia~ uahsuahushas'
-x-
Beijoos'