O Melhor Dia da Minha Vida escrita por ladyvalo
Olhei para o relógio da parede e percebi que estava em cima da hora para o almoço com o pessoal da gravadora. A banda viajaria para a América, e iríamos discutir detalhes sobre a turnê.
Lavei a maquiagem do rosto e troquei de roupa. Na porta do estúdio peguei outro táxi. A chuva já havia parado e o tempo, embora com pouco sol, estava agradável.
Passei cerca de quarenta minutos no táxi, pois me fizeram o “favor” de marcar o almoço “lá na puta que pariu”, em um restaurante fino, mas muito longe.
Chegando ao lugar, perguntei ao maître (chefe de garçons) sobre a reserva da gravadora, e se alguém estava à minha espera. Ele disse que não, ninguém estava lá. Estranhei, mas pensei que eles também estivessem atrasados. Pedi uma mesa para quatro pessoas, acomodei-me e fiquei esperando.
Esperei por muito, muito tempo, até um dos garçons vir me dizer que havia uma ligação para mim. Fui até o balcão e atendi. Era o empresário da banda, dizendo que a reunião foi marcada em outro lugar, mas que não conseguiu me avisar porque meu celular não atendia.
Expliquei o que aconteceu e pedi desculpas, pois faltaria ao encontro. Eu é que não ia parar “lá na puta que vai parir” (essa fica mais longe), do outro lado da cidade.
Terminei uma bebida que estava tomando, paguei e resolvi almoçar em algum outro lugar por ali. Algo me disse “deveria ter ficado onde estava”. Por que será que pensei isso?
De repente, a resposta.
As ruas estavam cheias de gente. Um mundo de pessoas havia surgido do nada. Embora com dificuldade, andei ao redor a fim de descobrir o motivo da confusão. E, ouvindo, sem querer, a conversa de duas jovens, encontrei a explicação. Então tudo fez sentido.
O cantor Miyavi estava em uma loja de discos daquela região, autografando seu mais novo CD. Até pensei em ir vê-lo também, cumprimentá-lo pelo trabalho. Mas, não fosse quem eu sou, teria dado certo. Uma das jovens que eu escutava percebeu a minha presença e, em poucos minutos, Miyavi ficou sem, pelo menos, metade dos fãs. Comecei a correr feito um maluco, com uma multidão atrás de mim.
Eu até pararia para atender a todos, mas naquele momento, não era possível. Ficaria horas ocupado sendo que tinha outros compromissos. Fui socorrido por uma vendedora, que me puxou para dentro da loja dela e pediu para os funcionários fecharem as portas. Ela foi muito simpática comigo, me ofereceu água e um lugar para sentar, enquanto esperava a situação se acalmar. Quando, finalmente, pude sair, retribuí a gentileza. Agradeci, tirei fotos e dei autógrafos. Para me ajudar ainda mais, a dona da loja deu folga a um dos empregados para que ele pudesse me levar até aonde eu precisasse. Agradeci mais uma vez, deixei meu cartão e disse que, se precisasse de alguma coisa, poderia falar comigo.
Fim da parte 4.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Está aí leitores, mais um capítulo. Obrigada pelos comentários, estou me divertindo muito escrevendo pra vocês. Surpresas nos próximos capítulos, não percam! :B