When Nothing Is Fine escrita por AK


Capítulo 1
Unique




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When nothing is fine, we do our good moments

Os cachos loiros voaram com o fluido suave do vento em seu rosto bonito e sua risada ecoou pelos seus tímpanos como a mais perfeita onda desaguando no mar. A garota apertou os ombros do namorado, trazendo-o para si e plantou um beijo em seus lábios.

▬ Você já percebeu como você sempre enlaça meu pescoço quando eu faço alguma besteira? – o garoto moreno disse com um meio sorriso divertido.

▬ É mesmo? – ela disse, seus incríveis olhos cinza como uma nuvem carregada e sua sobrancelha loira arqueada. Ela passou uma perna sobre as do namorado para sentar-se sobre as coxas nuas dele, sem quebrar o olhar.

▬ Humhum – concordou ele, rodeando a cintura da namorada com seus braços. – E então, puff, me beija. Sabe o que isso me diz, Sabidinha?

▬ Que você é um bobo? – provocou.

Apertou-o contra si fechando os olhos quando Percy esfregou o rosto em seu pescoço e espalhou beijos.

▬ Que você adora me beijar...

▬ Como é? – afastou-se para olhá-lo incrédula.

▬ ...e sempre arranja uma desculpa para fazê-lo, principalmente na frente das filhas de Afrodite. E as de Venus também.

▬ Isso, Perseu, é sua Cabeça de Algas arrogante falando.

▬ Coitada da Piper – ele murmurou como se estivesse falando sozinho. – Tem os olhos voltados para Jason e ainda assim sofre pelo seu cium-

De repente, suas costas nuas prensavam a areia da praia e o rosto da sua namorada estava colado ao seu, com a expressão que ela usa para intimidar o inimigo.

▬ Perseu Jackson – Annabeth disse seu nome como uma ameaça.

Percy sentiu o calafrio que Annabeth sabia que ele sentiria, mas indiferente as mais puras intenções de vingança de sua namorada, o que Percy sentiu foi antecipação.

▬ Não. Ouse. Terminar. Essa. Frase.

O moreno sorriu sem poder manter uma expressão séria por mais tempo.

▬ Você é tão linda.

Annabeth piscou pela surpresa. Seu namorado não é do tipo de cara que te cobre de elogios. Não que ele não diga e não que ela se importe (afinal, ela é até pior), mas geralmente ele a desafia de volta. Ele sempre desafia de volta.

Então ela percebeu. Olhou para baixo, seguindo o olhar dele. Seus seios cobertos pelo biquíni azul escuro destacava sua pele branquinha e como ela estava em cima dele, prendendo o corpo dele com o seu, roçavam levemente no peito moreno. As mãos do namorado estavam em sua cintura nua, acariciando tão levemente que ela não tinha percebido ate o momento.

▬ Arg, Jackson, eu-

Aproveitando de sua rara abertura na defesa, Percy impulsionou ambos os corpos, fazendo-a ficar embaixo dele. Annabeth urrou de raiva.

▬ O que, amor? – murmurou sobre a boca dela, plantando beijinhos bem leves que fizeram Annabeth ter vontade de erguer a cabeça para pressionar os lábios dele de um modo decente. Claro, ela não fez isso. – Não posso dizer o quanto minha namorada é bonita? – sorriu quando a viu trincar a mandíbula e olhá-lo com raiva. Mordeu de leve o queixo dela. – Ou mostrar.

Annabeth sempre supôs que esse Percy provocador é resultado dos hormônios, afinal ela nunca o viu agir assim antes de começarem a namorar. É por isso que... ahn, sente leve desconfiança quando o vê “socializando” rodeado de garotas que sabem que ele salvou o mundo. Ou das que nem fazem idéia.

▬ Você, pedaço de peixe, está testando minha paciência.

▬ Estou? – murmurou.

▬ E sabe muito bem que isso nunca leva a uma coisa boa.

Percy soltou uma risada rouca, lembrando-se de repente quando ela jogou o livro favorito de Arquitetura em sua cabeça. Nem semideusas estão livres da TPM. Zeus tenha compaixão de todos nós se uma delas resolver reformar o mundo.

▬ Sim, amor, eu sei. É por causa desse mau humor que eu te amo.

▬ Como é que é?

▬ Hm? – ergueu a cabeça, olhando-a inocentemente com um sorriso brincando nos lábios.  – Não sentiu minha falta?

▬ Procurei por você feito uma louca, e sabe disso.

▬ Oito meses é muito tempo, você não acha?

▬ Sim. Eu acho – ela disse, sua raiva amenizada.

▬ Senti sua falta – sussurrou e mordeu o lóbulo de sua orelha.

▬ Como, seu idiota? – ela esmurrou o ombro dele. – Nem memória você tinha!

Percy ergueu a cabeça para olhar os olhos, os lindos olhos, de Annabeth.

▬ Eu tinha você. Seu rosto e seu nome. Seu sorriso e o gosto do seu beijo – ele sorriu levemente quando viu a surpresa em sua expressão. – Mas quando eu tentava lembrar-me de algo mais, me frustrava.

▬ Isso... – pigarreou. Ele não tinha mencionado antes. – Não é coisa de Hera – praticamente cuspiu o nome da deusa. – Talvez Afrodite interveio – ela disse em seu tom pensativo de quando ela está formando uma teoria. Um tom mais que familiar para Percy. – Talvez ela quisesse manter uma base para sua memória. Quer dizer – reformulou casualmente, para não parecer que estava dando importância demais a si mesma –, eu fui uma das primeiras pessoas que você teve contato ao descobrir quem você realmente é.

▬ A base sobre alguém importante para mim – ele murmurou voltando a espalhar beijos pelo rosto dela acariciando a barriga lisa até onde o cós do short jeans impedia.

▬ Se você diz.

Percy sorriu.

▬ E não me venha com condolências, Jackson, eu ainda quero saber que historia é essa de “mau humorada”. Apontar defeitos como uma qualidade não faz o menor sentido.

▬ Tudo bem, Sabidinha – Percy sorriu. Ele tem feito muito isso ultimamente. Mesmo com uma guerra a vista. – Quem sou eu para argumentar com você?

▬ Hum – Annabeth, ainda de cenho franzido, fez bico de desconfiança. Fácil de mais. – Exatamente.

Ele nunca me esqueceu. Era o que Annabeth pensava (um tanto quanto arrogantemente) enquanto mergulhava seus dedos no cabelo rebelde de Percy e devolvia o beijo profundo. Isso não faz sentido.

Não, não fazia. A deusa rainha tirou sua memória e ainda assim, ele tinha vislumbres de uma garota loira que o beijava com freqüência (porque ele faz muita besteira). Mas Percy não é do tipo que se arrasta com a corrente. Por isso que, quando muitos deixariam a tensão e a responsabilidade de manter a paz entre dois povos rivais desde, sei lá, sempre afundar a própria vontade, os dois pombinhos estavam na praia aproveitando o tempo que eles tinham juntos.

Ele é o filho de Poseidon. Ele controla a corrente. A responsabilidade dele, segundo Juno, é manter uma corrente uniforme e unidirecional, afinal ele é a “cola”. Ele pode fazer isso. E, agora mesmo, não tem nenhuma discussão que possa evoluir para uma briga para apartar.

Relax time. Poseidon sabe que ele merece.

Quando nada está bem, não há nada de errado em fazer com que bons momentos aconteçam. Porque no final, você fez o que importa. 



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Notas finais do capítulo

Isso saiu enquanto eu estava sem internet e evitando ir à cozinha (para não me lembrar de que eu tinha que lavar os pratos). A short-fic está longe de 100%, mas eu gostei do resultado.
Espero que gostem. Sintam-se livre para expressar suas conclusões por reviews :D