Owen deitou-se na grama, não conseguia acreditar que estava gostando de Kida. Seus pensamentos voavam longe quando ouve um choro baixo ele se levanta e vai até lá.

- Nathy o que está fazendo ai e ainda chorando?_Ele pergunta encontrando a garota chorando baixo um pouco mais afastada do lago.

- Não é da sua conta._Ela retrucou.

- Nathy me diz por que você está assim?

- QUER MESMO SABER?_Ela falou brava.  – VOCÊ NÃO QUER NAMORAR COMIGO, E EU SEMPRE GOSTEI DE VOCÊ, SEMPRE ESTIVE AQUI AO SEU LADO, E VOCÊ FALA NA FRENTE DAQUELA GAROTA QUE EU NÃO SOU SUA NAMORADA._Ela derramava mais lagrimas.

- Nathy você sabe o motivo que eu não posso ser o seu namorado?_Ele se sentou ao lado dela.

- Não sei. Ao menos se você me dissesse o real motivo, mas você sempre inventa uma desculpa diferente. O que você realmente esconde?_Ela perguntou?

- Bem... Eu não sei por onde começar, mas eu sempre te vi como irmã.

- Mais você disse que ia ser meu namorado, o que mudou agora?

- Eu não tenho condições financeiras para nós vivermos juntos._Ele não olhava para ela.

- OWEN FALA DE UMA VEZ, E PARE DE DIZER ESSAS COISAS EU NUNCA ME IMPORTEI COM ISSO._Ela deixava mais lagrimas cair.

- Owen, diz a ela.

- Kida, mais como...?

- Tornos me curou, ele é um animal que tem poderes._Ela se sentou perto dos dois.

- Aquele cavalo tem poderes?_Ele perguntou incrédulo.

- Sim, ele tem e eu também tenho._Ela falou.

- O que?_Ele perguntou.

- Mais não estamos falando de mim e sim de você._Ela sorriu e prosseguiu. – Diz Owen por que não pode namorar a Nathy.

- Nathy... Eu não posso ser seu namorado por que eu... Sou um...

- Você é um...

- Eu sou um espírito da floresta, que ajuda as pessoas, e que há muito tempo não protegeu uma humana muito especial e eu a vi morrer nos meus braços, eu não sei nada sobre poderes, mas eu vivo sem precisar de comida ou bebida, ou qualquer outra coisa do tipo. Depois que ela morreu nos meus braços sem um motivo justo eu jurei não me envolver com uma humana._Ele se levantou beijou-lhe a fronte e continuou. – Por isso eu sempre vi você como uma irmã._Ele saiu andando em direção a casa novamente.

- Nathy...

- Você tirou a minha paixão._Ela nem olhou a Kida.

- Eu não fiz nada, mas quero que saiba que pode contar comigo sempre._ Kida assoprou pelas suas mãos fazendo voar pequeno gliters em direção a garota. Fazendo-a esquecer aquela dor e seguir sua vida vendo o Owen com um irmão também.

Nathy e Kida voltaram juntas para a aldeia, Nathy voltou para sua casa enquanto Kida adentra novamente a casa de Owen.

- Você está bem?_Ela pergunta ao vê-lo sentando e pensativo.

- Eu sabia que você era diferente, mas nunca imaginei que fosse tanto, como soube quem eu sou?

- Um espírito da floresta sempre tem o coração límpido como à água mais cristalina, também se vê muito bem, mas você não tem poderes nem um animal.

- Não, eu fui designado a guiar as pessoas e cuidar das plantas e animais protegendo-os, mas eu nunca tive um poder, e eu não pude proteger a minha mãe._Ele deixou uma lagrima cair.

- Sua mãe era uma pessoa sem poderes Owen?_Kida perguntou já sabendo a resposta.

- Sim, meu pai era um espírito da floresta muito poderoso, mas um dia ele conheceu uma linda jovem que era da aldeia, uma pessoa pura de coração mais comum para os seres mágicos. Eles se apaixonaram perdidamente, mas eles foram proibidos se amarem, então meu pai mesmo assim a amou muito e lutou pelo amor dela, porem ele foi expulso da floresta por não deixar de lado seu amor. Então eu nasci e o tempo foi se passando e minha mãe me amava, mais meu pai foi chamado novamente à floresta, desde aquele dia que eles e foi nunca mais o vimos. O tempo de passou mais um pouco e eles vieram atrás de mim, mas eu não tinha poderes, e eles queriam por que queriam que eu fosse com eles. Eles mataram a minha mãe na minha frente, para ver se meus poderes saiam para fora, mais foi em vão, além de não poder protegê-la eu não tive poderes e mesmo assim eles me nomearam como espírito da floresta._Ele termina em lagrimas.

- Owen, meus pais morreram e eu também não pude fazer nada e eu tenho poderes._Ela o abraçou.

- Kiria, a obrigada pelo apoio.

Ela apenas sorri o soltando.

Em um caminho um pouco deserto Dandja e Yukari caminhava  meio receosas, já estavam bem distantes da floresta, elas já caminhavam a muito tempo juntas.

- Será que ainda falta muito Yukari?

- Eu não sei mais algo me diz que não._Ela ainda andavam.

Depois de muitas horas andando naquela rua deserta, e o seu começava a ficar avermelhado.

- Yukari está escurecendo, temos que achar uma aldeia ou um lugar para passarmos a noite, pode ser perigoso;

- Dandja você tem toda a razão, mais até agora eu não vi nada.

- Ora, ora, ora, Veja o que temos aqui._ dois rapaz saiu de trás de uma das árvores e ficando frente a elas.

- Realmente são duas gatinhas, se perderam foi?_perguntou o outro sorrindo maliguinamente.

Cachorro de Yukari já ficou enorme, já o coelho de Dandja dormia em seus braços.

- O que vocês querem conosco?_Yukari.

- Nada de mais, só nos divertir._ O outro a olhava em silêncio tentando a reconhecer.

- Tem certeza. Yukari começou a se concentrar e as plantas em volta dela começaram a se mover.

- Não pode ser!_ O garoto a olhava incrédulo e a reconhecendo. – Yukari é você mesma?

- Você conhece essa garota ai?_ o outro garoto perguntou.

- Sim eu a conheço._Ele se aproximou. – Sou eu Yukari, Kajin.

- Não se aproximo de mim?_Ela fez com que as plantas se enrolassem um pouco nele.

- Não se lembra de mim Yukari, eu te dei esse lenço no seu cabelo, eu te ajudei, mas eu não me lembro o que ouve.

Yukari olhava bem mesmo, e finalmente o reconheceu.

- Kajin é mesmo você?_Ela soltou e foi até ele.

- Sim._Ele a abraçou.

- Quanta melação, pelo visto perdi meu amigo de ladroagem._Ele se afastou lentamente até sumir em meio às plantas de novo.

- Essa aqui e minha amiga Dandja._Ela se soltou e mostrou a garota ao lado.

- Muito prazer, mas onde o outro rapaz foi?_Ela perguntou por que viu sumindo.

- Depois o encontramos, mas o prazer e todo meu._Ele apertou a mão dela.

- Mas como me reconheceu?_Ela perguntou. – Faz tanto tempo.

- Nunca vou esquecer seu rosto e seu modo de usar as plantas para se defender, mas onde esteve?

- Kajin, eu estive no mesmo lugar te esperando, mais você nunca voltou.

- Me desculpe, mais a ultima coisa que eu me lembro foi de dar esse lenço a você, depois eu só me lembro de roubar e... Bem... Me divertir com as mulheres._Ele ficou meio envergonhado. – E você por que está andando com essa garota sem uma escolta, pode ser perigoso.

- Eu percebi, eu estava procurando você e também prometi a Dandja achar a princesa da aldeia dela.

- Hum entendo. _Ele falou ainda a olhando. – Olha só para você, está uma linda mulher.

- Obrigada.

- Vamos para a minha casa, é em uma aldeia aqui perto, por falar nisso chegou algumas pessoas novas lá, estão com a Yume.

- Quem é Yume?_Elas perguntou.

- Bem... Uma amiga._Ele falou sem jeito e seguiram junto para a aldeia.

Na aldeia Lina, Katy estava do lado de fora da casa e olhava as estrelas no seu enquanto Lupim estava sentado olhando para a sua dona e balançando seu rabinho todo feliz.

- O que está pensando Katy._ Uma voz forte se aproxima dela.

- Que logo eu terei que partir para ajudar a recuperar aldeia onde eu vivia.

- Mais como vai saber se ainda tem alguém vivo?_Ele perguntou se aproximando dela.

- Meu coração me diz que tem, mas eu devo seguir ele?_Ela se perguntava ainda olhando as estrelas.

- Posso ser sincero?

- Claro.

- Siga seu coração sempre, ele sempre sabe o que faz.

- Obrigada._Katy o olha sorrindo.

- Se quiser eu posso ir junto para te proteger.

- Mesmo?_Ela o abraçou.

- Mesmo._Ele correspondeu e aos poucos ele foi se aproximando dela lentamente a olhando nos olhos e uma respiração já estava bem próxima, quando alguém os interrompeu.

- Tem uma aldeia próxima daqui sendo atacada, e lá só têm humanos, podem vir nos ajudar?_Uma aldeã falava muito preocupada e respirando com muita dificuldade.

- Temos que ajudar.

- Concordo com você._Ela gesticulou.  – Lupim vamos,_Ela já ia andado quando ouviu um assovio e uma águia enorme apareceu.

- Que linda!_Ela olhando a imensa ave.

- Essa e minha amiga Lua, quando eu assovio ela aparece, ela nos levara a aldeia próxima. Vamos._Ele ajudou a garota a montar na águia, junto com a outra para irem para a aldeia que não era muito longe dali.

Continua...