Sunshines escrita por Sam Whitewolf


Capítulo 32
Reunião de família.


Notas iniciais do capítulo

Oi lobinhas! Demorei de novo? Se a resposta for sim,não se preocupem pois vai valer a pena. Então vamos lá e boa leitura, espero que gostem.



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Pov Ashley

O cheiro de lavanda impregnava  minhas narinas. Era um cheiro gostoso, leve e bem familiar. Isso quase me fez acordar. Quase. O sol entrava pelas frestas da janela aquecendo levemente o meu rosto, novamente isso quase me fez acordar. Como eu disse, QUASE.

Eu realmente não estava a fim de levantar. O lençol que me envolvia estava gelado e com a textura macia do jeito que eu gosto a cama macia e aconchegante sem contar aquela sensação gostosa de preguiça. Mas eu gostaria saber se alguém consegue continuar dormindo com uma senhora de sessenta anos gritando:

–Matthew Louis Sunshine você pode me explicar que porra é essa?

-Calma vovó eu posso explicar!-Matt falou desesperado dentro de uma espécie de névoa.

-Se fudeu Sunshine!-Sam disse rindo atrás de Matt e olhava para nossa avó com uma cara divertida.

-Quem é essa garota Matt? Sua namorada? Ela é muito bonita.

- O que?- Matt, Sam e Claire gritaram juntos.

-Nossa vovó que furo!-disse com a voz rouca.

-Ashley!- Os quatro gritaram dessa vez.

-E ai galera?-disse rindo- E que paradinha é essa flutuando aqui?-disse apontando para a névoa estranha.

-É uma mensagem de Iris. -Sam respondeu- Como você está cabeça oca?

-Bem,só com um braço quebrado.

-Ahh só com um braço quebrado... -Claire disse sarcástica.

-Onde vocês estão?-perguntei

-Em algum lugar de Long Island.-Paul respondeu e ele parecia meio estranho.

-Venham logo para cá, nós temos muito que conversar. -Vovó falou.

-Já estamos indo vovó!-Sam respondeu.

-Ela não é sua avó!-Matt a encarou.

-Ah qual é Sunshine, qualquer senhora que me achar bonita pode ser minha avó!

-Diaba loira... -Matt sussurrou e cortou a mensagem passando a mão sobre a névoa.

Olhei para o rosto de vovó que ainda estava olhando para onde estava a mensagem de Iris. Os cabelos brancos e lisos se encontravam na altura do ombro presos por uma faixa roxa. Algumas rugas cobriam seu rosto um pouco queimado de sol, mas o que sempre me chamava à atenção eram seus olhos. Sempre com um olhar alegre.

Ela olhou para mim com uma cara séria, mas o seu olhar a entregou como sempre. Sorri zombeteira, e tentei me arrumar sobre os travesseiros com cuidado para não machucar ainda mais meu braço.

-E ai vovó?-perguntei inocente.

-E ai vovó?-vovó Rose disse sarcástica- Ashley Rose Sunshine você tem idéia de como é acabar de acordar e encontrar a própria neta quase morta?

-Não, porque eu não tenho uma neta!-respondi.

-Boa resposta!- Vovó fez um sinal de positivo e riu- E então onde está sua garrafa de néctar? Jake não quis se atrever a mexer em sua mochila.

-Está no bolso pequeno e... COMO A SENHORA SABE DO NÉCTAR?-gritei.

-Todos nós sabemos. –ela respondeu empurrando as cortinas e abrindo as janelas.

-Com todos nós a senhora quer dizer?

-Semideuses, ou você acha que as lavandas iriam crescer assim sem uma ajuda divina?

-Ajuda divina... Deméter! A senhora é filha de Deméter?-falei com os olhos arregalados.

-Sim querida porque a surpresa?

-Bom sem querer ofender...

-Já vi que lá vem merda!

-Vovó é sério! É que eu nunca vi uma semideusa tão...

-Velha?

-Eu ia dizer experiente.

-Ia dar na mesma, bom, mas vamos deixar isso para depois, Matt vai chegar mais tarde e eu não estou a fim de ficar repetindo essa história.

-Tudo bem. -respondi.

-Agora tome seu néctar e vá se arrumar, seu namorado deve estar ansioso para lhe ver.-Vovó disse abrindo a porta.

-Namorado? Que namorado?-perguntei estática.

-Vai me dizer que aquele garoto não é seu namorado?

-Não ele não é meu namorado!-respondi.

-E você está esperando o que para ele ser seu namorado?-ela me perguntou séria- Um garoto bonito desses não fica sozinho por muito tempo!

-Vovó!

-O que?  Estou velha, mas não estou morta!- ela riu e fechou a porta do quarto.

Sinceramente? Eu não sei o que deu na minha mãe para colocar o nome da minha avó como o meu segundo nome. Porque se for para eu ficar igual a ela... FUDEU! Levantei-me com cuidado e peguei a garrafa com néctar em cima do criado-mudo e fui em direção ao banheiro. Preciso falar que eu parecia que tinha acabado de sair do The Walking Dead? Sério eu estava com o rosto todo ralado, meu cabelo parecia um ninho de ratos, e isso tudo sem contar meu braço torcido.

-É melhor isso funcionar!-disse tomando um gole do néctar. Lendo o livro que ganhei de Quirón, descobri que o gosto tanto do néctar quanto da ambrosia, é um sabor que nos traz uma sensação boa. Na hora senti o gosto da torta de morango com chocolate que mamãe faz, e me forcei a parar de beber ou meus ossos iriam queimar e me transformaria em pó. Olhei-me no espelho novamente e estava sem um arranhão e meu braço totalmente curado, apenas o cabelo continuava horrível, mas nisso eu daria um jeito logo.

Adentrei o Box e liguei o chuveiro deixando a água percorrer meu corpo. Apesar de a casa ser antiga meus avós a reformaram parcialmente fazendo com que o aspecto ficasse um pouco mais moderno (como os banheiros, por exemplo) mas ainda assim aconchegante.

Passado um bom tempo, desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha felpuda e fui em direção ao quarto. Abri o guarda-roupa branco e antigo e procurei por uma roupa confortável, acabei encontrando um vestido branco com detalhes em azul que há algum tempo havia sido esquecido. Por incrível que pareça ele ainda servia e ficava apenas uns dois dedos acima dos joelhos. Perfeito. Arrumei os cabelos em uma trança, calcei umas sandálias e sai do quarto. Não me importei em me maquiar, Jake já havia me visto toda arrebentada mesmo, então não faria diferença. Sai do quarto e comecei a descer as escadas, ainda conservadas em seu aspecto original de madeira branca, as paredes de um amarelo claro e cheias de fotografias.

Abria a porta de entrada e me deparei com a varanda. A vista era impressionante e eu sentia muita falta desse lugar, dava para ver a rodovia ao longe, perdida no meio dos montes verdejantes que cercavam as fazendas próximas. Olhei para a direita e lá estava a plantação de lavanda da vovó, era pequena, mas aquele pedaço roxo do lado da casa me trazia ótimas lembranças.Inalei o aroma delicado e fechei os olhos,era incrível a tranqüilidade que aquele lugar me passava.

-Ash?- uma voz tranqüila e masculina me chamou e eu não pude deixar de sorrir.

Me virei e lá estava ele, os cabelo preto e um pouco arrepiado graças a sua mania de ficar passando a mão neles, o sorriso de lado mostrando uma juventude ainda intacta apesar dos anos.

-Vovô!-disse e corri para abraçá-lo.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? 5 reviews e eu posto o próximo amanhã!
Beijos.
Sam Whitewolf.