Unrequited Dream. escrita por Bianca Miller


Capítulo 25
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amorecos *-*
Como estão? enfim, sentiram saudade da nossa Rainha do Drama? ~Sim, eu chamo a Jenny de Rainha do Drama~
Enfim, chega de notas e vamos ler *0*
-Espero que Gostem.
-Boa Leitura.



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            Sabe aqueles sonhos conturbados que a gente tem, e vem aconpanhado daquela sensção horrível de que você quer por tudo o que é mais sagrado acordar logo desse sonho mas não consegue? Pois é. Eu lutei a noite toda contra um sonho horrível desses. E o pior era que eu sabia que estava dormindo, mas não conseguia acordar. Afrontei meu sonho até despertar, e quando acordei, estava com o travesseiro molhado de suor frio. Sentei-me na cama e pressionei as têmporas, no exato momento em que eu me deitei de novo na cama, a fim de voltar a dormir (sem pesadelos, claro) ouço meu celular tocar em algum lugar. Soltei um palavrão e levantei relutante, tateando as paredes e os móveis, já que a minha preguiça de acender a luz era enorme. Uma corrente de ar gélido entrou pela janela e me fez arrepiar. Encontei meu celular jogado em cima da chess que servia mais para acumular bagunça. Olhei o visor e acho que minha pressão tinha despencado drásticamente.

            Olhei o visor e o nome ‘Corey ♥’ piscava. Eram 3:17 da manhã. Anotei mentalmente o aviso para mim mesma, de retirar aquele coraçãozinho inútil junto ao nome daquele cretino. Atendi o telefone, com os olhos vidrado em algum ponto. Eu não disse ‘Alô’ ou qualquer outro cumprimento formal, deixei apenas que as palavras fluíssem de Corey, sem interrupção. Queria saber qual o grau de estupidez daquele cretino.

            _Oi Jenny, eu sei que está me ouvindo, acho que é porque ainda me ama; _ele disse com um tom orgulhoso, se estivessemos frente a frente eu aposto que ele estaria sorrindo com um ar de superior; aquilo me irritou. _Sabe, aquele anão do Jordison veio me enfrentar ontem, não sei se você já viu o estado dele, mas está deprimente. _continuou Corey; dava quase para sentir a risada dele escapando pelos lábios; a minha raiva só crescia._Pode chorar Jenny, eu sei que seus olhos estão lacrimejando; eu vou adorar ouvir você aos prantos, se lamentado e perguntando o que você fez de errado pra merecer isso... Acho que o seu maior erro sou eu , um erro que eu tenho certeza que na sua cabecinha oca, foi o maior acerto; os melhores momentos da sua vidinha sem graça de patricinha mimada. _foi mais ou menos por ai que eu perdi as estribeiras; respirei fundo algumas vezes. Eu tinha que terminar de ouvir o que ele tinha pra dizer, por mais que seja doloroso. _ Sabe Jenny, você não é nada mal para uma virgem, é claro que eu já tive melhores, mas você deu pro gasto; é um loira bem esperta, sabia o que eu queria. _eu ouvia tudo, com o sangue fervendo em minhas veias, já sentia meus dentes rangerem de raiva. _Acho que o Joey vai fazer um bom aproveito de você também, ele se contenta com pouco... Enfim, acho que já consegui fazer você ficar deprimida, eu só liguei pra isso mesmo. Ah, mas antes de desligar eu quero avisar uma coisa: Eu não quero saber de você enroscada com o Jordison, se você fizer isso, só vai tornar as coisas mais difíceis.

            Quando Corey desligou, a sensação era quase a mesma de ter tirado um fardo das minhas costas, mas ainda sim, tinha alguma coisa ruim a espreita, esperando o momento certo para atacar. Eu sentia minhas unhas se quabrando em volta do meu celular; ouvia o barulho dos meus próprios dentes rangendo um no outro. Eu estava entorpecida de ódio e de rancor; acho que era rancor de mim mesma por ter sido tão burra. Eu queria gritar, mas estva tudo entalado na minha garganta; eu queria esfaquear alguém, queria arrancar os olhos de alguém, queria arrancar os braços  pernas de alguém de forma dolorosa; mas ninguém tinha nada a ver com isso. A culpa era toda minha, e eu tinha a sensação que eu iria morrer sufocada com aquilo, e não iria demorar demais...

            Eu prendi meu cabelo em um coque frouxo e desci as escadas para o primeiro andar, onde ficava a cozinha. Tomei um calmante dos fortes, peguei um copo de água com gelo e sentei-me na mesa da cozinha, com o copo entre as mãos e a cabeça baixa. Comprimi meus olhos, tentando me acalmar, foi só ai que eu percebi que tremia de raiva. Mas eu não tinha o direito de sentir raiva; a errada da história era eu; apenas eu. Quem cometeu o maior erro fui eu. E claro, a única a se foder com tudo isso no final seria quem? Eu... Respirei fundo algumas vezes, mas nada adiantava. Busquei alguns livros e passei a madrugada toda cercada por grandes obras envolventes; eu definitivamente tinha que manter a minhca cabeça ocupada para não cometer nenhuma besteira.

            Na manhã seguinte acordei com Lílian me sacudindo desajeitadamente, dizendo que eu iria ficar com problemas sérios de saúde se continuasse a dormir daquela forma. ‘Eu tive sorte de dormir’ pensei comigo mesma. Sorri para Lílian e subi para meu quarto tomar um banho frio pra esfriar a cabeça. Fazia um lindo dia, o céu tinha cor de tranquilidade; calmo como o mar no inverno, mas tinha um quê de agitação. As nuvens tinham sumido completamente, dando lugar a raios de sol reluzentes em toda parte. Seria realmente um belo dia para se divertir, se você não fosse eu; claro. Acho que ‘diversão’ foi uma das palavras riscadas a força do meu dicionário.

            Fiquei o dia todo em casa, esperando mais alguma ligação, ou algum sinal de vida de Joey, ou de Wed, Zoie, sei lá; alguém que me arrancasse algumas risadas. Algo que fizesse meus pulmões faltarem ar de tanto rir, algo que fizesse minha barriga se contorcer de tanto gargalhar; eu precisava sorrir, precisava mais do que qualquer coisa.

            Era por volta de 18:00 quando percebi que ninguém sentiria minha falta. Troquei de calça rapidamente, coloquei um sapato de salto fechado, peguei minha carteira e saí. Fui em busca de algum bar com cheiro forte de álcool. Não demorou muito até eu chegar no centro da cidade, onde virei em um beco afastado e entrei em um pub sujo e antigo que tinha certeza que ninguém iria fazer ideia que eu poderia estar ali. Sentei-me em um banco, daqueles que ficam de frente para o balcão e logo pedi uma cerveja. Eu era uma das poucas mulheres que haviam ali, provavelmente eu era a única que não era uma prostituta barata; mas depois eu pensei bem e vi que era pior e mais vulgar do que qualquer prostituta que estavam ali. Não liguei, afinal, nada importava.

            Não eram nem 21:00 e eu já sentia que estava bêbada. Eu ria de tudo, até do rock sem qualidade que tocava no local. De vez em quando, tocava alguma música que presta, mas durava pouco. Tinha pedido uma garrafa enteira de Vodka, e naquela noite, ela foi minha companheira; ela sorriu comigo; ela me fez delirar; me fez ter coragem de fazer coisas que eu jamais faria em sã consciência... Estava tudo correndo relativamente bem, até que eu reconheço uma música que soou muito bem aos meus ouvidos: “Scream” do Avenged Sevenfold. Faltavam algumas doses de vodka na garrafa, mas eu não liguei. Subi em cima do balcão e comecei a cantar junto da música. Eu dançava de modo sensual, robolava até minhas pernas permitirem; quando me dei conta, haviam vários homens em volta de mim, dando vidas e brindando suas cervejas, sorrindo de maneira suja para mim. Eu retribiua os olhares de forma mais provocante que eu conseguia. No primeiro refrão da música, eu já tinha arrancado minha blusa e a colocado no bolso da calça. Eu derramava vodka propositalmente entre o sutiã, levando aqueles homens a loucura. Alguns jogavam dinheiro para mim, e eu ria ainda mais. Quanto mais eles gritavam, mais eu provocava. Mais algumas meninas igualmente bêbadas subiram no balcão para me fazer compania. Rapidamente elas também tiravam as suas roupas. Algumas se beijavam e arrancavam as roupas umas das outras. Eu nem olhava para os lados. Jogava os braços para o alto e levava a garrafa na boca. Sim, eu estava louca naquela noite. Minhas mãos sem coordenação, tentavam abrir o ziper da minha calça sem sucesso. Uma das garotas que já estava apenas de lingerie, se agachou na minha frente, e abriu os botões e ziper na minha calça, e subiu distribuindo beijos pela minha barriga, logo me afastei; eu pudia ser louca, mas lésbica eu não era de modo algum, eca. A música chegava no fim, e eu descia o balcão, os homens passavam a mão sobre meu corpo e eu as retirava com tapas agressivos, fazendo-os rir. Quando eu finalmente consegui sair do pub, tomei consciência de vestir pelo menos minha blusa, que estva pendurada de modo precário no meu bolso. Caminhei cambaleando até a praça e não me lembro de mais porra nenhuma. Pelo menos o dia não tinha sido tão ruim assim; vou me arrepender disso amanhã cedo. Mas afinal, se eu não fizer isso, quem vai fazer por mim?

.Nota de Jenny, para Jenny.

-Se você fizer isso comigo mais uma vez, eu lhe arrebento a cara, vadia cretina.

Com amor, eu mesma.

            Na outra manhã, acordei sentindo algo fofo sob mim, era mácio, mas fazia cóssegas, remexi desconfortável, ainda sem abrir meus olhos e voltei a dormir. Um tempinho depois, senti uma espécie de água gelada cair sobre meu corpo.

            _Parem de mijar em mim, merda... _eu disse rouca, para quem estivesse ouvindo. Aliás, eu nem sabia que diabos era aquilo pingando sobre mim.

            A água não cessou, veio até com mais intensidade na minha cara. Virei de barriga para baixo. Uma enxurrada de água caiu sobre a minha cabeça, e foi ai que eu levantei e vi o estado deplorável em que eu me encontrava.

Eu estava deitada na grama do jardim da minha casa, com a roupa toda suja e amassada. Meu cabelo estava um ninho de rato e a ressaca tinha tomado conta de mim.

Uma dica: Se planeja beber e fazer loucuras, nunca vá desacompanhada. Leve sempre um amigo (a) que esteja disposto a te levar pra casa depois.

Fiquei de pé e observei uma figura baixa entrar e sair de foco em minha frente. Quando minha visão se normalizou, pude concluir que estava ferrada. Jordison com os braços cruzados sobre o peito, me analisava com um tom de reprovação. Quando eu passei a mão sobre os cabelos, ele meneou com a cabeça e andou até mim. Me levantou pelos braços e disse alguma coisa que foi desconexa aos meus ouvidos. Entramos em casa e ele me deixou na cama, adormeci, e desejei dormir pra sempre, pois sabia que iria ter que ouvir um longo sermão dele depois...


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Notas finais do capítulo

E então, meus anjos; gostaram do típico drama da Jenny?
HAHA, Ela vai ouvir bastante do Joey depois. Mereço reviews? Beijos, até o próximo ;*