Rose Winchester- A Filha De Sam escrita por Gi


Capítulo 7
Ataque surpresa e obstáculo materno




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180991/chapter/7

Rose e Jason estavam caminhando juntos, de mãos dadas até a casa dela. já estava escuro. Eles seguiam por uma calçada com iluminação baixa e as árvores dos jardins das casas deixavam a paisagem meio assustadora.

–Eu nem acredito que vou fazer 16.- ela disse olhando para o namorado.

–É, e a cada ano que você envelhece fica mais linda!- falou depositando-lhe um beijo da bochecha direita.

–Amor, você sabe a fantasia que vai usar na minha festa?

–Ah, acho que príncipe, né?- disse sorrindo.

–Príncipe?- perguntou confusa. Seu namorado fazia mais o estilo bad boy. Ela achou que ele preferiria ir de motoqueiro ou pirata.

–Claro, você é a minha princesa!

–Ok, meu príncipe...achei que gostaria de usar outro tipo de fantasia. Não vou de princesa, sabe...

–E qual ser sua fantasia, minha linda?- perguntou acariciando-lhe o rosto.

–É surpresa! Só vai saber na festa.- disse com um ar misterioso.- Mas eu tô tão ansiosa! Os convites já devem ter chegado. Quando chegar em casa, já vou pôr na ordem e entregar amanhã mesmo. Não quer me ajudar?

–Proposta tentadora! Ficar até tarde na sua casa com você...Vai ser divertido!- Jason deu um sorriso malicioso.

–Acho que você não entendeu.- rebateu entre risos brincando com os dedos do namorado, que estavam entrelaçados nos seus.

–Eu entendi.- falou a olhando nos olhos e colocando uma mecha de cabelo que caia em seu rosto atrás da orelha dela. Ela não conseguia acreditar em como aquele garoto era perfeito pra ela. Era atencioso, carinhoso e lindo, a única coisa que a intrigava um pouco era o fato dele ser misterioso. Ela nunca conheceu os pais dele. A única coisa que sabia sobre eles é que moravam longe e deixava-o morar sozinho, mesmo Jason sendo maior de idade. Esse desinteresse dos pais pelo filho era, no mínimo, incomum.

–Eu te amo tanto!- se declarou o olhando intensamente. Os seus rostos se aproximaram e um beijo doce e calmo surgiu, mas logo foi interrompido por um alerta de mensagem do celular de Jason.

–Só um instante.- disse afastando o rosto e pegando o celular do bolso para ler a mensagem. Ela dizia:

"Se você não quiser voltar pra cá para esfregar o chão do inferno, saia daí agora!"

No remetente havia apenas uma letra , "R". Ele sabia quem era, então rapidamente deu uma desculpa para sair dali.

–Errr...Amor, eu tenho que ir.- falou meio atordoado.

–Mas por quê? Você não ia me levar em casa? O que dizia a mensagem?- perguntou Rose curiosa.

–São meus pais.- mentiu- Eles me pediram pra buscá-los no aeroporto...Me desculpa amor, tenho mesmo que ir.

–Tudo bem, se são pelos seus pais... Já estou quase chegando em casa mesmo.- disse sorrindo.

–Obrigado por compreender, eu te amo.- disse dando-lhe um beijo na testa.

–Te amo!- ela respondeu. Ele saiu correndo na direção oposta que eles estavam indo. Rose começou a andar rapidamente para chegar logo. A rua estava deserta e um calafrio ela sentiu.

–Preciosa.- disse um brutamontes de capuz aparecendo a atrás dela, a centímetros de distância. Ela começou a apertar o passo.

–Ei, vem aqui Rose!- chamou.

–Q-Quem é você? De onde me conhece?- perguntou assustada.

–Não importa quem eu sou.- respondeu sorrindo. Seus olhos ficaram totalmente negros. Assustada, Rose começou a correr, mas foi impedida por outro cara imenso de olhos pretos, inclusive a esclerótica (parte branca do olho), que lhe perguntou com uma expressão sarcástica no rosto.

–Vai a algum lugar?

–Me deixem ir, por favor!- pediu a garota- Toma! Aqui tá meu dinheiro e celular.- disse entregando a carteira e seu celular.

–Não queremos o seu dinheiro, só a sua alma.- disse o encapuzado se aproximando.

–Não, por favor! Se afasta!- ela estava em pânico- Socorro!- gritou. Ela se debatia entre os dois brutamontes que estavam cada vez mais próximos, o medo lhe consumia.

–Sai de perto dela!- ela ouviu uma voz masculina, mas não pôde ver quem era, pois um dos demônios estava tapando a sua visão. Então, escutou um grito de dor próximo dela e então pôde ver, era o Kevin (Sam), seu professor de biologia. Ele tinha atirado num dos brutamontes que a estava encurralando. Antes que pudesse falar alguma coisa, ou virar refém do outro brutamontes ( que também era um demônio, mas ela não sabia desse fato), Gregory(Dean) surgiu atingindo-o com uma facada pelas costas. O segundo juntou-se no chão com o que havia caído primeiro e uma fumaça preta saiu da boca dos dois. A primeira reação de Rose foi sair correndo e abraçar Sam.

–Professor, muito obrigada!- agradeceu o abraçando fortemente, sem se assustar com o fato de ele estar segurando um revólver (Colt) na mão.

–Não precisa agradecer. O que importa é que você está bem, querida.- falou a olhando nos olhos. Ele teve vontade de contar tudo nesse instante pra ela, mas foi impedido com a aproximação de Dean.

–Está bem?- perguntou Dean..

–Sim, muito obrigada professor Gregory.- disse sorrindo.

–De nada.- respondeu amigável.

–Agora vamos te levar pra casa em segurança.- sugeriu Sam. A menina somente sorriu e entrou na Ferrari vermelha antiga e lá dentro deu de cara com o zelador Jeremy (Castiel).

–Oi, zelador.- disse sorrindo meio sem jeito. Nunca havia falado com ele e nem esperava encontrá-lo ali.

–Oi, Rose.- respondeu.

–Agora vamos?- perguntou Dean sentando no bando do motorista.

–Ah sim, o endereço é rua Futton, 321. Fica aqui pertinho.- o carro arrancou. Não tocaram no assunto do ataque no caminho e minutos depois estavam parados na porta da casa dela.- Muito obrigada, eu nem sei o que teria me acontecido se não chegassem a tempo. Aqueles caras eram tão estranhos.

–Estranhos como?- perguntou Sam desconfiado.

–Eu não sei explicar, mas eles não tinham o branco dos olhos. Eram totalmente pretos e assustadores.- explicou.

–Entendi.- respondeu Sam. Ele sabia que eram demônios, mas ainda não era hora de contar tudo a ela.- Rose, eu só te peço pra não contar pra mais ninguém o que aconteceu aqui hoje, muito menos a parte da fumaça preta e dos olhos, tá bem?

–Mas eu tenho que contar pra minha mãe.

–Deixa que nós três contamos.- ela apenas assentiu com a cabeça.

–Oh, céus! Minha filha estava preocupada, por que demorou tanto?- perguntou a senhora Sullivan ao abrir a porta, e ao perceber a presença dos três rapazes ao lado da filha- E quem são eles?

–São meus professores e o zelador da minha escola. Eles me salvaram mamãe- respondeu.

–Salvaram de quê?- perguntou confusa.

–É melhor eles te contarem.- disse subindo as escadas para ir para o seu quarto.

–Er... Senhora Sullivan, sou Kevin Handolf.- mentiu Sam. - Esse é Gregory, meu irmão.- apontou para Dean- E esse é Jeremy, nosso primo.

–Sim, e do que minha filha estava falando?- perguntou séria.

–Ela sofreu um ataque-. respondeu Sam.

–Um ataque? Como assim? Tentaram violentá-la?

–Não, eles queriam a alma dela mesmo.- respondeu Dean.

–O quê?- perguntou Carmem totalmente confusa.

–Dean, não era a hora.- sussurrou Sam- É isso Carmem, nós somos caçadores e eu sou o pai da Rose.

–O que? Ela não tem pai.- disse nervosa- E eu nem te conheço, eu sou a mãe dela.

–Não adianta negar senhora. Sabemos que encontrou a menina na sua porta, quando recém-nascida.- interrompeu Castiel.

–Mas a mãe dela não a queria e nem você! Senão não teria abandonado a pobrezinha. Você é jovem demais pra ter uma filha daquela idade.- falou baixo, com cuidado para Rose não perceber.

–Viemos do passado. Eu não sabia da existência dela, se sobesse nunca teria permitido isso.- explicou Sam.

–Do passado?E o que querem agora? Levá-la de mim? Depois de todos esses anos que eu cuidei sozinha dela?

–Não, só queremos protegê-la. A Rose corre muito perigo. Demônios e o próprio diabo a perseguem.- falou Sam.

–Estão completamente insanos...Demônios?- perguntou perplexa.

–Sim, aqueles que moram no inferno, possuem pessoas e as matam. Mas não são tão levinhos como os do filme O exorcista, não.- respondeu Dean.

–Me contem mais.- ela pareceu se interessar pelo assunto, mesmo correndo o risco de eles serem apenas três pinguços ou malucos em surtos de delírio.

–Somos na verdade, Sam Winchester, Dean Winchester e Castiel.- disse Sam.

–Castiel? O anjo?- perguntou sem acreditar.

–Sim, filho de Deus.- respondeu Cas.

–Oh, meu Deus!- foi o que Carmem disse. Era bem católica e devota dos anjos.

–Como disse antes, somos caçadores de demônios e temos uma missão de acabar com Lúcifer, e ele quer a Rose.- falou Sam.

–Mas por que ele a quer?

–Por que o meu irmãozinho aqui é uma anta que transou com uma demônia.- Dean se adiantou.

–Demônia? A mãe da Rose é uma demônia? Não posso crer...

–Mas Carmem, isso não a faz uma aberração malvada. O que desperta o interesse de Lúcifer nela é o fato de ela poder ter alguma habilidade especial, assim como o Sam.- disse Cas.

–E o que ele faz? Faz as coisas levitarem com o poder da mente? Faça-me o favor! Não acredito em vocês! Acho melhor irem antes que eu chame a polícia.- falou zangada.

–Por que está os expulsando, mãe?- perguntou Rose descendo as escadas com três envelopinhos cor-de-rosa com estrelinhas pretas na mão.

–Não estou os expulsando, minha querida. É que eles já devem estar cansados e amanhã dão aula.- mentiu Carmem.

–Ah...eu só vim entregar isso pra vocês.- disse entregando um envelopinho para cada um.

–O que é isso?- perguntou Sam.

–É o convite da minha festa. vai ser depois de amanhã, é a fantasia e eu faço questão da presença de vocês.- disse sorrindo.

–É claro que vamos.- disse Dean entusiasmado.

–Ótimo, vai ser no salão dos fundos, perto da piscina.- explicou.

–Tá, nós vamos tentar vir.- falou Sam- Mas agora temos que ir, o Greg tem que preparar a aula de amanhã.

–Certo. E qual vai ser o assunto da aula de amanhã, professor?- perguntou a Dean.

–Err...ainda não pensei Rose, mas vai ser melhor que a primeira.- respondeu sorrindo.

–Então tá, boa noite e obrigada novamente.- disse se despedindo com um abraço de cada um.

–Obrigada e lhes esperamos na festa.- disse Carmem fingindo cordialidade.

Os três entraram na Ferrari e antes de irem embora, disfarçadamente, jogaram um pouco de sal na frente da porta e das janelas no primeiro andar da casa das Sullivan. Só depois entraram no carro e Sam disse:

–Não vai ser fácil convencer a Carmem.

–Sei lá Sammy, acho que quando ela perceber o perigo que a filha corre vai ceder. Afinal, ela a ama.- disse Dean. Mas mesmo assim, Sam não tinha tanta certeza disso. Tudo bem que ela tinha cuidado da sua filha como se fosse dela, durante a vida toda, mas ele era o pai dela e também tinha o direito de opinar na vida da filha...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Querem me deixar feliz deixando reviews?bjos e feliz natal novamente!!!;*