Be The One That Saves Me escrita por WannabePrincess


Capítulo 19
Ciúmes?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar, mas minha vida anda tão corrida ultimamente :S
Mais uma fic Sydrian *--*



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Sydney’s POV

Ser uma alquimista tinha seus pontos positivos. Por exemplo, eu sabia fazer substâncias químicas que nem mesmo as mais importantes indústrias sabiam. O que era bem útil quando eu precisava de um bom hidratante corporal.

Mas, infelizmente os pontos positivos eram massacrados pela quantidade de pontos negativos. Como eu podia perceber claramente estando em um carro, sozinha, com ninguém menos que Adrian Ivashkov.

É. O vampiro que me beijara.

–Eu sinto muito – Adrian disse quebrando o silêncio. – Eu nunca quis que você se sentisse desconfortável.

Eu assenti, mesmo sabendo que já era tarde para esse pedido de desculpas. Ele deveria ter pensado nas consequências antes de me agarrar.

E eu deveria ter pensado nelas antes de agarrá-lo de volta.

–Está tudo bem – eu disse após o silêncio cair sobre nós novamente. – É como se nunca tivesse acontecido.

O que era definitivamente a maior mentira da minha vida.

Nós estávamos em uma cidade perto de Palm Springs, em frente a um pet shop 24h.

Mas é claro que nós não viemos até aqui para comprar ração para gatos.

Por incrível que pareça, o dono deste pet shop é amigo da rainha Vasilisa Dragomir e ele generosamente deixou guardiões usarem sua loja para discutirem assuntos confidenciais com Eddie.

Tais assuntos deviam ser extremamente confidenciais porque somente Eddie podia entrar. Adrian e eu fomos literalmente barrados. Então tivemos que voltar para o carro.

O que era uma pena. Eu adorava a ideia de deixar Adrian lá dentro com uma focinheira. Talvez dessa forma ele não me “atacasse” mais.

Adrian não respondeu nada. Talvez porque ele soubesse que eu estava mentindo. Quero dizer, ele com certeza sabia que eu estava mentindo.

Tudo mudara.

Desde que ele me beijara, eu não conseguia nem mesmo dormir direito. Frequentemente sonhos envolvendo os lábios dele em mim me assombravam. Nem mesmo remédios para dormir ajudavam.

O que era bem irritante. Quando Brayden me beijara, eu não sonhei com ele. E ele era meu namorado na época. Se eu não sonhava com meu próprio namorado, então por que eu não conseguia afastar Adrian Ivashkov da minha mente?

O telefone de Adrian começou a tocar, o que nos salvou do silêncio constrangedor.

Ele atendeu, ouviu a pessoa do outro lado da linha e assentiu algumas vezes.

–Eddie? – eu perguntei esperançosamente assim que ele desligou. Eu só queria que Eddie já estivesse pronto para ir embora, assim eu poderia deixar Adrian em seu apartamento e Eddie e eu voltaríamos para
Amberwood.

Onde eu estaria segura novamente. Longe de Adrian.

–Era ele – Adrian confirmou. – Mas...

–Mas o que? – pressionei. Eu não sabia exatamente o porquê, mas eu tinha uma sensação de que eu não gostaria da resposta dele.

E minha sensação estava correta.

–Ele vai demorar mais três horas para sair de lá.

Três horas.

Três horas.

Eu realmente não queria passar três horas em um ambiente tão pequeno, como o meu carro, com Adrian Ivashkov.

–Por que ele vai demorar tanto? – eu não pude deixar de ouvir o desapontamento na minha voz.

Adrian deu de ombros.

–Não tenho certeza – ele disse. – Alguma coisa relacionada com documentos.

Reprimi um gemido. Agora o que eu poderia fazer com Adrian durante três horas?

–Então – Adrian disse após pouco mais de um minuto -, você quer ir ao cinema?

Olhei para ele com o canto dos meus olhos. Ele realmente havia sugerido aquilo?

–Desculpe – ele disse -, só estou tentando pensar em algo para passarmos o tempo.

Eu balancei minha cabeça.

–Vamos para alguma lanchonete – eu disse e dei a partida no carro.

–Wow, Sage – Adrian disse fingindo surpresa -, eu não sabia que você sentia fome.

Tentei não sorrir.

–Eu nunca disse que eu comeria alguma coisa – eu disse.

Após andarmos algumas quadras, nós encontramos uma lanchonete que parecia ser confiável.

Entramos nela e sentamos em uma mesa.

–Você realmente não vai querer pedir nada? – Adrian perguntou fechando seu cardápio.

–Não – eu disse – nesse lugar só tem comida repleta de gordura. É realmente nojento.

Adrian deu de ombros.

–Parece lotado demais para ser nojento – ele disse.

Era verdade. O lugar estava lotado. Era incrível como as pessoas tinham uma quedinha por alimentos que possuíam alta chance de causar ataques cardíacos. Esperteza não é o forte da humanidade.

–Já decidiu o que vai pedir? – perguntei.

–Sim – ele disse -, o hambúrguer sabor pizza. Parece bom.

–Parece nojento – eu disse mais para mim mesma do que para ele.

–Posso ajuda-los? – a garçonete se aproximou.

Apesar de ela ter utilizado o plural, a pergunta fora diretamente feita a Adrian. A mulher nem mesmo olhava para mim.

–Claro – Adrian abriu um de seus melhores sorrisos.

Por que ele estava sorrindo para aquela garçonete?! Por que ele simplesmente não fora direto ao seu pedido?!

O sorriso de Adrian encorajou a garçonete a se inclinar um pouco mais para frente, tornando bem visível o decote de seu uniforme. Na verdade, quando eu digo o decote, quero dizer os botões que foram propositalmente abertos.

Mordi meus lábios com força para não jogar um pouco do ácido que tinha em minha bolsa nela.

–O que vai querer – a garçonete perguntou em uma voz extremamente melosa -, querido?

Eu estava seriamente considerando vomitar.

–Não tenho certeza – Adrian disse com o sorriso intacto – tudo aqui parece tão delicioso e apetitoso

–Ele quer um hamburger sabor pizza e uma Coca-Cola – eu disse interrompendo a conversa mais repugnante que eu já ouvira. – E eu vou querer um filé de frango e um suco de laranja. Não, de frutas vermelhas. Sem açúcar.

A garçonete relutantemente tirou seus olhos de Adrian e começou a anotar o pedido.

–Quer saber? – eu disse– Eu não vou querer o lanche. Vou querer uma salada primavera. E bem, também não vou querer o suco. Vou trocar por uma Coca-Cola diet. Bom, mudei de ideia, vou querer o lanche e não a salada. Eu acho que é isso mesmo – dei o sorriso mais falso que sorri na vida. – Você já pode ir.

Eu realmente queria que ela se confundisse no pedido, dessa forma eu teria uma razão para reclamar dela para o gerente.

A garçonete apressadamente terminou de anotar o pedido e Adrian deu um sorriso como um pedido de desculpas antes de ela ir.

–Que inferno aconteceu com você, Sage? – Adrian parecia escandalizado.

–Comigo? – eu disse mais na defensiva do que deveria – “tudo aqui parece tão delicioso e apetitoso” – fiz uma péssima imitação da voz de Adrian. – O que há de errado com você!

Adrian jogou suas mãos para cima.

–O que posso fazer, Sage? – Ele disse inocentemente. – Eu tenho um dom natural com as mulheres.

Respirei fundo. Continuar com a discussão não iria adiantar nada.

–Eu vou ao banheiro – eu disse. – Você acha que consegue ficar sozinho por três minutos sem nenhuma mulher se jogar em cima de você?

Eu não esperava por uma resposta, então quando Adrian respondeu só piorou meu mau humor.

–Não posso prometer nada – foram as palavras dele.

Lavei minhas mãos no banheiro, que ficava ao lado do balcão. Quando vi meu reflexo no espelho, percebi que estava mais vermelha do que nunca. Eu não me dera conta do quando aquela garçonete me irritara até agora.

Depois de levemente retocar minha base, eu saí do banheiro. Meu plano era voltar diretamente para a mesa, mas eu fui impedida assim que ouvi a voz melosa novamente.

–... e ele também tinha olhos verdes – ouvi-a dizer. – E o cabelo.

Oh, não.

–e eu acho que dessa vez é para valer – ela continuou.

–Betty, você é tão ingênua – ouvi um homem dizer.

Não era minha intenção ficar ouvindo a conversa de outras pessoas, mas aquelas pessoas estavam falando de Adrian. Então eu tinha o direito de ouvir, não é?

Fui para mais perto da parede para evitar ser descoberta.

–Eu estou falando sério – Betty continuou. – O jeito que ele sorriu para mim. Ele realmente gostou de mim.

–Você está falando do cara na mesa seis, não está? – uma terceira voz perguntou.

–É claro que estou – a garota da voz irritante voltou a falar -, ele é o pedaço de carne mais fino que eu já vi por aqui.

Essa garota realmente comparou Adrian a um pedaço de carne?

–Mais fino e acompanhado – o homem voltou a dizer. – Eu vi uma garota com ele.

–Você está falando da loira oxigenada? – a garçonete chamada Betty disse. – Por favor, eles nem estão juntos.

–Como você pode ter certeza? – uma voz feminina disse.

–Eles nem mesmo se tocam. Se eu tivesse um namorado daqueles, eu não iria tirar as mãos daquele corpinho.

–Betty – o homem voltou a dizer -, pare de sonhar acordada. Vá atender a mesa treze. Se o Rick descobrir que você anda dizendo essas coisas, ele vai te despedir na hora.

Ouvi Betty bufar dizendo palavras inadequadas e logo a vi se afastando. Felizmente ela não olhou para trás.

Eu fiz uma nota mental de que se as coisas piorassem eu
iria falar com esse tal de Rick.

Voltando para a mesa não pude evitar repassar mentalmente o que eu havia ouvido. Aquela garota realmente gostou de Adrian.

Mas quem não gosta? Algo dentro de mim disse.

–Você está bem? – Adrian perguntou. – Parece que viu um fantasma.

–Você acha que eu sou uma loira oxigenada? – eu perguntei lembrando do comentário da garçonete.

–O que? – Adrian falou surpreso. – É claro que não.

Eu assenti, ainda abalada. Será que a garçonete realmente achava que eu tingia meu cabelo?

–Eu não quero nem imaginar o que acontece no banheiro feminino – Adrian disse balançando a cabeça.

Instantes depois a garçonete chamada Betty trouxe o nosso
pedido. Para a minha infelicidade, ela trouxe tudo certo. E mais.

–Cortesia da casa – ela sorriu para Adrian e deixou uma porção de fritas em cima da mesa.

–Obrigado – Adrian sorriu.

–Se precisar de qualquer coisa é só chamar – a garçonete disse.

Eu assisti ela voltar ao balcão, rebolando mais do que era necessário, devo acrescentar.

Por mais que eu quisesse acreditar que essa “cortesia” era dada para todos os clientes eu sabia que não era verdade. Nós estávamos na única mesa que tinha a porção.

–Você não vai comer? – Adrian perguntou. Ele já estava na metade de seu hambúrguer e eu nem havia começado.

–Acho que perdi a fome – eu disse sem olhar para ele.

“Por favor, eles nem estão juntos. Eles nem mesmo se tocam.”.

Então, o que as pessoas pensavam quando eu estava com Adrian? Que eu era irmã dele?

Eu não sabia por que essa ideia me incomodava tanto, considerando que nós estávamos disfarçados de irmãos em Palm Springs para proteger Jill.

–Você deveria comer – Adrian insistiu.

Derrotada, dei algumas mordidas no meu lanche. Eu não estava com fome. Só havia pedido a comida para impedir que a garçonete e Adrian continuassem a conversar.

–Ok – Adrian disse exasperado. – O que aconteceu com
você?

–Nada – eu disse desviando o olhar.

–Alguma coisa aconteceu – ele continuou. – Você está estranha.

Suspirei.

–Não é nada – eu disse. – Eu só...

–Você só o que? – Adrian perguntou quando eu não continuei.

–Eu só acho difícil acreditar que você gosta desse tipo de coisa.

Ele franziu a testa.

–Que tipo de coisa?

Mordi meu lábio. Como eu poderia dizer?

–Você sabe – eu disse dando de ombros – a garçonete.

–O que tem ela? – ele perguntou ainda confuso.

–Meu Deus, Adrian – eu disse perdendo a paciência. – Ela praticamente se jogou em cima de você. E você estava se jogando de volta.

Ele levantou uma sobrancelha.

–O que? – eu disse na defensiva. – Você sabe que é verdade.

–Eu não estava me jogando em cima dela – ele disse sério.

–Estava sim – eu disse entredentes.

–Não estava – ele disse. – Ela só estava flertando comigo

–E você estava flertando de volta – eu disse exasperada.

Adrian revirou os olhos.

–É por isso que você está toda irritadinha? – Ele disse como se estivesse segurando uma risada.

–Eu não estou “irritadinha”!

A minha vontade era de jogar o ketchup na cabeça dele.

Ok, então talvez eu estivesse irritadinha.

Por que ele me irritava tanto?

–Por que você se importa? – Ele perguntou com seus olhos verdes esmeralda me olhando intensamente.

–Eu não –

Estava prestes a dizer que eu não me importava quando algo dentro de mim me impediu. Porque eu me importava.

–Por que você está aqui afinal? – Eu perguntei me dando conta de que a presença dele não era necessária. Quero dizer, o único que fora convidado para a reunião fora Eddie.

Adrian deu de ombros.

–Eu gosto de passar tempo com você – ele disse.

Senti uma sensação estranha. Estranha, mas boa. Muito boa. E eu me amaldiçoava por isso.

–Você não deveria dizer isso – eu disse olhando freneticamente para os lados como se alguém pudesse estar observando.

–Por que não? – Adrian disse mais relaxado do que deveria. – Você sabe que ninguém aqui se importa. Estamos seguros agora.

Estamos seguros agora. Essa frase me fez sentir que em algum momento nós corríamos perigo. O que não fazia sentido, já que nada, absolutamente nada, estava acontecendo entre nós.

Ou será que estava?

–Vai querer sobremesa? – Adrian perguntou após alguns minutos.

–Na verdade não.

Eu nem havia terminado meu lanche. Muita gordura em um só
lugar. Eu não precisava de açúcar para completar.

No instante que Adrian olhou para o lado para chamar a garçonete, ela instantaneamente começou a caminhar em nossa direção.

Parece que ela estava prestando bastante atenção na nossa mesa.

Adrian pediu uma taça de sorvete de chocolate e a garçonete foi embora. Mas claro, antes ela não hesitou em mostrar seu decote. De novo.

–Como alguém pode ser tão vulgar? – eu disse mais para mim mesma do que para ele.

–Eu não chamaria de vulgar – ele disse -, só desinibida.

De repente me senti desconfortável em minha cadeira.

–Você acha que eu deveria ser mais como ela? – Perguntei.

Adrian me estudou antes de responder.

–Às vezes sim – ele disse calmamente. – Mas só comigo.

Tentei não revirar meus olhos.

–Brincadeira – Adrian disse após um tempo com os olhos risonhos -, você é perfeita do jeito que é, Sydney.

Não sabia o que dizer ou fazer depois do que ele dissera. Só esperava que eu não estivesse ruborizada.

Felizmente, a garçonete voltou com o sorvete de Adrian antes que eu tivesse a chance de fazer algo.

–Aqui está – ela disse colocando a taça em cima da mesa -, querido.

Adrian agradeceu rapidamente, dessa vez sem encorajá-la, talvez porque ele percebeu o quanto tudo aquilo me incomodava. Mas isso não foi o suficiente para ela ir embora.

–Você deseja algo mais? – a garçonete perguntou e fez algo que acabou com qualquer vestígio de paciência que eu ainda tinha.

Ela apoiou sua mão esquerda no ombro de Adrian.

E então, qualquer razão dentro de mim foi esquecida. Porque de uma coisa eu estava certa: se uma pessoa colocasse a mão no ombro de Adrian, essa pessoa deveria ser eu. Sydney Katherine Sage.

Querida – eu disse em uma imitação da voz melosa dela -, você esqueceu minha colher.

Minha mão rapidamente encontrou a mão de Adrian na mesa e
eu entrelacei nossos dedos.

Eu não sabia dizer quem estava mais pasmo. Adrian ou a garçonete.

A expressão de Adrian estava repleta de confusão, mas ele não hesitou em retribuir o meu toque.

Já a garçonete, se ela não me irritasse tanto, eu até sentiria pena dela. Era como se eu tivesse jogado um balde de água fria nela.

–Eu... Eu já vou trazer – ela engasgou e andou em direção
ao balcão.

Adrian levantou as sobrancelhas. A pergunta estava clara em seu gesto. O que estava acontecendo comigo? Mas, ele nem mesmo se mexeu.

Assim que a garçonete voltou com uma colher extra, ela quase instantaneamente voltou ao balcão. Sem nem mesmo olhar para Adrian.

Acho que minha missão estava completa.

Mas, eu ainda não estava pronta para deixar a mão de Adrian. Então tudo o que fiz foi pegar um pouco de sorvete com a minha colher.

–Está bom – eu disse tentando parecer normal -, mas meu preferido ainda é o de baunilha.

–Pensei que você não queria sobremesa – Adrian disse com o sorriso mais sincero que eu já o vira sorrindo.

–Mudei de ideia – eu disse não conseguindo afastar um sorriso também.

Ele não disse mais nada, mas cada carícia que ele fazia em minha mão fazia meu corpo inteiro se arrepiar.

Depois que nós eventualmente terminamos, o que em minha
opinião foi muito rápido, nós pedimos a conta.

Adrian me olhou confuso quando eu sugeri que deixássemos uma
gorjeta alta para a garçonete, mas não me questionou.

A verdade era que devia ser muito doloroso pensar que você poderia ter um futuro com Adrian Ivashkov, e esse futuro ser arrancado de você como eu arranquei o dela. Então o mínimo que eu poderia fazer era deixar uma boa gorjeta.

Quando nós levantamos eu pensei tristemente que nossas
mãos iriam se separar. Mas, logo Adrian capturou minha mão na sua novamente. O que só fez meu sorriso aumentar.

Enquanto andávamos até a saída da lanchonete, meu corpo
instintivamente se aproximou ao dele.

Eu só não tinha certeza se a causa desse movimento fora eu ainda estar tentando afastar a garçonete dele ou porque simplesmente era natural para mim.

O braço de Adrian me envolveu firmemente enquanto caminhávamos até Latte. E para dizer a verdade, eu me senti tão bem que nem me importava o que a parte racional de minha mente tentava me dizer.

–Corrija-me se eu estiver errado – Adrian disse assim que estávamos a centímetros do carro – nós acabamos de ter um encontro, Sage?

Meus olhos se arregalaram.

–O que?!

Eu não sei por que exatamente, mas Adrian considerou minha resposta como uma afirmação.

–Você sabe o que as pessoas normalmente fazem em um encontro? – Ele sussurrou em meu ouvido.

Ai meu Deus. Ai meu Deus. No que eu havia me metido?

O braço de Adrian que me envolvia me puxou mais para perto. O movimento fez com que eu parasse em frente dele. Seus olhos encarando meus lábios instantes antes dele acabar com a distância entre nós.

Dessa vez eu sabia que Adrian iria me beijar. Eu não havia sido pega de surpresa como da primeira vez.

E mesmo assim, eu o estava beijando de volta.

Meus lábios respondiam aos dele com a mesma intensidade e paixão. As mãos de Adrian se moveram das minhas costas até minhas bochechas.

Quando me dei conta, minhas costas estavam apoiadas em Latte, e o incrível era que eu nem pensei na possibilidade de danificar a pintura. Eu simplesmente não estava pensando.

Adrian se afastou lentamente me deixando sem ar.

–Espero que você fique com ciúmes com mais frequência –
ele disse.

–Eu não estava com ciúmes – eu disse, mas não hesitei quando seus lábios voltaram aos meus e eu fora calada.

Minhas mãos foram até a cintura de Adrian tentando o trazer mais para perto. E eu não pude evitar o gemido que escapou por minha garganta quando Adrian me pressionou fortemente contra o carro.

Bom, eu acho que posso dizer que Adrian e eu não tivemos problemas para passar a hora que faltava para buscarmos Eddie.


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Notas finais do capítulo

Pessoas, sinto muito se a formatação ficou ruim, não estou entendendo meu Word nos últimos dias...
Desculpem pela demora, mais uma vez. Eu juro que quando eu ia começar a escrever o shot eu estava planejando escrever algo Rose/Dimitri, mas assim que o programa abriu o Adrian invadiu minha mente e eu tive que escrever esse shot, lol. Vou tentar escrever o próximo shot sobre outro casal (eu disse tentar).
Beijos ;*