Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 105
Capítulo 105 - Recomendações Médicas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não ter postado ontem... Tive que fazer um trabalhinho =)
Boa Leitura.



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 Enfim estávamos voltando para casa.

 Gerard passara uma semana na UTI e outra no quarto, ele parecia uma criança de tanto que reclamava.

*

Flash Back – On

X – x Uma Semana Atrás x – X

 - Eu quero sair daqui! – Gerard repetia pela quadragésima vez.

 - Ninguém mandou você levar um tiro – bufei.

 - É assim que você me agradece? Eu salvei a sua vida! – ele dramatizou.

 - Okay, okay... Desculpe, Gerard – falei, afagando seu cabelo.

 - Mas você devia estar feliz de já ter saído da UTI – Mikey disse.

 - Grande coisa! – Gerard ironizou. – Eu estou há uma semana sem poder tomar café, comer alguma coisa que tenha gosto, ver meus filhos! Isso não é vida!

 - Pensei que você fosse falar dos cigarros também – Mikey disse.

 Os dois se entre olharam, Mikey com um sorriso debochado e Gerard com um olhar ameaçador.

 - Você voltou a fumar, Gerard? – questionei.

 - Não! – Gerard negou, indignado.

 - Eu vi ele fumando um cigarro quando fomos a Washington – Mikey entregou.

 - Gerard! – fiquei indignada.

 - Foi só um! Um! Um! – ele repetiu diversas vezes. – Eu estava nervoso e com saudades de casa!

 - E aí você polui os seus pulmões? – rosnei.

 - Eu sou um doente, vocês não podem brigar comigo – Gerard tentou fugir do assunto.

 - Até agora estava dizendo que já queria ir para casa – Mikey riu.

 - Eu acabei de quase morrer! Parem de me julgar! – Gerard deitou a cabeça para trás e fechou os olhos, como se nos ignorasse.

 - Ainda vamos conversar sobre isso, Senhor Way – encerrei o assunto.

Flash Back – Off

**

 Gerard não parava de falar o caminho inteiro para casa, eu dirigia enquanto ele estava no banco do passageiro, todos haviam ido até o hospital para vê-lo, mas iriam nos visitar no apartamento apenas no dia seguinte, Gerard precisava “descansar”, recomendações médicas.

 Leticia levara os bebês até o hospital para que voltassem conosco, Gerard não falara em outra coisa que não fossem eles naquela semana.

 - Vai mais devagar – disse Gerard. – Não queremos bater o Audi, queremos?

 Eu, sinceramente, odiava quando ele controlava meu modo de dirigir.

 - Claro que não... – ironizei.

 - Fique um pouco mais distante do carro da frente, a culpa sempre é do motorista de trás se alguma batida traseira – ele falou.

 Olhei para ele, incrédula.

 - Olhe para frente, não queremos bater o Audi... – ele apontou para o pára-brisa.

 Será que ele fazia de propósito?

 Alguns segundos de silêncio se passaram...

 - Pode ir um pouquinho mais rápido – ele comentou.

 - Pode calar a boca? – rosnei.

 - Não fale assim perto dos bebês! – ele disse indignado.

 - Eles não entendem, Gerard! – revirei os olhos. – E se entendessem me dariam a razão! Eu não consigo dirigir com você me irritando assim!

 - Olhe para a frente! – Gerard quase gritou.

 Percebi então que eu havia saído da pista, Gerard desviou rapidamente de um carro que vinha em nossa direção e levou o carro até a pista novamente.

 - Isso foi culpa sua! – eu rosnei, ofegante.

 - É você quem está dirigindo – ele deu de ombros.

 - Então pare de dar palpites, Gerard! Acabamos de sair de um hospital e por pouco não voltamos para lá agora!

 - Eu só disse que era para você andar mais devagar – ele retrucou. – Não quero ter que concertar o carro de novo.

 - Não foi minha culpa! – falei, referindo-me ao acontecimento dos arranhões e amassados no Audi.

 - Eu não disse que fora sua culpa – ele respondeu. – Apenas falei que não quero que se repita.

 - Vai à merda, Gerard! – respondi.

 - Credo, Layla. Está de TPM?

 Não respondi, estava com medo de acabar voando no pescoço de Gerard e lhe estourando a jugular se olhasse para ele.

 Ultrapassei o carro à nossa frente, de propósito, claro, e segui a toda velocidade até chegar ao nosso prédio.

 - Enfim, em casa! – Gerard suspirou ao entrarmos no apartamento.

 O apartamento estava organizado, eu havia feito uma faxina no dia anterior com a ajuda de Diana e Leticia.

 Gerard sentou no sofá com uma pequena dificuldade, seu abdômen ainda doía um pouco quando ele fazia movimentos de levantar ou sentar, ou carregar algo pesado.

 Deixei Helie e Arth com Gerard na sala e fui preparar um café. Enquanto o café ficava pronto, fui tomar um banho rápido. Deixei meus cabelos molhados, estava com preguiça de secá-los. Vesti um pijama de flanela – pretendia ficar o dia inteiro em casa, dormindo – e voltei à cozinha, o café ficara pronto.

 Coloquei café em duas xícaras e fui até a sala, entregando uma delas a Gerard.

 - Café! – ele disse, animado, pegando-a.

 Sentei no outro sofá, Arth dormia, Helie estava acordada e Gerard fazia algumas caretas para ela, mesmo que ela não expressasse nenhuma reação.

 - Ela está sem humor hoje – Gerard desistiu de fazer Helie sorrir.

 Não respondi, ainda estava irritada com ele. Gerard pareceu perceber isso.

 - Está brava? – ele perguntou, colocando sua xícara sobre a mesa de centro.

 - Não – menti.

 Ele riu, levantando-se de seu sofá e vindo sentar-se ao meu lado.

 - Desculpa... – ele choramingou, deitando sua cabeça em meu ombro.

 - Pelo o que? – perguntei, queria ouvir dele que ele estava errado.

 - Por me preocupar com o meu carro...? – ele disse, como se me perguntasse se era por isso que eu estava irritada.

 - E por me culpar de tudo que aconteceu com ele depois que entrei na sua vida – completei.

 - Eu não faço isso – ele retrucou.

 - Quer ser desculpado ou não? – encarei-o, séria.

 - Okay, me desculpe por lhe culpar por tudo que aconteceu com o Audi depois de nos conhecermos – ele revirou os olhos.

 - Está desculpado – sorri.

 - Só isso? – ele ficou surpreso.

 - Quer mais o que? – surpreendi-me.

 Gerard selou nossos lábios rapidamente, roubando-me um beijo.

 Afaguei seu cabelo, sorrindo. Gerard era irritante, mas eu o amava tanto.

 Coloquei minha xícara de café ao lado da sua sobre a mesa de centro da sala e voltei a beijá-lo. No começo era um beijo delicado e lento, mas logo fora se tornando mais rápido, urgente; nossas respirações mais aceleradas.

 Lembrei-me então que Gerard acabara de vir de um hospital, e uma das recomendações de Dr. Hill se referia basicamente há uma semana sem... quero dizer, uma semana em repouso absoluto.

 Parei nosso beijo, encarando o sorrisinho malicioso de Gerard que sempre era difícil de contrariar.

 - Não – disse, tentando parecer firme.

 - Por quê? – ele disse, tentando beijar-me novamente.

 - Uma semana em repouso, lembra? – falei.

 Ela encarou-me sério.

 - Você está brincando, não é? – ele riu.

 - Não... Apenas daqui a uma semana – respondi, libertando-me de seus braços e voltando à minha posição inicial.

 - Você... – ele ficou indignado, procurava palavras para expressar o que estava sentindo. – Isso é muito, muito, muito injusto! – ele bufou.

 - Não posso fazer nada – dei de ombros.

 - Poderia sim – ele sorriu maliciosamente novamente.

 - Não, não poderia – respondi, autoritária.

 Ele revirou os olhos e se levantou, indo tomar um banho.

 Gerard era insistente, mas recomendações médicas eram para ser seguidas... Mesmo que isso fosse-me muito, muito, muito tentador.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
-x-
Levanta a mão quem não seguiria essas recomendações médicas se tratando de Gerard Way... o/ LOL KKKK'
Zoa. Saúde em primeiro lugar ~ieronia~ uahsuahushas'
-x-
Beijoos'